Dark Angel escrita por ABNiterói


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Gente, por favor não me matem! Sei que todos estão ansiosos para Hermione ir para o passado, mas ainda não é nesse capitulo...
Leiam as notas finais que explicarei umas coisinhas, e tenho uma proposta à vocês.



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Capitulo 9





     Maio passou rapidamente. Harry e Ron estranharam um pouco eu andar com uma bolsinha para todo o lado, mas depois de um tempo eles cansaram de tentar descobrir o que tinha de tão importante nela.

     Junho também passou rápido. Estávamos nas ultimas semanas de aula e até agora não havíamos percebido nenhum sinal de invasão.

     Era um sábado antes da ultima semana de aula quando um garoto da Corvinal veio entregar uma carta para Harry. Depois que ele leu a carta, ele disse para mim e para Ron:

     - É de Dumbledore. Ele esta pedindo para eu encontrar com ele agora. Tchau.

     Harry foi em direção do gabinete de Dumbledore, e eu e Ron fomos para o salão comunal. Sentamos em frente à lareira e tentamos por um tempo, imaginar o que Dumbledore queria falar com Harry. Depois de mais ou menos 40 minutos, Harry voltou correndo.

     - Dumbledore pediu para te dar. Já volto falar com vocês. – Harry disse jogando um envelope no meu colo e subindo para seu dormitório.

     Abri a carta e vi que era de Severo. Estava escrito: 

     “Hermione,

   
Draco vai fazer a invasão hoje. Esteja preparada para lutar. Depois que
eu ‘matar’ Dumbledore, terei que fugir com os Comensais.
    
Madame Pomfrey está sobre efeito da Imperius. Ela vai dar a poção
Polissuco para um cadáver parecer o Dumbledore.
    
Não se preocupe, irá dar tudo certo. Mande-me uma carta quando tudo
estiver tranquilo. Manteremos contato.

                     SS        
Ps.: Estou mandando um frasco de Felix Felicis para você tomar hoje.”

     Espiei dentro do envelope e vi um frasco com um liquido dourado que identifiquei como a Felix. Vi Harry descendo as escadas e guardei a carta novamente enquanto ele chegava perto de mim e de Ron.

     - Escutem... – Harry nos contou rapidamente que estava indo com Dumbledore atrás de uma Horcrux e que ele tinha falado com a professora Trelawney e ela disse-lhe que alguém estava comemorando algo na sala precisa. - Então vocês entendem o que isto significa? - Harry terminou de uma vez. - Dumbledore não estará aqui esta noite, então Malfoy terá campo livre para o que quer que seja que ele está tramando. Não, me escutem! - Ele disse bravo, quando viu que eu ia interromper. Ele estava certo, mas não podia saber disso. - Eu sei que era Malfoy elebrando na Sala Precisa. Aqui - Ele jogou o Mapa do Maroto em minhas
mãos. - Vocês têm que vigiar ele e Snape também. Usem qualquer pessoa que vocês conseguirem da AD também. Hermione, aqueles galeões que usávamos para contanto ainda funcionam, certo? Dumbledore disse que ele colocou proteção extra na escola, mas se Snape estiver envolvido, ele saberá que proteção é essa e como
evitá-la, mas ele não estará esperando que vocês o estejam vigiando, estará?

     - Harry – tentei dizer, mas ele me interrompeu.

     - Não tenho tempo para argumentar. Peguem isso também - Ele jogou uma meia nas mãos de Rony.

     - Obrigado - disse Rony. – Hum, porque eu preciso de meias?

     - Você vai precisar do que está dentro delas, é Felix Felicis. Dividam entre vocês e Gina. Digam ‘tchau’ a ela por mim. Eu preciso ir, Dumbledore está me esperando.

     - Não! – Tentei falar mais uma vez enquanto Rony desenrolava a pequena garrafa com a poção, olhando intimidado. - Nós não queremos,
leve você! Quem sabe o que vocês vão enfrentar?

