Vivendo As Diferenças. - One- Shot escrita por JulySantos


Capítulo 1
Capítulo Unico.


Notas iniciais do capítulo

espero q gostem.



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Continuei andando pela rua, ela não parecia ser movimentada, minha bengala não tocava ninguém, ou pela rua estar sem movimento, ou as pessoas não queriam encostar-se a um cego.

Eu sabia para onde estava indo, sempre que conseguia me livrar de Emmett eu vinha para aqui. Andei mais alguns metros e sabia que havia chegado o cheiro das arvores me mostravam isso.

Entrei no parque, escutei o barulho do lago um pouco mais a leste, e ouvia as pessoas correndo, sabia que, havia crianças também, os gritos de felicidade que elas davam provavam que eu estava certo.

Adentrei mais um pouco, e sentei-me em um dos bancos, ele parecia estar vazio, fiquei ali sentado, ouvindo. Gostava de fazer isso, gostava de escutar as crianças, sempre puras e inocentes correrem e brincarem umas com as outras.

Dobrei a bengala a colocando dentro do enorme bolso do casaco que eu usava, eu detestava essa bengala, mas ela é melhor do que ficar dependendo de Emmett para me locomover.

Escutei alguém se sentando ao meu lado, um forte cheiro de morango preencheu minhas narinas. Obviamente uma mulher.

- Admirando a paisagem? – Uma voz suave perguntou. Não tinha certeza se era comigo. Mas resolvi responder mesmo assim.

- Quem dera. – Respondi. Ela ficou calada uns instantes.

- Eu não entendi. – Ela falou. Retirei a bengala do casaco e levei em direção a sua voz.

- Entendeu agora? – Perguntei retoricamente.

Ela teria percebido que eu sou cego se eu estivesse sem os óculos, mas eu prefiro usá-los e fazer com que as pessoas não precisem vê-los, afinal eu sei como ficam os olhos de uma pessoa cega.

- Desculpe se fui grosseira, eu não sabia e... – Ela tentava se explicar, coisa difícil de acontecer. Varias mulheres já se aproximaram de mim, mas quando eu mostrava a bengala elas simplesmente iam embora, estava acostumado com a rejeição e não com pessoas que queriam conversar.

- Esta tudo bem, estou acostumado com isso. – Falei dando de ombros.

- Você esta sozinho aqui? – Ela perguntou, sua voz estava mais próxima, então deduzi que ela havia se aproximado um pouco mais, uma coisa muito rara de se acontecer comigo. Mas essa simples pergunta me deixou com raiva.

- Sou cego, não paraplégico. – Falei de modo rude, eu não gostava que as pessoas falassem assim, eu sou cego, mas posso muito bem sair sozinho. Não quero ser dependente de ninguém.

- Desculpe, eu não quis dizer isso só que é estranho, eu às vezes me perco por aqui, não sei como você consegue isso aqui é enorme, uma vez passei horas tentando voltar pra casa, fui orgulhosa o suficiente para não pedir informação. – Ela tagarelou, acabei sorrindo.

Isso não acontecia todo dia, sempre coloquei na cabeça que nunca teria amigos verdadeiros alem de Emmett, as pessoas não gostavam de ficar perto de um cego, como se fosse contagioso. Algumas pessoas se aproximavam de mim pelo dinheiro, mas eu percebia seu interesse então sempre me afastava para ter amigo interesseiro eu prefiro ficar só.

Só. Essa palavra definia muito bem meus dias, às vezes estava tão sem paciência que nem mesmo Emmett eu queria ouvir, é difícil ser sozinho, sem pais, sem irmãos... Sem amigos.

- Ah, que falta de educação a minha, sou Isabella Swan. – Ela falou, eu não sabia se ela me estendia à mão, também não estendi a minha.

- Edward Cullen. – Falei, eu não precisava ser mal educado com ela.

Fiquei surpreso quando algo tocou minha bochecha, e logo percebi que se tratava de seus lábios, era bom, macio... Suave.

Ela logo se afastou, mas minha bochecha ainda formigava, e a única coisa que passava por minha cabeça era a sensação gostosa que foi senti-la tão perto de mim.

- Então Edward, o que você esta fazendo aqui? – Ela perguntou normalmente. Eu suspirei suas palavras e seus atos, me faziam acreditar que tudo era sincero.

- Quando consigo me livrar de Emmett, venho aqui, só para ouvir as crianças brincando, ou o som do lago, é calmo e prazeroso. – Falei a verdade.

