Dark Angel escrita por ABNiterói


Capítulo 33
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

NÃO ME MATEM!!! Eu tinha que escrever esse capitulo!
Capitulo dedicado a Be HAPPY pela recomendação. Muito obrigada, amei.



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     Capitulo 32



- Qual é a próxima aula? – bufou Dorea enquanto saiamos da sala de DCAT.

     - Dobradinha de Poções com a Lufa-Lufa – respondi.

     - Falta muito para sexta? – perguntou Cedrella.

     - Hoje é quarta – as duas Black bufaram – pensem pelo lado bom, amanha não temos aula de manhã, é quinta-feira.

     - Sim, mas para compensar temos duas aulas de transfiguração e uma de herbologia à tarde.

     - Vocês só sabem reclamar!

     - Você que é inteligente demais. – disse Dorea, e de repente Ced começou a rir.

     - O que foi agora? – perguntei irritada.

     - Nada – Ced disse tentando controlar os risos – eu apenas estava imaginando como vão ser seus filhos. Imaginem, com cinco anos já vão perguntar, “mamãe, o que acontece se eu misturar raiz de mandrágora, sangue de unicórnio e pele de ararambóia?” – terminou com uma vozinha fina fazendo com que Dorea também risse.

     - Há há há. Muito engraçado.

     - Qual é a graça? – perguntou Abraxas aproximando-se com Tom.

     - Nenhuma – respondi grossa. – Ah! Ab posso sentar-me com você?

     - Claro que pode.

     - Mas o que aconteceu? – perguntou Ced – Não acredito que você e Riddle brigaram e a senhorita não nos contou!

     - Não brigamos Cedrella – Tom respondeu por mim – apenas concordamos que nós acabamos não prestando atenção nas aulas quando sentamos juntos.

     Depois disso o professor chegou e mandou que todos nos sentássemos. Nós passamos a primeira aula identificando pequenos frascos que continham diversas poções. Durante a segunda aula, Slughorn estava discorrendo sobre a importância das ervas que são utilizadas em algumas poções, quando Ab me cutucou. Levantei a cabeça da mesa e olhei para ele, dizendo depois de tentar (e falhar) segurar um bocejo.

     - Oi?

     - Pensei que você quisesse sentar comigo para prestar atenção na aula, não para dormir.

     - Eu não tenho dormido muito bem a noite – expliquei o motivo do meu sono.

     - Estranho. Tom também não tem dormido muito. Tem certeza que é apenas uma insônia que tem sentido? Pois eu tenho certeza absoluta que se você dormisse no seu próprio quarto, nenhum de vocês pareceriam sonâmbulos durante o dia. – disse Ab com sarcasmo e malicia o que fez com que eu ficasse completamente vermelha.

     - Você esta certo.

     - Sim. Por que você não descansa um pouco depois que a aula acabar?

     - Seria uma ótima ideia, mas tenho que fazer o trabalho de DCAT.

     - Que é para daqui a 15 dias. Deixe de ser teimosa Mione! Estou preocupado com a minha irmãzinha. Prometa-me que vai dormir um pouco, sim? Você não fica nada bonita com essas olheiras grudadas no rosto.

     - Tudo bem. Você me convenceu. – não adiantava discutir, eu realmente estava cansada. 

     Pouco tempo depois a aula acabou, mas antes de sair da sala Slughorn chamou Tom e pediu para ele esperar um pouco. – Ab, vou aproveitar que Tom esta preso com Slugh e vou seguir seu conselho.

     - Ok. Eu te acompanho até o salão principal.

     - Não precisa, e na verdade eu estava pensando em ir para perto do lago.

     - Até mais tarde.

     Fui até uma arvore perto do lago negro, joguei meu material no chão e deitei ali. No começo achei que ficaria acordada, mas em algum momento devo ter adormecido, pois quando abri meus olhos novamente, o sol já estava quase se pondo. Espreguicei-me e escorei as costas na arvore, decidida a assistir ao por do sol, coisa que eu não fazia a um bom tempo.

     Havia escurecido a pouco e as luzes do castelo estavam começando a acender quando peguei meu material, levantei-me, e quando me virava para voltar ao castelo, deparei-me com alguém me observando.

     - Ora, ora, ora. Se não é a sangue ruim.

     - Tenho certeza que meu sangue é tão puro quanto o seu. O que quer Avery?

     - Eu? Apenas saber como você conseguiu enganar o Lorde por tanto tempo. Convenhamos, este não é um feito nada fácil de realizar.

     - O único que está enganado aqui é você.

     - Poupe-me de suas mentiras. Não sei o que você fez com o Lorde e o Malfoy, mas eu não caio nessa.

     - Poupe-me você da sua presença. – Falei irritada. Continuei a andar, e já estava há uma boa distancia quando Avery voltou a falar.

