A Luz Por Trás Das Sombras escrita por Mago Merlin


Capítulo 13
O Anel.




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Capítulo 13 – O Anel.

Quando eles voltaram para a sala encontraram Sirius discutindo com Gui.

- Foi muita imprudência dela trazer aquele lá para cá. – disse o moreno. – Ela devia ter largado ele em algum lugar e depois ter vindo.

- Ele se feriu para tirar ela de lá. – disse Gui. – Você viu as queimaduras nas costas dele.

- Isso tudo é um truque. – disse o auror. – Comensais são mestres na arte de enganar.

- Ele não é um comensal. – falou Gui, ele tinha acreditado na irmã, a ruiva não inventaria algo assim. – E você mesmo viu que as pessoas não são o que parecem. Seu amigo foi o responsável por problemas da ordem. Você não foi o único que perdeu alguém por ações do Pettigrew.     

- Como posso saber se é realmente verdade isso, pode ser um truque.

- Lá vem você com os seus truques. – disse o ruivo. – Sua infância deve ter sido um desastre. Pettigrew ficou com mais medo de vocês que um rato preso na toca de um leão.

- E aquele feitiço só afetaria um inimigo. – disse Sam.

- Que tem garante. – disse Sirius.

- Quem criou ele. – disse a menina e não dando chance para Sirius dizer nada, ela lançou o feitiço contra ele.

O grifo passou por ele como se fosse uma ilusão, mas ficou encarando Pedro caído no chão. O comensal começou a suar, apesar de mais ninguém sentir o calor emanado.

- Agora só me falta falar que você Lílian sabe feitiços sem varinha. – disse Sirius não querendo falar alto que havia uma chance de estar errado.

- Sempre me perguntei por que era preciso uma varinha, se antes eu podia fazer magia livremente. – disse ela. – Criei alguns também, mas nada tão poderoso ou belo assim, coisas mais simples, como maquiagem e serviços domésticos.

- Nem sempre lembramos de pegar de pegar a varinha. – disse Molly.

- Deve ser coisa de ruiva. – disse Sirius balançando a cabeça.

- Caos não usa varinha. – disse Gina, não era hora para revelar para o auror a identidade do namorado.

- Ele é uma aberração. – disse Sirius.

- Acho melhor irmos. – disse Lilian. – Antes que Sirius fale algo que vai se arrepender no futuro.

- Sim, ainda temos que levar esse traidor. – disse Remo, que estava desconfiado de algo, o mesmo que Sirius se recusava a pensar.

- Também seria prudente que mais ninguém soubesse de que Gina está a salvo. – disse Tiago. – Nem mesmo Dumbledore. Ele pode querer procurar Caos. E com isso alertar Voldemort, que via querer vingança.

- Posso ficar? – perguntou Sam.

- Claro. – disse Lílian, já que ela mesma queria conversar com Gina e Molly para conhecer melhor o filho.

- Vou quer saber esse negocio de sonhos depois. – disse Tiago a filha quando a abraçou para se despedir.

Logo que os Marotos saíram com Rabicho de reboque, os seis ruivos e Mione se viraram para Gina.

- O que você está escondendo? – perguntaram todos.

Gina fingiu inocência, enquanto Molly segurava uma risada.

- Eu não estou escondendo nada. – disse a ruivinha.

- Conta outra, Foguinho. – disse Jorge.

- Te conhecemos muito bem. – disse Fred.

- Você mente melhor que omite. – disse Rony.

- Aff. – disse ela. – Tá bom. Eu sei o verdadeiro nome do meu Anjo.

- E qual seria? – perguntou Gui. 

- Para segurança de todos é melhor que ninguém mais saiba. – disse, para surpresa de todos, Molly.

- Mas mãe. – gemeu Gui.

- Nada de mas, Guilherme. – disse ela. – Nem ele mesmo tem ciência de quem é. Seria um choque para ele que todos soubessem disso.

- Como você pode ter certeza? – perguntou ele.

- Para quem o defendeu agora a pouco, você está muito desconfiado. – disse Molly. – Eu sei quem ele é. E você perceberá quando o vir sem a máscara.

- Confie na sua mãe. – disse Fleur para o namorado, quando percebeu que este ia continuar a discussão.

Os ruivos pareceram aceitar isso, mas Mione não. Ela agora tinha um mistério para resolver.

Harry caminhou pela fazenda, conversando com uma ou outra pessoa. Voltou para casa com um menino no colo.

- Felipe. Quantas vezes eu te disse para não perturbar seu Tio? – disse Michelle.

- Eu gosto do Tio. – disse o menino. – Ele não aparece aqui há muito tempo, mãe.

- Estava trabalhando. – disse Harry. – Mas vou visitar vocês mais vezes.

- Oba. – disse o menino.

- Agora, você precisa tomar um banho. Para o almoço. – disse Michelle. – não sei como consegue se sujar tanto.

- Ele é uma criança. – disse ele.

- Você não se sujava assim.

- Eu nunca fui uma criança normal. – replicou ele. – Nem mesmo fui uma criança.

- Foi sim. – disse ela com carinho. – você só tinha brinquedos diferentes. Mas eu via nos seus olhos o mesmo brilho que vejo nos do meu filho. Não importa se é conseguindo subir em uma árvore, transformando um cálice em uma ave, ou amarrar sozinho o sapato. Aliás você ainda é a mesma criança que disse que meu cabelo pegava fogo. E quando ralhei com você, disse que gostava de brincar com fogo.

