Corrigindo Erros Do Passado escrita por Mago Merlin


Capítulo 32
Historia




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Capítulo 32 – História

A menina entrou em choque. Nem viu quando o duelo acabou, e a alegria dos dois meninos de poderem participar. Respondeu automaticamente ao irmão quando este se despediu.

- Minha rainha, o que aconteceu? – perguntou Tiago.

- Por que não me contaram? Eu sou muito nova para saber? – perguntou ela segurando o choro.

- O que, Lets? – foi a vez de Lilian, que como o marido estavam abaixados perto dela.

- Que você, mãe, é a Gina, do tempo do papai. - disse a menina agora com um tom acusador.

- Como você descobriu? – perguntou orgulhoso Tiago.

- Pelo seu livro, e vendo as duas duelarem, elas tem movimentos idênticos, assim como você e o Harry. – disse a menina.

- Não contamos nada, por vários motivos. – disse Lilian. – Nem eu mesmo me lembrava de quem eu era até levar o Harry para o trem que vinha para Hogwarts pela primeira vez. Eu só lembrei de tudo quando vi essa marca na nuca dela.

Ela mostrou a nuca para a filha e viu a estrela, confirmando o que a menina tinha percebido.

- Como você leu no livro, eu não reconheci a Lilian imediatamente, mesmo caindo praticamente aos pés dela. – disse Tiago. – Ela veio pra me ajudar, mas eu não podia saber. Foi a presença dela que eu consegui suportar não ter conseguido salvar meus pais, e poder criar o Harry. E assim como você, meu bem, eu fui notando algumas semelhanças entre as duas, pra mim ela se parecia com outra pessoa. Eu me apaixonei pela pessoa que eu via. Eu acreditava que a minha Gina estava morta. 

- Não entendi nada. – disse a menina.

- Eu, quando ainda era Harry, comecei a namorar a minha Gina, no meu sexto ano, mas precisei me afastar para tentar acabar com o cara mau que me perseguia. Ele atacou a Toca. Pela reportagem que eu vi estavam todos mortos. Foi ai que eu decidi voltar no tempo. Ela acabou vindo um ano antes, mas perdeu a memória. Ela é necessária para mim, assim como as outras coisas que veio comigo, minha varinha, vassoura, o livro.

- Mas por que não contaram? – insistiu a menina ao ver que estavam tentando enrolar.

- São pouquíssimas pessoas que sabem, na verdade, somente apenas nos dois, Tio Arthur e Tia Molly. Que são os pais dela. – disse Tiago.

- Eu tinha que contar para eles. – disse Lilian.

- Nem mesmo o Harry sabe?

- Não. – responderam.

- Não queremos que ele se sinta pressionado. – disse Tiago. – Eu sei bem o se passa na cabeça do seu irmão. Ele poderia se sentir obrigado a namorar a Gina, e não ter um relacionamento bom com ela. Ou poderia se revoltar e acabar triste.

- Sem contar que seria meio estranho ele se apaixonar pela menina que também é a mulher que o criou. – disse Lilian. - Contaremos mais para ele mais para frente. Quando ele tiver tomado uma definição em sua vida. Com ela ou não.

- Mas se ele apaixonar-se pela ruivinha, nem essa notícia vai tirar isso da cabeça dela. Eu sei bem o que é isso, eu tentei. – disse o moreno.

- Como assim? – perguntou Lilian brava.

- Eu percebi que estava apaixonado no começo do sexto ano. Passei todo o tempo em que você namorava, tentando te esquecer. E fui o responsável pelo episódio que causou a separação de vocês. – disse ele sem olhar para a mulher.

- Não sei se te bato, ou se agradeço. Já não aguentava mais ele. – disse Lilian.  – Mas eu gostaria de saber a historia do livro.

- Senta que lá vem a história. – disse ele indicando o sofá.

Eles se sentaram e Letícia se acomodou no colo do pai, onde ela gostava de ouvir as histórias.

- O livro fala sobre magias antigas que foram esquecidas ou que foram retiradas de circulação para não causar mais problemas. Uma dessas magias é justamente a que nos trouxe de volta no tempo. Tudo começou depois do casamento de Godrico e Rowena. Eles eram viúvos, cada um com um filho. A proximidade entre eles fez o amor nascer. Bom, não tem muito haver com a história, mas e um ponto de início. Um bruxo das trevas estava exterminando aqueles bruxos que vinha de origem trouxa. Sem um ou os dois pais bruxos. Ele tinha acabado de montar um pequeno exército e acabou por atacar Hogwarts.

