Harry Potter Mudando A História escrita por Mago Merlin


Capítulo 5
Se um não quer, dois...




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Capítulo 5 – Se um não quer, dois...

-          Não tenho mais ideia para desculpas, desta vez eu to sem imaginação. – disse Remo.  Minha família não é tão grande para mais um enterro, vou ter que matar alguém que já está morto.

-          Calma, vamos pensar em alguma coisa. – disse Sirius. - Não podemos deixar que as pessoas desconfiem logo no último ano.

-          Já sei. - Disse Harry. - Me encontrem no salão. - Disse pegando sua mochila e desaparatando.

-          Para onde ele foi tão rápido que eu nem vi? – perguntou Pedro, que não reparou que o moreno aparatara, pois desta vez não vez nenhum barulho.

-          Vamos saber só quando chegarmos no salão, então vamos logo. – se pronunciou Tiago, suspeitando do que viria agora.

Eles encontraram com as meninas no caminho que ficaram preocupadas com a cara do monitor, mas nada disseram.

Quando chegaram no salão Harry já tomava seu café. Este se levantou e cumprimentou as meninas com um beijo, com sempre fazia, o que deixou dois marotos emburrados e sem saber por que, só Tiago reparou nisto e preferiu não comentar.

Quando Remo ia perguntar para Harry o que ele estava aprontando, chega o correio-coruja, e uma coruja para na frente do Lupin.

-          Não, aqui disse que a minha mãe pegou uma doença rara. E o pior o tratamento é difícil, ela tem que passar por sessões de poções muito agressivas uma vez por mês na época da Lua Cheia. Os Medibruxos querem que eu a acompanhe durante o tratamento, pois assim ela terá melhores resultados. Eu terei que perder aulas para isso se Dumbledore permitir.

-          Remo não fique assim. Se tem cura já é um avanço grande. Não se preocupe em perder aula, nós pegaremos as anotações para você, e claro que ele vai deixar, ele sempre deixa. – disse Anna abraçando o maroto.

Este por sua vez, olhou para o novo amigo e agradeceu a desculpa. Enquanto Sirius dizia baixinho para o Pontas que o “irmão” dele era um gênio.

Assim passou o dia e Remo teve que sair para “o tratamento de sua mãe”, enquanto os outros marotos distraiam as meninas para que de nada suspeitassem.

–        Vamos já estamos atrasados. – disse Sirius.

–        Mas como vamos todos se mal cabem dois na capa quatro já será demais. – perguntou Pedro, desanimado, acreditando que ficaria para trás.

–        Ora Rabicho, você não precisa se preocupar, você somente tem que se transformar e entrar no bolso de um de nós. – respondeu Sirius.

–        Então eu vou no seu. Mas e ele. – perguntou apontando para o Harry.

–        Ele tem seus meios. - Respondeu Tiago vendo que o novo irmão não iria se dar ao luxo de responder para o rato.

–        Vamos, eu vejo se tem alguém na sala comunal enquanto vocês saem embaixo da capa. – disse Harry. – Depois vocês me encontram perto do Salgueiro.

–        Não tinha que ser o contrario – murmurou Pedro antes de se transformar e entrar no bolso do Sirius.

Harry então desceu e reparou que somente uma pessoa estava lá. Lilian. Então ele foi conversar com ela para distrair e os outros poderem passar.

–        Não era hora de bruxinhas estarem na cama?

–        Eu que deveria perguntar isso, Sr Potter, já que a monitora aqui sou eu?

–        Lily, eu só desci para me encontrar com uma garota e ficar me agarrando com ela aqui neste sofá, mas como ele tá ocupado vou ter que..., - ele deu uma pausa, e ela completou.

–        Vai voltar para cama, claro que não é isso, eu conheço os Potter. Já sei, vai se agarra com ela em algum armário.

–        Te agarrar- respondeu com se não tivesse parado. E avançou na ruiva fazendo cócegas.

–        Para..., para..., eu me... rendo... – dizia a monitora enquanto tentava escapar dele.

–        Eu paro. – dizia enquanto deitava no colo da menina.

–        Vocês são tão parecidos, mas tão diferentes. - Deixou escapar Lilian.

–        Você é que não conhece ele direito. Dê uma chance para você e converse com ele e verá o que todos já sabem, que somos gêmeos que nascemos de mães e pais diferentes, com um oceano de distancia e em tempos diferentes.

–        Então e por isso que vocês se chamam de irmãos é porque se consideram assim.

–        Claro, é mais fácil confundir as pessoas assim, ora.

