Corrigindo Erros Do Passado escrita por Mago Merlin


Capítulo 71
Ataque




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Capítulo 71 – Ataque

Harry e Gina não se apressaram em contar a todos a oficialização do namoro deles. Não por temer que alguém fosse contra, mas por saber que os irmãos dela, com certeza, iam tentar regular.

Claro que não fazia muita diferença com relação ao comportamento dele. Uma vez que eles não eram de ficar se agarrando na frente dos outros, e eles sempre foram muito próximos.

Também o fato que Fleur passou a morar com Gui na Toca, Carlinhos estava na Romênia, Percy morando em Londres, Fred e George preocupados com a loja e Rony esperando por Mione, tudo isso contribuiu para que ninguém notasse nada de diferente.

A única pessoa que pareceu reparar em algo, foi justamente a que torcia para que isso acontecesse o mais rápido possível. Letícia.

Ela até mesmo acobertava algumas escapulidas dos dois. Sem que os dois tivessem ciência disso.

Mais uma vez, Dumbledore passeia pela vila. Não era uma cena incomum, já que todos acreditavam que o diretor vivia no castelo, mas que havia se tornada rara desde que Voldemort retornou.

O que poderia surpreender era o fato de que ele estava indo visitar um aluno. Mais precisamente Harry Potter.

- Boa Noite, Dumbledore. – cumprimentou Harry ao abrir a porta.

- Boa Noite, Harry. – respondeu ele. – Gostaria de saber se você poderia me acompanhar hoje.

- Terei que ver com meus pais. – disse ele. – Entre.

- Era Hoje? – perguntou Tiago ao ver o diretor ali. – Bom, se não incomodo, depois poderia deixar Harry na Toca.

Dumbledore percebe o que aconteceu. Tiago sabia o que ele estava fazendo, pelo menos naquele dia, mas como líder não ia pedir ajuda dele.

Eles apareceram em uma vizinhança trouxa. Pelo silêncio, todos viajaram nas férias.

- O que estamos fazendo aqui? – perguntou Harry. Ele esperava por algo no mundo bruxo.

- Vamos visitar um velho amigo. – disse ele.

Agora Harry não estava entendendo nada. Por que ele estaria visitando um amigo do diretor? O que isso poderia ter algo com a guerra?

Ele teria tentado responder a essas perguntas ou mesmo direcioná-las a Dumbledore, se no momento que eles entraram no terreno da casa, ele não tivesse sido atacado. Vários raios de luz passaram perto dele, como feitiços. Por um segundo, ele pensou em criar um escudo e revidar, mas logo percebeu que não sentia nada hostil nestes raios.

- Belo truque. – disse Dumbledore.

- Acho que seu amigo não quer visitas. – disse Harry.

- E por isso que estamos aqui.

Eles avançaram para a casa, só para descobrir a sala toda desarrumada.

Harry achou muito estranho, as coisas estavam fora do lugar, mas não parecia que tivessem sido jogadas para longe em uma batalha, estava mais para que alguém tivesse colocado ali assim. E ainda tinha uma poltrona que não combinava com o resto da sala.

-Sim Harry. – disse Dumbledore. – Parece que não há ninguém aqui, ou pelo menos visível.

O diretor deu um chute na poltrona que soltou um gemido.

- Apareça Horácio. – disse ele.

- Só você mesmo, Alvo, para me descobrir aqui. – disse o homem fora de forma que apareceu onde estava o móvel.

- Transfiguração humana não é o seu forte.

- Eu já te disse que não vou. – disse Horácio de forma categórica. O que deu para Harry a sensação de que essa discussão é antiga.

- Eu só vim visita-lo, para saber se ainda estava entre nós. – disse o diretor. – E claro estou acompanhando um aluno para encontrar seus amigos.

- Pelos meus antepassados. É Harry Potter. – disse ele admirado, mas se volta raivoso para o homem de barba. – Eu não caio nos seus truques, Alvo.

- Não sei do que você está falando. – disse o diretor. – Usarei o banheiro, e logo voltarei.

Ele saiu deixando dois confusos.

