Capítulo 4 – Primeiras aulas

Harry acordou cedo, como na manhã anterior, junto com Tiago. Eles se olharam e depois olharam para Sirius, que roncava levemente, e abriram um sorriso maroto e se direcionaram para a cama do dorminhoco sendo observados por Lupin que se admirou pela conversa silenciosa entre os dois.

– FOGO!!!!!!! – gritou os dois morenos bem próximos de seu alvo, um de cada lado.

– Onde? Onde? – acordou assustado Sirius, logo fechando a cara para os dois marotos que se acabavam de rir de sua cara.

Mas não conseguiu ficara com raiva muito tempo, já que Rabicho saltara de sua cama se enrolando na cortina e caindo de cara no chão, fazendo os ocupantes do quarto rirem mais do que já estavam rindo.

Até que Remo se recupera e fala:

– Vocês dois são assustadores, sabiam. Eles só se olharam para programar a brincadeira, que devo dizer foi genial.

– Obrigado, Aluado. Fazemos o melhor para agradar a todos.- responderam fazendo uma reverência.

– Onde esta aquele monitor que não gostava de brincadeiras deste tipo. O máximo que deixava era a gente jogar água no Rabicho, gritar assim você nunca deixou.

– Foi comido por Fenrir.

– Não entendi, como assim comido pelo lobisomem que te mordeu? – perguntou rabicho aquilo que todos queriam saber.

– Vou explicar, Fenrir é o apelido que dei para o Tiago americano. Já que teria que ter um. Como Fenrir foi aquele que mudou a minha vida para esta maldição e foi o Tiago que foi que me tirou dela, acho que seria um bom nome. Sem contar que Fenrir na mitologia era o lobo mítico, o Devorador de Deuses, com os poderes deste daí podemos dizer que nem os deuses podem.

– E claro, onde já se viu alguém aparatar em Hogwarts. - disse Pontas.

– Eu não sabia que não podia. - disse encabulado o jovem.

– Vamos comer. – foi a única coisa que disse Rabicho, que ainda não gostara do intrometido que com certeza, para ele, queria tirar o seu lugar no grupo.

Resolveram esperar pelas garotas mais uma vez a pedido de Harry, o que não foi aceito por Pedro que desceu na frente, pois reclamava de fome.

Quando elas chegaram novamente Harry se adianta e beija a face de todas dando bom dia. E abraçando Gina pela cintura. Sirius tentou imitá-lo, mas não conseguiu. Remo só deu um bom dia geral e Tiago falou:

– Bom Dia Anna, Mary, Alice, Gina e Evans. - que foi respondido por todos um pouco surpresa pelo Maroto ter dito o sobrenome apenas da Lilian, ao invés de algum apelido.

Assim desceram para o Salão conversando.

– Que matérias vocês farão? – Perguntou Lilian.

– Nós faremos Transfiguração, Poções, Feitiços, Herbologia e DCAT. E eu farei Aritmancia. - respondeu Gina, pois sabia que o moreno não teria condições de responder e o incluiu apenas nas matérias que ele fazia no seu tempo, assim como ela.

– Ótimo eu também faço estas matérias, nos podemos estudar juntas para os NIEMs.

– Claro Lily, mas e eles? – apontando para os marotos que estavam um pouco na frente já desligados da conversa.

– Tirando o Remo eu nunca vi nenhum deles estudando e como o Seu Tiago e bem parecido com o daqui aposto que os acompanhara.

– Claro o Meu Tiago e bem parecido com o Seu Tiago. – Respondeu de forma sarcástica Gina.

– Que bom que você concorda. Ei que Historia é está de Meu Tiago. - Disse Lilian.

– A mesma do meu, ou seja, nenhuma.

– Vai me dizer que você não sente nada pelo novo maroto. Nem quando ele te abraça por trás e fica apoiado no seu ombro como agora a pouco. – disse Mary se intrometendo na conversa das ruivas.