–        Mas fala a verdade, o que você está fazendo aqui?

–        Eu tava te distraindo para os outros poderem passar sem você ver.

–        Para de brincadeira, Potter.

–        Ai, esta doeu. Você me chamando de Potter. Agora é que eu vou para minha cama- disse fingindo estar aborrecido.

–        Para de drama, Guinho. E me conta o que você esta fazendo aqui.

–        Tá bom, Lírio, eu tava sem sono e tem alguém naquele quarto que ronca de mais, você devia ver.

–        Não me chama de Lírio, por favor.

–        Por quê? Só o Pontas pode?

–        Sim. Opa. Não, claro que não. E que eu gosto do meu nome e do apelido Lily, que como minha mãe me chama.

–        Tá bom, Lírio, eu nunca mais te chamo de Lírio, Lírio.

–        Você é extremamente irritante.

–        É por isso que você gosta de mim. Mas agora eu tenho que ir. Boa noite, Lírio. – despediu dando um beijo na testa da garota.

–        Boa noite, Guinho. - respondeu antes do garoto aparatar.

Harry aparece a alguns metros do salgueiro e espera. Poucos minutos se passaram e ele pergunta;

–        Por que vocês demoraram tanto?

–        Por que aquele maldito do Filch estava parado na porta de saída, tivemos que esperar ele sair. – disse Sirius mexendo nos bolsos depois de tirar o Rabicho de lá. – Droga, me lembrem de nunca apostar com vocês, vocês sempre ganham.

–        Deixe me ver, vocês apostaram que poderiam me dar um susto.

–        Viu, vocês devem ter um parente comum que era vidente. – respondeu mais irritado.

–        Morgana, quem mais, -disseram os Potter.

–        Merlin me livre de vocês dois. Vamos entrar logo. Que o Rabicho já parou a árvore.

Eles riram tanto do comentário do Sirius que se esqueceram de se transformar antes de entrar na casa dos gritos. Remo já estava em sua forma de lobisomem e partiu para o ataque quando percebeu a presença dos humanos.

Tiago e Sirius ficaram sem reação. Mas Harry logo se transformou no lobo mítico e correu em direção do amigo amaldiçoado.

Algo estranho ocorreu o lobisomem parou de correr e ficou olhando para a fera maior que ele e se sentou com um cachorrinho domesticado, os outros dois marotos que ainda estavam na forma humana se olharam surpresos e logo se transformaram e começaram a brincar com os lobos que agora se empurravam como dois filhotinhos, sabendo que as explicações ficariam para outro dia.

Passaram então a melhor noite de lua Cheia, já que nenhum deles se feriu, o que raro, até mesmo Lupin, que só ficou com os ferimentos da transformação.

Passou uma semana e o Monitor já estava de volta com uma expressão melhor do que normalmente voltava.

No almoço Tiago resolveu que já era hora de voltar a investir na sua ruiva, que agora estava menos agressiva com ele, desde a chegada dos novos amigos.

–        Lily, você gostaria de sair comigo no fim de semana?

–        Claro... - respondeu Lilian.

–        Jura?!- perguntou animado o maroto.

–        -... Que não, Potter. Eu nunca serei mais uma da sua listinha. - respondeu a ruiva rindo da cara do pobre rapaz.

–        Você é má, Lírio, muito má com quem só te quer bem. – e se afastou realmente magoado.

–        Potter, para você é EVANS. Você já devia saber. – viu o moreno se afastar junto com seus amigos. E continuou a falar quando eles estavam longe delas. – gostei disso vou repetir para todos os pedidos dele, quem sabe assim ele aprende.

–        Lily lembre-se que nunca pode se usar o mesmo truque duas vezes com um maroto, além do mais eu to achando que esta implicância com o meu irmão é para esconder de você mesma o que você sente. – disse um outro Tiago que por alguma razão somente agora se levanta da mesa, em um tom sério que nunca tinham visto no maroto.

–        O que você quer esta querendo dizer com isso, Potter? – perguntou irritada e pela primeira vez se referindo ao ‘estrangeiro’ pelo sobrenome sem ser em uma brincadeira entre os dois.

–        Apenas para você tomar cuidado com o que diz e passar um tempo pensando nos seus sentimentos, que para alguns já está muito óbvio. Pergunte para as meninas. – falou se afastando e indo ao encontro dos marotos.

–        O que ele quis dizer? – perguntou Lilian.

–        Somente que a distância entre o ódio e o amor e apenas uma pequena linha. – respondeu Alice.