- Eu dei aula para os seus pais. – disse Slughorn. – Os biológicos, claro. Seu pai era excepcional em tudo o que fazia, mas a sua mãe foi a minha melhor aluna. Um doce de pessoa, a jovem Lílian. Não é de admirar que seu pai tenha se apaixonado por ela. Sei que professores não devem ter favoritos, mas sua mãe estava na minha lista. Sabe pessoas com potencial, que hoje possuem altos cargos no ministério, jogadores de quadribol famosos, inventores. Eu ainda recebo alguns agrados. Jantares, tíquetes para jogos, abacaxis cristalizados. Ou pelo menos recebia. Ninguém sabe onde estou. Uma vida solitária. Ficar se escondendo. Mudando de casa, esperando as melhores serem desocupadas.

Harry não sabia o que falar, aliás, nem mesmo sabia se o professor estava falando com ele.

- Uma vida ruim, para alguém que sempre teve boa comida, boa bebida, boa conversa. É eu me decidi. – disse ele com firmeza.

Foi neste instante que Dumbledore voltou.

- Me desculpe, mas sou fascinado pela literatura que os trouxas deixam em seu banheiro. – disse ele sem um destinatário claro.

- Eu aceito. – disse Slughorn. – Eu vou para Hogwarts. Mas isso não quer dizer que você ganhou.

- Estarei esperando, não importa quando aparecer. – disse Dumbledore. – Vamos Harry, não convêm deixar Molly esperando.

Assim que aparataram para a toca o diretor voltou a falar.

- Você fez um bom trabalho lá.

- Eu não fiz absolutamente nada. – disse Harry confuso.

- Você fez mais que imagina. Você é a esperança de muitos. Só a sua presença foi o suficiente para convencer Horácio de que o lugar mais seguro é Hogwarts. Apesar de que ainda precisaremos trabalhar com ele um pouco mais. Agora Molly deve estar te esperando.

Harry entendeu que a conversa estava terminada e entrou.

- Professor? – perguntou Hermione, que estava visitando o namorado, depois que ele contou para todos os que fez com o diretor. – Mas que eu saiba não tem vaga.

- Eu escutei que Remo vai sair em missão pela ordem. – disse o moreno.

- Então esse tal de Slughorn deve assumir o lugar dele. – disse Rony.

- Parece ser isso. – disse Gina.

O Beco Diagonal estava mais vazio desde que foi anunciado o retorno de Você-Sabe-Quem. Mas aquele dia estava um pouco diferente. As cartas de Hogwarts haviam sido entregues há alguns dias e a maioria das pessoas resolveu que aquele seria um bom dia para isso.

Prevendo isso, alguns aurores reforçavam a segurança.

Tiago estava ali, mas não era para segurança. Estava com a família.

- Vocês têm uma hora. – disse ele para os meninos. – Molly não vai querer vocês perdidos.

- Pode deixar tio Tiago. – disse Gina.

- Fique de olho neles. – disse Lilian.

- Pode deixar. – disse Harry.

- Eu estava falando com a sua irmã. – disse a ruiva.

- Ah. – disse ele desaminado.

Depois cada grupo seguiu seu caminho. Os mais jovens foram ver a loja dos gêmeos enquanto Tiago, Lilian e as gêmeas seguiram para a sorveteria.

Lilian se lembrou de quando fez essa mesma visita ao beco. A sorveteria estava fechada pela morte de seu dono e Olivaras havia sido sequestrado. Pelo menos isso estava diferente. E ela sabia que era coisa do seu marido.

Assim como o vicio por sorvete. Como ele era privado disso na infância e teve uma boa estadia no beco durante o seu terceiro ano, ele acabou sempre tendo que passar ali. O pior que acabou viciando os filhos também, até mesmo Carol e Anny, que ele viciou assim que elas foram liberadas para comer outras coisas.

Bom, ela não podia reclamar de nada, ela era viciada em chocolate. E Tiago sempre mantinha um estoque em casa, sem que ela tivesse acesso, mas que era só pedir que ele dava.

- Não sei como Rufus não te demitiu assim que assumiu o ministério. – disse Lílian.

- Ele não é burro. Sabe que se fizer isso, mais da metade do QG pede demissão. E sabia que eu não ia aceitar a chefia, tendo aurores mais experientes e me fazendo sair do Departamento de Mistérios e de Hogwarts.

Depois de satisfazer as meninas, eles saíram em busca dos meninos. Sabia que a noção de tempo deles era ruim, quando todos juntos.

Tinham colocado as meninas nas costas, usando a mesma bolsa canguru, mas com elas viradas para trás. Elas gostavam de andar assim. Principalmente que elas balbuciavam algo como se conversassem, apesar de já falarem algumas palavras compreensíveis.

