A Luz Por Trás Das Sombras escrita por Mago Merlin


Capítulo 12
Desmascarando o Anjo




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Capítulo 12 – Desmascarando o Anjo



   Harry apareceu nos limites da Fazenda. Ele próprio tinha enfeitiçado o local de forma que ele mesmo não pudesse aparatar ali dentro.
   Não era a única proteção. Erampoucos os lugares onde poderia se entrar na propriedade sem ser barrado por um feitiço, não importava se era bruxo ou trouxa. E com exceção da entrada principal, somente com a presença dele poderiam entrar ali. E o Feitiço Fidelis também tinha diferenças, não afetava aos trouxas, o que facilitava a vida e as transações para manter o local, e não era necessário que a pessoa soubesse onde estava, se fosse Harry quem mandava, ou chegava com ela, ela entraria sem problemas.

Ele recolheu as asas, e um sobretudo aparece cobrindo as suas costas. Uma coisa era permitir que Molly cuidasse dele, outra era assustar as pessoas ali com a queimadura.

Ao longo do caminho até onde ficavam as casas, ele cumprimentou algumas pessoas.

Perto do destino, as crianças correram até ele.

- Caos. – chamavam as menores,esperando que ele respondesse.

Ele conversou um pouco com cada uma.

- Olha. Caos. – disse um menino mostrando que estava sem os dentes da frente.

- Espero que a fada dos dentes tenha de deixado algumas moedas. – comentou ele.

- Deixou. – disse o menino feliz.

Harry se sentiu satisfeito de que a guerra não afetava aquele pedacinho do país. Todos conviviam pacificamente, mesmo que sempre que algum trouxa era levado para ali, tivesse alguma dificuldade de aceitar ou de perceber que a magia não era totalmente maligna.

Os bruxos resgatados eram convencidos a permanecer ali, sem contato com o mundo exterior, a não ser por jornais. Era uma medida para que Harry pudesse salvar mais pessoas. Poucos dias ali, era o suficiente para que a decisão fosse feita.

Já os trouxas tinham escolha.Poderiam permanecer ali, seguros, e se possível com parentes que estavam fora dali. Ou poderiam voltar para suas vidas, mas com a memória apagada. A maioria ficava.

Pelo menos todos estavam acostumados com a máscara dourada. Eram poucas pessoas que conheciam seu rosto, apenas Michelle ali sabia como ele era. Era uma medida que ele assumiu depois de decidiu que ia acabar com Voldemort. Assim ele poderia ter uma vida normal depois disso, não sendo o herói, ou o Anjo da Morte. Apenas Harry, só Harry.
Isso se não descobrisse que eram seus pais. Mas como eles estavam mortos isso poderia esperar.

Logo ele chegou na casa principal.

Michelle estava na cozinha.

- Isso é coisa que se faça. – disse ela depois de um abraço. – Ataca Hogsmeade, não aparece, não manda noticias, Dobby aparece dizendo que você tinha fugido, e só aparece agora.

- Desculpa. – disse ele envergonhado. – Tom estava de olho em mim.

- Deixa de ser bobo. – disse ela. – Só estou implicando com você. Sei como ele é. Mas me conta sobre essa menina, onde ela está?

- Dobby já deu a língua nos dentes, vou arrancar as orelhas daquele elfo tagarela.

- Ele gosta de você, e estava feliz de contar isso.

- Eu sei, mas eu gostaria de contar. – disse ele, contando sobre Gina.

- Fogo Maldito? – perguntou Emmeline Vance entrando na cozinha, era uma das poucas que entrava naquela casa. – Como você sobreviveu?

- Tenho uma pele bem resistente. – disse ele. – Não que tenha saído totalmente ileso.

Harry se arrependeu de ter dito isso, logo seu sobretudo foi arrancado dele.

- Hum, alguém fez um bom serviço aqui. – disse Michelle.

- Molly sabia cuidar de ferimentos por fogo mágico.

- Molly Weasley? – perguntou Emmy. – Você está namorando a caçula Weasley?

- Elas mesmo. – disse Harry.

- Não é atoa que você a deixou em casa. – disse Emmy.

- Eles tinham visitas, algumas que iam atirar antes de perguntar.

Harry pediu licença para dona da casa e puxou Emmy para a sala.

- Encontrei com seu Cachorro. – disse ele.

- Ele está bem? Você não machucou muito ele, né?

- Ele me pareceu muito bem. – disse ele. – Só o derrubei no chão. Sem magia. Mas não sei como vai ficar se realmente entendeu o que eu disse para ele.

- Revelou que Rabicho é o espião? – perguntou ela com raiva na voz, por causa dele, tinha caído naquela armadilha, e se não fosse por Caos, ela estaria morta.

- Sim, essa guerra já está acabando. E preciso de uma distração para ambos os lados. Voldemort tentará colocar outro espião na Ordem, que está preocupada com o que pode ter sido revelado. Não se preocupe, logo você vai estar com os seus.

- Só espero que ele me perdoe por não ter contado que eu estou viva, Caos.

- Se ele não perdoar, não te merece. Você fez muito por nós aqui, sempre precisamos de ajuda aqui, e uma curandeira sempre é bem vinda.

 – Por que o Anjo do Caos estavam seminu no seu quarto? E Por que ele tem uma tatuagem de Grifo nas costas?

- Que historia é essa de ter um cara seminu no seu quarto? – perguntou Gui.