     - Se não vai dizer por bem, descobrirei seu segredo por mal. – vir-me-ei a tempo de vê-lo lançar o feitiço deprimo em mim.

     - Protego! Nunca mais ataque alguém pelas costas. Depulso! – Avery foi arremessado para trás até colidir com a árvore onde eu estava até a pouco tempo.

     Voltei a andar para o castelo, então tudo aconteceu muito rápido. Eu andava normalmente quando minhas pernas pararam de me obedecer, me mantendo no mesmo lugar de costas para Avery, quando ouvi Avery dizer “Avada Kedavra”, e fui atingida por dois feitiços. Em seguida tudo ficou escuro e eu cai fortemente no chão.

     P.O.V. Tom Riddle

     - Estou ficando preocupado. Diga-me de uma vez onde Hermione está. – disse já irritado a Abraxas.

     - Está certo. Eu a convenci há descansar um pouco. Você devia deixa-la dormir a noite, a coitada estava quase caindo de cansaço na aula do Slugh.

     - Você está enganado. Ela não está no meu quarto nem no dela.

     - Ela disse que iria deitar perto do lago. Deve ter pensado que assim poderia descansar em paz.

     - Vou atrás dela.

     O sol já havia se posto quando cheguei ao jardim, o que dificultou um pouco a minha visão, mas fui capaz de ver que Hermione vinha em direção ao castelo. Ouvi que alguma coisa se mexia mais para trás, e reconheci Avery que se levantava debaixo de uma arvore com a varinha apontada para Hermione. Ele falou algo que não pude entender e uma luz verde saiu de sua varinha. Desesperei-me. Eu imediatamente reconheci aquele feitiço como a maldição da morte, e este estava direcionado a minha amada que estava parada. Pouco antes de a maldição acerta-la, lancei um protego e corri em sua direção.

     Hermione estava caída no chão, mas eu ainda podia sentir sua pulsação. Ela estava viva, felizmente. – Você pagará por isso Avery! Misera vita vestris heredibus fatis! – entoei antes de pegar Hermione no colo e me levantar. Sem me importar com Avery, segui até a enfermaria o mais rápido que pude, amaldiçoando mentalmente a quantidade de escadas que havia até chegar lá.

     Assim que passei pela porta Madame Braun, a enfermeira veio até mim e mandou-me colocar Hermione em uma maca.

     - Por Merlin! O que aconteceu a ela Sr. Riddle? Detalhadamente, por favor.

     - Desde a última aula que eu não via Hermione, então Abraxas Malfoy disse-me que ela estava cansada e havia dito a ele que ia descansar um pouco perto do lago negro. Eu fui atrás dela e a avistei vindo em direção ao castelo. Eu ouvi alguém se mexendo atrás dela. Era Avery. Ele lançou a maldição da morte nela, mas eu consegui para-la com um protego pouco antes da maldição atingi-la. Hermione caiu no chão, mas quando cheguei ao seu lado vi que ainda estava com pulsação, então a trouxe para cá o mais rápido que pude.

     - Mas isso! – exclamou Ângela escandalizada. – Só um segundo senhor Riddle. – concordei. Ela conjurou um patrono que tinha o formato de um lince e após dizer algumas palavras ele sumiu. – Eu avisei ao diretor sobre o ocorrido. Agora vá deitar, vou ver o que posso fazer pela Srta. Granger.

     - Eu quero ficar aqui – disse decidido.

     - Ao menos espere lá fora enquanto eu examino-a. Quando terminar te avisarei. E faça algo de bom e não deixe que ninguém entre, a não ser que seja o Diretor ou algum professor.

     Sai da Ala Hospitalar e sente0me do lado de fora perto da porta que agora estava fechada. O diretor Dippet e os professores Dumbledore e Slughorn chegaram algum tempo depois e se trancaram com Braun.

     Ouvi passos apreçados e levantei a cabeça que estava escorada em meus joelhos, dando de cara com Cedrella e Dorea Black, Abraxas e Lovegood, Potter, Weasley e McGonagall.

     - Tom! O que aconteceu? Minerva te viu carregando Hermione para cá – disse Dorea.

     - Avery tentou mata-la. – falei simplesmente não querendo recordar novamente o que havia acontecido. Todos arfaram.

     - De novo ele com essa ideia de que ela é sangue ruim – afirmou Abraxas e eu concordei. Este era o único motivo para ele ter feito isso.

     - Como assim de novo? – perguntou Lovegood, mas deixei que Abraxas explicasse.

     - Desde o começo do ano letivo Avery vem dizendo que Hermione é uma sangue ruim, por causa do sobrenome dela, e certa vez ele e Dolovoh até chegaram a ameaça-la, mas desta vez ela foi longe de mais. Como a Mione está, Tom?

