Roller Coaster escrita por jgw22


Capítulo 5
Capítulo 5




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ZAYN’S POV

Depois que Alice e Jazmin foram embora, - e isso já era fim de tarde, quase a noite – cada um na casa foi se ocupar de alguma coisa. Harry e Louis jogavam vídeo game na TV da sala, fazendo com que seus gritos ecoassem por todo o primeiro andar.  Liam estava deitado sobre a perna de Bruna, sua namorada, que havia chegado ali a não muito tempo; eles murmuravam algo em voz baixa enquanto assistiam os garotos jogando, com Bruna bagunçando todo o cabelo de Liam. Niall estava na varanda acompanhado de seu violão, tirando alguns acordes baixos do mesmo, e eu... Bem, eu estava na cozinha, divertindo-me a sós com meu copo de suco de laranja, alheio a tudo o que acontecia a minha volta. O porquê disso? Nem eu sabia.

Cansado daquele tédio, resolvi ir para meu quarto. Tomei um demorado banho, vesti apenas uma cueca e fui para a cama, esperando o sono chegar. Acho que afinal, não demorou muito.

Acordei na manhã seguinte com aquela típica cara amassada de quem dorme demais. Olhei no relógio, eram 9:37 am., eu devia ter dormido mais de 12 horas. Embora estivesse com o olho e a boca um pouco ‘inchados’, eu estava um pouco mais bem-humorado. Vesti-me e desci para a cozinha. Liam e Harry já estavam sentados à mesa, cada um com uma tigela de cereal à frente.

- Hey, bom dia! – disse os cumprimentando, enquanto abria a geladeira para pegar leite.

- Bom dia cara. E aí, o que vamos fazer hoje? – Harry perguntou com uma ponta de expectativa em sua voz.

- Ei, ei, ei. Calma! Eu acabei de acordar, não sei nem como consegui me vestir direito, porque justo eu deveria saber o que vamos fazer hoje? – disse sentando-me a mesa com eles, preparando meu cereal também.

- Porque hoje é sábado e temos o dia livre cara! O que podemos fazer? – perguntou-me o Sr. Cachinhos. Hm... Sr. Cachinhos? Isso me deu uma ideia.

- Que tal chamar-mos Alice e Jazmin para saírem conosco? Vamos fazer uma coisa diferente.

- Hm, a Alice é?- Liam disse num tom meloso, enquanto ele e Harry me olhavam de um jeito bem malicioso.

- Ah, qual é, parem com isso. Eu conheci ela há 24 horas, me poupem! Quer dizer que agora você derruba uma menina na piscina e PUM! já está a fim dela? – eu disse um pouco irritado. – Ela é só uma amiga, ok?

- Amiga, sei. – ouvi Harry murmurar consigo mesmo. Deixei passar, não ia ficar discutindo.

- Enfim, vocês topam? – perguntei novamente.

- Eu topo! Não sei o que é, mas topo! – disse Louis entrando na cozinha, com um enorme sorriso no rosto.

- Que tal sairmos hoje nós cinco, a Jazmin, Alice e a Bruna? – falei olhado imediatamente para Liam, que me afirmou com a cabeça.

- Estou dentro! – disse Niall chegando na cozinha também.

Depois do café da manhã, subi para o quarto e liguei para Alice; ela topou e disse que falaria com Jazmin. Quando voltei, todos os garotos estavam na sala. Me sentei no tapete, ao lado de Louis, enquanto discutíamos onde iriamos passar o dia. Depois de tantas opiniões, ficou decidido que iríamos ao shopping, almoçaríamos lá e depois veriamos algum filme no cinema. Ficamos mais algum tempo espalhados pela sala, mas logo seguimos cada um para nossos quartos para nos arrumarmos.

ALICE’S POV

Naquela manhã, estava me arrumando para tomar café quando meu telefone começou a tocar. Era Zayn.

- Alô? – eu disse ao atender, com a voz um pouquinho insegura.

- Oi Alice, tudo bom? – disse ele do outro lado da linha. Estava com uma voz um pouco rouca, concluí que devia ter acabado de acordar. Mas, parando pra pensar bem, eu não devia estar numa situação tão diferente assim.

- Ahm, sim e aí? – juro que ainda estava dormindo, pois não saía nada de inteligente da minha boca naquele momento.

- Tudo certo. Estou ligando para convidar você e a Jazmin para saíram com a gente hoje, topam? – senti um sorriso em sua voz.

- Hm, claro, vou falar com ela e vamos para aí. Mas que horas?

- Daqui uma meia hora, eu acho. Está bom para vocês?

- Perfeito. Até daqui a pouco. – disse me despedindo.

- Vou te esperar- ele disse desligando o telefone.

