Corrigindo Erros Do Passado escrita por Mago Merlin


Capítulo 62
Oclumência




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Capítulo 62 – Oclumência

Os garotos estavam no quarto destinado a Harry e Rony. Bem, os gêmeos estavam em seu próprio quarto tratando de seus assuntos secretos, aproveitando que Molly havia ido visitar Arthur no hospital.

Harry e Rony estavam jogando xadrez de bruxo, enquanto as meninas cochichavam do outro lado do quarto.

Hermione estava desconfiada de que aconteceu algo a mais com Harry e Gina na noite do ataque a Arthur. Ela viu a ruiva olhando para o amigo e este não perdia um movimento dela. Mas não conseguiu conversar com nenhum dos dois este tempo. Sempre tinha um dos irmãos dela por perto ou Letícia.

A morena sabia muito bem a reação dos Weasley, mas não sabia o que a ruivinha achava disso tudo.

Ela foi retirada de seus pensamentos, quando Manu entrou no quarto.

- Harry, querido. – disse ela. – O Professor Snape quer falar com você, lá na cozinha.

- Bispo na E5. – disse o menino sem prestar atenção no que ela disse. – Desculpa, Manu. Pode repetir.

- Professor Snape quer falar com você. – disse ela deixando transparecer que ela não gostava da presença dele ali.

Quando todos se levantaram ela continuou. – Só com você.

Harry fez um sinal para que os outros ficassem, e saiu.

Ele encontrou Snape encarando Sirius. E seu pai mais afastado.

- Agora que ele chegou você pode sair, Black. – disse Snape de forma venenosa.

- Essa é minha casa, Snape, portanto você não pode me expulsar dela. – disse Sirius.

- Que seja. – disse o professor e se virou para Harry. – O professor Dumbledore quer que você aprenda Oclumência, pois ficou claro que suas incursões à mente do Lorde das Trevas foram detectadas e precisam ser impedidas. Eu ensinarei essa técnica para você.

- Eu não permitirei isso. – disse Tiago.

- Você quer arriscar o futuro do mundo mágico, impedindo que seu precioso filho aprenda uma técnica avançada que pode fazer com que ele feche a mente para o Lorde? – perguntou o Mestre em Poções.

- Não, Harry irá aprender Oclumência. – disse o auror. – Mas não será você quem ensinará. Eu mesmo o farei.

- Você é tão arrogante quanto seu primo. – disse ele.

- Não fale assim de Tiago. Ele salvou sua pele mais de uma vez. – disse Sirius.

- Ele tentou salvar a própria pele isso sim. Vocês não entendem o tamanho do problema.

- Entendo bem mais que você. – disse Tiago. – Eu não permitirei que um covarde como você ensine algo assim para meu filho.

- Eu não sou covarde. – disse o professor. – Você não sabe do que está falando.

- Não? Eu sei a razão para que você tenha se aliado aos Comensais, a razão para que você tenha traído seu mestre. – disse Tiago.

- Você não sabe de nada. – disse Snape sacando a varinha e a pressionando contra o peito dele.

- Snape, nunca aponte uma varinha para mim, sem o feitiço na ponta da língua. – disse ele de forma venenosa.

Tiago pegou o punho do professor e apertou quebrando os ossos dele.

Snape conseguiu segurar o grito de dor.

Foi nessa posição que foram encontrados quando a porta abriu revelando Arthur e Molly.

- Estou curado. – disse o ruivo. – O que está acontecendo aqui?

- Snape veio dar um recado do diretor. – disse Tiago. – Mas já está de saída.

- Eu não pretendia ficar mais tempo. – disse Snape. – Darei sua resposta para o diretor.

- Que boa notícia. – disse Sirius quebrando o clima tenso. – Então eles descobriram o que você tinha?

- Eles aceitaram o que Tiago disse. – falou Arthur.

- Sim, era isso ou Pontos. – disse Molly desgostosa. – Onde já se viu, permitir que te costurassem, esses trouxas são uns bárbaros.

- Eles têm que se virar Molly. – disse Lilian chegando com Carol no colo, Anny estava com Gina. – Mas o que importa é que ele está bem.

- O que o Seboso queria? – perguntou Rony.

- Queria que eu tivesse aulas de Oclumência com ele. – disse o moreno.

- O que seria isso? – perguntou Gina.

- Pelo que eu entendi da discussão entre ele e meu pai, é uma técnica para fechar a mente para invasões externas.

