Dark Angel escrita por ABNiterói


Capítulo 36
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Estou de volta, e de férias então os próximos capitulos virão mais rapido(espero).
Capítulo dedicado a Mr Reese, amei a recomendação!
Admito que esperava mais desse capitulo, mas espero que vocês gostem.
XOXO



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Capitulo 35


Depois do susto que Severus nos deu, ele contou que durante a reunião em que ele estava instantes atrás, Draco Malfoy deu a noticia que havia ouvido uma conversa entre Gina e Luna, em que elas discutiam se realmente haviam me visto no castelo, ou não. Tom – recuso-me a pensar nele como sendo Voldemort - ficou estático antes de ordenar que qualquer notícia que tivessem de mim era para ser passada a ele imediatamente, e agora que ele sabe que eu estou aqui, não vai desistir de me achar.

Agora já estávamos próximo ao fim do ano. Eu estava psico e fisiologicamente melhor, então havíamos decidido que eu iria para o Largo Grimmauld, onde os membros da Ordem atualmente se encontravam. Minha mala estava quase pronta, na verdade, as únicas coisas que faltavam para eu terminar eram encolher a mala e tirar o anel que Tom me deu do dedo.

O medalhão de Slytherin, apesar de ser uma Horcrux, continuava em meu pescoço, mas invisível desde que Severus me trouxe a minha nova varinha. Acabei por decidir deixar o anel junto com o medalhão. Enfim encolhi a mala, guardei-a no bolso da calça, e quando estava descendo para a sala, parei em frente a um espelho. Apesar de já estar de cinco meses, minha barriga não havia crescido muito, e eu não havia engordado praticamente nada, a não ser na barriga e um pouco nos seios. Severus havia se saído um ótimo médico, cuidando de mim e do bebe. Olhando-me pelo espelho, lembrei-me de lançar um feitiço ilusório, impedindo assim que qualquer um descobrisse sobre a gravidez.

Finalmente desci para encontrar com Alvo e Severus. No dia anterior nós havíamos combinado como eu agiria e o que contaria para a Ordem, e principalmente aos meus amigos. Este era o meu maior medo, reencontrar com Gina, Ron e principalmente com Harry. Não que eu fosse dizer o que aconteceu entre eu e Tom, mas os meses ao lado de quem futuramente seria o Lorde das Trevas que matou James e Lilian, compartilhando e ajudando-o com seus planos e ideais, me deixaram temerosa pelo reencontro. Eu não cheguei a tocar no assunto Bellatrix e Sirius Black com Alvo, mas com  certeza isto e o tempo na casa de Slytherin haviam me mudado. Despedi-me rapidamente dos dois, e aparatei – mesmo sabendo que não devia fazer isso frequentemente por causa do bebe – diretamente na porta da casa que era do meu pai.

Mesmo estando do lado de fora, não podia ouvir barulho nenhum na casa, o que não é comum quando há Weasley ’s presentes. Entrei e esperei ouvir a voz de Moody, o que ativaria o feitiço de segurança de acordo com o que Severus tinha explicado. Quando uma nuvem de poeira apareceu com a forma de Alvo, disse apenas ‘Eu não te matei Alvo’, e tudo voltou ao normal. Dei mais alguns passos, mas parei ao sentir que havia alguém atrás de mim.

Segurei a varinha – que estava escondida na manga da jaqueta – mais firmemente e vir-me-ei dando de cara com Minerva McGonagall que apontava a varinha em minha direção.

- Quem é você? – ela perguntou com a voz firme. Poção Polissuco, como pude esquecer? Olhei em volta e vi que apenas Lupin estava na sala alem de nós. Respirei fundo e disse sem pressa.

- Meu nome é Hermione Jean Granger, nasci em 19 de setembro, estudei em Hogwarts na casa de Griffindor até o sexto ano. No final de agosto deste ano, eu fui realizar uma missão que Alvo Dumbledore deixou para mim antes de morrer. Ninguém teve noticias minhas desde então.

Assim que terminei, Minerva aproximou-se de mim e me abraçou.

- Hermione! Estávamos tão preocupados! Nunca mais faça isso. Sumir por tanto tempo sem dar noticias, e ainda por cima no meio de uma guerra!

- Desculpe-me professora McGonagall. Não irá se repetir.

- Acho bom mesmo. E me chame de Minerva. Não sou mais sua professora.

- Certo. Olá Remo!

- Hermione! – disse me abraçando – podemos saber o que você estava fazendo e onde?

- Sim, mas onde estão Harry e os Weasley ‘s? A casa está muito quieta.

- Ainda estão na Toca, houve um imprevisto e eles virão apenas amanha.

