Corrigindo Erros Do Passado escrita por Mago Merlin


Capítulo 49
A Volta do Lorde.




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Capítulo 49 – A Volta do Lorde.

Finalmente chegou o dia da terceira prova do Tribruxo, Rony ainda estava indignado por Harry ter se livrado das provas.

- Sinceramente, Rony. Ele já tem muita coisa para pensar. – disse Hermione. 

- E você é o único que está reclamando.  – disse Gina.

- Isso é injusto, só isso, todos nós deveríamos ter sido liberados. – disse Rony.

- Não reclame, Roniquinho. – disse Fred.

- Eles podiam te mandar fazer a prova do Harry para ele. – disse Jorge.

- Não se intrometam, mas se um de vocês fosse escolhido o outro ia fazer as provas.  – disse o ruivo.

- Não pensamos nisso. – disseram.

- Aposto que eles pensaram que seriam escolhidos os dois. – disse Harry.

- Isso mesmo.  – disse Gina.

Eles seguiram pelo café até que Minerva chamou Harry para se juntar aos outros campeões.

- Vocês estão atrasados. – disse Molly para os filhos mais velhos. – Vocês sabem bem que eu tenho que cuidar das meninas, para Lilian poder trabalhar, e descansar um pouco.

- Você com essas meninas, parece mais a avó que a tia. – disse Carlinhos.

Molly fingiu não escutar. Mas sabia que muitos estavam pensando o mesmo, e seria melhor revelar isso logo, pelo menos para os filhos mais velhos e para alguns amigos. Ela lembra bem do olhar que recebeu de Remo no dia do nascimento das gêmeas, indicou que ele desconfiava. Falaria isso com Tiago e Lilian.

- Como se você não quisesse dar uma olhada nos moleques que estão dando em cima da Gina. – disse Gui.

- Não se metam com a Gina. – disse Molly. – Ela já tem problemas com Fred, Jorge e Rony no pé dela.

- E bom eles estarem cuidando bem da Gina. Se eu souber de algum menino perto dela eu nem sei o que posso fazer. – disse Carlinhos.

- Espero que Harry esteja treinando. – disse a matriarca para ela mesma e depois para os dois que confabulavam. - Vamos, depois vocês discutem isso.

Os três aparataram em Hogsmeade, onde já havia uma carruagem esperando por eles.

Eles estavam andando pelos corredores para ir encontrar com Lilian, quando alguém esbarra em Gui. O Ruivo acabou segurando a pessoa pela cintura para evitar que ela caísse.

- Pardon. – disse a loira que bateu nele.

- Tudo bem.  – disse ele. – Eu também estava distraído. 

- Non, eu to com a cabeça nas nuvens. – disse ela.

- Você veio com a delegação de Beauxbatons?

- Oui. – disse ela sem saber o que falar. – Sou Fleur.

- Gui. – disse ele, impressionado com a menina. – Te vejo mais tarde. Minha mãe está me esperando.

- Bon jour. – disse ela, se esquecendo de falar francês.

- Bom dia. – disse ele, mais distraído que ela.

Os dois não reparam que eram observados.

Gui pegou uma passagem secreta sem nem mesmo ver, mas por sorte, acabou por se reunir novamente com a mãe e o irmão.

Eles entraram no quarto de Lilian e pegaram as meninas para irem com eles, ficar com Harry, já que as famílias dos campeões foram chamadas para isso. Gui só seguia os dois, sem tirar o sorriso bobo do rosto. Todos tentavam chamar a atenção dele, pelo caminho até o ponto de encontro, mas nada dava certo.

Até que Letícia pula no ombro dele, de cavalinho, e nem assim ele mudou.

- A loira é homem. – disse ela no ouvido dele.

- O QUE? – perguntou o ruivo.

- Finalmente, achei que ia ficar perdido assim por dias. – disse a menina. – É mentira.

- Não me dê um susto desses. – disse ele.

- Você estava longe. – disse a menina.

- Podiam ter me chamado.

- Sua mãe está tentando desde que saímos do quarto.

Só agora ele percebeu que estavam quase no salão principal.

- Não adianta, acho que depois de hoje, não vou mais encontrá-la.

- Eu não teria tanta certeza assim. – disse ela sem animação.

Eles interceptaram Harry antes dele entrar na sala destinada para os campeões. E seguiram para os jardins.  