- Hum... Eu posso saber quem é o Emmett? – Ela perguntou parecendo indecisa.

- Meu segurança, mas parece mais um babá. – Resmunguei.

- Segurança? – Ela parecia confusa.

- É por causa dos meus pais, antes de morrerem me fizeram prometer que eu continuaria com ele, eles sempre ficaram mais aliviados quando Emmett estava comigo, assim eu evitava problemas.  – Falei, e me surpreendi com isso, eu não sou de falar muito, mas ela fazia com que todo saísse.

- Eu posso saber quantos anos você tem Edward?

- Tenho vinte e um, e você? – Perguntei, queria saber a idade dela, parecia tão madura.

- Tenho vinte. Espera um pouquinho, eu vou ali e já volto. – Ela falou, escutei seus passos se afastando e suspirei.

Será que ela voltava? Queria acreditar que sim. Não sei por que me importava afinal, era sempre assim, eu deveria desistir ninguém quer conviver com um cego, eu devo me conformar com o Emmett, por que...

- Espero que você goste. – Sua voz suave falou perto de mim, muito perto de mim.

Ela pegou minha mão, e eu juto ter sentido uma corrente elétrica ter passado por mim quando ela me tocou. Ela colocou algo, com a mão que segurava eu procurei identificar o que era.

- Se você não tomar logo vai derreter. – Ela me alertou. Ah, é um sorvete.

Há quanto tempo eu não tomo um sorvete? Calmamente o levei a boca, o saboreando. Morango.

- Obrigado. – Falei antes de levar o sorvete à boca novamente.

- De nada. – Ela falou baixinho. Ficamos alguns minutos em silencio, terminei de tomar o sorvete, e fiquei com a casquinha na mão.

- Nem lembro quanto tempo faz que não tomo um. – Comentei.

- Você não vai comer a casquinha? – Ela perguntou parecendo incrédula.

- Eu não gosto. – Falei passando a mão livre no cabelo.

- Ah, mas eu gosto. – Ela falou pegando a casquinha de minha mão.  Eu apenas ri.

- Você é diferente. – Soltei sem pensar.

- Como assim? – Ela parecia confusa.

- As pessoas não costumas gostar de pessoas como eu. – Murmurei.

- Como você? Você quer dizer lindo? – Sua voz parecia sincera, eu apenas ri.

Lindo, essa é uma coisa que cm certeza eu não sou.

- Cego. – Falei.

- São um bando de preconceituosos, como se fosse contagioso. – Ela resmungou.

Ela é realmente diferente.

- Edward Anthony Masen Cullen. – Ouvi uma voz grossa falar. Suspirei já sabendo de quem se tratava.

- O que você faz aqui Emmett? – Perguntei já sabendo a resposta.

- Como assim o que faz aqui Emmett? Edward não suma desse jeito cara, eu fico preocupado.

- Emmett eu não sou nenhuma criançinha, posso me virar perfeitamente bem, não precisa ficar me vigiando vinte e quatro horas por dia.

- Eu não vigio você, eu cuido para que você fique bem, e alem do mais eu não fico de olho em você quando esta no banho acho que meus olhos não agüentariam. – Suspirei, Emmett sabia ser chato quando queria.

- Pode ir embora?

- Por quê? Ah, não acredito.

- Não acredita em quê Emmett?

- Você está com a gata aqui não é? Não se preocupe Ed eu não vou roubá-la de você.  – Ele falou rindo.

- Emmett...

- Você podia ao menos me avisar cara, é serio eu fico preocupado com você.

- Isso soou tão gay. - Comentei.

- Eu sei, só queria impressionar a gatinha aqui. – Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, escutei a risada de Isabella.

- Sinto muito Emmett, mas ninguém irá me impressionar depois de eu ter conhecido o Edward. – Ela falou, parecia sincera.

                                   Quatro meses depois.

- Edward? – Ouvi a voz doce e melodiosa, que sempre fazia meu coração disparar.

- No quarto. – Gritei de volta.

Eu não acreditava em como minha vida tinha tido uma reviravolta tão grande. Apenas uma ida ao parque, conheci Bella que sem duvida foi uma das pessoas mais incríveis que conheci na vida, e agora estou aqui, morando com ela. Realmente foi rápido, mas não consigo me imaginar sem ela.