De repente uma comoção passou pela rua. A Marca Negra pairava no ar.

- Eles não tinham dia melhor para atacar? – perguntou Tiago. – Tinham que estragar o meu dia.

- Eles não fazem isso toda vez? – perguntou Gina.

Tiago não respondeu, sacou a varinha e correu para onde apareceram os homens encapuzados. Lilian o seguiu.

Em pouco tempo o caos se instalou no beco. Feitiços voavam para todos os lados. Felizmente os aurores presentes evitaram que houvesse vítimas.

No meio da batalha, eles escutam uma das gêmeas falar "Ursinho" e a outra gargalhando.

Tiago e Lilian se viraram para trás e viram um ursinho de pelúcia de tamanho gigante vestido como um comensal.

- Isso é culpa sua. – disse Lilian para Tiago.

- Minha?

- Sim, sua. Você e seus poderes, que passaram para seus filhos.

- Eu não sou o único mago nesta relação. – disse ele. – Vamos deixar isso para lá, e procurar os outros, já que essas parecem estar se divertindo aqui.

Harry e Gina deixaram Rony e Mione na Floreios, para poderem namorar um pouquinho. Claro que os outros dois estavam envolvidos com eles mesmos para perceber o que eles estavam fazendo. Letícia tinha dito que iria atrás dos pais, que deviam estar saindo da sorveteria, e quem sabe ela conseguia um sorvete.

Eles não foram muito longe para não levantar suspeitas. E qualquer coisa, eles diziam que tinha ido a loja de animais mágicos, para ver se tinha algo para Scar, o gato da ruiva.

Mas os planos dos dois foram logo destruídos quando uma luz verde apareceu. Esse era um mau sinal.

- Vamos chamar seu irmão e a Mione e sair para procurar a Letícia. Algo me diz que ela não encontrou os meus pais.

Convencer Rony de procurar Letícia foi fácil. O difícil foi ele concordar que Gina teria que ir com eles.

- Você vai ficar aqui quietinha. – disse o ruivo.

- Não vou não. – disse ela em resposta.

- Discutir isso não vai nos levar a lugar nenhum. – disse Harry. – Rony é melhor que ela vá com a gente. Ela tem o mesmo treinamento que você. Sem contar que quatro atacando e melhor que três. E se ela ficar para trás, vamos ficar pensando se ela está realmente segura ou não. E você conhece sua irmã muito bem para saber que ela não vai ficar parada aqui nem cinco minutos.

Vendo a lógica do amigo ele concorda relutante.

- Ela não esperaria nem dois minutos. – disse ele.

Quando eles estavam para sair, Harry puxa Gina.

- Tenha cuidado. – disse ele, vendo que ela ia protestar completou. – Eles não precisam saber que podemos fazer magia sem varinha. Se precisar fazer seja discreta.

- Você também tenha cuidado. – disse ela. – não quero ter que ficar na sua cabeceira enquanto você se recupera.

- Ok. – disse ele com um selinho.

Rony nada percebeu, já estava se preparando para a luta.

Os quatro precisaram andar apenas um quarteirão para chegar onde os comensais estavam.

Foi um espanto para quem via, como quatro crianças podiam combater comensais como iguais. Em poucos minutos dez encapuzados estavam fora de combate. O que começou a acuar os atacantes.

Aquele era o lado de menor força dos servos de Voldemort, onde eles esperavam menor resistência. O que provou ser um erro.

Letícia deu a desculpa do sorvete, mas o que ela realmente queria era encontrar com o menino de seus sonhos. Era sua esperança sempre que ela visitava o Beco. Aquele encontro na sorveteria não vale.

Ela estava tão distraída que nem percebeu a marca negra aparecer no céu. Por sorte os comensais não apareceram ali.

Antes que ela percebesse que algo errado estava acontecendo, uma mão segurou em seu braço, e a puxou em direção a uma parede de tijolos. Na surpresa, ela não percebeu que a mão saia da parede e tentou se proteger do choque, que nunca veio.

Ao abrir os olhos, ela percebeu que estava em um beco, que levava aos fundos das lojas. A pessoa que a tinha puxado era o menino que ela procurava.

- Não grite. – disse ele, em um tom mais gentil que propriamente uma ordem. – Eles estão invadindo.

- Eles quem? – perguntou a ruiva.

