Corrigindo Erros Do Passado escrita por Mago Merlin


Capítulo 86
Lembrança




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Capítulo 86 – Lembrança

Na hora do almoço, Harry teve uma surpresa. Edwiges lhe trouxe uma carta.

– De quem será? – perguntou Rony, desta vez se lembrando de não colocar nada na boca antes.

– Não sei, pode ser do Sirius. – disse Harry. – Não, é do Hagrid.

A letra do meio gigante era inconfundível. Mas era apenas uma nota.

"Aragogue morreu. Enterro será ao por do sol. Não saiam do castelo. Hagrid".

– Ah não, a aranha gigante morreu. – disse Rony.

– Deixa de ironia, Rony. – falou Mione. – Você sabe que Hagrid gostava muito de Aragogue.

– Mas para o Roniquinho, aranha boa é aranha morta. – disse Gina.

– Você também acharia isso se seu ursinho virasse de repente uma. – disse Rony. – Só não entendi o motivo para ele dizer para não irmos lá.

– Não sei se você percebeu, mas sempre tem um professor perto de nós. – disse Harry. – Eles tentam me manter em segurança. Agora que Voldemort deu as caras, todos acreditam que ele via tentar algo aqui em Hogwarts.

– E melhor mesmo não irmos. – disse Mione.

– Eu gosto de Hagrid, mas não gostaria de ir a um enterro de uma acromântula. – disse Gina.

– Vocês não tinham que estar fazendo o dever de Poções? – perguntou Neville. – Sempre essa hora vocês estão fazendo.

– O teste de aparatação foi na hora da aula. – disse Harry. – tinha pouca gente na aula, então Slug não deu dever hoje.

– Que sorte. – disse Neville. – eu sempre odiei deveres de poção.

– Você odiava poções ou o professor? – perguntou Rony.

– Rony! – reclamou Mione.

– E verdade. – disse o ruivo. – Esse ano, até que estou gostando de poções. Mas DCAT não tá tão legal assim.

– Eu falhei em poções, mas não me livrei do Snape. – disse Neville. – Não nasci com Sorte.

Neville se afastou deles.

– Sorte. – disse Mione. - É isso. Não sei por que não pensei nisso antes.

– Mione é melhor falar de uma vez. – disse Gina. – Vocês podem não ter dever, mas eu tenho.

– Sorte é a chave para o problema do Harry. – disse a monitora. – Vamos para o quarto dos meninos.

O quarteto subiu.

– Você tem que tomar a Felix Felicis. – disse ela. – E a única forma de você conseguir a lembrança do Slug. Deve ser esse o motivo para você ter conseguido a poção e eu não.

– Não, Mione. – disse Harry. – ganhei pela minha capacidade de desobedecer às regras.

Ele estava relutante em seguir esse plano, já que ele queria gastar essa poção com Gina. E de preferencia longe dos irmãos dela.

– Eu uma ótima ideia. – disse Rony. – Será que dá pra todos?

– Não. – disse Harry. – Eu vou sozinho. Slug gosta de mim.

– Slug te adora, Hagrid te venera, McGonagall gosta de você, Filch só falta voar quando você aparece. – disse Gina. – Já Snape...

Harry decidiu tomar apenas um gole da poção. Seria sorte apenas para o tempo necessário, e ainda sobraria para outra ocasião.

– Como você se sente? – perguntou Mione.

– É o máximo. – disse ele. – Uma sensação ótima, Slug tinha razão. Agora vou visitar Hagrid.

– Não, Harry. – disse Mione.

– Você tem que ir atrás do Slug. – disse Mione.

– Eu sinto que eu tenho que ir ver o Hagrid. É a poção. – disse o moreno.

– Vai. – disse Gina, recebendo dois olhares atravessados. – Ah, qual é? Sem a poção ele ia fazer o que quisesse, agora então.

– Eu te amo. – disse Harry, jogando a capa de invisibilidade sobre seu corpo e saindo.

– Vamos Mione. – disse Gina. – Não é uma boa ficarmos aqui em cima muito tempo. E também não quero que percebam que Harry saiu.

Harry nem precisou esperar que alguém abrisse o retrato da Madame Gorda. Assim que chegou Dino estava entrando. O rapaz tinha aquietado depois do incidente com a poção do amor, e agora estava saindo com uma menina da Lufa-Lufa.

Ele não encontrou ninguém nos corredores, mas não se preocupava com isso. Encontrou a porta da entrada aberta. "Deve ter sido o Filch" – pensou ele.

