Corrigindo Erros Do Passado escrita por Mago Merlin


Capítulo 59
Passeio




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Capítulo 59 – Passeio

A neve caiu dias antes da visita à Hogsmeade. O que tornou a paisagem mais bela. A cabana de Hagrid estava parecendo um bolo confeitado, mas infelizmente ainda estava vazia, sem sinal do meio gigante.

No jantar anterior a visita, Miguel Corner se aproximou da mesa da Grifinória. Mais precisamente de Gina. Harry teve que segurar Letícia para que ela não azarasse o rapaz.

- Oi, Gina. – disse o rapaz ignorando o resto do grupo.

Agora foi a vez de Mione segurar o namorado para evitar que ele falasse algo.

- Boa Noite, Corner. –disse a ruiva.

- Pode me chamar de Miguel. – disse ele. – Eu gostaria de saber se você já tem companhia para a visita amanhã?

- Sim, tenho. – disse ela.

- Não estou falando dos seus amigos. – disse ele com um sorriso.

- Eu não tenho o costume de sair com inimigos, Corner. – disse ela.

- Então, gostaria de ir comigo? – perguntou ele esperançoso.

- Não. – disse ela.

- Por quê?

- Eu tenho planos, e não tenho vontade de ir com você. – disse a menina se virando de volta para a mesa, evitando olhar para alguém.

Corner tentou reclamar, mas viu que Mione deixou de segurar Rony e os gêmeos se aproximavam.

-Deixa eu acertar ele, Harry. – disse baixinho Letícia.

O moreno instintivamente olhou para o pai, que também olhava de cara fechada para o corvinal.

- Nada permanente.  – disse ele. - Mas não aqui.


Não foi surpresa para todos que Miguel Corner tivesse que passar o dia todo na enfermaria, enquanto os colegas iam ao vilarejo. Só não souberam dizer quem foi.

Letícia foi com os pais, para ajudar com as gêmeas, e também para visitar a casa, que estava vazia, apesar de sempre um dos elfos passar por lá.

Quando o quarteto chegou em Hogsmeade, Harry puxou Gina para um canto e jogou a capa de invisibilidade sobre os dois.

- Harry! Por que você fez isso? – perguntou a Ruiva quando eles saíram da proteção da capa, perto do Empório das Corujas.

- Eu achei que você não ia querer ficar de vela para os dois. – disse ele. – Bom se eu estivesse no começo de um namoro, eu gostaria que meus amigos não estivessem por perto. E sei que nenhum dos dois ia conseguir superar a vergonha para dizer isso para a gente, bom a Mione até tentou.

- Às vezes eu me esqueço que você não é aquele menininho que ficava vendo tevelisão. - disse ela.

- Televisão. – disse ele. – E você não é mais aquela menininha que corria atrás dos gêmeos quando eles pegavam uma de suas bonecas.

Eles ainda estavam abraçados, pois não se soltaram quando saíram debaixo da capa. E foram se aproximando mais.

- Ei, vocês dois. – disse Fred assustando os dois e fazendo eles se separarem.

- Onde está o casal maravilha? – perguntou Jorge.

- Eu nasci com cara de babá, por acaso? – perguntou Gina com raiva.

- Mas vocês vieram com eles? – disse Jorge.

- Devem saber onde eles estão. – emendou Fred.

- Da próxima vez que vocês vierem com alguém, vamos ficar coladinhos em vocês para poder sempre informar para todos, inclusive a Tia Molly onde vocês estão e o que estão fazendo. – disse Harry num tom parecido com o usado pela menina.

- Ta bom. – disse Fred. – Entendemos que vocês não querem saber dos dois.

- Não precisam descontar em nós o fato deles estarem juntos. – disse Jorge.

- Vamos embora. – disse Harry puxando uma resistente Gina, que queria usar seu feitiço para rebater bicho papão nos irmãos. – Tenho que comprar um presente pra Let.

- O que ela fez para merecer um presente? – perguntou Gina, dando uma olhada para os irmãos que não se atreveram seguir os dois. – Eu posso fazer também pra ter um também?