- Comensais. Você não vê? – perguntou ele apontando para o crânio esmeralda no céu, através da sombra da parede, que ela percebeu que era o feitiço ilusório que ela tinha pensado que ia se arrebentar.

- Eu tenho que ajudar. – disse ela pronta para sair.

Mais uma vez ele a segurou. Então ela percebeu o comportamento do corpo dele. A mão esquerda estava espalmada encostando na ilusão. Enquanto a direita estava sobre o seu braço, com certa pressão, mas nada que a machucaria.

- Existem muitas maneiras de ajudar. – disse ele. – Sair correndo de encontro ao inimigo não é uma delas.

- O que você sugere? – perguntou ela, que eu fique aqui parada enquanto meu pai me procura como um louco?

- Parada não. – disse ele. - Sei que você é poderosa, por isso te trouxe aqui. Os comensais vão ter que passar por aqui, esperamos e você os ataca daqui. Sem saber de onde estão sendo atacados, não conseguiram se defender ou contra-atacar. Quando ao seu pai estar preocupado, mande um patrono para ele, falando que você está aqui, mas mande pelos telhados.

Ela sacou a varinha e fez com o tigre prateado subisse pelos prédios e fosse em direção do pai.

- Agora é melhor você guardar esse pedaço de madeira. Ele vai te limitar muito.

Letícia não perguntou como ele sabia disso, pois em seus sonhos ela descobriu que ele tinha alguns dons diferentes, e ele mesmo não estava usando uma varinha.

- Vou criar um escudo resistente a minha frente, então você deverá ficar atrás de mim. – disse ele.

- Mas como? Você vai me atrapalhar.

- Assim. – disse ele puxando-a, de forma que ela o abraçasse pelas costas.

Alguns anos no futuro, ela teria corado pela forma que eles estavam próximos, mas como ainda era uma criança, ela só ficou feliz de ser o jeito como a mãe ficava com o pai, algumas vezes.

O menino estava certo, alguns comensais surgiram por ali, e por coincidência, alguns aurores apareceram pelo outro lado. O que manteve os comensais bem em frente os dois.

Letícia não perdeu tempo e com a vontade de mostrar seus poderes para o menino, logo começou a lançar vários feitiços nos comensais.

Eles com a atenção voltada para os aurores, foram alvos fáceis no começo. Mas logo perceberam que a parede estava atacando. E começaram a revidar.

O escudo resistiu bem. Mas a maioria dos feitiços passou inofensivos por eles.

- Idiotas. – Disse Bellatrix para os comensais. – Eu cuido de quem estiver atrás das paredes, se livrem dos aurores. Isso já está quase na hora de sumirmos.

A comensal lançou um Bombarda na parede, mas só encontrou o escudo.

O feitiço criou uma onda de choque que fez com que Letícia perdesse o equilíbrio e quase caísse. Só não foi ao chão por que o garoto a segurou passando a mão pela suas costas, e apertando-a contra ele.

- Ela sabe que onde estamos posicionados. – disse ele, preocupado que teve que desfazer o feitiço para segurar a menina, mas assim sabia que ela estava bem, o que compensou. – Vamos nos mover para a direita, mas antes a ataque com força.

A ruiva seguiu o plano e atacou Bellatrix com um feitiço poderoso, que ao bater no escudo da comensal, criou um clarão que deixou todos cegos por uns instantes. E assim permitindo que os dois se movessem. Letícia sendo conduzida pelo futuro namorado.

Assim que a louca recuperou a visão, voltou a atacar no mesmo ponto, mas desta vez sem encontrar resistência. Acreditou que quem quer que fosse ali tinha fugido, e voltou sua atenção para os aurores. Sem perceber que alguns companheiros foram retirados de combate por feitiços vindos da parede.

Foi somente quando Tiago e Lílian apareceram pela retaguarda dos servos de Voldemort, que a luta se encerrou. Bellatrix comandou a retirada, e os comensais que ainda estavam de pé levaram embora os que estavam caídos por perto.

- É o meu pai. – disse a ruiva.

- Tem certeza? – perguntou ele a abraçando novamente, sem desfazer a ilusão.

- Tenho sim. – disse ela.

- E que me parecem que são quatro pessoas ao invés de duas. – disse ele com a cabeça virada para Tiago e Lílian que estavam parados na frente deles agora.