- Vocês poderiam chamar a Tonks e o professor Slughorn? Vou contar o que eu estava fazendo a vocês quatro.

Minerva e Lupin enviaram simultaneamente um patrono, e alguns instantes depois Tonks e Horacio estavam conosco. Slughorn não havia mudado quase nada desde a última vez que o vi, apenas tinha mais cabelos brancos e uma barriga maior agora que em 1944. Tonks também estava à mesma, mas sua barriga saliente deixava claro sua gravidez avançada, fato que eu havia esquecido. Tive que me impedir de levar a mão a minha própria barriga e acaricia-la.

- Tonks! Como vocês estão? Admito que tinha esquecido que você está grávida.

- Olá Mione! – disse ela rindo – Nós estamos ótimos, apenas nos cansamos um pouco mais do que o normal...

- De quantos meses você está?

- Aproximadamente sete meses. Espero que nasça da guerra estourar.

Cumprimentei Slughorn e conversamos um pouco sobre banalidades, mas eu não podia adiar ainda mais o momento. Fomos para a sala e nos sentamos nos sofás.

- Bem, - comecei nervosa – vocês sabem que eu sumi esses meses, pois estava em uma missão que Alvo me deu, certo?

- Sim. Lupin nos contou o ocorrido aqui – afirmou Minerva por todos.

- Eu irei contar tudo o que aconteceu a vocês, mas antes preciso que jurem que essa conversa não sairá daqui, não importa o que aconteça. – Eles prometeram e eu continuei. – No começo deste ano Alvo me contou algumas coisas sobre Tom Riddle, e ofereceu-me a oportunidade de voltar ao passado para conhecer melhor o Lorde das Trevas, e assim ter mais conhecimentos sobre ele quando voltasse. Minerva, Horacio, acho que vocês se lembram de uma garota com o mesmo nome que o meu, que estudou por alguns meses em Hogwarts em 1944.

- Pelas barbas de Merlin! – exclamou Slughorn depois de olhar atentamente para mim.

- Eu não estendo. O que tem essa garota de importante? – Perguntou Remo e Minnie explicou.

- Era meu ultimo ano em Hogwarts. Quando os alunos do primeiro ano chegaram para a seleção, uma garota os acompanhava. Alvo a apresentou como Hermione Granger. Ela iria cursar o ultimo ano dela conosco. O chapéu a enviou para a Sonserina. Ela começou uma amizade um Dorea e Cedrella Black, e comigo mais tarde. Meses depois ela tornou-se namorada de Tom Riddle, e posteriormente sua noiva. Então ela morreu.

Minerva relatou isso sem desviar os olhos de mim, e sem esconder o tom de questionamento em sua voz.

- Como alguém pode gostar tanto do Riddle a ponto de aceitar se casar com ele? – perguntou Remo com nojo e desprezo, e esses sentimentos me irritaram.

- Tom Riddle nunca foi santo, mas o que eu vivi ao seu lado foi inesquecível. Eu o amei, e não sei se esse sentimento mudará algum dia.

- HERMIONE! – Remo gritou indignado – O QUE ACONTECEU COM VOCÊ? SEMPRE TÃO INTELIGENTE, E AGORA VEM COM ESSA HISTÓRIA DE AMAR AQUELE... AQUELE CRAPULA! COM CERTEZA FIZERAM UMA LAVAGEM CELEBRAL EM VOCÊ DURANTE ESSES MESES. CADÊ A GAROTA QUE ERA CONSIDERADA A MAIS INTELIGENTE DESTA ÉPOCA? NÃO ESTOU TE RECONHECENDO.

Então eu não aguentei mais, tudo o que eu tinha sentido desde que forjei minha morte veio à tona, misturado com toda a raiva que eu sentia de Lupin no momento. Quando eu percebi, já estava de pé apontando a varinha para o lobisomem, mas ao contrario do que eu esperava, minha voz saiu baixa, fria, calma e acompanhada por uma onda de poder que eu só sentia quando estava junto a Tom.

- Em primeiro lugar, nunca duvide de mim ou da minha inteligência, e nunca mais diga uma única palavra contra Tom Riddle ou quem ele é agora na minha frente. Ao menos é claro, que você esteja desejando uma morte bem lenta e dolorosa. – Tonks estava encolhida ao lado de Lupin e este estava pálido. Minerva e Horacio pareciam estar alheios ao que tinha acontecido, concentrados em algo distante. Guardei a varinha e voltei a sentar no sofá. Sem esperar qualquer manifestação dos presentes, disse o que havia combinado com Alvo e Severus.