- Pode ser bem útil. – disse Mione. – Mas seu pai não vai permitir?

- Que eu tenha aulas com o Seboso, não. Ele mesmo vai me ensinar.

- Com aulas de Oclumência, a AD, treinos de quadribol, deveres de casa, você não vai tempo para mais nada. – disse Rony. – Não vai arrumar namorada tão cedo.

- Podemos arrumar um tempo para tudo. – disse ele dando uma piscadinha para Gina.

- Eu gostaria de saber por que você ainda não deu um fim no Snape. – disse Lilian. – Eu me lembro de você correndo para pega-lo depois que ele matou Dumbledore.

- Ele ainda não fez nada. – disse Tiago. – Eu não posso puni-lo por algo que ele não cometeu. Assim com não posso fazer nada com o Malfoy. Mas posso evitar que a invasão ocorra.

- Como? – perguntou ela se aninhando melhor contra o corpo do marido.

- Já retirei o Armário sumidouro da Loja. – disse ele. – E vou tirar o do castelo em breve. Também não permitirei que o Malfoy descubra sobre a Sala Precisa.

- Também não entendo essa briga que você tem com o diretor. – disse a ruiva. – Você confiava tanto nele.

- Sim, confiava quase cegamente, mas depois que ele morreu descobri algumas coisas que me fizeram rever isso, coisas sobre o passado dele que me fizeram entender que ele agia me manipulando. Muitas das situações que me envolvi poderiam ter resultados diferente se ele me contasse algumas coisas. Isso incluía a própria profecia. Ele não precisava ter me contado o conteúdo, mas se desde o começo soubesse que a intenção de Voldemort era me atrair para que eu pegasse a profecia, eu não teria ido para lá. Se ele não tentasse esconder as coisas de nós, não teríamos que descobrir tudo.

- É por isso que você insiste em ensinar tudo para eles. – disse Lilian.

- Sim, mas também para que ele tenha condições de enfrentar qualquer situação, mesmo as que eu não tive que enfrentar.

Fred e George aproveitaram que os irmãos estavam em casa para comemorar o Natal bem cedo. Decidiram acordar os irmãos. Já haviam acordado Gui, Carlinhos e Percy, que estava na Sede, mesmo morando em Londres. E cada um acordado entrava na brincadeira.

Faltavam Rony e Gina. Se bem que era muito perigoso acordar a caçula. Eles se contentariam com Harry no seu lugar.

Entraram silenciosamente no quarto que os dois meninos dividiam. E foram chegando perto. Eles acabaram percebendo que Harry não estava sozinho, havia uma cabeleira ruiva apoiada no peito nu do rapaz. Obviamente todos se lembraram da promessa que Gina havia feito na Copa Mundial.

- O que está acontecendo aqui? – quis saber Gui, o que mais superprotegia Gina.

- Até vocês entrarem, nós estávamos dormindo. – disse Harry. – Assim eu posso repetir a pergunta para você.

- Não me venha com essa de espertinho. – disse Carlinhos chegando perto dele. – O que queremos saber é o que você está fazendo com...

Ele parou quando percebeu o olhar raivoso da ruiva.

- É pode ir se explicando, seu porco espinho falante. – disse Fred.

- Como você pode fazer uma coisa destas debaixo dos nossos narizes. – disse George.

- Nós quem devíamos estar reclamando de vocês nos acordarem cedo. – disse Rony. – Fiquem felizes que a Letícia está sem a varinha dela, senão vocês estariam perdidos.

- Letícia? – perguntaram os que ainda não tinha percebido.

- Sim, minha irmã. – disse Harry. – Vai me dizer que nenhum de vocês dormiu com a Gina.

- Eh... bem... – os Cinco começaram a gaguejar.

- Vemos vocês no café. – disse Percy arrastando os outros para fora.

- Ainda bem que não era a Gina. – disse Rony. – Ela dorme com a varinha. Ia sobrar até pra mim. Isso não é uma autorização.

- Entendi, Rony. – disse Harry.

O feriado passou rápido para todos, principalmente que não houve nenhum sinal. O feriado passou rápido para todos, principalmente que não houve nenhum sinal de Voldemort ou dos comensais.

Os meninos Weasley tentaram evitar que Harry e Gina ficassem próximos, mas foram impedidos pela própria ruiva e todos os outros adultos da casa.

Eles voltaram de chave de portal, passando pela casa dos Potter em Hogsmeade.

