Harry Potter Mudando A História escrita por Mago Merlin


Capítulo 61
Ministro




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/196214/chapter/61

Capítulo 61 – Ministro

Todos se sentaram à mesa, mas não houve a polarização entre adultos e crianças desta vez. Sirius fez questão de se sentar na frente de Fernanda e Rafael, só não sentou entre, pois Mary não deixou, alegando que se a filha não estivesse feliz, ela garantia que ele também não seria. Lilian puxou Cláudia para uma ponta, assim como seus filhos, para poderem conversar. Arthur estava próximo de Gabriel, sua curiosidade sobre o mundo dos caçadores estava quase no mesmo nível do mundo trouxa. O resto se espalhou pela mesa.

- Não é por que você pediu permissão para uns velhotes que você pode fazer o que quiser.  – disse Sirius, depois que caiu a ficha.

- Pai. – reclamou Fernanda.

- Eu não vou impedir ou regular esse namoro. – disse o animago. – Mas vou ficar de olho em vocês dois. Não vou usar da hipocrisia da minha família, mas vocês têm que tomar cuidado.

- Pode deixar. – disse Rafael. – Tiago já me jurou de morte se eu magoa-la. Esse menino tem uma tendência forte a proteger todas as meninas a sua volta.

- Isso serve para você também, Lupin. – berrou Sirius.

- O que eu tenho haver com essa historia? – perguntou Remo.

- Você não é único Lupin da mesa, Aluado. Mas pode se incluir nessa. – disse Sirius, fazendo todos rirem. – Não é porque vocês são maiores, vacinados, que podem viver assim. Estamos esperando o casamento.

- Eu me recuso a discutir isso com você. – disse o lobisomem corando.

- E por falar em vacina. – disse Sirius não perdendo a piada. – Quando foi a sua última antirrábica? 

- Por que você quer saber? Esqueceu de tomar a sua? – respondeu o professor.

- Gostava mais quando ele era tímido e não respondia. – disse Sirius contrariado.

Enquanto Sirius tentava aterrorizar o caçador. Cláudia se vira para Lilian.

- Como os meus anjinhos se comportam na escola?

- Não tem como não entrar em alguma confusão em Hogwarts, você sabe disso. – disse a ruiva. – Mas podemos dizer que são alunos exemplares. Tiram boas notas, respeitam os professores. O problema é ter que usar meus conhecimentos trouxas para cuidar do seu filho.

- Sei bem como é. Ele tem uma tendência a não se preocupar com o próprio bem estar, principalmente quando ele sente que precisa salvar alguém.

- Como se colocar na frente de um lobisomem ensandecido, sem nenhuma arma. – disse Remo que estava próximo.

- Você não me contou isso. – disse Cláudia para o filho.

- Pensei que a Dani ou a tia Mimi tivesse te avisado. – disse ele encabulado. – eu passei muito tempo na cama da enfermaria para me lembrar de perguntar depois.

- Pode deixar que a partir de agora eu me encarrego de cuidar dele, já que seremos da mesma família.

- “Você sabe que essas palavras são perigosas” – disse Cláudia pela mente.

- “Seu filho disse o mesmo.” – respondeu ela da mesma forma. – “Assim facilita.”

O resto das férias passou voando, e já estavam no dia 31 de agosto. E todos estavam se preparando para a volta a Hogwarts. Desta vez os aurores fariam a proteção interna do trem, assim como o desembarque. Isso contaria com mais alguns aurores, entre eles, Frank, Alice e Kim, sendo que estes estariam postados em Hogsmeade, enquanto os residentes do castelo viajariam no trem.

- Estranho. – disse Molly enquanto arrumava a cozinha depois do café. – Hoje o profeta diário ainda não chegou.

- Eles devem ter alguma notícia urgente para escrever. – disse Lilian que a ajudava.

- Eu nunca gosto disso. – disse Molly. – Da última vez, foi anunciando a invasão do ministério e a fuga e recaptura dos comensais, e antes foi o atentado contra vocês.

- Então vamos ver o que é. – disse a medibruxa apontando para uma coruja que voava em direção a casa.

- Qual é a bomba da vez? – perguntou Tiago entrando na cozinha, acompanhado de Sirius, Remo e Mary.

- Tem casaco suficiente para todos? – perguntou Lilian passando o Jornal para o marido.

CAÇADORES NOVAMENTE NO REINO UNIDO.

O Ministério acaba de confirmar a presença de caçadores em nosso território. O anúncio foi feito durante a madrugada, logo que os especialistas relataram suas conclusões sobre o assunto.

Aparentemente seis caçadores foram sentidos pelos sensores do Departamento de Mistérios, alguns dias atrás. Porém não conseguiram a sua localização, nem se ainda estão presentes, uma vez que eles logo se dispersaram.

Há rumores de que eles estão coligados com os Comensais da Morte, antigos seguidores de Você-sabe-quem, que voltaram à ativa há dois anos no Torneio Tribruxo, quando um aluno foi inscrito fora das regras. (pagina 4)

Os especialistas também divulgaram que existe a possibilidade de ter algum caçador infiltrado em Hogwarts. (ver pagina 5)

Todos sabemos os riscos que os caçadores para a nossa segurança (...)