– Nadinha, só somos amigos há muito tempo por isso agente fica assim, somos quase irmãos, ele praticamente foi criado lá em casa. – respondeu Gina sem nenhum problema, pois quase tudo era verdade.

– Sei. – falaram as outras quatro meninas.

– Como Assim novo Maroto?

– Ele já está tão integrado com os três que duvido que ele entre logo, logo ou já tenha entrado. - Explicou Mary.

E assim chegaram ao salão e se direcionaram para onde Pedro estava sentado. Gina ao vê-lo se paralisa. Harry percebe e a abraça conduzindo para um banco sentando ao seu lado e disse no seu ouvido.

– Eu não deixarei que nada de mau te aconteça, pode ficar tranquila.

Gina ficou confusa. “Ele não tinha perdido a memória. Como ele pode me dizer que nada vai me acontecer justo agora que vejo este rato.”

Todos estranharam este fato, mas Harry logo os acalma ao dizer que ela sempre tem este comportamento quando começa algo novo. E disse para Lilian, que estava do seu lado de forma que somente as ruivas o ouvissem disse:

– Ela me contou ontem, no lago que ficava assim quando começava algo novo e eu ainda preciso disfarçar a minha falta de memória.

“é verdade” – pensou Gina – “eu realmente disse isto a ele.” Mas não ficou totalmente convencida da explicação do moreno.

Comeram normalmente até que Gina percebe que o Rato estava olhando torto para o moreno ao seu lado.

– Por que o Pedro esta te olhando feio? – sussurrou Gina para Harry.

– Deve ser porque eu deixei ele careca, ou por que eu humilhei o Sirius em um duelo para entrar no grupo dos marotos ou porque acordei ele cedo com uma brincadeirinha para o Sirius ou quem sabe ele não gostou de eu ter entrado para o grupo e roubado seu lugar com quarto cavaleiro do apocalipse. Quem sabe. - disse novamente só para as ruivas ouvirem, mais por não quer criar um clima ruim do que guardar segredo.

– Vamos pra aula, então. – disse Remo.

– Eu pensei que você tinha sido engolido, monitorizinho. Devolve o maroto agora. – disse Sirius.

– Não é porque decidi viver a vida que quer dizer que vou me tornar um vagabundo, eu que me formar e ter uma profissão, meu caro Black, não é todo mundo que recebe heranças milionárias por aqui.

– Ta desta vez passa, mas não me chama assim não.

Assim eles rumaram para a sala da prof. McGonagall. Os marotos se sentaram no fundo da turma e as meninas na frente.

A professora começou com uma explanação sobre a importância dos NIEMs e logo começou a aula.

Harry se distraiu, pensando na vida, e não começou a fazer a lição até que a professora disse:

– Senhor Potter, minha aula não está interessante o bastante para o Senhor.

– Mas Professora eu to fazendo tudo o que a senhora pediu. – respondeu Tiago.

– Eu não disse isso para você, senhor Potter. Disse para o seu amigo ali.

– Desculpe-me é o habito.

– Você ainda não me respondeu senhor Potter.

– Me desculpe tava pensando na vida. Mas o que eu tenho que fazer. - Disse olhando em volta e vendo que em cada mesa havia um boneco, alguns como os de Tiago, Sirius, Remo e Lilian estavam se movimentando. - Já sei e para animar os bonecos.

– Isto Senhor Potter, você pode começar agora ou vou ter que te dar trabalho extra.

Harry nem respondeu. Apontou para o boneco em frente a ele, um gato de pelúcia, e realizou o feitiço que estava no quadro.

Mas para espanto de todos menos do moreno o gato não só ganhou vida, o propósito da aula, na primeira tentativa, coisa eu nem mesmo os marotos que eram os melhores na matéria tinham conseguido, como tinha transformado o boneco em um gato de verdade, um belo gato preto e com olhos verdes.

– Parabéns, senhor Potter, mas esta parte do feitiço eu ainda não explique e por isso eu concedo 25 pontos para Grifinória.

A aula continuou assim, mas ninguém mais conseguiu transformar o boneco em algo real.