Lilian e Tiago se juntaram a eles depois de algum tempo, quando tudo o que eles podiam fazer estava pronto. E também não queriam ficar longe dos filhos, principalmente das recém-nascidas.

- Eu sempre quis voltar para Hogwarts. – disse Molly. – Isso aqui é tão mágico.

- Você pode vir visitar as meninas sempre que quiser. – disse Lilian.

- Dumbledore não vai se opor a isso. – disse Tiago.

- Ele sabe? – perguntou Molly.

- Não, nem vou contar. – disse Tiago rapidamente. – Se ele descobrir sozinho, bom pra ele.

- O que? – perguntou Gui.

- Nas férias eu conto. – disse o auror.

-  Mas... – começou Carlinhos.

- Vai ter tempo. – disse Lilian.

Harry preferiu passar a tarde no quarto dos pais com as irmãs. Depois de todo o salão olhar para ele, durante o almoço, onde ele se sentou ao lado da Gina e Letícia. Pior foi o olhar dos ruivos para cima dele, quando Gina deu um beijo na bochecha dele, quando chegou, antes de cumprimentá-los. Bem até que Fleur entrou no salão, então as brincadeiras com Gui começaram. Principalmente depois que a francesa deu um singelo aceno para ele.

- Por que você não gosta da Fleur? –perguntou Harry para Letícia.

- Não sei. – disse a menina. – Ela é bonita, todos olham para ela, quase todos.

- Você devia conhecer ela, não ficar com ciúmes dela. – disse o moreno. – Ela é uma menina legal, e pode te ensinar muita coisa, por ser diferente do que você está acostumada.

- Acho que tenho mesmo. O Gui está caidinho por ela.

- Como?

- Sinceramente Harry, você quando começa a conversar com a Gina esquece o mundo. – disse ela rindo.

- Não é bem assim. – disse ele envergonhado.

O momento da prova chegou rapidamente para a opinião de Harry. Ele viu muita gente que não conhecia rondando o campo de quadribol. Ele sabia muito bem a importância do evento, mas isso não melhorava o seu humor.

- Boa sorte. – disse Hermione, quando eles se encontravam na frente da tenda dos campeões.

A família Weasley, assim como Letícia, Sirius, Manú e Melissa, já haviam desejado sorte para ele, e estavam na tribuna de honra, onde ficavam as famílias e os juízes.

- E cara, mostra pra eles quem manda aqui. – disse Rony dando um soco no ombro dele.

- Seu pai mandou você se lembrar que ele vai estar sempre ao seu lado. – disse a morena. – Não entendi muito isso.

- Já vamos, Fred e Jorge ficaram de encontrar um lugar bom pra gente. – disse Rony.

Os dois se afastaram e Gina chegou perto, sem que eles percebessem.

- Toma cuidado. – disse ela, o abraçando. – Sua mãe tá preocupada com você.

- Minha mãe? – perguntou ele.

- Também estou, seu bobo. Mas sei que você vai sair bem. Sempre sai.

- Obrigado. – disse ele

Por alguns segundos eles ficaram se encarando e os rostos foram se aproximando, sem que eles notassem.

- Harry Potter. – disse alguém. – Quem eu queria encontrar.

Era Bagman.

- Srta Weasley, acho que você tem que ir para as arquibancadas para não perder o início do seu campeão. – disse o juiz de forma bondosa. – Eu preciso conversar um pouco com ele antes.

- Tudo bem, Sr Bagman. – disse ela sem conseguir encarar Harry, mas mesmo assim deu um beijo na sua bochecha e saiu.

- Harry, você está bem? Digo se preparou bem para a prova? – disse ele.

Harry novamente estranhou a atitude dele.

- Sim, estou preparado. – disse ele.

- Ótimo. – disse ele. – Então, boa sorte.

Harry foi para a tenda esperar pelo inicio da prova.

Fudge deu início a prova, explicando para os expectadores o torneio e as regras da prova.

Harry foi o primeiro a entrar, por ter mais pontos. Ele não perdeu tempo e saiu correndo, escolhendo a esquerda na primeira bifurcação. Sua vantagem era pouca, apenas cinco minutos para cada um dos concorrentes, mas mesmo assim, ele parecia percorrer um bom caminho antes de cada sinal.