- Em uma das vezes em que fui encontrar com Alvo no começo do ano, Severus Snape estava presente. Eles me contaram que Severus era, a pedido de Alvo, um Comensal da Morte, mais propriamente dizendo, um agente duplo. Alvo disse que estava morrendo, – vocês devem se lembrar de que o braço dele estava escuro há algum tempo – e que o Lorde das Trevas havia mandado Draco Malfoy mata-lo. Na minha frente eles selaram um acordo: Severus mataria Alvo quando chegasse o momento. – Parte um: livrando a cara de Severus, confere. Minha consciência disse.

- Você está dizendo que Snape é inocente? – perguntou Tonks.

- Sim, ou vocês acham que foi realmente Mundungo que teve a ideia dos 7Potter’s?

- Severus tinha que passar a data correta da transferência de Harry, então inventou e fez Mundungo pensar que tinha sido dele a ideia dos 7Potter’s, fazendo com que Harry estivesse seguro – Concluiu Tonks e eu assenti, mas continuei a falar para impedir que a discussão de antes retornasse.

- Naquele mesmo dia eu aceitei voltar no passado, e Severus começou a preparar a poção temporal. Quando esta ficou pronta, passei a andar com ela o tempo todo, até que no final de agosto eu recebi o aviso de que estava na hora. No dia seguinte eu fui para 1944, e fiquei no mesmo orfanato de Tom Riddle.

‘Alguns dias depois da minha chegada ao passado, o Alvo daquela época foi ao orfanato, e então eu contei quem eu era e o que estava fazendo ali. Ele, graças a Merlin, acreditou em mim, apenas achou estranho quando eu disse que era nascida trouxa. Ele fez um feitiço e descobriu quem eram meus verdadeiros pais... ’

- Quer dizer que a senhorita é na verdade filha de bruxos? – interrompeu Slughorn e eu apenas confirmei – Quem são seus pais?

- Sirius e Bellatrix Black.

Eles me olharam surpresos e espantados.

- Como? Isso não é possível! Sirius e Bellatrix sempre se odiaram, tanto é que ela o matou – disse Minerva.

- Foi exatamente o que eu pensei, mas o Dumbledore do passado disse que aquele feitiço não errava. De todo jeito eu prefiro lembrar-me dos meus pais trouxas, afinal foram eles que me criaram, e Sirius provavelmente nunca soube que teve uma filha.

Dei um segundo para que eles se acostumassem com a notícia, e como ninguém disse nada, voltei a minha narração.

- 1º de setembro eu embarquei no Expresso de Hogwarts para o meu 7º ano. Como Minerva disse, eu fui selecionada para a Sonserina, fato que me deixou de imediato, surpresa. Conheci Dorea e Cedrella que me apresentaram a Charlus Potter, a Septimus Weasley, a Minerva McGonagall e a Abraxas Malfoy. Em pouco tempo me aproximei de Tom Riddle, e em menos tempo ainda começamos a nos envolver e eu apaixonei-me por ele. – disse não especificando a profundidade de nosso  envolvimento. – Na verdade, eu havia decidido ficar no passado e fazer minha vida lá...

- Mas então Avery tentou te matar e você ficou em coma por um mês até que anunciaram sua morte. Ou foi isso que nós pensávamos ter acontecido. – disse Minnie.

- Avery realmente me atacou e eu entrei em coma, mas um mês depois eu acordei. Quando eu acordei, Madame Braun, a enfermeira descobriu que eu estava grávida, e eu fiquei com tanto receio da reação de Tom, que fiz com que todos pensassem que eu estava morta, e voltei há esse tempo.

Assim que eu disse que estava grávida, todos os olhares rumaram para a minha barriga, então eu tirei o feitiço ilusório que a escondia, e finalmente pude acariciar o local em que meu bebe estava.

- Eu não estou entendendo como vocês dois conseguiram escapar de uma maldição da morte... – Tonks estava calma e com um sorriso tímido no rosto.

- Primeiramente a maldição não nos acertou diretamente, já que Tom fez um escudo em nós, e depois, pelo que Madame Braun me disse, o bebe realizou uma magia involuntária de proteção.

- De quanto tempo você está? – perguntou Tonks que com certeza era a mais animada com a situação.

- 5 meses.

- Mas como? Você só ficou fora quatro meses! – exclamou Slug.

- A poção que Severus fez, além de me transportar através do tempo, fazia com que a cada três meses que eu estava lá, fosse apenas um mês aqui, e depois que eu voltei, eu fiquei quase um mês em uma casa que Severus protegeu, recuperando-me.