–        Linha que você já ultrapassou. – completou Anna.

–        Já algum tempo, devo dizer. – completou Mary.

–        Até o Guinho já reparou, e olha que ele é meio lerdo quando o assunto é o coração. – Disse Gina por experiência própria.

–        Você está falando por experiência própria. – tentou mudar a conversa para outro rumo, ou melhor, outro quase casal.

–        Não tente mudar o rumo da conversa, Srta Evans. No momento estamos discutindo os seus relacionamentos. Outro dia agente discute os meus, os da Mary e os da Anna, já que a Alice ta bem.

–        Isto mesmo – disse Alice.

–        Não sei como era antes, mas desde que eu despenquei aqui, ele te trata bem e você só dá patada nele, coitado. Ele nem olha para o lado e você fica falando de uma suposta lista de conquistas, ele não quer todas, ele quer só você.

–        Eu se fosse você deixaria de briguinha e aceitava sair com ele logo e ver se ele é tão ruim assim. – disse Mary.

–        Não de conselhos que você não aceitaria, Srta Smith. – disse Lilian com raiva e se levantado para a aula.

–        Vamos meninas. Uma hora ela entende. – disse Anna.

Assim elas foram para a aula de Transfiguração. Chegando lá se sentaram em duplas, Mary e Anna, Alice e Gina sobrando Lilian que ainda estava com raiva das meninas e foi sentar na primeira carteira, mas o Guinho não foi visto, já que os outros marotos já estavam lá.

A professora começou a explicar a matéria e distribuiu pequenos botões, que deveriam ser transfigurado em um serviço de chá completo.

A porta se abre e surge finalmente Tiago Potter.

–        Posso saber onde você estava Sr Potter?

–        Sabe como é, Tia Mimi, eu tive um probleminha e precisei ir correndo para o banheiro, desculpe a demora. – todos seguraram uma risadinha.

–        Que isso não se repita. Agora se sente e faça a lição. – disse a professora dando uma olhada para os dois Potter presentes na sala. O atrasado que passava mão no cabelo e ficava levemente envergonhado e o outro que já estava na sala com cara de “não fui eu quem ensinou isso”.

Ele sentou com a Lilian, e logo perguntou o que era a aula.

–        Senhor Potter, a lição de hoje é para transformar estes botões, - disse a professora entregando para eles os botões, - em um serviço de Chá.

–        Tia Mimi, que chá você prefere? – perguntou inocentemente Harry.

–        De camomila para me acalmar. – disse Minerva prevendo o que o moreno iria fazer.

O que ocorreu depois entrou para a História do castelo. O garoto transfigurou os botões em um serviço completo de chá com seis xícaras, com pires, todos brancos com uma borda dourada e vermelha, um bule fumegante, uma travessa de prata um prato com biscoitos de gengibre, e todos os outros apetrechos, sem ao menos piscar.

–        Está servida, tia Mimi. – perguntou o maroto.

–        Claro, e vocês eu quero pelo menos metade do que tem aqui. Dez pontos para Grifinória, se alguém conseguir superar o Sr Potter, ganha vinte, se não ele ganha. – disse conjurando uma cadeira e se sentando na frente do maroto, para aproveitar o chá, mas achando estranha a ligação que tinha com o garoto.

Lilian logo passa a realizar a tarefa, já que a professora estava sentada na sua frente conversando com seu companheiro.

–        Lily, você está fazendo o movimento amplo de mais, ta gastando energia de mais, e produzindo de menos. Tenta assim. - disse Guinho para a surpresa da ruiva, pois achava que o moreno não prestava atenção nela.

–        Ele está correto, Srta Evans. Repita o movimento agora.

Lilian assim o fez e percebeu que o maroto, estava certo.

–        Tia Mimi, eu vi uma coisa estranha no banheiro, uma fantasma de uma menina que parecia ser uma aluna. O que aconteceu com ela?

–        Em que banheiro, você viu esta menina?

–        Um no segundo andar. Por quê?

–        Aquele é um banheiro feminino, Tiago- disse Lilian que prestava atenção na conversa.

–        A não sabia, - disse ficando vermelho, - mas não tinha ninguém lá e eu tava muito apertado para pensar em ir para outro lugar. Espero que não tenha problema, professora.

–        Não como ninguém vai lá mesmo, acho que desta vez não tem problema, mas da próxima e melhor o senhor procurar um banheiro masculino. Ouviu Tiago. Aquela é a Murta, ela era uma aluna do colégio que morreu aqui há uns trinta anos, antes que eu entrasse para estudar.