Depois seguram para DCAT, com um professor novo. Ele pediu desculpas por não falar tanto dos NIEMs, pois achava melhor começar a das aulas logo. Começou explicando sobre os dementadores e como afastá-los. Demonstrou o seu patrono que pareceu fraco e pediu para todos tentar. Novamente Harry não estava prestando atenção e foi acordado por Gina, que lhe perguntou o que estava acontecendo, ele explicou que para ele era difícil se concentrar já que ele não se lembrava de nada. Ela disse que de agora em diante ela ficaria ao lado dele para ajudar, o que ele agradeceu.

– Então, você poderia me mostrar o seu patrono, Senhor Potter.

– Claro, senhorita Weasley.

Assim Harry movimentou a varinha e dela saiu um leão, que rugiu e se dissipou. Poucos prestavam atenção, já que alguns já tinham conjurado e os outros estavam tentando ainda. Mas Gina se perguntou o porquê da mudança do patrono, pois se mesmo antes de saber que o pai era um animago, o patrono do rapaz era a imagem dele. Era melhor consultar o Diretor e contar algumas coisas. Decidiu que ia depois desta aula, daria um jeito de despistar a todos e iria lá.

Assim terminada a aula todos foram para o almoço rindo e brincando com era de habito dos garotos, mas desta vez com as garotas junto. Parecia que este ano as coisas iam ser diferentes dos anteriores.

Gina não conseguiu uma oportunidade de ir conversar com o diretor, mas planejou para ir depois do almoço.

Rumaram para a aula de poções, nas masmorras. Porém foram impedidos por um grupo de sonserinos.

– Olha lá quem vem lá. – disse o que parecia o líder.

– Se não são os bobocas dos marotos e as vagabundas deles.

– Vocês pagam para elas andarem com vocês, ou vocês fazem isso por pena delas, já que ninguém as quer. -disse outro.

Os quatro marotos corajosos já sacaram as varinhas e apontaram cada um para um dos adversários que estavam em maior número. Gina e Lilian sacaram as suas, mas não levantaram. Só usariam em ultimo caso. Pedro estava escondido atrás de uma armadura, ele os seguia só pela bagunça já que não fazia esta matéria.

– Olha, eles realmente acham que podem duelar com todos nós? Deixa dar uns beijinhos nas ruivas gostosas e vocês podem passar, claro se ninguém mais quiser as garotas.- disse com um sorriso malicioso no rosto.

– Esqueçam que eu sou uma monitora, e acabem rápido com estes vermes. Eu não quero chegar atrasada para a aula. - disse Lilian com raiva dos comentários.

– Seu pedido é uma ordem. – responderam os quatro e começaram a lançar os feitiços rapidamente.

Os sonserinos não tiveram nenhuma condição de revidar, mesmo sendo dois contra um. Sendo derrotados de forma impressionante.

– Vocês merecem um Capítulo só de vocês em Hogwarts, uma Historia, nunca vi um duelo entre grupos durar tão pouco e só um deles realmente se envolver. - disse Slug o professor de Poções que tinha percebido a movimentação em frente a sua sala e saído no começo da discussão. - vocês não se preocupem eu ouvi tudo e punirei meus alunos. Mas agora todos para dentro.

Todos entraram ainda meio chocados com as palavras do professor. Mas Lilian estava vermelha de vergonha.

– Pode ficar tranquila, ele ainda gosta de você, não e porque você se defendeu daqueles porcos que você precisa ficar com vergonha. – sussurrou Tiago no ouvido de sua amada, ao passar por ela e rumara para a mesa onde já se encontrava os marotos.

– Obrigado, Ti. – disse Lilian só com os lábios quando o maroto olhou para ela ao se sentar, ainda muito vermelha.

– O que foi isso? - Perguntou Mary.

– Um conselho do Tiago que eu agradeci, só.

Depois que todos se acomodaram o professor começou seu discurso sobre os NIEMs, todos prestavam atenção, menos Tiago e Sirius, que planejavam a próxima lua cheia e Harry que começou a fazer a poção sem ao menos o professor falar qual era.