- E agora que estamos todos bem e felizes, – disse Lupin com sarcasmo – o que você pretende fazer? Aparatar na mansão Malfoy e se entregar de braços abertos ‘aquele que não deve ser nomeado’?

- Para começar deixe o sarcasmo de lado Remo, ele não combina nem um pouco com você. E, se eu tivesse certeza que aparatar na casa dos Malfoy fosse a melhor escolha para o meu filho, você pode estar certo que eu já teria feito isso há muito tempo. Mas parece que eu estou aqui agora, não é? Então se contente com a nossa presença, pois se eu estou aqui é porque estarei ao lado de Harry até o fim. Não foi uma decisão fácil, mas farei o necessário para que meu filho viva em paz e em um mundo sem guerra.

- Agora eu entendo porque o chapéu te colocou na Sonserina. Estou feliz que Sirius não esteja presenciando esse momento, porque se estivesse, ficaria muito decepcionado.

- Não, você não entende o motivo de eu ser uma sonserina. Eu sempre te admirei muito Lupin, mas parece que eu estava errada, quer dizer quando eu iria imaginar que o lobisomem é o mais  preconceituoso de todos os marotos? Espero que você tenha ao menos a decência de cumprir com a sua palavra, e o que eu contei hoje não saia daqui. – disse diretamente a ele e depois virei para englobar todos na conversa. – Eu vou subir para um dos quartos descansar um pouco. Como não pretendo falar sobre a minha gravidez a mais ninguém por enquanto, estarei constantemente com o feitiço ilusório.

Quando acordei o céu já estava escuro. Levantei e desci para a cozinha rezando para que Lupin tivesse saído. Não que eu tivesse me arrependido do que disse a ele, mas não estava com vontade nenhuma de discutir de novo.

Chegando a cozinha deparei-me com Minnie e Tonks conversando, enquanto panelas se mexiam sozinhas no fogão preparando algo que cheirava divinamente.

- Hermione, que bom que acordou. Não vai fazer bem ao bebe você ficar tanto tempo sem comer – disse Minerva de um jeito que me lembrou da Minnie de 50 anos atrás, e isso me emocionou tanto que uma lagrima escorreu dos meus olhos. Minerva deve ter pensado o mesmo que eu, pois me abraçou carinhosamente.

- É tudo culpa desses malditos hormônios de grávida! – disse brava por estar sendo fraca.

- Eu sei bem como é Mi. Tem dia que eu tenho vontade de matar a primeira pessoa que aparecer na minha frente, e segundos depois é como se tivessem lançado um Rictusempra em mim. – disse Tonks fazendo com que nós três ríssemos. – Mi, de um tempo a Remo, ele estava de cabeça quente com tudo o que você contou, e ainda agora que estamos próximos à lua cheia.

- Eu sei. Na verdade eu esperava uma reação pior de todos vocês...

- Nós estaremos sempre ao seu lado. Agora se sente enquanto eu termino de preparar a
janta. – disse Minnie.

- Onde estão os outros? E você não devia estar em Hogwarts Minnie?

- Faz anos que alguém me chama assim – ela riu. – Remo foi a Toca ver Harry e Ron, e Horacio voltou para Hogwarts. Como hoje é sexta-feira e eu não tenho mais aulas, ficarei com vocês duas, mas domingo voltarei para Hogwarts.

- Mas me conte, o que aconteceu depois que eu “morri”? O que aconteceu com Ced, Dorea e os garotos? – perguntei fazendo aspas com os dedos no morri.

- Depois da sua morte o ano foi tranquilo demais, a coisa mais interessante foi que Alvo matou Grindelwald alguns meses depois de você morrer. No ano seguinte Cedrella se casou com Septimus, e alguns meses depois Dorea com Charlus. Uns três ou quatro anos depois tivemos a noticia de que estava surgindo um novo bruxo das trevas...

- Tom. – afirmei quando ela hesitou em continuar.

- Sim. Nós não tínhamos noticias dele desde a formatura, mas quando Alvo confirmou não tivemos como duvidar. Alvo formou a primeira Ordem da Fênix, e nós passamos a lutar. Algum Comensal os matou pouco tempo depois que Lilian descobriu que estava grávida.

- Eu sinto muito – disse baixinho.

- Não é sua culpa Mi, você não podia ter feito nada. – Tonks segurou minha mão.

- Às vezes eu penso que se eu tivesse ficado no passado, Tom não seria quem ele é hoje.

- Não temos como saber, mas não fique se martirizando por isso. Vamos mudar de assunto.

E então passamos a conversar sobre varias coisas, parando apenas para comer e depois para ir à sala onde Minnie ligou à lareira e nós ficamos até de madrugada.


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