Mas ele começou a ficar preocupado, não encontrava muita dificuldade no caminho, certo que um bicho-papão apareceu para ele, mas nada que ele não pudesse se livrar facilmente.

Até que escutou um som estranho, e um jato de fogo passar por sua cabeça. Olhando para trás ele viu um explosivin do Hagrid, como fazia algum tempo que não os via, Harry se surpreendeu com o tamanho dele, cobria praticamente todo o corredor.

Lançou inúmeros feitiços nele, para ver se algum fazia algum efeito, mas nada acontecia. Por sorte, o bicho também tinha dificuldades pelo espaço disponível, e não conseguia acertar com o fogo o moreno, mas tentava de todas as formas com suas garras.

Até Harry rolou no chão para desviar de mais um jato de fogo, e assim mirar na região de baixo da carapaça do animal, que era mais mole. Com um impedimenta, ele pode passar por ali.

- Tenho que falar com o Hagrid que ele não precisa de dragões para proteger o castelo, um destes já basta. – pensou alto o moreno.

 Continuou sem encontrar muitas dificuldades pelo caminho, que preocupava mais que enfrentar muitas coisas.

De repente, ele escuta um grito de dor, algo que fez ele se arrepiar todo. Parecia ser do Diggory. Imediatamente, Harry começou a lançar feitiços na sebe, para alcançar o menino. Quando um buraco suficiente se abriu ele viu Krum lançando uma maldição no outro campeão.

Sem pensar duas vezes, Harry estuporou o búlgaro.

- Valeu Harry. Ele estava doido, parecia enfeitiçado. – disse Cedrico.

- Acho que devemos continuar. Lance as faíscas vermelhas para ele, tem algumas criaturas que poderiam se aproveitar dele assim. – disse Harry pelo buraco.

- Parece que você também deu de cara com um explosivin.

- Sim, e ele não foi muito com a minha cara.

- Certo.

Os dois ainda ficaram alguns instantes olhando um para a cara do outro, até se lembrarem de onde estavam.

Harry seguiu pelo caminho que sua varinha indicava, e depois de um tempo, no meio de um longo corredor sem bifurcações, ele escutou algo que lhe pareceu sinistramente com um ronronado.

Logo ele se viu parado na frente de uma criatura que ele imaginou ser apenas uma lenda, até se lembrar que no mundo mágico tudo era realmente era possível. Era uma esfinge.

- Eu deveria fazer um enigma para você. – disse ele. – Mas quero apenas saber uma coisa, se me convencer, você passa. Se não, eu te devoro.

- Certo. – disse Harry.

- O que você é, com relação ao auror que mora no castelo? – perguntou a criatura.

- Oficialmente sou seu filho adotivo. Mas nós somos a mesma pessoa de tempos diferentes.

A esfinge ficou analisando o moreno, antes de falar.

- Você não mente. Pode passar. Siga esse caminho que você encontrará seu destino.

- Obrigado. – disse Harry, sem saber bem o que dizer.

Ele continuou pelo corredor, até que ele se abriu em um espaço largo, no centro estava a taça do Tribruxo.

Ele correu para finalizar isso tudo. No meio do caminho ele viu Diggory entrando na área. O Lufa-lufa tentou correr, mas ao perceber que Harry estava mais perto desistiu.

- Você merece. – disse ele.

Harry então tocou a taça e sentiu ser puxado por ela. Percebeu tarde demais que era uma chave de portal, ainda pode ouvir o grito de Fleur que também chegava ali.

Ele aterrissou em o que parecia ser um cemitério trouxa. Ele começou a olhar em volta para ver se reconhecia o local, mas não conseguiu.

Do nada, sua cicatriz começou a doer, mas doía muito, que ele quase chegou a desmaiar.

- Amarre-o – disse alguém as suas costas.

Harry mal conseguiu se virar e foi atingido por um feitiço que o prendeu em uma lápide.

-Bagman? Você é um comensal? – perguntou Harry ao reconhecer, apesar da dor, o comensal que segurava uma trouxa que parecia ser um bebê.

- Sim. Você esperava que eu ficasse naquele ministério que não me valoriza. Sem contar com essa sujeira dos sangues-ruins, que o tomaram. Estou fingindo a anos, por ordens do Lorde.