– Agora vamos começar a preparar as poções. Quero que cada membro dos grupos faça uma poção diferente. Assim vocês poderão fazer qualquer poção sem a ajuda de outra pessoa. E para ajudar um pouco, eu vou dar de presente para a melhor poção um vidro desta poção. - disse Slug, levantando uma garrafinha contendo um liquido dourado. – Alguém pode me dizer que poção é esta?

Apenas as ruivas e Snape levantaram a mão.

– Eu sei que a Srta. Evans e o Sr. Snape sabem que poção é esta, mas será que a Srta. Weasley sabe?

– Esta é a Felix Felicis, a poção da sorte, ela pode dar sorte a uma pessoa por um período, mas pode ser desastrosa se ingerida em excesso.

– Dez pontos para a Grifinória. Bela resposta só poderia vir de uma bela mulher. – disse o professor deixando uma Gina vermelha, um Potter que derruba um vidro e um Snape com mais raiva ainda do grupo.

– Agora podem começar, é só olhar no quadro e escolher uma.

Todos começaram a preparar a poção e só agora os marotos repararam que Harry já começara um poção.

– Que poção você esta fazendo? Perguntou Remo.

– Para repor Sangue. - disse Harry.

– Mas ela é demorada, não dá para fazê-la durante uma aula.

– Claro que dá, Aluado. Se você começar antes do professor mandar, ele fala de mais. - disse Harry depositando um ingrediente no caldeirão e movendo o liquido.

– Se você diz.

Em outra mesa Gina percebe que Harry nem ao menos abriu o livro e estava fazendo a poção como se a conhecesse, e não tinha prestado atenção ao que o professor tinha falado. Mas não podia ficar para trás tinha que ganhar a poção para ajudar o Harry a recuperar a memória, ou melhor, voltar para o seu tempo e acabar com Voldemort.

– A aula acabou. Parem de mexer seus caldeirões que eu vou agora escolher o vencedor. - disse Slug.

Gina não estava confiante, a poção Fortalecedora que escolhera era fácil, mas sabia da capacidade de sua ex-sogra e do seu detestável professor Snape, além da lenda de que os marotos eram excelentes alunos, mas o que mais a preocupava ainda era Harry

O professor começou a inspecionar os caldeirões e a fazer comentários em cada um. Quando chegou em Snape ele falou:

– Uma perfeita poção dos mortos-vivos, Parabéns. Um candidato ao prêmio. – e passou para a mesa das meninas, não gostando das poções de Anna, Mary e Alice. Mas deu um grito quando viu os caldeirões da Lilian. – Perfeito, Srta Evans. Você e o Sr Snape estão no topo até agora. Mas vejamos a Srta Weasley além de inteligente também sabe preparar porções de forma espetacular. Nunca vi poções da Paz e Fortalecedora tão boas. Temos então um empate triplo até o momento e só falta a mesa dos Marotos, digo dos Garotos ali. - Gina estava feliz agora, envergonhada pelos elogios, mas tinha conseguido o seu objetivo a poção para ajudar a seu amado.

Ele disse que as poções de Sirius, Tiago e Remo estavam em um bom nível, mas ainda faltava um pouco para chegar ao nível das três lideres, mas que parecia os três se saíram bem nos testes. Ele propositalmente tinha deixado o novo Potter por ultimo, os comentários dos outros professores e o incidente antes da aula tinham deixado sua curiosidade ativada.

– Hum, vejamos o Novo aluno que até agora não disse nada. Mas o que é isso? Esta poção esta mais que perfeita, se o senhor permitir levá-la para a enfermaria, pois acredito que a Poção para repor sangue está em baixa e nem conseguiria uma tão perfeita. Os resultados obtidos com esta seria melhor que a obtida com sangue de Dragão. Meus Parabéns. Você ganhou o meu desafio. Aqui está a Felix Felicis, use-a bem. Estão todos dispensados.

