Dark Angel escrita por ABNiterói


Capítulo 31
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

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Capitulo 30

     - Hermione Granger ou você levanta nesse exato momento e vai tomar um banho ou eu mesma jogarei um aguament em você!

     - Por favor, Cedrella! Deixa-me dormir mais um pouco – reclamei.

     - Ninguém mandou você ficar lendo até de madrugada. Pode levantar que nós temos que ir para Hogsmead.

     - Não podemos ir amanha? – perguntei sentando na cama.

     - Nem pensar! Semana que vem é o baile, e se não formos logo ficaremos sem vestidos.

     - Semana que vem?!

     - Sim. Parece que depois que você ficou noiva do Tom sua inteligência sumiu.

     - Eu não estou noiva!

     - Claro que não. Agora vamos. Dorea já esta nos esperando com Minnie e Agata.

     Levantei a contra gosto, tomei um banho rápido e coloquei a roupa que Ced havia separado para mim jogando um casaco de inverno por cima. Nós duas corremos para o salão principal, roubamos uns bolinhos da mesa da sonserina e fomos nos encontrar com as outras meninas que já nos esperavam na entrada do castelo.

     Passamos toda a manha e um terço da tarde dentro de lojas. Apesar de todas as lojas estarem cheias, tinha muitas opções de vestidos, e isso apenas nos deixava mais apreensivas. Quando finalmente  escolhemos os vestidos, saímos à caça dos sapatos e acessórios. Apenas quando nos jogamos em uma mesa no Três Vassouras, com uma coleção de sacolas, foi que vimos o quanto estávamos cansadas e com fome.

     Pedimos cervejas amanteigadas e duas porções de pasteis de abobora. Isso que da aceitar fazer compra com duas Black, elas nos arrastaram pelas lojas o dia todo não nos deixando parar nem para comer.

     - Quanta educação das senhoritas! Chegam e passam direto por nós sem ao menos dizer uma boa tarde... – Charlus e Septimus estavam parados ao lado de nossa mesa.

     - Culpem as suas namoradas – disse Minnie – elas não nos deixaram em paz o dia inteiro. Quando entramos aqui a única coisa que vimos foram às cadeiras.

     Cedrella e Dorea deram de ombros como se aquilo fosse à coisa mais comum do mundo.

     - Bem, se minha família perder todo o dinheiro vocês já sabem o motivo – Septimus disse olhando para as sacolas que Ced tinha deixado ao seu lado e fazendo com que todos nós ríssemos. Ele e Charlus sentaram-se com agente e passaram um bom tempo tentando ver os vestidos das namoradas antes de começarmos a conversar.

     Alguns minutos depois Tom e Abraxas entraram. Elas não devem ter nos visto, pois passaram direto por nossa mesa e sentaram-se no balcão. Eu seguia todos os seus movimentos com os olhos. Os dois estavam discutindo, apesar da distancia que estávamos e do barulho, isso era claro a qualquer um que prestasse o mínimo de atenção. Pensei em ir até eles, mas desisti na ultima hora. Todos na mesa estavam comendo em silencio, então achei melhor quebra-lo.

     - Então Minerva, com quem você vai ao baile?

     - Eu... o que? – disse ela confusa.

     - Você ainda não nos disse com quem vai ao baile – afirmou Ced.

     - Ham... Piter Bourbon.

     - O que foi transferido da França ano passado? – perguntou Agata.

     - O próprio.

     Eu e as meninas ficamos boquiabertas. Piter era muito bonito – que Tom não saiba que eu acho isso – ele era alto, forte, pele clara, cabelos castanho-escuros e olhos azuis-claros. Eu apenas não entendia por que Minnie não tinha falado para ninguém. Ia perguntar a ela o porquê disso quando Tom e Abraxas aproximaram-se de nós.

     - Olá – disse Ab – Não tínhamos visto vocês até agora.

     - Nem nós. Sentem-se. – convidou Agata. Ab sentou ao lado dela, mas Tom continuou de pé.