–        Mas e claro que foi antes de você entrar aqui tia Mimi, você nasceu depois da morte dela, você parece muito mais nova que isso.

–        Senhor Potter me agradar não funciona comigo, mas como você não fez nada ainda eu não vou achar que você está tentando me enrolar como os seus amigos fazem.

Lilian estava tentando se concentrar na aula, mas a conversa do novo amigo e da professora como se fossem velhos amigos não deixava, porém ela percebeu que estava fazendo o exercício corretamente.

A aula acabou com Lilian ganhando os pontos juntamente com Tiago. Mas um detalhe passou sem que quase ninguém notasse. Os conjuntos se completavam. Seria ninguém se a Professora, que possui anos de experiência, e Guinho, que logo abriu um sorriso, não tivessem visto. Guinho disse para McGonagall através da mente que notara o mesmo que ela, que ficou espantada mas concordou. Mas não disseram nada a mais ninguém.

Guinho e Lily saíram conversando da aula e nem esperam os amigos, já que Lily ainda não se desculpara com as amigas, estava esperando o jantar para isso. Logo se sentaram a mesa para a refeição, cada um de um lado para dar espaço para os amigos que logo viriam.

Porém não foi isso que aconteceu.

Logo duas meninas se sentaram uma de cada lado do rapaz e começaram a paparicá-lo como se fosse um ídolo. Logo se percebeu que elas souberam dos talentos do Maroto nas aulas e como ele não tinha namorada, quiseram tentar algo. Ele tentava se esquivar. A situação era hilária, tanto que Lily fazia uma força muito grande para não rir. Até que ela percebeu os amigos entrarem. A primeira pessoa a entrar foi Gina que logo fechou a cara e saiu pisando duro para a outra ponta da mesa.

Guinho viu isso e uma sombra de desapontamento passou pelos olhos dele, que somente Lilian percebeu.

A situação piorou quando um rapaz da Lufalufa foi falar com a ruiva e esta foi para a mesa do rapaz após olhar de forma gelada para Guinho.

Este por sua vez soltou um suspiro e disse de forma quase inaudível, “ah, Ginevra.” Depois passou a dar atenção para as duas meninas que estavam a sua volta como se fossem duas amigas de longa data.

Lilian percebeu a situação e não sabia se ria ou batia nos dois. Decidiu não intervir por enquanto.

Os Marotos não perderam tempo, e logo começaram com as piadinhas como “o lobo saiu a caça”, ou frases de incentivos como “Vai fundo, Fenrir”. O que deixou todas as meninas muito confusas.

E assim passou o dia, Guinho com muitas meninas a sua volta, o que não agradava as meninas e Gina com Amus Diggory, o aluno da Lufalufa, o que deixava os Marotos revoltados.

Já no salão Comunal, depois do jantar, Lilian contava para o grupo toda a história, já que os personagens estavam afastados.

–        Não sei como a Gina não percebeu que o Guinho tava completamente atrapalhado com as duas, elas dando encima dele e ele tentar sair. Era hilário. – terminou o relato sem contar os sentimentos que percebeu nos dois amigos.

–        Então a senhorita percebeu que elas quem davam encima do Maroto e não o Maroto que estava galinhando. – Disse Tiago muito irritado. - Bom saber que você pensa isso só de mim mesmo. Boa Noite, Meninas, Evans. – e saiu.

–        Desta vez, ele tem razão Li, quando é com ele você acha ruim, quando é com o Guinho você acha engraçado o embaraço dele. Dois pesos duas medidas. – Disse Alice.

–        Vou ver como Pontas está. Coitado. – disse Sirius.

–        Eu se fosse você pediria desculpas, para o Tiago amanhã, Lily. Não quero ter que para de andar com o Sirius, digo com os Marotos. – disse Mary.

–        Tá bom eu reconheço que errei com ele. Mas eu não podia achar que tinha tanta mulherzinha assim aqui. Uai, eu tenho culpa se sempre que eu olhava, ele tava dando atenção para elas.

–        Era para te fazer ciúmes. Já que sempre você ia atrás de algum “amigo”. – Disse Remo.

–        Não ia não. Nunca fiz isso.

–        Snape – Remo soltou como um espirro.

–        O que você disse? – perguntou Lilian.

–        Nada. –respondeu Anna- ele só espirrou. – completou com um olhar mortal para o Maroto.