- Cale-se. – disse a trouxa. – Comece logo com isso.

Neste momento Harry viu Bagman recitar alguns versos e algo sobre seus pés se direcionou para o caldeirão que ele havia colocado ali, assim como o bebê, depois com uma adaga fez um corte em seu braço e retirar seu sangue.

Mas o pior foi quando o responsável pelo setor de esportes do ministério cortou sua própria mão, fazendo a poção que existia no caldeirão borbulhar e Harry torcer para que o bebê se afogasse.

Mas para contrariar Harry, algo saiu de lá. Um homem, Voldemort.

- Se não é Harry Potter. – disse ele, com uma voz sibilante, depois que Bagman o vestiu, ainda sofrendo pela perda do membro.

- Pelo que me falaram, eu esperava mais de você, Voldemort. – disse Harry, como se não estivesse dor, apesar dela ter aumentado mais depois do ressurgimento dele.

- Você é insolente como seu pai. – disse Voldemort. – E vai ter o mesmo fim.

- Eu acho que não. – disse Harry. – Mas fico lisonjeado com os elogios.

- Bagman. O Seu braço. – disse com raiva o Lorde.

Ele estendeu o braço esquerdo, onde ficava a marca negra.

- Chamando seus escravos? – debochou Harry. – acho que eles vão vir rapidinho, com saudades de você.

- Veremos se você vai manter essa pose toda daqui a pouco.

Vultos passaram por entre os túmulos e logo os comensais estavam em um circulo em volta de Voldemort.

Harry não prestou muita atenção no que Voldemort falava com seus aliados, só guardava os nomes falados. E deu uma mão prateada para Bagman, que voltou para Hogwarts.

- Dá pra começar os castigos deles logo. – disse Harry depois de um tempo. – Tenho que voltar para Hogwarts, tem gente me esperando, tipo Dumbledore.

- Eles te receberão, mas morto.

- Você já tentou me matar três vezes, e não conseguiu. Eu estou contando com aquele seu diário que eu destruí, graças a seu amiginho Malfoy ali.

O olhar de fúria de Voldemort passou de Harry para o comensal, o último se encolhendo quando isso acontecia.

Voldemort mandou liberar Harry, para poder mostrar que ele era poderoso.

- Você aprendeu a duelar, Potter?

- Com o melhor. – respondeu.

- Veremos. – disse Voldemort. – CRUCIO!

Harry se desviou do raio.

- Esperava mais de você. – disse Harry. – Não tem mira.

- Moleque, você vai ver. – disse Voldemort. – Você vai se ajoelhar aos meus pés. IMPERIO!

O feitiço o pegou, mas Harry começou a gargalhar.

- Nem se você casasse com a Rainha. – disse Harry fazendo Voldemort perder a paciência.

Harry escutou alguém cochichar em seu ouvido, Expeliarmus.

- AVADA KEVADRA. – berrou Voldemort.

- EXPELIARMUS. – berrou ao mesmo tempo Harry.

Quando os feitiços colidiram, eles se uniram, unindo as varinhas. Contas de luz saiam de uma para a outra. E uma cúpula de luz isolou os dois dos comensais.

- O que está acontecendo?- perguntou um dos encapuzados.

- Não façam nada. – disse Voldemort.

Harry se manteve firme, e as contas começaram a ir em direção a Voldemort. Quando elas encostaram na varinha dele, gritos saíram, e uma figura de luz começou a sair dela. Era Lilian.

- Segura firme, meu filho. Seu pai está vindo. – disse ela.

Logo Tiago também apareceu.

- Estou orgulhoso de vocês. – disse Tiago. – Quando der o sinal, volte para a taça. Não deixe as ruivas esperando mais.

Os dois vultos começaram a rondar Voldemort, e logo pediram para Harry quebrar a ligação entre as varinhas.

Quando isso ocorreu, os comensais tentaram parar Harry, mas uma chuva de feitiços partiu para cima deles. Harry reconheceu a voz do pai, lançando os feitiços e correu o máximo que pode para perto da taça.

Os comensais se dividiam em tentar pegar Harry e descobrir quem os atacavam.

Harry tocou a taça, e voltou para Hogwarts.

A primeira pessoa que viu foi Dumbledore.

- Voldemort voltou. – disse ele, antes de receber um abraço da mãe, que chorava por ele.


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