Harry Potter Mudando A História escrita por Mago Merlin


Capítulo 27
Apostas Erradas e uma Revelação




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Capítulo 27 – Apostas Erradas e uma Revelação

O Cálice de Fogo ficou novamente vermelho e expeliu mais um pergaminho. Leu em voz alta o que estava escrito nele.

- Harry Potter.

O moreno abaixou a cabeça a encostando na mesa, não acreditando que isso estava acontecendo com ele. Ele podia sentir a surpresa de seus pais e o medo em Cris.

- Sr. Potter. – chamou Dumbledore. – Siga os outros campeões.

Harry se ergueu imponente, não daria o gosto de quem fez isso vê-lo por baixo, concentrou seu olhar na porta, depois de receber um apertão na perna da irmã.

Ele abriu a porta e entrou na saleta preparada para receber os campeões, deixando os murmúrios para trás. Os três estavam em cantos separados da sala. O campeão de Hogwarts estava observando a porta e foi o primeiro a ver Harry.

- Harry, o que aconteceu?

Fleur que estava sentando perto da lareira deu uma bela olhada no menino, que com incentivo do pai e do quadribol, tinha um corpo bem desenvolvido para sua idade.

- Eles estón chamando os campeons? – perguntou Fleur com um sotaque carregado e sensual.

- Acho melhor deixar que eles expliquem. – disse ele.

Vitor apenas o olhou para ele e voltou a olhar para a janela.

Poucos minutos depois entraram na sala os diretores, os outros juízes e a auror Tonks. Todos foram diretamente para Harry.

- Harry. Você se inscreveu no torneio? – perguntou Dumbledore.

-Não. – respondeu ele como se fosse a coisa mais obvia. – você mesmo fez a linha etária. 

- Pediu a alguém que o escrevesse? Algum aluno mais velho? – continuou o velho.

- Claro que não. Eu não pediria isso para ninguém, principalmente que eles não aceitariam concorrer comigo, por ser fora da regra. – respondeu o menino.

- Para seus pais? – perguntou de novo o diretor.

Harry agora começou a rir. Seus pais, sua mãe mataria ele só de ele pensar em participar, quanto mais pedir para ela trapacear por ele, e seu pai se sentiria traído se ele usasse isso para participar, se fosse para isso tinha que ser de maneira justa.

- Você viu a expressão deles. Era de surpresa e receio. Eles sabem do que se trata isso, e se você e os outros decidiram que é melhor que somente os maiores pudessem participar e porque tem motivo e eles estavam felizes que os filhos deles não correriam perigo.

- Parece que desta vez o Potter não tem culpa. – disse Snape que também tinha entrado com os outros professores. – Alguém armou para ele.

- O que acontecerá? – perguntou Minerva preocupada.

- Ele terá que participar do torneio. – disse o diretor.

- Isso é um ultraje.- disse Karkaroff, deixando de lado o sotaque.

- E contra as regras. – disse a diretora francesa.

- Ele é ton novinho. – disse Krum em claro tom depreciativo.

- Infelizmente este caso não é coberto pelas regras, parece que alguém o inscreveu em outra escola. – disse Dumbledore. – e todos aqueles que o nome sai do cálice estão sobre um contrato mágico. Nenhum não pode ser recusar a participar e infelizmente o Sr Potter competirá.

- Então traga de novo o cálice que escolheremos mais um campeão das outras escolas. – disse Karkaroff.

- Isso mesmo. Uma pena que não sabíamos disso antes podia ter trago uma seleção maior de estudantes. – disse Madame Maxime.

- Isso é impossível, o cálice se apagou e só voltará a acender no próximo torneio. – disse Dumbledore.

- Entrarei com um processo perante meu ministério. – disse Karkaroff.

- Bom agora que tudo está acertado. Vamos as regras. – disse Crouch ignorando os resmungos dos diretores. – o Torneio consiste em três provas, onde serão avaliados e receberão notas dos juízes. A primeira acontecerá no dia 24 de novembro, em uma arena nos territórios do castelo. Será uma prova que avaliará suas habilidades contra o desconhecido. Usarão apenas suas varinhas e o conhecimento que tem de magia. Boa Sorte.