     - Eu ficarei bem, estarei com Dumbledore - disse Harry. - Eu quero saber que vocês estarão bem... não me olhe assim, Hermione. Vejo vocês depois.

     Harry saiu correndo, e no instante seguinte eu já estava no meu quarto. Bebi toda a Felix Felicis que Severo me deu – sei que foi egoísmo beber tudo, mas Severo havia mandado para mim, e eu sinceramente não estava com a mínima vontade de morrer aquela noite. Fui até minha mala e revirei nela até achar o galeão da AD. Mandei uma mensagem escrita
‘URGENTE. Encontro na sala precisa em 5 min. Levem quem puderem. Só gente de confiança.’

     Desci e Ron, Gina e Lilá estavam me esperando. Pelo estado que elas estavam imaginei que Ron já havia contado o que iria acontecer.

     - Vi sua mensagem Mi. Vamos para sala? – perguntou Gina assim que cheguei perto deles.

     - Sim, vamos rápido.

Fomos correndo até a sala, mas tivemos o azar de quase esbarrar com Filch no meio do caminho, e chegando lá vimos que praticamente todos estavam nos esperando. Lilá fechou a porta enquanto eu corria os olhos pela sala. Estavam lá: Neville, Parvati, Lino Jordan, Dino, Simas, Alicia Spinnet, Cólin e Dênis Creevey, Padma, Luna, Antônio Goldstein, Miguel Corner, Terêncio Boot, Ana Abott, Susana Bonnes e Zacarias Smith. Fui à frente deles e contei o que Harry havia falado para mim e para Ron. Sabia que a Felix estava me guiando a falar as palavras certas então não me preocupei. Quando terminei meu pequeno discurso, perguntei a todos:    
     - Quem está disposto a ajudar?

    - Eu! – Todos disserem e levantaram as mãos. Dividi-os em quatro grupos e mandei cada um para um lugar do castelo. A divisão ficou:

1º grupo

Neville, Dino, Luna e Ana

Térreo

2º grupo

Parvati, Simas, Colin e Denis

Primeiro Andar

3º grupo

Lino, Alicia, Padma e Terencio

Terceiro Andar

4º grupo

Antonio, Miguel, Susana e Zacarias

 Quinto Andar

     Assim que todos saíram, chamei Ron, Lilá e Gina.

     - Ron cadê a Felix? – Ele me deu à meia – Ótimo. Bebem vocês. Um gole para cada. Deve dar até o que quer que vá acontecer acabe.

     - E você Mi? – perguntou Gina.

     - Não se preocupem comigo. Eu ficarei bem. Agora bebam isso logo. Precisamos sair daqui. –Sabia que a qualquer momento Draco chegaria para deixar os Comensais entrarem. Depois que os três beberam
Lilá me perguntou 

   - Onde nós vamos fazer vigia?

      - Aqui no sétimo andar mesmo. – Eu tinha que ficar de olho e ver quando Dumbledore chegasse. Não seria muito legal se metade da escola presenciasse Severo o ‘matando’.

     Fomos para o corredor e ficamos um bom tempo apenas andando sem que nada acontecesse. De repente, vimos que Tonks vinha em nossa direção. Quando nos encontramos ela disse

     - Ola meninos, como vocês estão? Cadê o Harry?

     - Estamos bem – disse antes dos outros. Estava com a sensação de que não devia deixar ninguém falar. – O Harry está com
Dumbledore. O que você esta fazendo aqui na escola? – Perguntei mesmo sabendo a resposta.

     - Nada não. Só precisava entregar uma carta para Alvo, mas Severo me disse que ele foi beber em Hogsmead. Vou esperar por aqui... E o que vocês estão fazendo fora da cama há essa hora? Daqui a pouco Fitch pega vocês.

     - Acho que isso não importa – ao contrario dela, sabia que mentir não era o caminho já que estávamos do mesmo lado. - Provavelmente a escola será invadida antes de Dumbledore voltar e estamos fazendo ronda pelo castelo. Temos grupos no térreo e nos 1º, 3º e 5º andares. Fora nós, é claro, que estamos patrulhando o 7°.