 Escutei seus passos rápidos no corredor, sorri. Era sempre assim, ela chegava da faculdade, gritava meu nome, eu respondia e ela vinha correndo em minha direção, me beijava e depois e contava o que havia acontecido de interessante na aula.

- Oi amor. – Sua voz chegou até meus ouvidos. E logo seus lábios estavam sobre os meus, movendo-se em perfeita sincronia.

- Oi.

- Estou exausta. – Ela resmungou colocando a cabeça em minhas pernas. Comecei a fazer um carinho em seus cabelos, ela suspirou.

- O que aconteceu? – Perguntei.

- Prova surpresa, tenho certeza que me sai mal. – Ela disse com uma voz manhosa. Ela usava muito essa voz quando eu não queria fazer algo, ai era só ela falar assim e eu me derretia.

- Pois tenho certeza que você se saiu bem. – Ela estava cursando literatura.

- Eu não tenho tanta certeza, detesto aquele Volturi. Professor chato. – Ela resmungou novamente.

Ela se afastou, para logo colar sua boca a minha novamente, suas mãos puxavam meus cabelos e... Seu celular tocou fazendo com que ela bufasse.

Ela afastou-se e logo o telefone parou de tocar.

- Alô. Eu já disse pare de me ligar. Não me interessa. Eu não me importo. Me esquece. – Ela bufou novamente.

- Quem era Bella? – Perguntei quando ela sentou-se ao me lado.

- Ninguém importante. – Ela murmurou.

- Estão te incomodando? – Perguntei preocupado.

- Não se preocupe, vou fazer nosso jantar. – Ela disse dando-me um selinho em seguida. Escutei seus passos e presumi que ela havia ido à cozinha.

Fiquei ali por alguns minutos. Ouvi a campainha ser tocada, fiquei curioso com quem deveria ser, levantei-me da cama e segui peço corredor. Parei ao ouvir vozes.

- Você não pode estar falando serio. – A voz era certamente de um homem.

- Me dê um bom motivo para eu não chamar a segurança do prédio. – A voz de Bella estava impaciente.

- Por que você chamaria? Diz Bells. – O homem riu.

- Jacob, por favor, vai embora. Eu estou feliz do jeito que estou, amo meu namorado, não quero nem preciso de você, então, por favor... Saia. – Estava quase entrando na sala, mas ao escutar a seguinte frase do homem eu paralisei por alguns segundos.

-Como você pode ter certeza que ele te ama? Ele é cego, não pode te enxergar. – Ouvi a voz desconhecida gritar para ela.

- Eu amo com o coração e não com os olhos. – Disse entrando na sala.

- Edward... Não se preocupe, ele já esta de saída. Vai embora agora, por favor.

- Tudo bem Bells, mas quando cansar de fazer caridade... Você sabe onde me encontrar. – Ouvi a porta batendo, dei meia volta e andei rapidamente ate o quarto.

- Edward? O que foi amor? Não ligue pro que aquele idiota disse. Ela não sabe de nada.

- Está tudo bem. – Mentira, não está. Sempre soube que eu tinha limitações, e que por vezes Bella poderia querer algo, que eu não poderia dar. Mas ouvir o que eu ouvi... Talvez fosse melhor para ela que nos separássemos.

- Não se preocupe amor, ele é um idiota e...

- Bella...

- Nem vem com Bella. Edward não fique pensando no que ele disse, ele não sabe de nada, eu amo você, amo você. – Ela falava enquanto passava a mão em meu rosto.  

- Bella talvez... Seja melhor nós darmos um tempo e...

- Não Edward, não, por favor. Eu amo você, não posso ficar sem você. – Sua voz parecia sofrida, ela colocou o rosto em meu peito.

- Eu quero que você possa ter tudo, e isso não vai acontecer se você continuar com uma pessoa que tem limitações, eu não sou completo Bella. - É difícil admitir isso.

- Edward, não faça isso comigo, não me deixe. Não deixe o nosso bebê. – Ela falou chorosa.

Nosso bebê. Nosso bebê. Era a única frase que rondava minha mente.

- Você... Você esta grávida? – Minha voz saiu fraca.

- Sim. – Essa única palavra fez meu coração disparar.

Eu teria um filho. Eu teria um filho com Bella.

- Ah Deus, eu te amo Bella, amo você demais. – Seu corpo se chocou contra o meu, a abracei fortemente, querendo que nada nem ninguém fossem capaz de tirá-la pra mim.