- Isso não é da conta de ninguém. – disse a ruiva ao ver que todos os irmãos apoiando o desfazendo de feitiços.

- É sim. – disse ele.

- Gui. – alertou Fleur. – Ela tem o direito de namorar quem ela quiser. E pelo que ela contou ele estava machucado. Acredito que sua mãe sabia disso.

- A queimadura nas costas deles era bem extensa para ser coberta. – disse Molly. – E eu coloquei no quarto de Gina, para que tivesse sempre alguém de olho, para que não tivesse algum problema.

- Mas isso não explica a tatuagem. – disse Sirius.

- O que tem de mais uma tatuagem? Muitas pessoas as têm. – disse Rony.

- Não o fato dele ter uma tatuagem. – disse o auror. – Mas o fato dela ser igual a essa.

Ele retirou a camisa de Tiago com magia. E apontou a tatuagem do amigo, ignorando os protestos deste.

- Eles devem ter feito no mesmo lugar. – disse Gina sem olhar para ninguém.

- Esquece essa tatuagem, Black. – disse Fred.

- O que queremos saber é se escutamos direito. – disse Jorge.

- Você está namorando o Anjo do Caos? – disseram eles juntos.

- Sim. – disse Gina. – Mas ele não é o que falando dele.

- Não é? Fala sério. – disse Sirius.

- Almofadinhas, fique calmo. – disse Remo. – Ela não tem culpa de nada.

- Explique isso, Gina. – pediu Lílian, que estava com o coração disparado desde que Sirius mencionou a tatuagem.

- Durante todo o tempo, ele foi mais um amigo para mim que um comensal. Alias, não sei se o senhor nervosinho ali percebeu, mas ele não tem a marca negra. Ele me salvou de ser o novo brinquedinho dos comensais e levou para o quarto. Lá apesar de me dizer que era uma prisioneira, me deu toda a liberdade. Tinha roupas, livros, e muitas coisas
para fazer. Até o Dobby, o elfo dele, fazia o que eu quisesse, desde que eu não tentasse fugir.

As reações variaram. Os irmãos dela imaginavam a cena e tentavam entender a felicidade da menina. Sirius apenas se mantinha calado, mas não acreditava em nada. Remo analisava tudo logicamente, mesmo que não parecesse ter uma. Tiago e Lílian estavam ansiosos, queriam ter certeza se tinha entendido tudo. Sam só pensava no feitiço que Gina tinha realizado, fora Harry quem tinha a ensinado.

- Isso é só para nos distrair. – disse Sirius.

- Eu não tenho que me explicar pra você. – disse Gina, colocando um dedo no peito dele. – Ele nunca fez nada pra você, e se você acha que fez pode se surpreender no futuro. Vem Sam, tenho uma coisa para te contar.

Ela puxou a amiga para o quarto.

- Meu quarto tem feitiços de privacidade. – gritou ela para os gêmeos que já estavam mexendo nos bolsos.

Molly chegou perto de Tiago e Lílian.

- Acho que você dois devem seguir as duas. É importante.

O casal subiu as escadas. Gina os esperava na porta.

- Eu não queria falar isso na frente de todos. – disse a ruiva. – Mas fui desconfiando de algo, sempre que descobria algo sobre ele, essa desconfiança foi crescendo até que tive certeza.

Ela parou e suspirou, tentou falar isso para Harry durante tanto tempo e sempre algo atrapalhava.

- Ele logo me disse seu nome. Acho que poucos sabem. Uma das poucas lembranças de seus pais. Toda a infância ele acreditou que tinham sido mortos pelos aurores, mas que depois ele percebeu que deviam ser aurores na verdade, e que estão mortos. Mas uma conversa que eu tive com a Sam no dia do ataque me fez perceber a verdade.

- Sobre o Sonho? – perguntou Sam.

- Sim. – disse Gina. – Anjo do Caos na verdade é Harry Potter.

Gina sabia que seria difícil acreditar nisso, por isso ela pegou as fotos do jogo. E mostrou a que ele aparecia.

- Como disse, ele não sabe que vocês são seus pais, apenas que se chama Harry. Tentei contar para ele, mas a oportunidade me era sempre tirada.

- Eram vocês? – disse Tiago chocado. – Eu vi vocês no jogo, mas não reconheci.

- Não se culpe. – disse Lílian. – Ninguém ia esperar que uma menina que foi sequestrada em um jogo de quadribol, ainda mais um menino que todos dizem estar morto há muitos anos.

- Onde ele está agora? – perguntou Sam, querendo conhecer o irmão pessoalmente.

- Na fazenda que ele leva as pessoas que ele liberta. Mas não sei onde fica, está com Fidelius. Logo ele deve estar por aqui.

Gina contou os detalhes que ela deixou de fora quando falou com os irmãos, e com os outros. Queria que eles conhecessem o verdadeiro Harry.

- Só não entendo o ódio que o Sr Black tem contra ele. – disse a ruiva depois de tudo.

- Em um dos ataques atribuídos ao Anjo do Caos, a noiva dele foi atacada e disseram que o golpe final foi dado por ele. – disse Tiago. – Destruiu todo o corpo.

- Ela pode estar viva, na fazenda. – disse Gina.

- Melhor não dar essa esperança para ele. – disse Lílian. – Pelo menos enquanto não tivermos certeza de que ela foi salva.


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