Capítulo 90 – Conversas

A festa de Natal foi realizada na Sala Precisa que era perfeita para a ocasião, contando com os professores, os alunos presentes e os visitantes.

Minerva, Lilian e Cláudia conversavam em um canto.

- E imaginar que isso poderia não estar acontecendo. – disse Lilian.

- Nem me fale. – disse Cláudia. – Você não sabe o quanto é difícil fazer o Gabriel relaxar um pouco. Ele fica nessa de que tem que arrumar o mundo, mas acaba esquecendo que ele também tem que aproveitar esse mundo.

- Alvo tem o mesmo problema. – disse a professora. – Ele parece que tem o mundo nas costas. Não consegue relaxar nem nas férias, passa todo o tempo no ministério. Deve ser por ter sido amigo de Grindelwald, antes dele se tornar o temível feiticeiro, e de não ter conseguido impedir Voldemort de subir ao poder.

- Nem todos podem prever o futuro, e são menos ainda os que conseguem interpretar isso de forma a poder fazer algo. – disse a esposa do caçador. – Isso pode ser tornar uma maldição. Tive que passar muito tempo em Avalon para poder controlar isso.

- E a Dani? – perguntou Minerva. – Ela parece não ter esses problemas.

- Desde pequena ela vai para a Ilha. Era necessário para ela e para Tiago. Quanto mais cedo começar menos problemas.

Lilian deu uma olhada pela sala, e acabou vendo seus pais conversando com Hagrid.

- Cláudia, seus poderes são grandes mesmo? – ela perguntou.

- Sim. Se Helena não estivesse predestinada para se tornar Senhora de Avalon, eu seria treinada para assumir o posto. Por quê?

- Guinho me contou que teve que morar com Petúnia porque era seu único parente vivo.

- Guinho? – perguntou Cláudia.

- Quando Harry voltou no tempo, ele se apresentou com seu nome do meio, Tiago. E para que não confundíssemos os dois demos esse apelido para ele. Guinho.

- Interessante. Deve ter dado muita confusão.

- Muita. – disse Minerva. – Ter um Tiago Potter na escola já era difícil, ter dois era quase o fim do mundo. Para minha sorte, Guinho ou Fenrir, seu nome Maroto, confiou em mim e me contou tudo.

- Bom. A mudança na história causou outros desmembramentos além dos óbvios. Seus pais morreram depois do seu casamento, em um acidente de carro. Que não aconteceu, pois eles se mudaram de cidade desta vez para ficar mais perto de vocês. Já seus sogros haviam contraído varíola de dragão em uma viagem para tentar encontrar algo para parar Voldemort e ajudar vocês.

Harry e Gina estavam sentados no parapeito da janela, olhando a lua crescente.

- Eu percebi que nós nunca brigamos. – disse Gina.

- Nós já tivemos nossos atritos. – disse ele. – Isso é normal. Digo, não concordamos com tudo, mas também não precisamos brigar por qualquer coisa. Lembra da sua aposta que eu seria campeão?

- Nem me lembre disso. – falou ela. – Pelo menos ganhei ela.

- Que eu saiba meus pais só tiveram uma briga depois que começaram o namoro, e mesmo assim ainda no começo.

- Meus pais nunca brigam.

- Viu.

- Quem tem alguns problemas são Logan e Cris. – disse ela.

- Fada é meio esquentada mesmo. Puxou isso tanto da mamãe quanto do papai. E Logan tem essa de não ligar muito, o que acaba atiçando as meninas. Ai você pode ver. Mas acho que agora que ela assumiu sua parte "Azul" as coisas esfriaram.

- Literalmente. – disse ela. – Os dois são os únicos que passam parte do dia nos jardins.

Depois de uma das ultimas sessões de treinamento Gabriel chama Tiago.

- Você sabe que os únicos caçadores envolvidos nessa guerra serão os meus filhos. – disse o caçador.

- Infelizmente, sei. – disse o auror. – No momento essa guerra é mais bruxa que qualquer outra coisa.

- Sim, mas também temos um problema com os caçadores. O esquadrão do Wolverine é o menor que temos, mas também é o melhor. E outra particularidade é que eles não trabalham em conjunto, cada um luta sozinho. Com exceção dos três. Quando Wolverine está sozinho ele tende a perder um pouco sua humanidade. Suas partes antagônicas lutam entre si, e ele pode se tornar um pouco violento.

- Vou ficar de olho nele.

- Sim, mas também fique de olho na sua filha. Se algo acontecer com ela. Teremos que intervir.

- Não será necessário. Se algo acontecer com ela, não vai sobrar muita coisa deste país para você proteger. – disse Tiago com um ar sério.

- Bom saber.