- Agora que isso vira uma baderna. – disse Remo.

- Nós falamos para eles não falarem nada sobre os demônios, mas eles falam sobre os caçadores. – disse Sirius revoltado.

- Eles têm medo dos demônios, mas dos caçadores é ódio. – disse Lilian.

Ninguém falou mais nada, mas o clima ficou pesado, até as crianças entrarem na cozinha.

- O que aconteceu? – perguntou Tony.

- Isso não é legal. – disse Rony, pegando o jornal que estava jogando sobre a mesa.

- Foi por isso que você atacou os anciões quando eles estavam indo embora? – perguntou Cris.

- Sim. Eu sabia que a presença deles na ilha seria detectada pelo ministério. – disse Logan.

- Mas aqui disse que são apenas seis caçadores. – disse Hermione lendo o jornal com o namorado passando para o menino de cabelo azul.

- Papai e Rafael não são detectados por fazerem parte de uma família bruxa. – disse Dani.

- Como eles poderiam saber que havia alguém em Hogwarts? – perguntou Flávia.

- Os demônios devem ter ficado sabendo do episodio da maldição da morte que não me afetou em Hogwarts e no ministério. – disse Logan. – E também pela invasão fracassada que aconteceu na escola. Juntando as peças e contando com os infiltrados no ministério, passou essa informação para o Ministro.

- Temos que tomar todo cuidado agora, na escola. – disse Lilian. – Acredito que tentaram pegar vocês de qualquer forma, assim que perceberem que é você.

- Acho que teremos que aumentar o estoque de poções. – respondeu o brasileiro. – Mas aqui tem algo bem interessante.

- Como assim interessante? – perguntou Remo, que havia lido a reportagem toda e não visto nada.

- Não nessa reportagem, mas nessa nota aqui. – disse ele apontando para uma pequena parte da capa que foi negligenciada por todos.

Fudge renuncia, Scrimgeour assume. 

- O chefinho virou Chefão. – disse Tonks.

- Repetindo o que o Rony disse, Isso não é legal. – disse Mel.

- Vamos ver o que ele quer conosco. – disse Tiago se dirigindo para a janela, assim como Logan.

- Aparentemente já sabem que sou eu o caçador. – disse o menino se justificando.

Ninguém ainda entendia o que estava acontecendo, até que duas corujas, com cartas do ministério pousaram na janela.

- Estamos sendo convocados com urgência para prestar esclarecimentos sobre a presença de um caçador na escola. – disse o auror ao ler a carta. – Quando digo nós, digo, os aurores. Provavelmente Dumbledore falará pelos professores.

- Dani, vamos visitar o novo ministro também. – disse Logan.

- Sabe, eu sempre odiei esses poderes. – disse Sirius.

- Mas eles conseguem ser mais irritantes a cada vez. – completou Remo, ao estilo dos gêmeos.

- Isso porque você nunca recebeu o castigo por algo que ia fazer. – disse Logan.

- Pesando por esse lado. – disseram os dois.

- Vamos logo. – disse Mel.

- Nada disso. – disse Molly. – Vocês só saem daqui depois do almoço. Quem esse ministro acha que é para mandar você irem correndo, por algo que acontece a mais de um ano.

- Molly tem razão. – disse Lilian. - Não se sabe quanto tempo vai demorar isso.

O grupo aparatou diretamente para a antessala do ministro, assustando a secretária e a Fudge, que se tornou assessor.

- Viemos ver o novo ministro. – disse Sirius, apresentando a carta.

- Podem entrar. - disse ela.

- Esperava vocês mais cedo. – disse o ministro.

- Tínhamos coisas mais importantes para fazer. – disse Tiago.

- Que coisas mais importantes que a convocação do ministro? – perguntou Rufus.

- Preparar a viagem de manhã. – disse Mel.

- Preparar nossos filhos. – disse Sirius.

- Preparar para passar o ano em Hogwarts. – disse Tonks.

- Sem esquecer do almoço da Molly. – disse Tiago.

Scrimgeour ficou com raiva, mas não podia fazer nada, aquele era o grupo mais rebelde e independente dos aurores, e também os melhores.

- Por que eu não fui informado da presença de um caçador em Hogwarts, ou melhor, até mesmo na Inglaterra? – perguntou o ministro.

- Você não perguntou? – falou Sirius.

- Ele não era uma ameaça. – disse Tiago. – Ele era, é continua sendo um aluno de Hogwarts. Já demonstrou isso várias vezes.

- Várias vezes como? Ele foi julgado por um tribunal mágico, recebeu um voto, invadiu o ministério. – disse furiosamente o ministro.

- Durante o episodio que foi a julgamento, uma armação de um comensal da morte reconhecido, mesmo que depois de anos, ele evitou mortes. – disse Tiago.

- Draco Malfoy, Harry Potter e Severo Snape. – disse Tonks ao ver a cara de espanto do ministro. – Está nos relatórios.