- Vai ser meio difícil, e não seria pelos mesmos motivos. – disse ele. – Mas como não preciso de uma razão para te dar um presente, você escolhe um pra você. Depois vamos para a Dedos de Mel para que eu possa  pagar pelo chocolate que eu te prometi.

Gina ficou pensando.

- Por acaso, não foi ela quem mandou o Corner para a enfermaria?

- Oh, ele está na enfermaria? – perguntou Harry fingindo surpresa.

- Nem adianta que eu sei que você sabia disso.

- Ela pode não ter gostado de como ele te abordou. Você sabe bem que ela é bem protetora.


A semana passou com uma série de boatos correndo o castelo, a maioria sobre Harry e Gina. Para muitos eles estavam namorando, mas não assumiam por causa dos irmãos dela. Mas coisas mais maldosas foram ditas. Inclusive alguns chegaram a suspeitar que as gêmeas eram filhas dos dois, ainda mais que eles foram vistos com as duas em Hogsmeade sem a presença de Tiago ou Lílian. Mas esse não rendeu muito, pois todos se lembravam de Lílian grávida.

Gina era quem mais sofria com as perguntas que faziam para confirmar tudo. Dependendo do humor, ela dava uma resposta sarcástica ou deixava a pessoa com mais dúvidas.

Letícia não foi incomodada com isso, as pessoas não tiveram coragem de enfrentar a ruivinha, mas ela ficou contente que apesar dos boatos, ninguém parecia desaprovar ou querer separar os dois.

Já Harry nem tomou conhecimento disso, com a partida de quadribol se aproximando, ele passou muito tempo treinando, levantando a moral de Rony, que se sentia um lixo, ou estudando, arrastado pela Mione. Os poucos momentos em que estava livre, ele passava com as irmãs ou Gina.


Harry teve que fazer um esforço grande para arrastar Rony para o Salão Principal, no dia do jogo. Ele estava parecendo que comeu um dos doces dos gêmeos e estava prestes a vomitar.

Mas foi Mione que o convenceu a comer um pouco.

- Não deixa o Rony ver os distintivos. – disse a monitora para Rony.

Ele tinha visto mesmo que tinha algo de errado na mesa da Sonserina quando entrou no salão, mas não conseguiu descobrir o que era.

Na saída, nem foi preciso disfarçar para Rony que ainda se lamentava da ideia de ser o goleiro da Grifinória. Então ele conseguiu ler o que tinha naquele objeto que Malfoy ostentava no peito: “Weasley é nosso Rei”. Aquilo não agradou o moreno, que pressentiu que algo pior estava por vir.

Ele estava certo, quando os times entraram em campo, uma música começou a ser entoada pela torcida verde. Algo que fez até mesmo Harry ficar com raiva. A música er a bem ofensiva, mas não somente para Rony, mas também para o resto da família.

Como normalmente acontecia, o jogo foi bem violento, mas desta vez Fred e Jorge não se seguraram e através dos balaços descontava sempre.

Pelo que Harry pode perceber Rony estava conseguindo ir muito bem nas jogadas difíceis, mas deixava algumas fáceis passar. O que deixava o jogo bem equilibrado, fazendo com que as duas equipes se revezassem na dianteira do placar.

Ele não se atreveu a ficar muito tempo olhando ou parando para dar algum conselho para o amigo, pois Malfoy estava bem próximo dele.

Depois do que pareciam horas, ele conseguiu avistar a pequena bolinha dourada. Mas para sua infelicidade, Malfoy percebeu seu olhar e também viu o pomo, que estava mais próximo do sonserino.

Harry acelerou o máximo que conseguiu e em pouco tempo, conseguiu emparelhar com o adversário. Aos poucos ele conseguiu passar a frente e quando estava com uma cabeça de vantagem, ele esticou a mão, agarrando a bolinha alada. Ainda pode sentir que Malfoy segurava a sua mão, mas sem sucesso no entento de vencera partida.