Harry pegou o vidrinho e saiu da sala antes que alguém tivesse alguma reação ao que o professor disse, e aparatou na entrada do salão comunal dando um susto na Madame Gorda.

Enquanto isto seus amigos saíram da sala um pouco surpresos e nem notaram que o moreno simplesmente desaparecerá. E rumaram para a torre, sem ninguém dizer uma só palavra. Chegando lá encontraram o moreno tendo uma conversa com a guardiã da entrada de sua casa.

– Mas Agnes, o melhor vinho não pode ser o dos monges do terceiros andar, eles nunca o bebem, mas bebem o que está escondido naquele quadro perto da cozinha.

– Você parece ter razão. Mas só vou responder depois de me servir deste vinho.

– Vou pedir para alguém te trazer. Agora você poderia abrir para mim.

– Claro Senhor Potter.

– Obrigado. Vocês deveriam saber que ouvir a conversa dos outros é uma coisa muito feia. – disse para seus amigos sem nem ao menos olhara para eles. E entrou pela passagem, seguido por todos.

– O que foi aquilo?

– Como você chegou tão rápido aqui?

– Como você ganhou aquela poção?

– Como você sabe o nome dela?

Foram algumas das perguntas que Harry conseguiu ouvir no meio de todas elas.

– Se vocês não ficarem calmos, eu não vou poder escutar nenhuma pergunta, quanto mais responde-las. Ótimo, primeiro era só fazer uma poção bem feita e você também ganharia também esta poção. Ela tava no livro, portanto era só ler e seguir as instruções, eu comecei antes do professor liberar, por isso eu conseguir acabar como já tinha dito para os marotos, eu sai mais rápido, não gostei da cara dos sonserinos, ele poderiam encrencar, não daríamos a sorte de outro professor ver a cena e nos liberar sem detenção, como a atenção era em mim eles não mexeriam com vocês naquele momento, ora eu sabia o nome da Agnes porque eu perguntei, ou vocês não tiveram a ideia de conversar com ela durante todos estes anos que ela ta na frente da passagem? E alguém viu a Gina?

– Cara você fala muito rápido, você se lembrou de respirar? – disse o Sirius.

– Ela tava aqui agorinha – disse Alice- porque você não a procura Ti, não Ti não da para você, Ti é ele, - disse apontando para o Pontas,- já sei vou te chamar de Guinho. Assim da para diferenciar vocês sem problemas, não e meninas?

– Gostei- disse Lilian passando a mão nos cabelos arrepiados do menino. Deixando Tiago com raiva. Mas ele logo percebe que não tem nada ali, e sorri para a ruiva que fica vermelha.

– Então eu vou atrás dela, com licença. - Disse e saiu da torre e aparatou assim que saiu do campo de visão de todos.

– Ele fez de novo, né? – cochichou Lilian para Tiago.

– Sim, e deve ter sido assim que ele chegou tão rápido aqui em cima. Depois a gente fica sabendo, vamos comer?

– Vamos. Respondeu Lily sem reparar que mais ninguém os seguia saiu com o maroto de óculos.

Gina aproveitou a distração em torno de Harry e seguiu para a sala do diretor, chegou até a gárgula e se lembrou que não sabia a senha, e no momento que iria começar a tentar os nomes de doces, já que está era a mania do diretor ele se aproxima e disse.

– Não esperava a sua visita tão cedo, Srta Weasley. O que devo a honra.

– Eu queria conversar com o senhor, sozinha. Poderíamos entrar na sua sala?

– Sim, minha cara. Pirulito de Sangue. – os dois seguiram pela escada e adentraram a sala.

– Sente-se. E me diga o que você precisa me disser com tanta urgência.