- Ele protegeu casas de vários alvos dos comensais. – disse Mel. – Eu mesma conferi os feitiços, algo que nunca tinha visto e em um nível de complexidade diferente de um bruxo. Assim como vi sua ação. Bem eficiente.

- E teve a invasão dos demônios em Hogwarts, que ele foi o único a combatê-los. Pelo menos de forma eficiente. – disse Sirius.

- E pelo que me lembro, foi você mesmo que recomendou uma Ordem de Merlin, terceira classe para ele, por capturar os comensais aqui no Ministério. – disse Tiago, desconcertando o ministro.

- Você diz isso só porque ele namora sua filha. – tentou o ministro.

- Eu confio a vida dela a ele. – disse Tiago. – Se tivesse algo contra, eles não namorariam, e nunca o fato dele ser meio caçador foi um problema. Foi mais a parte bruxa mesmo.

- Todos nós confiamos a vida a ele. – disse Mel.

- Como vocês podem confiar a vida de vocês a um caçador. Na primeira oportunidade, ela vai matar a todos.

- Você ainda está vivo. – uma voz saiu de uma das sombras.

- Quem está ai? – perguntou Scrimgeour sacando a varinha.

- Eu. – disse Logan aparecendo com Dani. – Você me convocou.

- Não era para você vir com eles.

- Vínhamos para o mesmo lugar. – disse a loira. – Aproveitamos a carona.

Na verdade foram os aurores que aproveitaram a carona, já que ela e Logan podiam aparatar no ministério como faziam em Hogwarts. E Tiago também podia.

- Então, você é o Tiago. – disse o ex-chefe dos aurores. – Mas não me consta seu sobrenome.

- Ele não é importante. – disse Logan. – Mas se quiser algo mais formal, pode nos chamar pelas nossas patentes, que são reconhecidas pelos ministérios da magia e do exército do Brasil.

- E quais seriam? – perguntou ele de forma petulante, achando que crianças não teriam patentes altas.

- General-de-exército Wolverine, e Primeira-Tenente Vampira. – disse Dani. – Sou consultora do esquadrão dele, para assuntos mágicos, não que ele precisasse.

- Você também é caçadora? – perguntou o ministro perplexo.

- Não, tenho algumas habilidades, mas sou considerada uma bruxa sangue-puro.

- Você é um predador? – perguntou ele com um leve toque de medo, que foi percebido por todos.

- Decima Classe, a mais alta. – respondeu Logan.

Rufus ficou sem palavras.

- Ele conseguiu algo que você não faz desde nossos tempos de academia, Almofadinhas. – disse Tiago. – Deixá-lo sem palavras.

- Bom isso não interessa. – disse o ministro se recuperando. – Devemos analisar suas atitudes e ver se você pode continuar a frequentar a escola.

- Eu sou um bruxo. – disse Logan. – Tenho direito a frequentar a escola como qualquer outro. Segundo, minhas atitudes devem ser analisadas apenas pelo governo do meu país. Você não é nada meu, e nenhuma das minhas ações causou nada para aqueles a quem você representa. E por último, estou em uma missão diplomática. Logo, eu tenho imunidade diplomática.

- Mas, eu não estou de acordo com isso.  – disse o Ministro, tentando mostrar poder.

- Pode achar o que quiser. – Disse Logan. – Você acabou de assumir o cargo, e não sabe dos acordos. Você não precisa saber de nada sobre as missões dos caçadores aprovadas pelo ministério brasileiro, que é mais tolerante que os europeus em geral. Pode analisar, é essa pasta verde oliva ao seu lado esquerdo.

Scrimgeour pegou a pasta e começou a ler, acabou fechando com um suspiro resignado.

- Essa reunião está encerrada. – disse ele.

Havia meia hora que o grupo aparatou para o ministério. Harry e Gina estavam namorando no jardim, apesar de que todos os ruivos estavam de olho neles, mesmo de longe.

- Como será esse ano? – perguntou Gina.

- Normal. – disse Harry. – Pelo menos para nós, já que nunca tivemos um ano considerado normal.

- Era o que eu temia. – disse ela.

- Pelo menos no começo, acho que quem vai se destacar nas conversas será o Logan. E isso vai atingir a Fada, e a Dani. Depois volta tudo ao normal. Digo, comensais e demônios atacando, a gente estudando e treinando para chutar uns traseiros. Nós dois fugindo dos seus irmãos para namorar.

- Gostei desta parte. Mas por que fugir? Eles já aceitaram.

- E mais divertido assim, e também deixa eles bolados com o que poderiam estar fazendo longe dos olhos deles.

- Agora só temos o Rony no castelo. – disse ela.

- Garanto que teremos muitas visitas esse ano. Principalmente que eles manifestaram o desejo de aprender a combater os demônios como os caçadores.

- Ainda bem que você tem o mapa e a capa. – disse ela.

- E também temos o Logan do nosso lado. A capa não funciona com ele, e ele pode nos caçar no castelo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Harry Potter Mudando A História" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.