     - Como vocês sabem da invasão?

     - Acho que isso não importa agora. O que importa é unirmos nossas forças e lutarmos o máximo possível para que nada aconteça.

     - Você esta certa. Vamos continuar juntos?

     - Sim! – disseram Gina e Lilá.

     Voltamos a vigiar. Quase meia hora depois, Ron nos chamou.

     - Ei, gente, venham aqui! Vejam isso! O Malfoy sumiu do mapa – ele disse nos mostrando o Mapa dos Marotos. – Isso quer dizer que ele está na sala precisa.

     - Vamos para lá – disse Tonks.

     Chegamos onde normalmente a porta da sala se abria e pouco depois a porta foi aberta. Malfoy saiu sozinho segurando a mão da Glória. No instante que nos viu, jogou algo no chão que criou uma cortina de
fumaça preta nos impedindo de ver qualquer coisa. Tentamos vários feitiços, mas nenhum de nós cinco obtemos resultado. Eu sabia um feitiço das Trevas que acabaria com aquilo na hora, mas com Tonks por perto, não podia me arriscar tanto. Ouvimos passos por perto, e sabíamos que eram os Comensais. Depois do que pareceu uma eternidade, a fumaça se dissipou. Peguei o mapa de Ron e guardei-o na minha bolsa.

     - Corram! Vão avisar os outros que a invasão começou. Deve haver pelo menos quinze Comensais no castelo. Eu vou ficar aqui e aviso vocês pelas moedas se mais algum Comensal aparecer. – Disse rapidamente. Eles acenaram com a cabeça e foram correndo.

     Escondi-me em um lugar escuro, mas que me permitia ver a entrada para sala precisa e as escadas para Torre de Astronomia. Algo me dizia que era importante ficar de olho lá. Dez minutos depois, um
Comensal que acho que se chamava Gibbon subiu correndo para Torre, e dois minutos depois ele voltou. Acho que ele foi lançar a marca Negra.

     Um tempo depois, vi Draco subir as escadas. Agora acabaria rápido, e eu praticamente não havia lutado. Ouvi vozes lá de cima e imaginei que Dumbledore já havia voltado com Harry. Um pouco depois outros Comensais subiram para torre. Eu podia ouvir feitiços sendo lançados.  Por ultimo Severo subiu. Deixei que ele me visse, e ele veio falar comigo.

     - Saia daqui. Não deixem que percebam que você não lutou. Vá até minha sala. A Lovegood está lá cuidando do Flitwick. Mude a memória dela. Faça parecer que você esteve com ela o tempo todo. Minta. Ninguém pode desconfiar que Alvo esteja vivo. Entendeu?

     - Sim. Boa sorte Severo. – Sai do sétimo andar correndo e fui escondida até a sala de Severo. Encontrei Luna de costas para mim, e não perdi tempo.

     - Obliviate! – disse fazendo com que ela pensasse que estávamos juntas o tempo todo. Comecei a encenar. – Por Merlin,
Luna! O que vamos fazer com ele?

     - Calma, Mi. Você está com aquele mapa?

     - Sim

     - Fique olhando nele. Quando os Comensais forem embora, nós o levaremos para a Ala Hospitalar.

     - Boa idéia, Luna – Ela sorriu para mim. Naquela hora me senti tão culpada por estar mentindo assim... Mas era necessário. Sentei ao lado dela, e ficamos juntas olhando para o mapa e esperando que tudo acabasse.

     Momentos depois vimos os pontinhos que representavam Severo e Draco se mexendo rapidamente. Atrás deles vinham os Comensais. Sabia que havia acabado. Quando eles sumiram do mapa, eu e Luna fizemos um feitiço juntas e levantamos o professor no ar. O levamos para a Ala Hospitalar, e quando chegamos lá, já havia varias pessoas na fila para serem atendidas. Deixamos o professor em uma maca e em seguida fui ajudar Madame Pomfrey a cuidar dos feridos.

     Aos poucos, varias pessoas foram chegando à sala. Por ultimo vieram Harry e Gina.