– Hum nem sei por onde começar, mas vamos pelo começo. Eu menti lá na enfermaria, nós, eu e o Potter, não somos dos Estados Unidos e nem ganhamos uma bela estadia aqui. Desculpe mentir, mas naquela situação era o melhor a se fazer. Eles não podiam desconfiar de nada. Bom na verdade as únicas coisas que não eram mentira são os nossos nomes e o fato de sermos bruxos. – Disse Gina enrolando para criar coragem. Os dois estavam tão concentrados que nem ouviram um ‘Crack’ muito de baixo perto da porta. – Professor, nós somos do futuro. Vinte anos no futuro para ser mais exato, o senhor pode avaliar a gravidade da situação. Eu não sei como viemos parar aqui, e nem posso contar já que algumas informações devem ser mantidas em segredo para não alterar o futuro, o que poderia ser muito drástico, mas devo avisar que o ‘Tiago’ deve saber, se não tivesse perdido a memória, ele poderia te dizer para que possamos poder voltar, não que eu não esteja gostando, mas tenho medo das consequências.

– Então este é o segredo que faz você ficar pensativa, e eu pensando que tava fazendo algo errado, por não ter memória. – ouviu-se uma voz vinda da direção da porta.

– Há quanto tempo você esta ai, senhor Potter? – perguntou Dumbledore.

– Desde “nós somos do futuro.” Vocês estavam tão concentrados que nem me viram chegando.

– E como foi que você chegou aqui, se você não se lembra de onde fica a minha sala e não sabe a senha? – Perguntou o diretor mostrando curiosidade.

– Eu estava atrás da Gina, então aparatei até onde ela estava.

– Senhorita Weasley, você tem mais alguma coisa para me contar?

– Tirando o fato dele conseguir aparatar em Hogwarts e apresentar durante as aulas poderes acima do normal. Não.

– Bom estes fatos eu já havia sido informado pelos professores e pela Madame Pomfrey, mas agradeço a confiança.

– Então podemos ir, tchau, professor. Tiago me desculpe por não te dizer antes, mas achei que com a sua memória, era melhor não dizer.

– Tudo bem. Eu entendo, mas você poderia ter me dito, para eu tomar cuidado para não alterar mais o futuro, ou o nosso presente. Então vamos comer que eu to com fome.

Assim os dois se dirigiram para o Grande Salão onde os amigos estavam esperando.

O primeiro a se manifestar foi Pedro, que parecia bravo.

– Onde vocês estavam? Eles não tavam querendo vir enquanto vocês não aparecessem.

– A Gina esqueceu o livro nas masmorras e voltou para pegar, eu fui atrás. Somente isso.

– E por que demoraram tanto? – perguntou Remo com um sorriso maroto.

– Ora, aproveitamos que estávamos sozinhos e nos agarramos no armário da sala. – respondeu a ruiva.

– Verdade? – disseram todos.

– Claro que não. Senão nos ainda estaríamos lá. – respondeu Harry entrando na brincadeira de Gina.

– Vocês são maus. – disse Alice.

– Agora vamos comer que eu to morrendo de fome e nos temos que fazer os deveres. – disse Gina.

– Temos mesmo – respondeu os Marotos, menos Remo.

– Mas é claro. – respondeu Lilian.

– Com uma ruiva já era difícil, mas duas não da para nem para argumentar. – disseram os Potter em uníssono.

– Vocês deveriam para de falar a mesma coisa ao mesmo tempo. Isto dá medo.

– Às vezes é involuntário. – responderam os garotos de óculos.

– Dá medo é quando eles combinam isso sem nem mesmo dizer uma palavra.

– Como assim Remo? – perguntou Anna.

– Hoje eles acordaram juntos. Trocaram olhares e pregaram uma peça para acordar o Sirius. Deu medo do que eles podem fazer.

– Me lembre de nunca deixá-los com raiva de mim. Se eles fizeram isso com um amigo, imagina com um inimigo. – disse Mary.

– Nos nunca faríamos mal a alguma de vocês, meninas. Mas que foi engraçado ver a cara do Almofadinhas e depois do Rabicho de manhã, a foi. – responderam os Tiago

– Ainda bem que estamos longe da fúria deles. – Responderam as ruivas.

– Hi, parece que não e só os Potter que falam juntos as ruivas também.

E assim o jantar se seguiu.