–        Mas ele tem razão em dizer que você corria para alguns de seus amigos quando o ciúme apertava. Não adianta negar, Li, nós sempre tínhamos que correr atrás de você depois dos Jogos de Quadribol, pois você nunca queria ver o Ti rodeado de meninas.

–        Tá, eu confesso. Eu Odeio Ver Estas BARANGAS Darem Em Cima do Tiago, dos dois para ser mais exato.

–        Tiago?- perguntaram as meninas confusas. – Você gosta dos dois.

–        Ora, o Guinho já é quase da família, além do mais eu quero ver ele junto com a Gina, eles são tão bonitinhos juntos, ou vocês não repararam.

–        Reparamos sim, mas voltando a nossa pergunta: Tiago? Desde quando você chama o Ti de Tiago, já o Guinho nós sabemos que você chama assim. Perai, por que você chama os dois pelo nome e não pelo sobrenome, como você insiste em mandar o Ti fazer com você?- disse Alice.

–        Ah sei lá, ta tudo muito confuso por hoje, vou dormir que é o melhor que eu faço. – Lilian levantou rapidamente antes que alguma das meninas pudesse segura-la para continuar o interrogatório.

Na manhã seguinte quando todos estavam no café, onde os marotos estavam em um canto da mesa, as meninas ao lado e Gina novamente na mesa da Lufalufa.

–        Pontas, quando é a seleção para o Time, McGonagall já disse que quer a taça na sala dela até ela aposentar.

–        Acho que eu marquei para Sábado, as seis.

–        O QUE, você só pode ter bebido uma poção estragada, euzinho ter que levantar cedo só para rebater umas bolas para eliminar uns filhinhos de pai que acham que sabem voar.

–        E realmente e divertido gozar da cara do Almofadinhas, eu te devo um galeão Fenrir. – disse Tiago e começou a rir junto os outros. – Calma Sirius, o teste e só as dez, você pode dormir o quanto você quiser que na hora que for preciso nós te acordamos.

–        Pode deixar que eu vou levantar sozinho, vocês dois são terríveis.

–        Pontas quais são as vagas mesmo?

–        Ta Interessado Lobinho? Tem um para artilheiro já que o Frank resolveu nos abandonar e se formou e a do apanhador.

–        “O que é quadribol?” – Tiago escutou em sua mente e começou a olhar para os lados para ver quem podia ser até reparar em Guinho. Ai ele se lembro da falta de memória do garoto e respondeu do mesmo modo, “depois eu te explico, mas você deve jogar bem, é de família, vou dar um jeito de perguntar par a Gi...” ele parou ao ver a cara do amigo. Ele não ficou confuso com a telepatia, achou uma coisa natural.

Tiago então repara na ruiva que ele fez ficar distante, e quando seus olhos se cruzam ele mexe os lábios para dizer- Ti quadribol perguntar Gi.

Ela respondeu – Porque eu.

- Diggory. Foi a resposta

- tudo bem.

–        Pessoal eu tenho que ir para a aula de Aritmancia, encontro vocês nas masmorras. – ela se levantou e foi na direção da mesa da Lufalufa, para ir com a Gina.

–        Bom dia Amus. Gina, vamos tá na hora da aula.

–        Tchau Amus. - disse Gina e se levantando rápido, - a resposta é sim. - e saiu.

–        Gina, tenho que te perguntar uma coisa. O Guinho joga Quadribol?- disse enquanto caminhava para a sala de aula.

–        Joga, - disse Gina com um brilho diferente no olhar – ele parece que nasceu em cima de uma vassoura, nunca vi um apanhador como ele. – disse a menina em um tom sonhador. Por quê?

–        O Tiago pediu para perguntar, pois tem teste para as vagas no time e ele gostaria de saber se ele jogava, mas pelo que parece e só dar uma vassoura que ele sai voando. Ele deve então passar no teste, mais um motivo para ir aos jogos.

–        Que outros motivos você tinha?

–        Ver o... o... o time ganhar ora, além de que os dois batedores são meus amigos, um dos artilheiros é namorado de uma das minhas amigas e outro ta sempre por perto, além de distrair um pouco pois as vezes é meio estressante estudar sempre, sabe? – se enrolou toda e começou a falar rápido para evitar que a outra ruiva suspeitasse, ficando extremamente vermelha.

–        Sei vou fingir que é só por isso, não por causa do capitão. Mas quais são as vagas?

–        Para apanhador e um artilheiro.

–        Ótimo, pois eu vou tentar a vaga de artilheira, pois a de apanhador é do Potter.

–        Você joga mesmo?