     - Você está bem Harry? – Perguntou Lupin

     - Estou bem... como está Gui? - Harry olhou sobre meu ombro e viu o rosto de Gui, tão ferido e rasgado que ele olhou estranhamente. - Você não pode curar as feridas com feitiços ou algo assim? - ele perguntou à enfermeira.

     - Nenhuma magia vai resolver isto - disse Madame Pomfrey. - Eu tentei de tudo que conheço, mas não há nenhuma cura para mordidas de lobisomem.

     - Mas não foi mordido na lua cheia - disse Rony - Greyback não tinha se transformado, então certamente Gui não vai ser um, um...? - Ele olhou inseguro para Lupin.

     - Não, eu não acho que Gui tenha virado um lobisomem - disse Lupin. - Mas isso não quer dizer que não houve contaminação. Essas feridas são amaldiçoadas. É provável que elas não sejam totalmente curadas e... Gui pode ter algumas características de lobo de agora em diante. 

     - Acho que talvez Dumbledore saiba de alguma coisa que possa resolver - disse Rony. - Onde está ele?Gui lutou com aqueles maníacos na Ordem de Dumbledore, Dumbledore deve a ele, ele não pode deixá-lo
neste estado!

     - Ron... Dumbledore está morto - disse Gina.

     - Não! - Lupin olhou assustado de Gina para Harry, como se Harry pudesse contradizê-la, mas, quando Harry fez sinal negativo, Lupin desmoronou em uma cadeira ao lado da cama de Gui, com suas mãos
sobre seu rosto.

     - Como ele morreu? - sussurrou Tonks.

     - Snape o matou - disse Harry. - Eu estava lá, eu o vi. Nós chegamos atrás da Torre de Astronomia porque era lá o lugar em que estava a Marca... Dumbledore estava ruim, estava fraco, mas eu acho que ele entendeu que aquilo era uma armadilha quando ouviu passos correndo pela escada. Ele me imobilizou, eu não podia fazer nada, estava debaixo da Capa da Invisibilidade. Então Malfoy apareceu na porta e o
desarmou. – Coloquei as mãos à boca para me impedir de dizer o que de verdade aconteceu. Ron gemeu. A boca de Luna estremeceu.

     - Mais Comensais da Morte chegaram e então Snape...  Snape o matou. Com o Avada Kedavra. – Madame Pomfrey desatou a chorar. Começamos a ouvir Fawkes cantar. Sabia que cada pessoa ouvia o que estava sentindo. Eu senti paz e esperança. Eu era a única ali que sabia que Dumbledore estava vivo, e isso me deixava feliz. Não sei quanto tempo ficamos ali, ouvindo, mas aquela musica pareceu de certa
forma tranqüilizar a todos nós.

     Não sei quando, a Prof. McGonagall entrou na ala hospitalar. Como todo o resto, ela sofreu sequelas da recente batalha: haviam feridas em seu rosto e sua túnica estava rasgada.

     - Molly e Arthur estão a caminho - ela disse, e o feitiço da musica foi quebrado. Todos despertamos como se estivéssemos estado em transe.

     - Harry, o que aconteceu? De acordo com Hagrid, você estava com Prof. Dumbledore quando ele... quando aconteceu. Ele disse que Prof. Snape estava envolvido em algo.

     - Snape matou Dumbledore! - disse Harry. Ela olhou fixamente pra ele nesse momento, então se alarmou; Madame Pomfrey, que
pareceu ter desmoronado com ela, correu adiante, conjurando uma cadeira que apareceu ar e ofereceu para McGonagall.

     - Snape - repetiu McGonagall fracamente,caindo sobre a cadeira. - Nós todos sabíamos... mas ele confiou... sempre... Snape... Eu não posso acreditar...

     - Snape era altamente aplicado em Oclumência - disse Lupin. – Eu sempre soube disso.

     - Mas Dumbledore jurava que ele estava do nosso lado! - murmurou Tonks. - Eu sempre achei que Dumbledore soubesse qualquer coisa sobre Snape que nós não sabíamos...