O moreno levantou a mão demonstrando que venceu, mas sentiu uma dor muito forte nas costas, e foi arremessado para fora da vassoura, por sorte, o pomo tinha tentado fugir deles indo em direção ao solo, fazendo com que a queda fosse pequena.

Quase todo o time pousou perto dele, reclamando de Crabbe que lançou o balaço contra o grifinório depois que ele tinha capturado o pomo. Madame Hoock já estava dando o sermão nele.

- Gostou da música que eu compus para seu amiguinho, Potter? – perguntou Malfoy que havia pousado ali perto.

- Sabia que tinha dedo seu ali. – disse Harry. – Algo podre assim só poderia sair uma cabeça tão podre assim.

- Eu me esqueci que você convivia com eles a muitos anos.

- O que está acontecendo aqui? – perguntou Jorge.

- Espero que vocês também tenham gostado da musiquinha, adorei a parte do seu pai.

Os gêmeos entenderam bem o que o loiro quis dizer e partiram para o ataque. Harry segurou Jorge que estava ao seu lado, mas foi preciso a união das três artilheiras para segurar Fred.

- Uma pena que não achei nada para rimar com a rolha de poço. – os gêmeos quase se soltaram. – Deve ser por saudades de sua mãe, que você gosta tanto de visitar esses pobretões. Deve cheirar como aquela sangue-de-lama.

Harry sem perceber soltou Jorge é estava partindo para cima de Malfoy, quando sentiu uma onda de raivar passar rapidamente por ele, o forçando a parar, assim como Fred e Jorge.

- Saber perder faz parte do esporte, Sr Malfoy. – disse Tiago as costas dele.

 O loiro se virou lentamente e viu fogo naqueles olhos verdes, o fazendo engolir em seco.

- Mesmo com suas táticas para desconcentrar os adversários, você perdeu e agora apela para as ofensas. Sempre achei que os Malfoy fossem mais orgulhosos e não se rebaixavam tanto. Você ficará de detenção.

- Acho que não será necessário. – disse Umbrigde com um sorrisinho no rosto. – Mas acredito que os Srs Weasley devam ser punidos pela agressividade.

- O que a leva a pensar que poderia me dizer o que fazer? – perguntou o auror. Lilian estava segurando o marido para não partir a cara da assessora do ministro, ainda mais depois do sonserino ter ofendido a mãe dele.

A mulher abriu um sorrisinho vitorioso e retirou da bolsa um pergaminho, entregando para o auror.

Tiago pegou o papel sabendo bem do que se tratava um decreto educacional. Ao terminar de ler, ele começou a rir.

- O que é engraçado? – perguntou Umbrigde perdendo um pouco o seu sorriso.

- Bom, o contrario do que você imagina, você não pode se meter aqui. – disse ele, e ele se virou para Malfoy. – Assim que Hagrid voltar ele supervisionará sua detenção.

- Eu disse que não seria necessário. – disse Umbridge.

- Segundo esse pergaminho que você veio esfregar na minha cara, Você só tem autorização para intervir nas detenções dadas pelos professores. Abranda-la ou aumenta-la. – disse Tiago com satisfação. – Não disse que você pode dar ou retirar punições ao seu bel prazer. E um detalhe que você não percebeu, eu não sou um professor, sou auror. Então você não tem autoridade para me dizer em quem eu devo ou não dar detenção.

- Mas... mas... – disse ela lendo furiosamente o decreto. – Eu pedi liberdade total para o ministro.

- Ele não é burro. – disse Lílian. – Ele sabe muito bem que não deve dar mais poder para alguém sobre um auror. Se lembra do que aconteceu com o último ministro que tentou isso?

- Isso é um ameaça, Potter?

- Não, uma simples constatação de fatos. Nem mesmo Fudge pode ir contra todo o esquadrão de aurores. – disse a ruiva.

- Mas quanto aos agressores? Esses dois iam partir para cima de jovem Malfoy. – disse a assessora.

- Você se intrometeu antes que eu pudesse fazer algo. Fred, Jorge, quero os dois no meu escritório, segunda as oito. – disse ele dando uma piscadinha marota para os sobrinhos.