O tempo passado fez com que os alunos esquecessem o que havia acontecido. Entretanto só fez a vontade de Umbrigde descobrir o que aconteceu maior ainda.

Ela acabou encurralando Harry em um corredor do segundo andar.

- Aonde você passou o feriado? – ela perguntou diretamente.

- Com meus pais e o resto de minha família. – disse ele, na indireta que não ia responder exatamente o que foi perguntado.

- Não foi isso o que perguntei. – disse ela.

- Ah, a senhora quer saber a localização. Hum. – disse ele pensativo. – Isso não te interessa. Você não foi convidada.

Ele se virou e continuou o seu caminho,

- Sr Potter, eu tentei do modo fácil, mas não faça eu ter que usar a autoridade. – disse ela.

- Não vou responder do mesmo jeito. – disse ele.

- Eu sou assessora do ministro, Eu vou pedir para ele... – começou ela, mas foi interrompida por alguém.

- A senhora pode ser quem você quiser, isso não te dá o direito de invadir a privacidade de ninguém. – disse Minerva.

- Mas ele é um aluno de Hogwarts. – disse ela. – E eu estou aqui para o bem de nossa escola.

- Sim, ele é um aluno, mas onde ele passa as férias, quando não está dentro das propriedades não é responsabilidade nossa. – disse a professora. – Além do mais, você está aqui para observar as aulas, não saber da vida pessoal dos alunos, professores e funcionários.

- Isso não vai ficar assim, pode ter certeza. – ameaçou Umbrigde.

- Sr Potter, sei pai quer falar com você no quarto dele. – disse Minerva ignorando a inquisidora.

Harry seguiu para o quarto dos pais, sem olhar para trás.

Lá estavam Letícia e Gina além de Tiago, Lilian e as gêmeas.

- Pensei que fosse apenas uma desculpa da Minerva para me livrar da Sapa. – disse Harry ao ver todos reunidos.

- Ela está doida para saber o que aconteceu. – disse Tiago. – Uma pena que eu não gosto dela, e não vou falar nada. Mas vamos deixar isso de lado. Hoje vamos iniciar os treinos de Oclumência.

Os três meninos se mexeram de forma a ficarem mais confortáveis em suas cadeiras.

- Oclumência é a arte de defender a mente contra invasões. – disse o auror. – Muitos a consideram uma arte das trevas, mas essa classificação é muito falha, e não é interessante no momento. Mas para entendermos isso temos que entender a Leglimência, que é a capacidade de uma pessoa ver memórias, pensamentos e sentimentos das outras.

Tiago continuou a dissertação sobre as duas por mais algum tempo.

- Ao contrário do que Dumbledore deixa transparecer, a utilidade da Oclumência para ele é evitar que Voldemort tenha acesso a sua mente, Harry, não evitar que você tenha acesso a dele. – disse Tiago.

- E nós, por que estamos aqui? – perguntou Gina apontando para ela e Letícia.

- Magos precisam saber tanto Oclumência quanto Leglimência, Princesa. – disse Lilian. – É importante que se tenha domínio destas técnicas. Sem contar que eles podem tentar usar vocês para conseguir informações, por acharem que vocês são mais frágeis.

- Não somos frágeis. – disse Letícia indignada.

- Nós sabemos Minha Rainha. – disse Tiago. – Eles não.

- Mas e Rony e Mione? – perguntou Gina.

- Eles não correm tanto risco, por enquanto. – disse Tiago. – E eles têm muito que fazer com a monitoria. Mas vou começar a treiná-los também, depois. E imprescindível que vocês aprendam.

- Certo. – disse ele.

- Bom como vamos precisar invadir a mente para que vocês tenham prática, Eu cuidarei do Harry, enquanto Lilian fica com Gina e Letícia. – disse o inominável. – Assim evitamos constrangimentos para todos.

Tiago avisou que no começo eles seriam menos agressivos para que eles possam se acostumar, e iam aumentando a dificuldade com o tempo, passando a fazer isso durante duelos e outros momentos.

- Eu estou morta. – disse Letícia. – Vou dormir, Beijinhos.

A ruivinha foi para cama.

- Vou colocar as meninas na cama. – disse Tiago saindo com Anny.

- Vocês ainda têm meia hora para voltar. –disse Lilian, acompanhando o marido com Carol no colo.

- Tem hora que acho que eles querem nos juntar. – disse Harry.

- E você vê algum problema nisso, Potter? – perguntou Gina com as mãos na cintura.

- Eles podiam ser mais discretos. – disse ele.


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