     - Ele sempre sugeriu que tinha uma séria razão para confiar em Snape - murmurou McGonagall - Eu quero dizer... com a história de Snape... claro que era de se espantar....mas Dumbledore me disse
claramente que o arrependimento de Snape era verdadeiro. Não queria ouvir uma palavra contra ele.

     - Eu adoraria saber o que Snape disse para convencê-lo - disse Tonks. Eu ouvia a conversa me segurando. Não podia estragar tudo. Dumbledore está morto, tentei me convencer apesar de saber que era
mentira.

     - Eu sei - disse Harry, e todos olhamos para ele. - Snape passou a Voldemort a informação que o permitiu perseguir os meus pais. Então Snape disse a Dumbledore que não sabia o que estava fazendo, que
ele estava realmente arrependido do que tinha feito, arrependido de tê-los
matado.

     - E Dumbledore acreditou nisso? - disse Lupin, desconfiado. - Dumbledore acreditou que Snape sentia muito por Tiago estar morto? Snape odiava Tiago...

     - E ele achava que minha mãe não valia nada. Porque ela havia nascido trouxa... ’Sangue-ruim’... era como ele a chamava. - Uma unica vez, tive vontade de gritar.

     - Isso é tudo culpa minha - Prof. McGonagall. Ela parecia desorientada contorcendo seu pano molhado em suas mãos. - Minha culpa. Eu mandei Filius trazer Snape essa noite. Na verdade, pedi para
ele vir e ajudar-nos! Se eu não tivesse alertado Snape quanto ao que estava acontecendo ele nunca poderia ter unido forças com os Comensais da Morte. Eu não acho que ele sabia que eles estavam lá antes de Filius ter dito à ele, acho que ele não sabia que eles estavam chegando.

     - Não é culpa sua Minerva - disse Lupin firmemente. - Nós todos precisávamos de ajuda, estávamos satisfeitos por Snape estar a caminho.

     - Então, quando ele chegou para a batalha, passou para o lado dos Comensais da Morte? – perguntou Harry.

     - Eu não sei realmente como isso aconteceu - disse McGonagall - Isso tudo é tão confuso... Dumbledore havia nos dito que ia deixar a escola por poucas horas e que ficássemos patrulhando os corredores
só pra garantir... Remus, Gui e Nymphadora iriam se juntar a nós... e então nós patrulhamos.Todos parecíamos calmos. Nós sabíamos que ninguém poderia entrar voando. Havia poderosos encantamentos em cada entrada do castelo. Eu não sei como os comensais da Morte podem ter entrado.

     - Eu sei - disse Harry, e explicou, resumidamente, sobre o par de Armários Sumidouros e a passagem mágica que eles formavam. - Então eles entraram através da Sala Precisa.

     - Eu estraguei tudo, Harry - disse Ron tristemente. - Nós fizemos como você nos disse: checamos o Mapa do Maroto e não conseguimos ver Malfoy nele, então achamos que ele poderia estar na Sala Precisa.
Então eu, Gina, Mione, Lilá e Tonks fomos checá-la... mas Malfoy conseguiu fugir.

     - Ele saiu da sala uma hora depois de começarmos a procurá-lo - disse Gina. - Ele estava sozinho, apertando com força aquele braço horrível e enrugado.

     - A Mão da Glória - disse Rony - Fornece luz apenas para quem a segura, lembra?

     - De qualquer maneira - Gina continuou – Ele devia estar vendo se a barra tava limpa para deixar os Comensais da Morte saírem, porque, no momento em que ele nos viu, jogou alguma coisa no ar e tudo ficou
negro.

     - Pó Escurecedor Instantâneo do Peru - disse Ron amargamente – Dos Fred e Jorge.