–        E de família, sabe, meu irmão mais velho, Gui, ele era um artilheiro quando estava na escola, mas sempre gostou de feitiços, ele agora e desfazedor de feitiços para os duendes. O Carlinhos era apanhador, quase tão bom quanto o Guinho, mas ele gostava de animais mágicos e odeia ficar em um local fechado muito tempo. Depois tem o Percy, ele não gosta tanto assim, mas é um artilheiro bom, agora ele ta no ministério. Os gêmeos Fred e George são batedores, considerados balaços humanos, eles tem agora uma loja de logros e brincadeiras. E tem o Rony que é goleiro, ele ainda ta estudando. E eu, a caçula, sou eu excelente artilheira e uma apanhadora razoável.

–        Nossa que família, mas como o seu irmão ainda ta estudando se você ta quase formando.

–        Ah e bem, é que ...é que ele nasceu em Setembro e eu em agosto do ano seguinte, assim ficamos na mesma serie, ele é o melhor amigo do Potter.

–        Mas por que ele não foi escolhido então?

–        E que ele ta namorando a Mione, então o Potter num momento de inspiração me chamou para não separar o casalzinho e nem ter que escolher entre os dois que também são quase que irmãos para ele.

–        Por...

–        Já chegamos. - disse Gina, pois percebeu que falara de mais, e queria quebrar a conversa.

–        Só mais uma pergunta. Você e o Am...

–        Sim, Lilian, nós estamos namorando. - Disse Gina olhando nos olhos da amiga e só vendo decepção.

–        Vamos entrar então. - Disse Lilian de maneira fria.

No almoço foi a única hora que Lilian conseguiu falar com os meninos. Ela se sentou entre os Potter para poder falar com eles sem expor o Amigo. Ela sussurrou no ouvido do Pontas quando os outros foram distraídos pelo Guinho que fez um comentário sobre o Snape e todos olharam para o sonserino. “Ele é apanhador”, ele respondeu “Obrigado”.

–        “Perai, ninguém ainda me disse que troço é esse de Quadribol, como eu posso ser um apanhador?” – Disse Guinho por telepatia para os dois.

–        “De noite” – disse Tiago.

–        “Não se preocupe Guinho, ela me disse que é de família mesmo, você nasceu encima de uma vassoura, você vai se dar bem. O QUE eu to incentivando Tiago Potter a jogar Quadribol. Por favor me internem.” – Brincou Lily.

–        Ei vocês poderiam parar de falar sem dizer nada que isso já está me estressando. - disse Gina que acabara de se sentar.

–        Você sabe muito bem que eu não sei fazer isso. – disseram os três ao mesmo tempo.

–        Então por que vocês falam juntos? – perguntou Alice.

–        Coincidência, oras. – responderam.

–        Lily – sussurrou Guinho no ouvido de sua mãe – Você sabe se?

–        Sim, Guinho, ela está namorando. – Disse Lily com um olhar de pena, para o menino que perdera o brilho dos olhos e deles se via dor. Mas a cara continuava a de um maroto. E logo este voltou a ativa, planejando o próximo “encontro” com o amado Ranhoso.

–        Boa noite, estamos aqui reunidos para a reunião bimestral dos professores. – disse Dumbledore. – hoje começaremos falando dos alunos do primeiro ano.

Assim se iniciou a reunião que é realizada todos os anos nos meados de outubro para avaliação dos alunos, geralmente se inicia pelos anos mais velhos que são aqueles que todos já conhecem, não sendo necessária uma apresentação deles para que todos saibam de quem se está falando. Mas desta vez se iniciou pelos calouros que foram apresentados e avaliados. Sendo seguido pelos alunos do segundo, terceiro, sucessivamente até que:

–        Agora falaremos dos alunos do sétimo ano, de onde temos o maior número de reclamações, detenções e pontos, tanto perdidos quanto ganho. Alguém gostaria de dar sua opinião antes de começarmos.- disse o Diretor.

–        Só quero lembrar que é o ano dos Marotos. – disse Hagrid que apesar de não ser um professor, era convidado assim como Filch, Madame Prince e Madame Pomfrey, deixando a responsabilidade de cuidar da escola para os monitores.

–        Ai está a sua fonte de problema. – disse Filch que era atormentado pelo grupo. – E parece que ele cresceu, com mais um Potter.

–        Filch você não pode ficar acusando os meninos por tudo que acontece nesta escola, além do mais eles até agora não pegaram detenção, apesar de já terem se envolvido em muita coisa este ano. – disse Minerva defendendo o grupo. – Parece que as meninas têm feito milagres com eles, apesar da Srta Weasley ter se afastado um pouco.