                                       Uma semana depois:

O telefone tocou, Bella estava na faculdade. Levantei-me da cama deixando o livro sobre ela e caminhando até a sala. Tateei um pouco ate encontrá-lo.

- Alô.

- Gostaria de falar com Edward Cullen. – Uma voz masculina falou, eu tinha a impressão que conhecia, mas não conseguia lembrar quem era.

- É ele.

- Ah, Edward é o Bruno. – Bruno. Ah, o medico.

- Como vai Bruno?

- Bem, liguei para falar sobre a cirurgia, quero saber se você vai fazê-la ou...

- Não, dessa vez eu irei, quero fazer essa cirurgia Bruno, eu preciso. – Falei decidido.

 - Serio? Porque agora? Você sempre dava a vez pra outro. Sinceramente eu já estava perdendo a esperança de que um dia você fizesse.

- Serei pai Bruno, quero enxergá-lo, quero ver o rosto de minha mulher.

- Vamos conversar muito quando vier no consultório amanhã. Faremos alguns exames, e marcaremos a cirurgia.

- Ok, Bruno quanto tempo para a cirurgia? – Perguntei ansioso, não queria esperar muito.

- No Maximo quinze dias.

- Ok, obrigada, amanhã pela manhã estarei ai.

- Te espero.

Ah mais ou menos um ano e meio, eu já era o primeiro para o transplante de córneas, mas como não via motivos para enxergar nunca me interessei. Isso era antes, agora tenho motivos.

                                           Duas semanas depois:

- Eu estarei aqui quando você voltar amor. – Ela falava com a voz chorosa.

- Vá pra casa amor, eu estarei dormindo, e alem do mais não quero você dormindo em um hospital.

- Mas Edward...

- Por favor, amor, só dessa vez me ouça. Amanhã você vem, eu estarei acordado, e isso não ira fazer bem para o bebê. - Apelei para meu ultimo recurso.

Escutei seu suspiro, era tão teimosa. Mas sabia que eu estava certo.

- Ok, mas só vou embora quando o medico vier me falar que a cirurgia acabou e você está bem. – Sorri.

- Combinada. – Quando acabei de falar seus lábios encostaram-se nos meus, escutei a porta sendo aberta, ela separou-se de mim.

- Com licença senhorita, iremos levá-lo para a sala de cirurgia. – Escutei uma voz masculina falar.

- Ok. Vou ficar na sala de espera, estou torcendo por você amor. – Ela deu-me um selinho, e saiu da sala.

- O senhor poderia levantar-se? – A voz pediu, levantei-me e em seguida ele instrui-me a sentar na maca e logo depois deitar nela. Senti-a ela sendo movida e sabia que estava indo par a sala de cirurgia.

- Então Edward, respire fundo, pode doer um pouquinho. – A voz de Bruno falou. Respirei fundo e depois disso, a escuridão me tomou.

Mexi-me desconfortável pela posição que me encontrava, levantei um pouco o tronco e depois me deitei novamente.

- Como você está? – Ouvi a voz que mais gostava no mundo.

- Bem. Como foi a cirurgia? – Perguntei ansioso, sua mão pegou a minha.

- O Bruno disse que foi um sucesso, mas só terão certeza quando retirarem essa faixa de seus olhos. – Ela disse fazendo um carinho em meus cabelos.

- Estou ansioso, quero ver você. – Eu disse.

- Espero não te decepcionar. – Ela disse baixinho.

- Você nunca ira me decepcionar, alem do mais eu amo você sem nunca ter te visto, e não será isso que diminuirá meu amor por você. – Senti seus lábios sobre o meu, foi um simples selinho.

- Com licença. – Ouvi a voz de Bruno adentrar o quarto.

- Oi Bruno.

- Como está se sentindo? – Ele perguntou.

- Bem.

- Isso é bom, a cirurgia foi ótima, mas não posso garantir nada. – Ele suspirou.

- Quando irão tirar essa faixa?

- Semana que vem.

- Tudo isso?

- Foi uma cirurgia Edward, não posso arriscar tirar daqui a três dias e isso prejudicar sua possível visão, seja paciente. – Ele falou, eu bufei, o aperto de Bella em minha mão se tornou, mas forte.

- Ok.

- Bom, a enfermeira logo trará seu café da manhã e alguns remédios que você precisa tomar. Irei atender os outros pacientes. Ate logo.

- Tchau.