Letícia se lembrou de outro detalhe de seus sonhos. O rapaz era cego, pelo menos no mundo trouxa. No bruxo ele podia ver magia. E assim identificar pessoas pela magia interna de cada um.

- São os meus pais, eles estão com as minhas irmãs gêmeas.

- Sim, são parecidos com vocês. – disse ele desfazendo a parede.

- Por aqui. – disse Tiago, indo para onde parecia haver mais comensais.

- Tem certeza? – perguntou Lílian, que depois de questionada por Gina, percebeu que não havia desenvolvido os poderes premonitórios.

- Absoluta. Ela tem a quem puxar, se tem confusão ela está no meio.

- Ainda bem que reconhece. – disse a ruiva, olhando para as costas para conferir as gêmeas, que parecia já ter boas noções de transfiguração. Mais alguns comensais foram transformados em bichinhos de pelúcia pelas duas, comensais atordoados, ou que tentavam pega-los de surpresa.

Eles chegaram perto dos comensais e viram que Bellatrix atacava uma parede, e depois de parecer satisfeita com algo, foi ao combate dos aurores do outro lado da rua.

- Me diga que ela não está escondida ali. – pediu Lílian.

- Se você quer. – disse ele.

Assim que a presença dos dois foi notada, Bellatrix deu o toque de retirada e muitos comensais aparataram.

Então os dois deixaram os comensais que tiveram o azar de não ter condições para fugir com os aurores e se postaram de frente para a parede que Lílian jurava não existir ali.

A parede se dissolveu demonstrando que era uma ilusão. Mas Tiago queria que a imagem que apareceu também fosse. Letícia estava abraçada às costas de um rapaz, que tinha o braço passando pela cintura e terminando nas costas dela.

A ruivinha se desvinculou do menino e correu para os pais. Os abraçando.

- Pai, mãe. Esse é Kal. Ele me ajudou com os comensais. – disse Letícia.

- Precisava ser abraçados, Letícia? – Perguntou Tiago com um leve ciúme na voz.

- Você sabe que quanto maior o escudo, mais frágil ele é. – disse a menina. – Então ele concentrou o escudo bem na nossa frente e assim resistimos até mesmo a feitiços daquela louca.

- Fico feliz que tenha ajudado a nossa filha. – disse Lílian depois de mandar um olhar reprovador para o marido, pela forma com que estava tratando o menino.

- Achei que era o certo a fazer. – disse o menino encabulado. – Mas acho que devo ir, os comensais podem atacar de novo esperando que estejamos com a guarda baixa.

Isso pareceu lembrar Tiago que ele tinha outro filho.

- E temos que achar o Harry e os outros. – disse ele.

- Tchau, Kal. – disse Letícia, dando um beijo em sua bochecha. – Nos vemos por ai.

Tiago rebocou a filha para procurar os meninos. Lílian agradeceu mais uma vez se afastando.

Nenhum deles acabou vendo que o menino desmaiou de exaustão. Sendo socorrido por comerciantes que presenciaram a cena.

Aliás, Kal sumiu da mente de todos ao ver que o quarteto estava com as varinhas prontas para o ataque cercados por aurores.

- Alguém pode me informar o que está acontecendo aqui. – ordenou o inominável.

- Esses quatro infligiram a lei de magia para menores. – informou um auror que Tiago sabia ser um novato.

- Antes ou depois dos comensais aparecerem? – perguntou Tiago.

- Depois.

- Eles combateram os comensais?

- Que diferença isso faz? Eles só querem aparecer.

- Toda a diferença. Menores podem fazer magia em casos especiais. Ataque de bruxos das trevas é um deles. – disse Tiago, e o auror finalmente olhou para ele. – Deviam ensinar isso no primeiro ano da academia.

O auror percebeu a semelhança entre Tiago e Harry, e percebeu a mancada.

- Me desculpe. – disse o auror.

- Fique feliz que eles não tenham atacado vocês. – disse Tiago. – Aposto que metade dos comensais no chão foram eles que derrubaram.

- Mais da metade. – disse Kim que estava amarrando os bruxos das trevas. – Eles dominaram todos da Floreios até aqui e esses idiotas depois que vencemos queriam se mostrar. Acho que vão passar algum tempo no serviço burocrático.

Era a pior punição dos aurores, o serviço burocrático. Muitos preferiam um mês de treinamento com Moody que isso.

- Meninos, vamos. Já tivemos emoções de mais por hoje. – disse Lílian.


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