–        Estes dois americanos são muito estranhos, Alvo. Eles parecem saber mais do que deveriam, ou melhor, sabem mais do que se espera de alunos do nível que eles estão, não prestam atenção no que eu digo, mas conseguem responder tudo o que eu pergunto como se já tivessem presenciado as coisas. – disse John Thompson o professor de DCAT. – e acredito que algo aconteceu com eles, pois nas primeiras aulas eles estavam sempre juntos e agora mal se falam e parecem competir para ver quem sabe mais, juntamente com o Sr. Diggory, mas o Sr. Potter sabe mais o que me deixa muito preocupado. Como uma criança pode saber os efeitos da Cruciatus, com detalhes que não são ditos por ai? E o Patrono, nunca vi tamanho poder em um feitiço de Defesa.

–        Eu reparei mesmo que os dois têm conhecimento acima dos outros, meu caro, mas achei que era só pela educação diferente que eles receberam nos Estados Unidos, mas pensando bem eles conhecem poções que não são pedidas em nenhum exame e dificilmente alguém sabe. Apesar de citarem apenas para exemplificar alguma propriedade dos ingredientes de outras. – Disse Slug.

–        Alvo, as cicatrizes que o Potter possui são muitas e várias foram feitas por criaturas mágicas ou por magia, como a da sua mão, que foi um castigo. Uma criança não deveria ter uma vida sofrida assim, esperava que aqui ele estivesse melhor vida aqui, mas o olhar dele denuncia que algo está errado, não é o mesmo olhar que ele tinha quando eu o deixei quando ele saiu da minha enfermaria no dia que ele despencou aqui. – disse Madame Pomfrey revoltada com a saúde do menino que ela tinha se afeiçoado.

–        Então devo contar a historia dos dois, assim vocês devem tirar suas próprias conclusões. – o Diretor suspirou – Poppy já sabe desta historia, e gostaria que você me ajudasse se eu esquecer algum pedaço. Pois bem o Sr. Potter participou de um torneio interescolar dos moldes do Tribruxo realizado antigamente aqui na Europa entre as três maiores do continente, e ele ganhou. Como prêmio ele poderia escolher uma escola de magia no mundo onde ele poderia se formar. Ele escolheu Hogwarts, obviamente, já que ele esta aqui, e poderia ter um amigo de companhia, ele escolheu a Srta Weasley, apesar do motivo não ter sido informado. Durante a viagem que deveria acontecer por um portal eles acabaram se perdendo um pouco no tempo e espaço, chegando aqui no dia seguinte a apresentação sendo que o Sr. Potter chegou primeiro e despencou em cima do seu primo e da Srta Evans. Ele desmaiou e foi levado para a enfermaria, para onde eu me encaminhei, pois, tinha visto tudo da minha janela. Pouco depois o Sr. Potter acordou e quando ia começar a explicar – neste momento ele olhar para a enfermeira como se dissesse que não devia interromper. – a Srta Weasley cai no colo dele. As apresentações foram feitas e a situação foi explicada. Mas acredito que poucos têm poder para vencer um torneio assim então podemos concluir que ele realmente é muito poderoso. É interessante que fiquemos de olho nos dois principalmente pelas amizades que fizeram.

Todos os professores ficaram chocados com a história dos dois alunos. E logo as duvidas surgiram.

–        Mas Alvo, as cicatrizes são demais para um menino, vi pouquíssimos aurores com mais cicatrizes que ele. Como pode? – perguntou Madame Pomfrey.

–        Eu não sei muito sobre a vida anterior dos dois a não ser o que foi contado na enfermaria, acho que eles não se sentem a vontade comigo para contar a vida deles.

–        E como eles podem saber tanto, diretor, eles já responderam coisas que nem você na época de escola saberia responder – disse Slug. - Eles são capazes de citar poções que ninguém na sala conhece. Além de poucas vezes serem vistos na biblioteca, ele respondem todas as lições certas. Nem mesmo os marotos fazem isso.

–        E o poder, chega a ser uma coisa magnífica ver os dois duelando, só não consegui fazer um contra o outro, mas e uma coisa fantástica, principalmente o Sr. Potter que parece duelar desde pequeno, como se enfrentasse bruxos desde que pode segurar uma varinha. – Disse John.

–        Como já disse eu não sei nada da vida deles, mas fico sempre de olho neles, a magia é forte neles. Devemos ficar de olho para que eles não se tornem bruxos das trevas, ai sim teremos problemas.