Ao invés de ir direto para a cabana do amigo, ele seguiu pelo caminho das estufas. Tinha um sentimento que era isso que devia fazer, assim como ir ver Hagrid.

Esse sentimento se revelou verdadeiro. Slug estava na porta da estufa 5, conversando com a Professora Sprout.

Ele esperou que a professora entrasse na estufa, e então retirou a capa.

– Boa Noite, professor. – disse ele.

– Harry, meu menino. Que susto. – disse o professor. – Você devia estar dentro do castelo.

– Estou indo ver Hagrid. – disse o moreno. – Um de seus bichinhos de estimação morreu, e ele está muito triste.

– Vou te acompanhar de volta para o castelo.

– Ele criava Aragogue desde o ovo, sabia? Mas somente o Hagrid mesmo para criar uma acromântula.

– Uma acromântula? Verdadeira? Ele conseguiu?

– Claro, a colônia que existe na floresta e dos seus descendentes. Hagrid até mesmo trouxe uma companheira para ele. Agora vai ser o enterro. Meu pai já deve estar lá.

– Fascinante. – disse o professor. – Acho que posso te acompanhar, não há perigo.

Os dois seguiram para a cabana de Hagrid.

Encontraram Hagrid, Tiago e canino em volta da carcaça da aranha. O meio gigante tinha alguns arranhões e suas roupas estavam cheias de folhas e galhos.

– Você não devia ter vindo. – disse Hagrid para Harry.

– Não podia te deixar sozinho neste momento. – disse o menino. – E além disso, vim com um professor e um auror.

– Foi terrível. – disse o professor. – Eles queriam comer o corpo dele. Tive que lutar para trazer ele.

– E costume deles. – disse Harry. – Mas acho que Aragogue gostaria do que você fez.

– Sim. – disse Hagrid.

– A quanto tempo ele morreu? – perguntou Slug.

– Morreu na hora do almoço.

– Será que suas glândulas ainda funcionam? Sabe veneno de acromântula é bem valioso. Digo, para poções.

– Pode pegar. – disse Hagrid. – Ele não vai mais precisar.

– Eu sempre ando com um vidro ou dois para caso precise. – disse o professor extraindo nada menos que cinco frascos de veneno.

Depois de um minuto de silêncio, Hagrid colocou seu 'amigo' no buraco que havia cavado antes. Tiago e Slug tamparam com a terra usando magia.

Hagrid estava inconsolável. Então o mestre em poções se adianta e fala.

– Eu tenho alguns vinhos no meu quarto. Posso trazer aqui.

– Aragogue não ia te querer triste por causa disso. – disse Tiago.

Slug convocou as garrafas e todos entraram na cabana.

Harry fingia que bebia, enquanto Tiago tomava moderadamente. Hagrid bebia muito, e Slug o acompanhava.

Harry enchia as garrafas sempre que necessário, o que evitava que o professor percebesse o que ele estava fazendo. E por sorte, ele conseguia fazer isso sem uma varinha.

Ele tinha certeza que seu pai sabia o que ele estava fazendo, já que algumas vezes indicava as garrafas e distraia os professores.

Hagrid acabou apagando depois de uma cantoria. Mas Slug ainda estava acordado, mas visivelmente alterado.

– Sabe Harry, seus pais eram brilhantes. – disse ele. – Seu pai era um dos melhores alunos, junto com Black. Em todas as disciplinas, e fora das aulas também. Mas sua mãe era a minha favorita. Tão perfeita nas aulas, inventiva, ousada. Você me lembra muito dela, não somente os olhos. Eu sempre disse que ela deveria ser uma Sonserina, mas ela dizia ser feliz na Grifinória. Ela não precisava morrer.

– Não, não precisava. – disse Harry. – Sabia que Voldemort queria a poupar? Ela morreu por mim. Sabe por que?

– Não. – disse o professor num tom triste.

– Por que eu sou o único que pode destruir Voldemort. Ela sabia disso. E agora você está me impedindo de conseguir isso. Não dando a memória que Dumbledore quer. Ela é muito importante pra a vitória contra Voldemort. Ela é muito importante pra mim.

– Eu sempre me envergonhei dela. Mas não sabia que ela era assim tão importante pra você. – disse o professor tirando um vidrinho igual ao que ele tinha recolhido o veneno.

Depois tirou uma nevoa prateada da testa.

– Espero que isso seja parte da nossa vitória. – disse ele antes de apagar.

– Pode ir entregar isso ao Dumbledore. Ele está na sala dele. – disse Tiago. – Slug não vai se lembrar de nada. Não se lembrou da outra vez.


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