- Como vocês são campeões e devem passar o resto do ano se preparando para o torneio, estão dispensados dos exames, principalmente vocês três que se formam agora, o ministério concederá a vocês os certificados necessários para que se tornem bons profissionais na área que queiram.  – disse Amélia Bones.

- Vocês estão dispensados. – disse Dumbledore.

Todos saíram da sala e tomaram rumos diferentes. Harry não sabia o que fazer, só sentiu sendo conduzido para as escadas.

- Vamos Harry, acho que tem pessoas querendo falar com vocês. – disse a pessoa que o conduzia.

- Eu não me inscrevi, Tia Mimi, eu juro. – disse ele ao reconhecer a voz.

- Eu acredito em você. – disse a professora de forma amável.

Harry parou de andar um pouco. E pensou.

- “Mimi, agora que eu tenho que participar, eu farei de tudo para honrar a Grifinória, tentarei vencer e dedicarei a vitória ao Grande G”. – disse ele usando a ligação mental entre Potter*

- “Nada me deixaria mais orgulhosa de ter você em minha casa, e na minha família.” – disse ela.

Tonks que estava seguindo os dois nada entendeu deste diálogo principalmente que parte dele ela não escutou.

Minerva bate na porta do escritório do Remo. Onde tinham combinado de se encontrar.

Lilian logo pulou no pescoço do filho.

- Calma, Mãe. Não será um torneiozinho de nada que me matará. – disse ele.

- Não fale assim. – disse ela.

- Então pare de agir como se ele fosse morrer. – disse Tiago limpando as lágrimas da esposa.

- Mas... – começou ela, mas foi interrompida pelo marido.

- Ele é um Potter e vencerá essa. – disse o auror. – o importante e darmos nosso apoio ao Harry, mesmo não podendo ajudá-lo, não diretamente, e tentarmos descobrir quem colocou o nome dele no cálice. Não você, filho, você continuará sua vida normal. Estudará, enfrentará os desafios que aparecerão e será feliz.

- Tudo bem, mas acho que eu devo ir para cama. Estou com um pouco de dor de Cabeça. – disse Harry.  – mas antes, você me é familiar?

Ele perguntou isso para a auror que os tinha seguido.

- Eu sou prima do Sirius. – disse ela. – Acabei de me formar e já estou em uma missão importante. Antes que me pergunte eu sou metamorfomaga, por isso você não me reconhece, a minha verdadeira forma é essa.  

- Nimpha! – exclamou ele. – Sabia que sua magia era conhecida. Mas por que nunca falou nada disso para mim.

- Era segredo, não gostava muito de mostrar. – disse ela. – mas agora não me importo mais, só que como os outros aurores são muito ligados a você parece que eu ficarei de olho em você. Pena que eles não sabem que eu sou sua prima.

- Deixa eu ver se eu entendi. Os aurores que estão aqui para segurança e evitarem que eu obtenha ajuda externa são meu pai, meu padrinho, minha Tia Mel e a minha prima Nimpha. Agora que todos vão me odiar. – disse ele resignado.

- Será que dava para me chamar de Tonks, pelo menos perto dos outros. Eu não gosto muito do meu nome. – disse a auror.

- Eu não ia fazer outra coisa. Não quero que me acusem de favorecimento. Pelo menos não mais do que vão fazer.  Agora Tchau.  – disse ele saindo da sala do tio, e aparatando para frente da sala comunal assim que se viu sozinho.

- Fiquei sabendo que você foi escolhido para representar a escola. Meus parabéns, mesmo sabendo que você não seria capaz de quebrar uma regra tão grande destas. – disse a Madame Gorda.

- Obrigado, Agnes. Fico satisfeito em saber que você acredita em mim. – disse ele.

- Pode passar. – disse ela, mesmo sem que ele falasse a senha. – aprecie a festa.

