A Luz Por Trás Das Sombras escrita por Mago Merlin


Capítulo 10
Novos Horizontes




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Capítulo 10 – Novos Horizontes

Os quadros da sala do diretor de Hogwarts conheciam aquela cena muito bem, mas esperavam que ela não se repetisse. Eles estavam errados. Tiago Potter estava recebendo um sermão de Dumbledore, mas as coisas estavam diferentes. Sirius e Remo estavam ali também.

- Isso é inadmissível, Tiago. – disse o diretor. – Você estava usando maldições perigosas.

- Eu cansei, Dumbledore. – disse o moreno. – Cansei de prender comensais para vê-los na próxima batalha. Cansei de ser apenas defender, chegou a hora de atacar.

- É errado matar, mesmo que sejam comensais. – disse o diretor.

- Você acha que todos tem uma segunda chance, mas muitos ali já tiveram a sua segunda, terceira, milésima chance. – disse Tiago.

- Ele tem razão. – disse Sirius. – Alguns ali não têm salvação. Convivi com eles a minha vida toda e eles não mudaram só porque você quer.

- Mas não podemos nos rebaixar ao nível deles. – disse Dumbledore.

- Não estamos nos rebaixando ao nível deles. – disse Tiago. – Estamos participando da guerra efetivamente. Até agora só nos defendemos. Depois que Harry foi sequestrado, nada fizemos, nem mesmo tentamos resgata-lo. Estamos sendo abatidos nestes anos. Agora Gina foi sequestrada e novamente nada fizemos. Deixamos ela lá no covil da cobra. Saio de casa não sabendo se vou voltar ou se não receberei uma noticia ruim, já que boa faz tempo que não recebo uma.

- Estamos perdendo nossos jovens. – disse Remo. – Eles estão começando a achar que o lado certo é o de Voldemort. Seja por medo ou achar que a culpa da guerra é a existência dos trouxas.

- Eu não quero sair matando ninguém, apesar de alguns merecerem. – disse Tiago. – Mas estou falando em não hesitar quando uma situação de vida ou morte acontecer. E descobrir quem no ministério está do lado de Voldemort, criar prisões mais eficientes para mantê-los lá. Voldemort e o Anjo do Caos são poderosos, apesar de nunca ter encontrado esse último. E são poucos de nós que podem combater ambos.

- Devemos usar maldições, não para matar. – disse Sirius. – Mas se somente atordoarmos ou paralisarmos os comensais, sempre vai ter um para ajuda. Temos que tira-los de combate de forma mais efetiva.

- Eles têm razão. – disse Remo. – Uma coisa é sermos o lado bom, outra é sermos ingênuos.

- Precisarei refletir sobre isso. – disse o diretor dispensando os Marotos.

Passou pouco mais de uma hora e o diretor não havia se movido, apenas pensando, quando o fogo de sua lareira cresceu, se tornou verde e alguém saiu de lá.

- Alguma notícia, Severo? – disse Dumbledore reconhecendo a figura, principalmente que somente ele aparecia assim.

- Não sei se todas serão de seu agrado. – disse o espião. – Nada sei sobre os ataques, só serei chamado no momento. Não sei se ele suspeita que sou um espião, ou não. O Anjo do Caos nunca demonstrou nada sobre isso.

- Pelo que fiquei sabendo, quem sabe a localização das cidades são aqueles que Voldemort tem alguma suspeita.

- Você tem outro espião? – perguntou Snape curioso.

- Alguém de dentro nos manda informações. Não sei quem é ou seus motivos, mas até hoje não houve uma informação errada que veio por essa pessoa.

Snape repassou mentalmente todos aqueles que já deram sinal de descontentamento com Voldemort, mas não encontrou quem poderia ser.

- Descobriu o que fez Voldemort recuar hoje?

- Sim. Algo aconteceu no seu esconderijo. Como ele ficou sabendo, não tenho ideia.

- O que foi? – perguntou Dumbledore ansioso.

- Draco Malfoy desafiou Anjo do Caos para poder ter seu tempo com a menina Weasley. – disse o comensal, esperando que o diretor entendesse suas palavras.