      - Por enquanto viva. Até eu deixa-la na maca, ela tinha pulsação, mesmo sendo fraca. Agora está nas mãos de Madame Braun. Dippet, Dumbledore e Slughorn chegaram há pouco. Só resta esperar.

     - Se importa se ficarmos com você? – pediu Cedrella.

     Dei de ombros. Eu preferiria continuar sozinho, mas sabia que eles também eram amigos de Hermione e estavam preocupados com ela.

     Mai de uma hora se passou sem nenhuma noticia. As Black e Lovegood dormiam encostadas em seus respectivos namorados, e McGonagall havia saído a pouco para fazer a sua ronda, já que ela era a monitora da Grifinória. Minha cabeça pendia para os lados e meus olhos estavam pesados, mas eu não conseguia nem cochilar. Cada vez que eu fechava os olhos à cena do feitiço quase atingindo a minha Hermione aparecia.

     - Relaxe cara. Ela ficará bem. – disse Abraxas ao meu lado.

     - Como você pode ter tanta certeza disso?

     Ele deu de ombros e disse – É como os trouxas dizem, não? Noticia ruim chega logo. Se eles estão todo esse tempo lá, é porque ela ainda esta viva.

     - Espero que você esteja certo.

     Depois desse pequeno dialogo voltamos a ficar em silencio. Mais uma hora deve ter se passado até a porta da enfermaria se abrir e Dumbledore sair por ela. Mesmo com esse mínimo movimento todos que estavam dormindo despertaram.

     - Como ela está professor? – perguntei me levantando.

     - Ainda desacordada, mas viva. O senhor gostaria de entrar?

     - Riddle! – chamou-me Weasley – Nós vamos para o dormitório. Conte as garotas como a Hermione está amanha cedo, sim?

     - Não se preocupe.

     Sem dar tempo para mais interrupções, entrei na enfermaria sendo seguido por Dumbledore. Fui até a maca onde Hermione estava e segurei sua mão.

     - Como ela está Madame Braun? O que aconteceu?

     - Ela esta viva, mas fraca. Seu feitiço impediu que a Srta. Granger morresse, mas não foi o suficiente para proteger o corpo dela de todos os impactos. Ela entrou em coma. É como se ela estivesse dormindo enquanto seu corpo recupera as forças. Ela não está sentindo dor nem nada, apenas não posso dizer quando, ou se, ela vai acordar.

     - Quais são as chances de ela acordar? – perguntei verdadeiramente temendo a resposta.

     - É difícil dizer exatamente, mas eu diria que aproximadamente 70% - respirei um pouco mais aliviado. Hermione é forte, ela sairá dessa. – Tem também uma coisa que o senhor precisa entender. Mesmo que ela acorde, eu não posso prever se haverá sequelas.

     - Se isso acontecer, quais seriam?

     - Vai muito de cada caso. É uma coisa muito específica. Pode ser uma perda de memória à longo ou curto prazo, perda do controle do movimento de alguma ou algumas parte do corpo; ela pode ficar surda, sega ou muda; talvez ela não consiga mais fazer magia, ou o poder dela se torne muito fraco, e também pode ser que não aconteça nada.

     - O que importa é que ela saia viva.

     - Sim. Agora Sr. Riddle, Ângela disse que o Sr. Avery que a atacou. Você poderia me explicar o que aconteceu? – pediu o diretor, que até o momento havia me esquecido da presença. Relatei mais uma vez o ocorrido, esperando que esta fosse a ultima vez que eu dizia essas palavras. Quando terminei, o diretor exclamou – Mas isso é um ultraje! Verei imediatamente o que posso fazer, mas de todo o modo, o Sr. Avery será expulso.

     Não era muita coisa, mas eu entendia que a escola não poderia fazer muita coisa. Ao menos a maldição que joguei nele resolveria o problema.

     - Bem, boa noite a todos. – disse o diretor saindo.

     - O Sr. devia ir para o dormitório Sr. Riddle. Já está tarde. – Disse o professor Dumbledore antes de se despedir e ir embora.

     - Professor Slughorn, você poderia me autorizar passar a noite aqui?

     - E como você irá para as aulas amanha cedo?

     - Eu tenho a manha livre de quinta-feira, senhor.

     - Ângela, tem algum problema? – ela negou – Tudo bem Tom, mas apenas essa noite. A partir de amanha você só poderá ficar aqui no horário de visitas.

     - Certo. Obrigado senhor.

     Ele e a enfermeira foram para seus aposentos, e eu conjurei uma poltrona ao lado da maca de Hermione. Passei algum tempo acariciando seu rosto e seu cabelo antes de sentar e segurar sua mão. Eu podia facilmente imaginar que ela estava dormindo, mas minha consciência insistia em dizer que era algo muito mais sério do que isso, mas estando ao seu lado, uma tranquilidade me bateu, e foi impossível fugir do sono.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Assim que conseguir posto o próximo.
XOXO