Não pude deixar de notar que ele não usou o plural na sua ultima frase. Ele estava me esperando. Por algum motivo, isso me fez sorrir. Afastei estes pensamentos e desci rapidamente para o café da manhã. Edgar estava sentado à ponta da mesa, já tomando seu café, com Jazmin no seu lugar de costume.

- Bom dia pai, bom dia Jazmin. – disse sentando-me a mesa.

- Bom dia minha filha, dormiu bem? – Edgar disse, tentando ser gentil. Mas que saco, não tem outro jeito pra demonstrar essa gentileza? Estes comentários são muito idiotas, vazios e sem sentido.

- Dormi. – disse curta e grossa, e logo me dirigindo a Jaz. - Jazmin, Zayn me ligou nos convidando para passarmos o dia com eles, vamos?

- Desculpe Alice, mas hoje não posso, já fiquei sem trabalhar ontem, hoje preciso tirar o atraso.

-Ah não Jaz, venha comigo. – implorei, fiz biquinho, mas ela continuava inflexível. – Pai, vamos fazer um acordo? – falei olhando para ele, e sentindo o olhar penetrante de Jazmin em mim.

- Fale minha filha. – ele disse, mas antes que eu lhe dissesse o que era, já sabia que ele concordaria. Ele não magoaria a filha recém- chegada no seu 3° dia num país novo. É, não que eu fosse aproveitadora, mas aquilo realmente podia me servir para algumas coisas, pensei.

- Segunda feira eu já começarei na escola não é? Então é o seguinte: Jazmin trabalha apenas nos períodos que eu estiver na escola, e quando eu estiver em casa, tenho a companhia dela, e posso levá-la a sair comigo. O que acha? – olhei para Jazmin e ela estava com as bochechas em chamas. Ela abaixou a cabeça quando viu que eu a observava.

- Bem minha filha – como ele gostava de encher a boca para dizer isso, não? ”MINHA FILHA”. O estranho é que há 15 anos, esse interesse não existia. Afastei o pensamento e voltei a ouvi-lo, mas perdi todo o sermão, só ouvi a última frase. – e é claro que eu aceito esta sua proposta. – disse ele sorrindo.

- Obrigada pai. – falei e me voltei novamente a Jazmin. – então Jaz, pode ir pra sua casa, arrume-se e me encontre no meu quarto, iremos encontrar os garotos daqui a pouco.

- Que garotos? – disse Edgar. Ah não! Mais essa agora? Depois de todo esse tempo, com esse enorme hiato em nossas vidas, ele quer dar uma de pai ciumento e super-protetor? Me acalmei mentalmente, eliminei todas as respostas mal-criadas e respondi da forma mais casual possível:

- Ontem no clube eu e Jazmin conhecemos uns garotos muito simpáticos. – disse sorrindo e levantando-me. – Agora com licença, preciso me arrumar.

- Tudo bem minha filha, mas não esqueça o casaco, está um pouco frio na rua. – AH NÃO! Essa era demais! O que ele pensa que eu sou? Quantos anos ele acha que eu tenho? Será que alguém avisou a Edgar que quando ele largou a mim e minha mãe o tempo continuou passando, e que eu não tenho mais dois anos de idade?

- Ah Edgar, me poupe né! Eu não sou mais nenhuma criança e sei muito bem me cuidar. E eu agradeceria se você não se intrometesse tanto em minha vida! – eu disse num tom de voz um pouco alto de mais, mas não me importei, apenas dei as costas e subi as escadas.

Entrei para meu quarto e comecei a procurar uma roupa; já não estava tão complicado. Eu estava terminando de me vestir quando ouço uma batida na porta. Implorei que não fosse Edgar querendo ter uma ‘conversinha de pai e filha’ e fui abrir a porta. Por sorte, era Jazmin.

- Meu Deus, mas como que você se arruma tão rápido, hein criatura? – eu falei verdadeiramente espantada.

- Vai ver é você que demora tempo demais. – disse ela soltando uma risada.

Ignorei seu comentário amoroso para mim e continuei me arrumando o mais rápido que pude. (http://www.polyvore.com/23/set?id=41541999). Quando estava indo em direção à porta do quarto, lembrei-me de um pequeno detalhe: eu tinha acabado de brigar com Edgar, não seria cara de pau ao ponto de pedir seu carro emprestado.

- Hm, Jaz, tem problemas se irmos a pé para a casa dos garotos? – eu disse com um pouco de apreensão.

-Ah Alice, claro que não! Eles moram tão perto que seria mesmo um exagero irmos de carro. – ela deu um sorriso e fomos em direção à saída da casa. Não dei tchau para Edgar, nem mesmo avisei aonde iria – aliás, tinha acabado de me tocar que nem eu sabia aonde iríamos-. Continuei andando com Jaz a meu lado, sem nem olhar para trás para ver se existia algum par de olhos me observando sob as cortinas da sala. Certamente existia.


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