- Por que eles sempre tentam isso? – perguntou Lilian.

- Não sei, acho que pela vista. –disse Tiago. – Os professores conseguiram vencer, mas o preço foi muito alto, mais da metade dos alunos havia perecido. Inclusive uma menina que havia acabado de chegar, que teve a garganta cortada na frente de Godrico. Quando estava tudo terminado, eles descobriram que o líder deles era um menino que estudou na escola. Ele havia se perdido na floresta depois que uns alunos de pais trouxas o importunaram. Os professores passaram dias procurando e não o encontraram. O garoto havia passado três dias em uma caverna durante o inverno e fora encontrado por um velho bruxo que se escondia por causa da perseguição aos bruxos. E incentivou nele o preconceito contra os trouxas.

- Esses são os piores. – disse a ruiva, Letícia já dava sinais de sono.

- Sim. Godrico passou dias tentando se recuperar das mortes, se culpando por tudo, pois fora ele quem encerra as buscas e por ser o principal alvo do ataque. Até que ele topou com essa magia. Não havia todos os detalhes, apenas como fazer e as condições, como o coração puro e não ter nada a perder. Ele havia perdido a razão para viver quando não conseguiu salvar seus alunos. Então ele fez a magia, sabendo que alteraria o tempo e isso não afetaria o seu relacionamento com Rowena. Ele voltou e conseguiu salvar o menino, evitando que ele se tornasse mais um mago das trevas. Mas ele estava perdido, não podia voltar para o castelo e não sabia fazer mais nada. Disfarçado, ele entrou em Hogsmeade para ver se conseguia um lugar para passar a noite. Uma mulher o viu e convidou para sua casa. Era Rowena, mas ele não reconheceu. Ela havia chegado um ano antes e se estabelecido na vila como preparadora de poções, e quando perguntavam ela dizia ser casada e que o marido chegaria um dia. Quando Godrico chegou, ela falou para todos que era seu marido, assim ele foi aceito por todos e passou a viver ali, como um curandeiro. Ele estava resignado de que não poderia mais ficar com sua amada e acabou se aproximando da mulher com quem vivia. Até perceber que era a sua Rowena.

- E viveram felizes para sempre.

- Algo assim, eles foram reconhecidos por eles mesmos e acabaram escrevendo o livro a oito mãos.

- Que bom, algo de bom saiu disso tudo.

- Sim, estou com você agora. Mas vamos levar a Letícia pra casa, que ela dormiu faz muito tempo.

O trio estava se direcionando para as masmorras para mais uma aula de poções acompanhados de Neville.

- Harry como você vai fazer agora que sua vassoura foi quebrada? – perguntou Neville.

- Meu pai falou para eu ter paciência e ir treinando com as vassouras da escola. – respondeu ele.

- Mas como você vai treinar direito se as vassouras da escola são ruins? – perguntou Hermione.

- Se ele conseguir fazer algo com aquelas vassouras, quando ele estiver uma boa, ninguém vai conseguir segura-lo. – quem respondeu foi Rony.

- Isso eu quero ver. – disse Malfoy que tinha ouvido o comentário do ruivo. – Potter não é capaz me vencer em uma disputa justa. Ano passado teve que enfeitiçar um balaço para se mostrar e me atrapalhar.

- Malfoy, não se iluda. Eu consigo ganhar de você mesmo sem uma vassoura. – disse Harry virando de costas.

Malfoy sacou a varinha com a intenção de lançar uma maldição no moreno, mas não conseguiu pronunciar nada. A porta da sala se abriu e Snape saiu e viu seu aluno apontar a varinha para os grifinórios que não estavam nem ai para ele. Infelizmente não pode culpar Potter e seus amigos desta vez.

- Malfoy guarde essa varinha, você sabe que não é permitido duelos nos corredores, você pode ser punido por isso.

O loiro frustrado guardou a varinha e entrou na sala sem ver o sorriso de Harry, que obviamente causará a armadilha para ele.