                                               Uma semana depois:

- Eu irei tirar essa faixa, quando eu terminar, por favor, não abra os olhos ok? – Era a segunda vez que ele falava isso.

- Ta, vai logo Bruno. – Reclamei.

Senti suas mãos desprendendo algo na faixa. E logo ela se desenrolava em meu rosto. Senti quando ele retirou tudo.

- Abra os olhos Edward. – Respirando fundo fiz o que ele pediu.

Lentamente meus olhos se abriam, minha visão estava embaçada, eu não conseguia ver muita coisa, era isso a cirurgia não havia dado certo?

- Você consegue enxergar Edward?

- Está muito embaçado. – Eu conseguia ver as formas das coisas, mas era difícil.

- Abra bem os olhos, irei colocar um colírio. – As gostas caíram meu olho, e ardeu muito.

- Isso arde. – Reclamei, enquanto ele colocava no olho esquerdo e depois no direito.

- Pique rapidamente e depois feche os olhos por dez segundos e volte a abrir. -Pisquei rapidamente por alguns segundos. E fechei, contei mentalmente ate dez. Abri novamente meus olhos.

E dessa vez eu podia realmente enxergar, eu via perfeitamente o quarto branco do hospital, desviei meu rosto olhando a expressão ansiosa de Bruno.

- Nem lembrava como uma flor é bonita. – Comentei e ele sorriu, logo veio para eu lado me abraçando.

- Deu certo, graças a Deus. Torço por todos os meus pacientes, mas você é diferente Edward, por você eu torcia em dobro. – Ela comentou.

- Onde está a Bella? – Perguntei mais ansioso do que nunca.

- Está lá fora, irei chamá-la e deixá-los a sós. – Ele falou piscando, eu ri.

Levantei-me da cama, Bella havia trazido uma muda de roupas pra eu vestir. Eu não estava curioso para me ver, mas sim a Bella.

Escute a porta se abrindo, não me virei. Meu coração acelerado, minha respiração descompassada devido à ansiedade.

- Edward. – Não agüentei mais, me virei lentamente.

Olhei para ela. Observando cada mínimo detalhe de seu rosto.

 Sua pele era branca, bem alva. Os cabelos brilhantes, marrom avermelhado, a boca cheia e rosada, os olhos cor de chocolate estavam marejados.

- Bella.

- Oh droga, eu devia ter me arrumado. – Ela resmungou baixinho.

- Você é muito linda Bella, a mulher mais linda que já vi. – Ela revirou os olhos e veio em minha direção, os braços fecharam-se sobre meu pescoço. Os lábios colaram-se sobre os meus.

Minhas mãos enfiarem-se sobre seus cabelos, uma de minhas mãos desceram por sua cintura a apertando contra mim.

- Amo você Bella. – Disse assim que nos separamos.

- Eu também amo você.

- Vamos logo falar logo com o Bruno quero logo ir pra casa.

- Não precisa, ele já resolveu tudo e me deu os papeis. – Ela sorriu um sorriso lindo.

- Ótimo, vamos pra casa. – Eu pedi.

- Você já se viu? – Ela perguntou arqueando uma sobrancelha.

- Não. – Dei de ombros.

Ela pegou minha mão e seguiu para uma porta, era um banheiro. E colocou-me em frente a um espelho.

Aquele era eu? Eu nem lembrava que meus olhos eram verdes, ou de quão clara minha pele era. E muito menos desse meu cabelo bagunçado e de cor estranha.

Olhei para Bella que me olhava mordendo o lábio inferior.

- Podemos ir para casa agora? – Perguntei, ela assentiu.

De mãos dadas saímos do hospital, eu olhava tudo minuciosamente, nem lembrava mais como era bom enxergar.

Pegamos um taxi indo para casa.

Admirei o nosso apartamento, mas não fiquei ali, peguei a mão de Bella e fomos em direção ao nosso quarto. Sentei-me em nossa cama. E novamente me pus a admirar a beleza dela.

Eu a encontrei por acaso, ou melhor, ela me encontrou por acaso, vivemos um amor profundo e sincero.  Vivemos esse amor, vivemos nossas diferenças e nada foi capaz de abalar o que sinto por ela. Isso com certeza é amor.


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Notas finais do capítulo

criticas construtivas são bem vindas.
fiquem a vontade para visitar meu perfil e ver minhas outras fics.
bjssssssssssss e deixem reviews.