Quando o quadro se abriu ele sentiu a onda de felicidade vinda do salão comunal. Realmente havia uma festa ocorrendo. Quando seus colegas o viram o saudaram de forma bem entusiasmada. Mas a primeira pessoa a chegar até ele foi Cris. A ruiva o abraçou, chorando.

- Calma. – disse ele para que somente ele ouvisse. – Tudo dará certo, Fada. Eu já prometi para tia Mimi que ganhar isso para ela.

- Espero mesmo, Anjo. – disse ela se afastando e permitindo que ele secasse suas lágrimas.

Logo em seguida, chegaram nele Flávia, Fernanda, Hermione, Gina e Tony. Todos o abraçaram.

Harry ficou um tempo na festa, os grifinórios não se importavam se ele tinha realmente se inscrito ou não, mas também não o ficavam perturbando com isso. Subiu para seu quarto esperando encontrar paz e preocupado com seu melhor amigo que ele não viu no salão comunal.

 -Olha se não é o nosso campeão. – disse Rony de forma venenosa ao ver Harry entrar no quarto.

- Rony, fiquei preocupado com você. – disse Harry confuso com a reação dele.

- Por quê? Já não bastam as suas fãs. – disse o ruivo.

-Que? – Harry estava sem entender nada.

- Você sabia que eu queria participar deste torneio.

- Mas eu não me inscrevi.

-Pode me falar a verdade, eu sou seu amigo, como você fez?

- Eu não me inscrevi, e apostava que dentre todos você acreditaria em mim.

- Pois apostou errado. – disse Rony saindo do quarto, deixando para trás um moreno triste.

Ainda faltava alguém para saber. Harry senta em sua cama, fecha as cortinas e pega o Livro.

Antes que Lorde Gryffindor falasse algo ele dispara.

- Eu sou um dos campeões do Torneio Tribruxo. Alguém me inscreveu, e minha vida vai virar um inferno pela manhã.

- De novo. – disse o ruivo. – Mas não era para ter nenhum comensal no castelo para isso.

- Que? Será que alguém pode me falar algo diretamente hoje. – disse Harry. – e que História é essa de “De Novo”?

- Acho que está na hora de você saber. Nem sempre eu fui conhecido como Gryffindor, passei a usar essa alcunha para combater Voldemort, mesmo nesta época eu usava um nome um pouco diferente do que eu realmente tenho. – dizendo isso ele voltou a sua forma original. – era conhecido pelos seus pais e tios como Tiago Potter, mas esse é parte do meu nome, Eu sou Harry Tiago Potter, eu sou você.

Harry ficou paralisado se ele não visse a cicatriz na testa dele, ele não acreditaria. Seus pais falaram que ninguém conseguiria reproduzi-la, já que foi feita por feitiços das trevas.

-Como? – ele falou depois de alguns minutos.

- Eu sou você, e como pode ver sou mais velho que você. Minha vida foi um pouco diferente, mas acho que é melhor não te encher agora com ela, só tem que saber que Voldemort não havia morrido e vivi na guerra. Por motivos diversos acabei voltando no tempo para destruir o cara de cobra. Ainda não é hora de detalhes.

- Mas...

- Eu contarei tudo, mas sua cabeça ainda deve estar péssima. Você acaba de ser inscrito em um torneio que pode te matar, todos acreditam que você se inscreveu e seu melhor amigo está brigado com você. Depois de tudo isso passar eu conto tudo.

- Como você sabe da briga com o Rony?

- Aconteceu o mesmo comigo. Usaram o torneio como uma armadilha para me capturar e um comensal infiltrado no colégio que me inscreveu. Mas ele não está no colégio, quem poderia ter feito isso?

- Não sei, mas acho que eu tenho um monte de inimigos na escola, sabe sonserinos.

- Não, nenhum marciano falsificado tinha poder para isso. Foi alguém mais graduado.

- Perai, como posso ter certeza disso tudo, você mesmo me disse para não confiar assim rápido nas pessoas, e você não é quem eu pensei que fosse.