Harry estava voltando do jantar, sozinho. Hermione estava brigando com Rony por causa de como o ruivo come. Gina estava na mesa da Corvinal conversando com Luna. Estava passando por uma sala que deveria estar desocupada, quando ouviu um barulho. Sua curiosidade foi grande, ele abriu a porta tentando não fazer barulho. Mas não foi bem sucedido.

- O que temos aqui, caro Jorge? – perguntou Fred tentando, também sem sucesso esconder um pergaminho.

- Um anão de óculos que fala com cobras, caro Fred. – disse o gêmeo.

- Acho que a resposta seria dois baderneiros planejando uma nova confusão. – disse Harry.

- Veja só o que pensam de nós dois. – disse Jorge.

- Seria um problema se eu pensasse diferente disso. – retrucou o moreno.

- Verdade. – disse Fred. – O que podemos fazer por você?

- Eu gostaria de dar uma olhada nesse pergaminho que vocês tentaram esconder de um possível professor.

- Esse pergaminho? - disse Fred. – E só um inocente pergaminho.

- Se isso for um ‘inocente’ pergaminho, vocês dois são monitores. – disse Harry.

- Certo. Fica difícil enganar esse menino. Agora se você conseguir descobrir o que tem aqui, você fica com ele. – disse Jorge.

- Se não conseguir, será nosso escravo até o Natal.

- Jura? Só tenho que fazer funcionar. – disse Harry com a maior cara de maroto.

- Sim, pequeno Potter.

Ele pegou o pergaminho e o estendeu sobre a mesa.

- Qual seria o feitiço que Hermione tentaria primeiro? – disse ele displicentemente, enganando os gêmeos que já estavam pensando que iam mandar ele fazer. – Não, nada correto resolveria isso. Quem sabe: “Juro solenemente não fazer nada de bom”.

A cara que os gêmeos fizeram foi hilária, eles não conseguiam acreditar que ele tinha conseguido fazer isso tão rápido ativar o mapa.

- Como você conseguiu fazer isso? – perguntou um perplexo Fred.

- Só se vocês me falarem como o conseguiram.

- Quando nós, éramos inocentes, acabamos sendo pegos e levados a sala do Flinch, mas por causa de uma distração ficamos sozinhos e encontramos uma magnífica gaveta com todo tipo de produto para malfeitores de primeira. Só conseguimos pegar esse pergaminho antes que o zelador voltasse. – disse Jorge.

- Ficamos seis meses tentando encontrar a senha para isso. Esse é a fonte de nosso sucesso, mas como já conhecemos o castelo todo, não será um grande prejuízo entregar para você. – disse Fred.

- Agora é sua vez.  – disseram os dois ao mesmo tempo.

- Eu sei as identidades dos Marotos. – disse Harry.

- E não vai ficar com esse segredo só para você. né?

- Almofadinhas é Sirius Black, Pontas era o meu pai Tiago Potter e Aluado é o nosso querido professor Remo Lupin.

- Eu não acredito. – disseram os dois ao mesmo tempo.

- Malfeito feito. – disse Harry apagando o mapa. – A escolha é de vocês.

- E quanto ao Rabicho?

- Ele é um rato, e está preso por trair os meus pais e causar suas mortes.

Harry saiu satisfeito, ele tinha conseguido o mapa do seu pai de volta. Depois ele iria descobrir como eles o perderam.

Harry contou para os amigos sobre o mapa.

- Você deveria entregar isso para o seu pai. – disse Hermione.

- Não, ele já tem o dele. – respondeu o menino.

- O que? – disse a menina. - Ele pode nos vigiar em todos os lugares?

- Sim, mas ele sabe apenas onde estamos e pode supor o que fazemos. – disse o moreno. – Sem contar que ele me disse que se eu achasse o mapa podia ficar com ele, por ele ser muito útil. Era do meu pai, portanto é minha herança.

- E Mione, assim poderemos chegar mais rápido nas aulas evitando grupos grandes pelo caminho, ou usar passagens secretas que não sabíamos. – disse Rony, tentando sensibilizar a amiga.

- Tudo bem. – respondeu ela. – Mas acho que devíamos avisar pelo menos a McGonagall.

- E qual seria a graça disso. – disse Gina. – Esse é um artigo para infringir regras, e você quer contar isso para os professores? Isso poderia ter sido muito útil ano passado ou retrasado.

- Tá bom.  – disse a morena para evitar que a ruiva se lembrasse do que aconteceu no ano anterior.


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