     - Na verdade eu já estava voltando para o castelo – disso Tom.

     - Você se importa se eu for com você? – perguntei me levantando quando ele negou – Tchau para vocês!

     - Tchau.

     Saímos de Três Vassouras e Tom passou o braço por minha cintura me colando ao seu corpo. Fazia alguns dias que não nevava, mas ainda estava bem frio, e tinha bastante neve acumulada no chão.

     - Deixe-me ajuda-la. – disse Tom pegando minhas sacolas. – Conseguiu comprar tudo?

     - Graças a Merlin sim. Ainda não sei como meus pés não caíram... O que aconteceu Tom? – perguntei depois de hesitar um pouco.

     - Quando?

     - Hoje. Você e Abraxas estavam discutindo no Três Vassouras.

     - Não é nada.

     - Ta bem, eu vou fingir que acredito – disse irritada.

     - Tudo bem... Avery tem dedo trabalho. Antes de irmos ao Três Vassouras ele disse algo que eu não gostei, e eu precisava pedir que Abraxas fizesse-me um favor.

     - O que Avery disse e que favor você tem para pedir a Abraxas?

P.O.V. Tom Riddle

     Parecia ser bobagem, mas Hermione me tem na palma da mão; parece que por algum motivo eu não consigo mentir nem esconder nada dela, é como se eu não quisesse magoa-la ou nada do tipo. Foi por isso que respondi ás suas perguntas tão facilmente.

     - Desde o primeiro dia de aula Avery insiste em dizer que você é uma sangue-ruim, foi por isso que ele te atacou...

     - Foi ele?

     - Sim, eu não te disse?

     - Não, mas agora eu sei. E Abraxas?

     - Ele é o único dos meus seguidores que sabe sobre as Horcrux, não confio tanto nos outros... Enfim, eu preciso que ele me ajude com um feitiço de localização.

      - Para achar a taça e o medalhão? – confirmei com um aceno de cabeça – Por que você não pediu a mim para ajuda-lo?

      - É um feitiço negro. – Afirmei. Para mim isso era motivo o suficiente, mas aparentemente Hermione não concordava – Hermione! Não é que eu ache que você não é capaz de executar o feitiço perfeitamente, eu sei que você pode fazê-lo, eu já vi você fazendo feitiços das trevas antes, mas se algo sair errado eu prefiro perder Abraxas a você.

     - Isso ou você não quer perder o posto de ‘pessoa mais poderosa’ para uma garota? – perguntou extremamente irritada. Às vezes, principalmente nesses últimos dias, eu me pergunto se Hermione tem transtorno de personalidade múltipla ou algo do gênero, pois suas mudanças súbitas de humor vêm ocorrendo cada vez mais  frequentemente.

     Parei de andar e segurei seu braço para que ela parasse também. Nós já estávamos nos terrenos do castelo. Virei para que eu ficasse de frente a ela.

     - Isso não tem haver com poder! O que aconteceu com você? Você é uma pessoa tão doce e inteligente, por que ficar insinuando essas coisas? Pensei que a essa alturavocê já soubesse que quando se trata de você não tem magia ou poder envolvidos – esbravejei  em um misto de raiva e indignação.

     - Eu sei Tom – disse ela com a cabeça baixa – Eu disse aquilo sem pensar, eu não sei o que está acontecendo, estava tudo tão bem, então...

     Entendi perfeitamente o que ela quis dizer. Segurei seu rosto e fiz com que ela olhasse para mim, ficando preso aos seus olhos castanhos por um segundo.

          - Eu me preocupo tanto com você, e eu sei que por mais simples que a magia negra seja, ela sempre vai custar mais que a
branca, e eu não me perdoaria se algo acontecesse a você por minha causa. Eu te amo tanto Hermione. – afirmei um pouco mais baixo me aproximando dela.

     - Eu também te amo.

     Beijei-a como queria fazer desde a noite anterior, sendo inundado por seu gosto viciante que fazia com que eu esquecesse de todo o resto. Aquele beijo que fez com que eu me viciasse nela e a quisesse a cada segundo, que abriu meus olhos e meu coração para o amor.