     - Nós tentamos de tudo, Lumos, Incêndio - disse Gina. - Nada quebraria a escuridão. Tudo que nós pudemos fazer foi tatear a saída para o corredor de novo e, ao mesmo tampo, nós pudemos ouvir pessoas
correndo atrás de nós. Obviamente Malfoy pode ver com aquela coisa na mão e os estava guiando, mas nós não ousamos lançar feitiços ou qualquer coisa no caso de nos colidirmos e, na hora em que chegamos a um corredor iluminado, eles já tinham ido.

     - Felizmente - disse Lupin, rouco. - Ron,Gina, Lilá e Tonks se encontraram conosco quase que imediatamente e nos disseram o que tinha acontecido. Nós encontramos os Comensais da Morte minutos
depois, indo em direção à Torre de Astronomia. Malfoy obviamente não esperava encontrar mais pessoas vigiando; ele pareceu ter esgotado seu suprimento de Pó.  Uma luta ocorreu, eles se dispersaram e nós começamos a persegui-los. Um deles, Gibbon, fugiu e correu para as
escadarias da torre. – Ah! Sabia que o nome dele era Gibbon.

     - Para conjurar a Marca? - perguntou Harry.

     - Ele deve ter feito isso sim. Eles devem ter planejado aquilo antes de deixar a Sala Precisa – disse Lupin. - Mas eu acho que Gibbon não gostou da idéia de ficar esperando por Dumbledore lá sozinho, porque ele voltou correndo e acabou sendo atingido por uma maldição da Morte.

     - Então, depois que Ron, Lilá, Gina e Tonks saíram do sétimo andar, onde você estava Mione?

     Comecei meu teatro novamente. Disse para todos. – Fiquei por mais um tempo perto da entrada da sala Precisa, para ver se mais algum Comensal ia chegar. Depois de um tempo percebi que ninguém mais
viria, e fui para o lado de fora do escritório de Snape, com Luna. Nós
esperamos por algum tempo e nada aconteceu. – Comecei a inventar, e como ainda estava sobre efeito da Felix, não temi que Luna dissesse que eu estava mentindo. - Era quase meia-noite quando o Prof. Flitwick apareceu correndo. Ele estava gritando sobre Comensais da Morte no castelo. Eu não acho que ele tenha percebido que eu e Luna estávamos lá, apenas foi a caminho do escritório de Snape e nós o ouvimos dizendo a Snape tinha que ir com ele e ajudá-lo, e então nós ouvimos uma forte pancada e Snape veio empurrando-o de dentro de sua sala e ele nos disse e ... Eu fui tão estúpida, Harry! - disse em um sussurro. - Ele disse que o Prof. Flitwick havia desmaiado e que nós deveríamos ir e cuidar dele enquanto ele ia ajudar na batalha contra os Comensais. Nós fomos à sala dele ver se podíamos ajudar o Prof. Flitwick e fazê-lo recuperar a consciência... e, oh, isso é tão óbvio agora, Snape deve ter estuporado Flitwick, mas nós não sabíamos, Harry, nós apenas deixamos Snape
ir.

     - Não é culpa sua Hermione – disse-me Lupin. Estranhei o fato de ele tentar me reconfortar, mas fiquei quieta e só assenti com a cabeça. - Hermione, se você não tivesse obedecido Snape, tentando tirá-lo do caminho, ele provavelmente teria matado você e Luna.

     - Depois, então, ele subiu - disse Harry - e ele encontrou o lugar onde vocês todos estavam lutando...

     - Nós estávamos com problemas, estávamos perdendo - disse Tonks em voz baixa. - Gibbon havia sido derrotado, mas o resto dos Comensais da morte parecia disposto a lutar até a morte. Neville estava machucado; Gui havia sido ferido por Greyback... estava escuro... havia feitiços voando para todos os lados... Malfoy havia desaparecido... Então mais Comensais correram atrás dele, mas um deles bloqueou a escada atrás deles com algum tipo de feitiço...  Nós continuamos a lutar. E
então Snape estava lá. E então não estava.

     - Eu o vi correndo em direção a nós, mas aquele Comensal da Morte gigante jogou um feitiço que me atirou pra trás e eu abaixei a cabeça desmaiei e perdi a noção das coisas - disse Gina.

