Capítulo 5

P.O.V. Severus Snape

     Alem de velho e caduco, agora Alvo só pode estar louco. Claro que eu nunca havia imaginado que o Potter realmente conseguiria matar Voldemort, mas mandar a amiga dele fazer a parte mais difícil do trabalho era jogo sujo. Até eu admito isso. 
     Como não sou ninguém para contrariar Alvo, fiz o que ele mandou. Depois de muito trabalho consegui criar uma cura para o que quer que tenha acontecido com a mão dele. Agora Alvo não corre mais risco de morrer, mas mesmo assim insiste em se fingir de morto. Ele parece uma criança teimosa as vezes. Brincando com a ordem natural das coisas. Correndo riscos que poderiam nunca existir. Testei o feitiço em mim mesmo e funcionou perfeitamente, pelo menos isso.
     Não consigo tirar da minha cabeça o momento em que ele contou-me essa idéia maluca...

*** Flashback ***

      Era a ultima semana de aula antes do feriado de Natal. Estava extremamente tranquilo, pois teria praticamente dez dias de descanso sem ter que aturar os pirralhos. Sinceramente não sei como a maioria consegue se formar. Com exceção de três ou quatro, o resto nem sabe para que um bezoar serve.
     Estava em minha sala corrigindo os trabalhos do segundo ano, quando Fawkes entrou na minha sala deixando um bilhete de Alvo para eu encontra-lo imediatamente em seu gabinete.
     Chegando, vi Alvo sentado em sua cadeira atras da mesa. Na sua frente havia um anel rachado e em sua mão esquerda uma pedra. Seu olhar vagava entre o anel, a pedra e sua mão direita que ainda estava um pouco escura. - Sabe Severus, foi muita sorte você ter conseguido curar-me totalmente.
     - Não totalmente. Sua mão continua escura. Não fui capaz de fazer nada quanto isso.
     - Isso é o mínimo. É só uma consequência de algo que poderia ser bem pior. Se não fosse por você, Severus, eu estaria morto agora. - ele ficou em silencio por uns segundos, e eu aproveitei esse tempo para sentar-me em uma das cadeiras em frente a Alvo. - Mas não foi para falar sobre isso que te chamei aqui hoje. Preciso te contar uma coisa muito importante e te pedir mais um grande favor, mas antes você tem que jurar não falar sobre nenhum desses assuntos com ninguém, e mante-los protegidos de Voldemort o máximo possível.

*** fim do Flashback ***

     Balancei a cabeça afastando essas lembranças. E então, depois de alguns meses, essa semana Alvo começou a falar o que quer que fosse tão importante para Granger. Antes podia não entender porque Alvo acreditava tanto que a menina podia fazer praticamente o impossível, mas depois que ele me contou a verdade sobre ela, não duvido de mais nada.
     Hoje seria o ultimo dia que Alvo iria se encontrar com a Granger, e semana que vem ele quer que eu conte a verdade. Duvido que ela realmente acredite em mim e acho extremamente desnecessário contar isso, mas sendo  cabeça dura como Alvo é, eu terei que contar.

P.O.V Harry Potter

     Era noite, e mais uma vez Hermione havia saído para se encontrar com Dumbledore. Eu estava no salão comunal com Gina. Agora era raro termos um tempo sozinhos por causa dos N.O.N's dela.
     Estávamos sentados em frente a lareira quando Ron chegou com Lilá. Eles sentaram-se perto de mim e por um segundo ficaram em silencio, o que era praticamente impossível. Mais uma vez o pensamento de eu ter sorte por Ron não ser tão bom em azaraçoes como os irmãos passou pela minha cabeça. Se ele fosse, eu provavelmente estaria na enfermaria por pedir Gina em namoro. Sorri com esse pensamento. Fazia um bom tempo que gostava da Gina, mas sempre tive medo de ela não sentir nada por mim, ou de Ron ficar muito bravo se começássemos a namorar e deixasse de ser meu amigo. Graças a Merlin esta tudo bem.
     - Sabe Harry - disso Ron quando o momento de silencio passou - eu acho muito estranho essas reuniões que a Mione vem tendo com Dumbledore. Quer dizer, por que tanto segredo? Apesar de Dumbledore ter dito para ela não falar para ninguém, ela podia pelo menos contar para nos!
     - Ron, você realmente acha que a Mione vai desobedecer uma ordem direta do Dumbledore? Eu também quero saber o que tanto eles fazem. Quando Dumbledore me chamar novamente para encontrar-mo-nos, eu pergunto a ele, pode ser?
     - Duvido que ele fale alguma coisa, mas tudo bem.