–        Mas Alvo, eles são grifinórios, como podem se tornar das trevas? – perguntou o Flitwich.

–        Isso não impede nenhum deles de se perder, meu caro Filius, o poder corrompe mesmo os mais nobres podem ser iludidos com o poder.

–        Mas alguma dúvida? Não, então a reunião fica encerrada. Obrigado pela presença de todos e estão dispensados. Minerva gostaria de ter uma breve conversa com você agora.

–        Claro Alvo. – depois que todos os outros saíram o diretor voltou a falar.

–        Creio que a história dos nossos novos alunos tenha ficado um pouco resumida e faltando alguns pedaços fundamentais. Devo dizer que não existe motivo para que todos saibam, pois, acarretaria em grandes problemas. Primeiramente houve sequelas do feitiço que trouxe os dois alunos para cada. O Potter está com amnésia total não se lembra de nada, mas o seu poder é intuitivo, ele pode se passar por um aluno normal quanto a este critério, mas parece que a sua memória esta voltando nas aulas.

–        Eu não tinha reparado nisto, Alvo, mas ele realmente parece desligado no começo das aulas e depois realiza a tarefa proposta rapidamente, ficando o resto da aula conversando comigo.

–        Tem mais por trás disso, logo depois das primeiras aulas a Srta Weasley veio até aqui e me confessou que eles na verdade são do futuro, mas creio que ela só o fez para que eu tomasse conhecimento do perigo que seria eles aqui. Apesar de acreditar que somente a presença deles na escola já seja o suficiente para alterar drasticamente o futuro que eles conhecem. O senhor Potter sabe deste detalhe de sua vida, ele aparentemente pode aparatar em Hogwarts. O poder dele é maior que o meu.

–        Eles correm muito perigo aqui, Alvo. Não seria melhor eles ficarem em um local isolado, para que não interfiram mais no futuro?

–        Não, eles já causaram alterações, tira-los daqui só atrapalharia o que eles vieram fazer aqui. Eles parecem ter uma missão apesar de ainda não conseguir descobrir, ou eles tiveram a chance de realizar, mas é algo grande. Além do mais acredito que o Sr Potter já tenha encontrado se futuro pai. Sim Tiago Potter é o pai do Tiago Potter, apenas ainda não sei quem é a mãe.

–        Por que você está me contando tudo isso?

–        Eu percebi uma aproximação entre vocês, então seria melhor que você se encarregasse de conversar com ele, já que parece que o Sr Potter não confia em mim. Esta amnésia parece algo inventado.

–        Pode deixar que eu converso com ele, mas não prometo nada para você.

–        Então você está dispensada.

A professora saiu da sala do diretor pensativa, e decidiu ter logo a conversa com seu aluno. Dirigiu-se para a Torre da sua casa, onde ela poderia encontrá-lo ou ao menos saber onde ele se encontrava.

Ela entrou no salão comunal e poucos prestaram atenção na Professora, mas assim que era vista um silêncio se formava e chamava a atenção daqueles que ainda não a tinham visto. Um grupo parecia não se importar com o súbito silêncio, era justamente o grupo que ela procurava. Os marotos. Os cinco rapazes cochichavam olhando para um pergaminho velho.

Ao se aproximar ela escutou:

–        Boa Noite, Tia Mimi, o que devo a honra da vista. – disse Guinho.

–        Eu preciso conversar com você, Guinho. Você poderia me acompanhar até a minha sala.

–        Mas é claro. Bom, rapazes, não me esperem acordados, eu posso demorar. – disse ao virar para os amigos.

–        Vê se não fica andando pelos corredores depois do horário, só porque tem autorização, viu Fenrir.

–        Você viu a Prof. McGonagall o chamou pelo apelido. - Disse um primeiranista.

–        Claro você não vê a confusão que ia ser se ela falasse Potter, tem dois aqui. - Disse um colega dele.

Os dois seguiram até a sala de transfiguração e depois para o escritório da Professora.

–        Para começar devo dizer que hoje tivemos uma reunião com os professores hoje e confesso que todos estão muito impressionados com você e com a Srta Weasley.

–        Obrigado.

–        Mas o Alvo me disse em particular que você perdeu a memória na viagem até aqui, além do irrelevante fato de que vocês são do futuro. Ele está preocupado com o fato de que você possa estar escondendo algo dele.

–        Pois bem Mimi agora eu vou te contar a verdadeira historia.


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