- Que eu saiba Malfoy não tem poder para isso.

- Nem pai, nem filho. Mas a questão é que Malfoy foi humilhado. O que fez com que ele perdesse a cabeça e usasse o Fogo Maldito. Tanto o Anjo do Caos quanto Gina Weasley morreram instantaneamente. Assim como Goyle, um dos amigos do Malfoy. O Outro Crabbe acabou sendo torturado e morto por Voldemort, quando soube o que aconteceu. Malfoy foi torturado, mas Voldemort proibiu que força letal fosse usada nele, quer que ele sofra por ser um idiota arrogante.

- Então perdemos um inocente e um poderoso inimigo. – disse Dumbledore.

- Voldemort vai intensificar os ataques. – disse Snape. – Ele vai querer acabar com a guerra rapidamente.

- Temos que nos preparar. – disse Dumbledore.

Arthur conversou com os filhos pela lareira antes de partir para o ministério. Não falou com Rony, que ainda estava na casa de Mione, que não possuía a lareira ligada a rede de Floo. E com Samanta, preferiu contar quando ela fosse pessoalmente ali. A casa dos Potter sempre tinha muita gente, e poderia comprometer o segredo.

Assim que ele saiu, Molly vira para a filha.

- Temos que ver como está o seu amigo. – disse ela, ainda tentando assimilar que a menina estava namorando alguém de quem realmente gosta.

- Tem uma coisa que quero te contar. – disse a menina. – Ele acredita que os pais foram mortos pelos comensais. Mas sei quem são. Prefiro não falar nada para ele ainda. Mas você pode reconhecê-lo.  Ele é parecido com o pai.

Gina se lembrou que Harry era parecido com o pai quando pequeno, mas não sabia se eram realmente parecidos agora.

- Vou tentar me segurar. – disse a matriarca, já com uma bandeja de café para o menino.

As duas seguiram para o quarto da menina.

Harry ainda estava dormindo. Ele ainda estava bem machucado, e precisava de descanso.

- Acorde. – disse Gina passando a mão nos cabelos dele.

- Bom Dia. – disse ele.

- Mamãe trouxe seu café. – disse ela.

Molly conseguiu segurar a sua surpresa quando viu o rosto do menino.

- Gostaria de agradecer por ter ajudado a minha menininha, Anjo do Caos. – disse Molly emocionada pela amiga que também teria o filho de volta.

- Anjo do Caos é para inimigos. Caos para amigos, mas você Molly pode me chamar pelo meu verdadeiro nome Harry. – disse ele.

- Claro. – disse ela, agradecendo por ele ter feito isso, sabia que uma hora ia acabar o chamando assim, mas não queria apressar as coisas. – Enquanto você come, vou dar uma olhada nas suas costas.

- Não é necessário. – disse ele.

- Não é necessário. – repetiu ela. – Por que meninos nunca aceitam ajuda, os meus são assim, mesmo Arthur.

- As costas são difíceis de ver. – disse ele, aceitando ajuda.

Quando cuidava das costas, Molly fez uma serie de perguntas, e Harry não se importou em responder. Eram perguntas gerais e algumas pessoais, como ele foi criado, algumas coisas que ele podia fazer.

- Acho que amanhã não terá mais nada nas costas. – disse a matriarca,

- Eu agradeço. – disse ele.

- Quero te ver bem quando todos ficarem sabendo que você está aqui. Os irmãos dela vão tentar de tudo para separar vocês dois.

- Mãe! – exclamou Gina.

- Ele precisa ser avisado. – disse Molly. – Não podemos deixar ele ser pego de surpresa.

- Se nem Voldemort me separou dela, não serão alguns irmãos ciumentos que farão isso. Só espero não ter que fugir com ela.

- Se fugir, vai me ter na sua caça. – disse Molly. – Estarei sempre do lado de vocês.

Gina estava emocionada, sua mãe estava com eles, antes mesmo de conhecer o menino. Agora só faltava revelar a identidade do rapaz para todos, principalmente, para ele mesmo.


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