     - Ele estava indo para torre, mas para ajudá-los, não para impedi-los... e eu aposto que ele tinha uma Marca Negra para ultrapassar aquela barreira...  então, o que aconteceu quando ele voltou?

     - Bem, um Comensal da Morte soltou um feitiço que fez desabar metade do teto e, além disso, quebrou o feitiço que bloqueava a   passagem - disse Lupin. - Nós todos esperamos, e então Snape e o
garoto surgiram de dentro da poeira... obviamente nenhum de nós os atacou.

     - Nós os deixamos passar - disse Tonks - Nós achamos que eles estavam fugindo dos Comensais...  depois um outro Comensal e Greyback vieram atrás e nós lutamos de novo. Eu pensei ter ouvido Snape gritar alguma coisa, mas eu não sei o que...

     - Ele gritou: ‘Acabou’ - Disse Harry. - Ele fez o que pretendia.

     Todos ficamos em silencio. As portas da ala hospitalar se abriram, fazendo todos se sobressaltassem: o Senhor e a Sra. Weasley estavam vindo, e Fleur estava atrás deles, seu lindo rosto estava
aterrorizado.

     - Moly, Arthur... - disse McGonagall – Eu sinto muito.

     - Gui - sussurrou Sra. Weasley - Gui. Oh, Gui.

     Lupin e Tonks haviam levantado apressadamente e se afastado para que Senhor E Sra. Weasley pudessem se aproximar da cama. A Sra. Weasley curvou-se sobre seu filho e levou seus lábios até sua testa sangrenta.

     - Você disse que Greyback atacou-o - perguntou Sr. Weasley à McGonagall – Mas que ele não estava transformado? O que isso significa? O que vai acontecer com Gui?

     - Nós ainda não sabemos - disse McGonagall

     - Provavelmente haverá alguma contaminação, Arthur - disse Lupin. - É um caso estranho, provavelmente o único.... Nós não sabemos qual será o comportamento dele quando acordar... - A Sra. Weasley pegou a pegajosa pomada de Madame Pomfrey e começou a passar nas
feridas de Gui.

     - E Dumbledore? - Disse o senhor Weasley. - Minerva, isso é verdade...? Ele realmente está...? - Minerva acenou afirmativamente - Dumbledore se foi – sussurrou.

     - Claro que não importa como está sua aparência... Isso não é r-realmente importante...mas ele era um ga-garotinho muito bonito...sempre muito bonito...e ele ia se casar!

     - O que você quer dizer com isso? - disse Fleur em voz alta. - O que você quis dizer com ’ele ia se casar’? - A Sra. Weasley levantou seu rosto coberto de lágrimas, olhando-a imediatamente.  

     - Bem... só que...

     - Você acha que Gui não gostaria de se casar comigo de qualquer maneira? - protestou Fleur. – Você acha que, por causa
dessas mordidas, ele não vai me amar?

     - Não, não era isso o que eu...

     - Porque ele vai! - disse Fleur. – É preciso mais do que um Lobisomem para que Gui deixe de me amar.

     - Bem, sim, tenho certeza - disse Sra Weasley. - Mas eu achei que talvez... dado que ele...

     - Você achou que eu não ia querer me casar com ele? Ou talvez você esperasse isso? - disse Fleur, suas narinas se dilatando. - O que importa a aparência dele? Eu sou bonita o bastante para nós dois, eu acho! Todas essas feridas mostram que meu noivo é corajoso! E eu faço
isso! - ela acrescentou com firmeza, empurrado Sra. Weasley pro lado e tirando a pomada das mãos dela. A Sra. Weasley esbarrou em seu marido e viu Fleur limpando as feridas de Gui com uma expressão muito curiosa em seu rosto... Ninguém disse nada.

     - Nossa tia-avó Muriel, tinha uma bela tiara feita por duendes, estou certa que posso convencê-la a emprestar pra você para o casamento. Ela gosta muito de Gui, você sabe, e ficaria linda em seu
cabelo.