- Sim, senhor. – disseram os dois.

- Agora todos para os seus salões comunais. – disse Lílian, dispersando os alunos.

- Você sabe que ela vai tentar se vingar, né? – disse a ruiva no meio do caminho. – Quando ela se tornar diretora.

- Isso é uma coisa que pretendo evitar. – disse Tiago.


Harry contou o que aconteceu para Letícia, Mione e Gina.

- Aposto que se ela realmente tivesse poder, ela ir te expulsar do time. – disse Gina.

- Sim. – disse Mione. – Seria uma coisa bem chamativa, “Herói louco espanca pobre menino.”

- Eu não gosto dela. – disse Letícia. – Mas mamãe não deixa que eu a azare.

- Alguém viu o Rony? – perguntou Harry depois de um tempo. – Ele ainda não voltou.

Hermione deu uma olhada para o salão, não procurando o namorado, mas vendo se todas as meninas que ficavam gritando para ele quando defendia alguma bola difícil estava presente.

Ela nem precisou terminar a sondagem. O retrato da Mulher Gorda girou, dando passagem para um deprimido Rony, ainda vestido com a roupa de quadribol.

- O que aconteceu? – perguntou Mione.

- Angelina não quer aceitar minha dispensa. – disse ele.

- Mas você é um bom goleiro. – disse Gina.

- Não sou. – disse ele.

- Se você sair provavelmente teremos problemas. Umbrigde pode tentar expulsar eu e os Gêmeos. – disse Harry contando o que aconteceu no campo depois do jogo.

- Isso é ruim. – disse o ruivo.

- Olha tem fumaça saindo da cabana do Hagrid. – disse Letícia para animar todos.

- É mesmo. – constatou Mione. – Ele voltou, devemos fazer uma visita.

O grupo saiu da sala comunal e estavam planejando como fariam para poderem ir sem serem vistos.

- Eu te disse que eles iam esquecer os casacos. – disse Lílian atrás deles.

- Eu não me lembrava mesmo disso. – disse Tiago.

Os dois estavam com as gêmeas completamente agasalhadas no colo e alguns casacos.

 - Nós só estávamos indo para a cozinha. – disse Rony.

- Se eu não soubesse que os gêmeos e Lino Jordan sempre providenciam tudo para as festas eu até cairia nessa. – disse Tiago. – Eu sei bem que vocês viram que Hagrid chegou, e vão visitá-lo.

- Nós vamos juntos, assim a Baixa Engolidora de Moscas não vai poder reclamar de nada.


Eles foram recebidos por um Hagrid completamente machucado.

- Onde você arrumou esses machucados? – perguntou Letícia. – Ta mais feio que o último carinha que cantou a mamãe.

- Não é pra tanto, Lets. Eu só dei um soquinho na cara dele. – disse Tiago.

- Se aquilo foi só um soquinho, nem quero ver o que você faria com o Cara de Cobra se tivesse que usar somente as mãos.

- Não de idéias. – disse Hagrid. – Ele pode querer fazer isso ainda hoje.

- Mas conte como foram suas férias com os gigantes. – disse Harry.

- Quem disse que eu fui me encontrar com os Gigantes na companhia de Olímpia?

- Você. – disse Gina.

Hagrid olhou para Tiago e Lilian.

- Tio Hagrid vai contar historias de gigantes como aquela do João e o Pé de feijão. – disse Lilian para as meninas no colo dela e de Tiago.

Depois dessa não teve outro jeito e Hagrid contou como foi a missão.

- Então sem Gigantes para o nosso lado. – disse Rony.

- Sim. – disse Hagrid com um suspiro.

Antes que alguém falasse algo, batidas na porta foram ouvidas.

- Eu atendo.  – disse Tiago.

- Sr. Hagrid. – começou a falar Umbrigde antes de perceber que estava na sua frente. E você Potter.

- Sim, eu vim visitar o Hagrid, já que ele voltou de viagem. – disse ele.

- Eu volto mais tarde. – disse ela.

- Quem é essa mulher? – perguntou Hagrid





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