Harry ficou pensativo por alguns minutos. Michelle deixou, sabia que ele precisava deste tempo. Quando sua expressão suavizou, ela perguntou:

- Agora o que você vai fazer?

- Agora, vou começar o fim desta maldita guerra. – disse ele. – Pouco antes de sair de lá descobri o que faltava dos segredos de Tom. Posso agir livremente enquanto ele acha que estou morto.

- Quando você vai fazer isso? – perguntou a mulher preocupada.

- Vou depois do almoço. – disse ele para diminuir a preocupação. – Não se preocupe, Tom não espera que alguém saiba seus segredos, mesmo que tenha colocado algumas proteções. Sei como contornar isso. Sem contar que ainda quero...

- Quer o que? – perguntou ela ao ver que ele estava ficando distante.

- Ver se está tudo bem com a Gina. O Rato pode ter feito algo com ela.

- Pelo que você me falou deste ai, acho que ele não foi capaz de pegar a varinha antes de ser pego.

Harry saiu pouco depois do almoço. As pessoas achavam estranho que comesse de máscara, mas ele tinha seus motivos. Para alguns ele contava parte da historia, a de poder continuar com sua vida, para outros dizia que a máscara estava colada ao seu rosto, mas ninguém sabia a verdadeira razão.

De alguma forma ele não conseguia ver seu rosto. Sempre que tentava ele ficava embasado. Mesmo quando via memórias de outras pessoas ou fotos. Suspeitava que era mais uma forma que Voldemort usou para tentar controla-lo. Tirando sua identidade.

Mas nem assim conseguiu, já que era para ele usar um acessório como o dos comensais. Mas como ele era, e continua teimoso, disse que se ele não era um comensal não devia parecer um. Voldemort então permitiu o uso da máscara dourada.

Isso não era importante agora. 

Ele aparatou na cidade onde os pais de Voldemort moraram. Essa era uma lembrança confusa dele, sempre vergando entre duas casas. Então ele optou por aparecer próximo a cidade. Sabia que a horcruxe, o objeto contendo um pedaço da alma de Voldemort, estava na casa de seus parentes bruxos. Mas ele não conseguia distinguir qual era. Se fosse menos arriscado, ele teria tentado colher essa informação, mas preferia evitar que Voldemort percebesse a ligação, ou as intenções dele.

Felizmente, Magia sempre deixa rastro, e seria fácil achar qual das casas era a verdadeira.

Seguiu para a maior delas, Voldemort sempre se gabava de seu poder e riqueza, assim como de sua descendência.

Mas não era aquela. Harry percebeu que alguns feitiços foram lançados naquela casa, mas eram poucos, muitos recentes. Não era a casa de uma família bruxa, ainda mais uma que viveu ali a pelo menos um século.

Agradeceu por lembrar-se de tirar a máscara. Algumas pessoas olhavam para ele, mas logo voltavam ao sues afazeres. Se tivesse com a máscara com certeza seria lembrado.

Logo estava parado na cerca viva que murava a propriedade, e sentiu os feitiços contra os trouxas ainda ativos. Se tivesse alguma dúvida, não existia mais.

Entrou sem problemas. Voldemort era muito confiante, e achava que ninguém suspeitasse de nada. Tolo, até mesmo Dumbledore pensaria em procurar pelas origens dele para saber como combatê-lo. Ainda mais sabendo que ele matou o pai e os avôs.

A porta da frente sim tinha uma proteção mais sofisticada, apesar de simples. Só abria para quem falasse a língua das cobras, marca da família dele. Mais uma vez ele subestimou seus inimigos.

Não era um poder exclusivamente hereditário. Ele mesmo sabia, apesar de Voldemort não suspeitar disso. Acreditava que seria mais uma consequência da cicatriz.

Encontrou facilmente o que procurava. O anel dos Peverell estava sobre a mesa.

Agora Voldemort mostrou alguma inteligência, já que próprio anel possuía um feitiço definhante, que assim que colocado no dedo, agiria. Mas Tom se arrependeria de ter ensinado aquele feitiço para Harry, já que com ele, ensinou o contrafeitiço.

Harry havia pensado em como acabar com a horcruxe. O meio mais fácil, mesmo que não fosse assim tão simples, era destruir o objeto que encarcerava a alma. Mas a própria alma defendia o objeto.

Não era uma coisa que ele queria. Voldemort havia usado relíquias dos Fundadores de Hogwarts para fazer isso, e ele estava meio preocupado em destruir algo tão valioso. Ele tentaria algo diferente.

Conjurou uma bola de cristal mais ou menos do tamanho de uma maçã, e usando a sua ligação com Voldemort, se conectou ao pedaço de alma. Assim ele conseguiu transferir a alma para o cristal. Mas como ele controlava tanto o cristal, quanto a alma, não transformou o objeto em uma horcruxe. Mas numa espécie de caixa.

Feliz com o resultado, ele pegou o anel. E com um sorriso maroto colocou no bolso.

- Vou deixar você caçando um fantasma. – disse para ninguém. – Se descobrir vai ficar louco, mas não será capaz de me pegar.

Com uma gargalhada ele aparatou para a Toca.


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