     - Vamos entrar – sussurrou ela em meu ouvido com a voz falha pelo beijo, fazendo com que eu me arrepiasse – tenho certeza que podemos aproveitar o resto do dia muito bem no seu quarto.

     Ri tanto por suas palavras quanto pelo sorriso malicioso estampado em seu rosto.

     - Venha. – abracei-a pela cintura e a puxei para dentro do castelo, recebendo pequenos beijos no pescoço e no queixo. Pouco antes de chegarmos a escada que nos levaria ao salão de Slytherin, Hermione parou.

     - Vamos comigo na cozinha?

     - Na cozinha?

     - Sim. Eu estou com fome.

     Estranhei, afinal havíamos acabado de sair do Três Vassouras, mas mesmo assim a acompanhei até o subsolo, onde as cozinhas ficavam.

     - Boa tarde. Em que Mili pode ajudar? – perguntou uma elfa assim que terminamos de descer as escadas.

     - Mili, você poderia me trazer algo para comer e um suco de abobora?

     - Claro senhorita. Sentem-se. Mili já volta.

     Sentei com Hermione em uma mesa de madeira que havia ali. Logo a elfa voltou com uma jarra de suco de aboboram uma cesta com vários tipos de pães e dois pedaços de bolo de cenoura.

     - Mili pode fazer mais alguma coisa?

     - Leve estas sacolas até o quarto de monitor chefe de Slytherin – disse apontando para as sacolas de Hermione que imediatamente sumiram junto com a elfa.

     - Você poderia ter sido mais educado – reclamou Hermione.

     - Como assim? É uma elfa, esta acostumada a receber ordens.

     - Se eu não estivesse com tanta fome te falaria sobre o F.A.L.E., mas já que estou apenas fique quieto.

     Ela terminou de comer sem que falássemos mais alguma coisa. Subimos as escadas, e assim que passamos pelo quadro, Hermione trombou em alguém, que reconheci sendo Cassandra Trelawney, professora de adivinhação.

     - Desculpe professora. A senhora está bem?

     Silencio. Os olhos de Trelawney tornaram-se brancos como se uma nevoa os cobrisse.

     - Pelo mais puro dos sentimentos a decisão foi tomada

      O amor é uma espada de dois gumes:

      Para quem o tem, o caminho para o paraíso,

      Para quem o inveja, a porta para a traição e o inferno.

      Vários caminhos foram traçados e destinos mudados

      O que trás uma vida também pode tira-la

      E apenas uma morte permitirá que o ciclo se cumpra.

     Antes que eu pudesse fazer ou dizer qualquer coisa, Hermione desmaiou ao meu lado. Consegui segura-lá antes que ela chegasse ao chão, aparentemente ao mesmo tempo em que Trelawney recuperava a consciência.

      - Merlin! O que aconteceu com ela sr. Riddle?

      - Desmaiou. Vou leva-la ao salão comunal.

     - Sim. Faça isso.

     Carreguei Hermione até o meu quarto e a deitei na cama.

     - Ennervate!

     Aos poucos ela acordou e sentou-se. – O que aconteceu?

     - O que você se lembra?

     - Nós saímos da cozinha, encontramos a professora Trelawney, ela disse alguma coisa, não me lembro  o que, e então tudo ficou escuro.

     - Ela fez uma profecia sobre você – afirmei.

     - O que dizia? – pediu ela com a voz entrecortada.

     Ao invés de responder, me concentrei nas palavras de Trelawney. Apontando a varinha para o nada a minha frente, disse “Tueri Prophetia”, fazendo com que uma esfera azulada se formasse, e em seguida a voz da professora saiu, recitando as mesmas palavras de mais cedo.

     - Você acha que isso é verdade?
     - Não sei, mas a profecia é sobre você, e fala sobre a morte. Não vou arriscar que ela se realize, mesmo achando impossível.


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