- Pergunte para seus pais do menino que veio dos Estados Unidos, eles não te responderão de imediato, trocarão olhares e tentarão te enrolar, depois pergunte para a sua Tia Mel em língua de cobra, de preferência longe de todos, ela te responderá, ela não sabe tudo sobre mim, mas deve saber o suficiente. 

- Farei isso. Mas agora eu vou dormir, o dia foi péssimo para mim, fiquei o dia todo com uma sensação ruim, todos olhando pra mim, e depois isso tudo, eu preciso descansar.

- E melhor você se acostumar com essas sensações, elas te acompanharam pela sua vida, assim como os olhares, mas acho que isso você já está mais acostumado. Boa noite. – Disse Gryffindor voltando a sua forma ruiva.

Harry acorda no dia seguinte sem realmente descansar, levanta e percebe que todos os outros já levantaram, não que fosse tarde, mas parece que todos decidiram levantar mais cedo mesmo. Parece que todos ainda estavam eufóricos.

Não se preocupou com isso, se aprontou e saiu do quarto. Encontrou na sala comunal duas cabeças ruivas, não aquelas que ele realmente queria, mas pela cara dos gêmeos eles conseguiram o que queriam.

- Vejo que se deram bem as minhas custas. – disse Harry para os dois que se assustaram.

- Nunca mais faça isso, porco espinho falante. – disse George.

- Poderemos acabar atacando você assim. – disse Fred.

- Se nem os sonserinos que tentam isso desde sempre conseguiram, por que dois cabeças de fogo conseguiriam? – perguntou ele levantando uma sobrancelha, e logo continuou sem deixar que eles respondessem. – E ai quanto ganharam?

- Muito. Estamos ricos. – disse Fred.

- Quintuplicamos tudo, em cada casa. Eles não acreditaram em nós e fizemos uma aposta de 5 por 1. – disse George.

- Acho que fomos os únicos a ganhar algo. – disse Fred pensativo.

- Não se esqueça que teve uma pessoa que apostou em nosso ilustríssimo amigo, meu irmão.

- Como eu poderia esquecer disso.

- Quem? – perguntou Harry tentando esconder os seus sentimentos de surpresa e raiva.

- Nossa querida irmã Gina. – disseram os dois.

 – Ela usou a mesma artimanha que você. Disse que você seria escolhido, não que seria o campeão.- disse George.

- Que orgulho dela. – completou Fred.

- A Gina apostou em mim? – perguntou Harry saindo sem a confirmação dos gêmeos.

Ele estava decepcionado com ela, primeiro o Rony que acredita que ele o traiu se inscrevendo e não falando para ele, agora a Gina apostou que ele seria um campeão.

Sentiu alguém se aproximando dele e o abraçando. Era Cris, e ao seu lado estava Hermione. Pela cara das duas elas ouviram o que os gêmeos disseram.

Entraram no Salão Principal e os primeiros que viram foram os dois irmãos Weasley. Gina sorriu ao ver os amigos, enquanto Rony fechou mais a cara.

Harry e Cris fuzilaram a ruiva com o olhar e deram meia volta, seria melhor comer na cozinha.

Gina não entendeu nada, e foi logo perguntando para Hermione o que tinha acontecido. Que contou tudo, não escondendo o que sentia com relação a isso tudo.

- Ele entendeu tudo errado, assim como você e a Cris. – disse Gina se levantando. – Tenho que explicar pra ele.

- Não adianta, aqueles dois conseguem se esconder melhor que ninguém. – disse Flávia.

- Somente Tio Pontas a Tia Lilian conseguem achá-los, mesmo assim se eles quiserem que eles os achem. – disse a Fernanda.

- Tente conversar com ele durante a noite, ele vai ter tempo para pensar. – disse Tony.

- Isso se ele não fizer nada para chamar mais atenção.

- Rony! – todas as meninas ralharam com ele, sem entender o ataque do ruivo.


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