     - Obrigada - disse Fleur com dignidade. - Eu estou certa de que ficará linda.

     Então vi que ambas estavam chorando e se abraçando.

     - Veja! – disse Tonks olhando para Lupin. - Ela ainda quer casar com ele, mesmo ele estando com essas mordidas! Ela não se importa!

     - É diferente - disse Lupin, olhando repentinamente tenso. - Gui não vai ser um lobisomem por completo. Os dois casos são completamentes...

     - Mas eu não me importo! - disse Tonks, agarrando a capa de Lupin e o chacoalhando. - Eu te disse um milhão de vezes... 

     - E eu te disse milhões de vezes - disse Lupin, procurando evitar os olhos dela, olhando fixamente para o chão, - que eu sou muito velho pra você, muito pobre... muito perigoso...

     - Eu te disse desde o começo que você está colocando obstáculos ridículos nisso, Remus - disse a Sra. Weasley sobre o
ombro de Fleur, enquanto dava tapinhas nas costas dela.

     - Eu não estou sendo ridículo - disse Lupin firmemente. - Tonks merece alguém jovem e inteiro.

     - Mas ela quer você - disse o Sr. Weasley com um pequeno sorriso. - E apesar de tudo, Remus, homens jovens e inteiros não
permanecem, necessariamente, assim. - Ele gesticulou tristemente para seu filho, encostando-se ao lado dele.

     - Esse não... é o momento para discutir isso - disse Lupin, evitando o olhar de todos enquanto ele olhava em volta distraidamente. - Dumbledore está morto...

      - Dumbledore ficaria feliz que alguém soubesse que há algum amor no mundo - disse McGonagall, de forma direta, enquanto as portas do hospital abriam de novo e Hagrid entrava.

A parte de seu rosto que não estava encoberta pelo cabelo ou pela barba, estava grande e molhada; Ele estava tremendo e chorando em um grande, e manchado, pano em suas mãos.

     - Fiz... Fiz o que mandou, Professora - ele engasgou. – Tirei o corpo de lá. A Prof. Sprout está levando as crianças de volta pra cama e Prof. Slughorn disse que os representantes do Ministério foram informados.

     - Obrigada, Hagrid - disse McGonagall, levantando-se de uma vez e voltando a olhar pro grupo em volta da cama de Gui. - Eu terei que ver os representantes do Ministério, quando eles chegarem aqui. Hagrid, por favor, diga aos diretores das casas, Slughorn pode representar a
Sonserina, que eu quero vê-los em minha sala imediatamente. Eu gostaria que você se juntasse a nós também. - Enquanto Hagrid acenava  afirmativamente, virou-se, e foi embora, ela olhou pra Harry atrás dela. - Antes de encontrá-los, gostaria de falar rapidamente com você, Harry. Se você vier comigo... - Harry levantou-se, murmurou

     - Vejo vocês daqui a pouco - para Ron, Gina, Lilá e para mim. Ele seguiu a Prof. McGonagall pra fora da ala Hospitalar.

     Pouco depois de Harry sair, despedi-me de todos e fui para meu dormitório. Estava cansada, mas um pensamento não saia da minha cabeça. Apesar de não ter lutado, e de ser uma das únicas que não tinha
nem um arranhão, eu não me sentia culpada. Onde minha coragem Grifinoria foi parar?


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Bom, eu também quero muito que a Hermione vá logo para o passado. Ela não foi ainda por dois motivos, 1º tem umas coisinhas que ela precisa saber antes de ir, e 2º eu estou fazendo o possivel para mudar (por enquanto) o minimo da história original.
Isso quer dizer que vai demorar uns capitulos ainda para ela e o Tom se conhecerem... não me matem por isso
Eu disse que tinha uma proposta, então aqui está ela: se vocês quiserem, eu posso postar um capitulo extra durante essa semana. Este capitulo teria um POV do Tom e um POV de um outro personagem desconhecido ainda. O que vocês acham? Se for para eu postar este capitulo extra, avisem que eu o colocarei até quarta.
Beijinhos



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