Roller Coaster escrita por jgw22


Capítulo 31
Capítulo 31


Notas iniciais do capítulo

OIE, e queria agradecer pelas reviews LINDAS que vocês estão me mandando. Obrigada meeesmo. E continuem comentando tá, não me abandonem u.u Enfim, mais um capítulo pra vocês. Enjoy :*



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ALICE’S POV

– Juh, vem comigo um pouquinho? – eu falei a fazendo levantar o olhar do tapete e encarar meu rosto.

Ela estendeu a mão para que eu a ajudasse a levantar e eu a puxei do chão. Seguimos para meu quarto e fechei a porta. Ela sentou-se em minha cama e eu sentei a seu lado.

– Aconteceu alguma coisa, Alice? – Juh dizia numa voz fraca.

– Eu é que pergunto, Juh. Eu percebi o quanto tu ficou estranha depois do beijo. Vai, pode me contar no que tu tá pensando.

– Tá, não vou negar, eu realmente gostei de beijar ele, mas eu senti de novo que não tem nada a ver a gente ficar junto, que ele não sente nada por mim. O melhor que eu tenho a fazer é me conformar e agir como amiga dele. Não adianta eu me afastar, se vou vê-lo todo dia, preciso ter a amizade... – ela deixou um pouco as palavras perdidas no ar.

– Olha, acho que você realmente leu meus pensamentos. Já que você roubou o meu conselho antes mesmo de eu te dar, começa a colocar logo em prática, tá? Ficar com aquela carinha triste que eu vi lá na sala há pouco tempo não vai adiantar nada. – eu disse sorrindo.

– Obrigada, tipo, por se preocupar comigo, não sabe o quanto significa pra mim. Obrigada mesmo, Loba. – ela disse sorrindo.

– Loba? – eu disse dando uma gargalhada.

– Sei lá, inventei agora ué. – ela riu e me abraçou, depois, fiquei sozinha no quarto. Aproveitei e fui tomar meu banho; depois de um longo e bom tempo debaixo do chuveiro, fui me vestir e secar o cabelo.


ZAYN’S POV

Depois daquele jogo – em minha opinião, estúpido – de verdade ou consequência, Harry se isolou e foi para a varanda. Eu sabia o motivo, era óbvio. Dei um tempo pra ele e depois fui para a varanda também. Ele direcionou o olhar pra mim e voltou a encarar o nada.

– Tá, me explica porque você tá assim. – eu disse sentando a seu lado.

– Não é meio óbvio? – ele me olhou de um jeito meio sombrio.

– É, é obvio que foi pelo beijo. Mas ainda não entendia a moral, se você falou que não gosta dela.

– Tá cara, mas escolhendo beijá-la parece que eu to dando esperança, sabe? E não quero que ela me veja como um canalha ou algo do tipo.

– Tarde demais, não acha? – ele me olhou rapidamente, mas eu não liguei e continuei. – Se você só queria se divertir, ‘por uma noite’, como você mesmo disse, não acha que deveria ter feito isso com uma garota que você não veria no dia seguinte? Daí agora você fica aí todo cheio de remorso evitando ao máximo falar com ela. Harry, enxerga! Você foi um canalha sim, a usou e agora nem olha mais na cara dela, pelo amor de Deus! – respirei fundo e me acalmei, e percebi que ele me encarava sério, e quando achei que ele fosse abrir a boca para contestar alguma coisa, ele só baixou a cabeça e continuou imóvel. – Bom, vou te deixar pensando. Se precisar de mim, sabe onde me encontrar. – eu disse em tom baixo me afastei dali.

Fui para meu quarto e tomei um demorado banho, com o intuito de tirar de mim toda aquela tensão que se instalara em meu corpo a alguns minutos atrás, e também para pensar. Cara, que pergunta era aquela que o Harry tinha me feito? Puta que pariu, eu não precisava ter passado por aquilo, não mesmo.

Depois de um bom e longo tempo debaixo do chuveiro, saí e fui para o closet me vestir. Desci pra cozinha, que por milagre encontrava-se vazia. Comi uma banana e subi de novo para meu quarto, não estava com cabeça pra ninguém. Porque eu gostava tanto de me preocupar com o problema dos outros?

Entrei em meu quarto e vi a sombra de um corpo sentado na cama. Acendi a luz e identifiquei de quem se tratava. Deixa eu reformular a frase: não estava com cabeça pra ninguém, sem ser Minha Alice.

Diminui num átimo o espaço entre nós e fui para seu lado, deitando-me na cama com a cabeça no colo dela. Ela ficou um tempo me encarando com aquele sorriso que me fazia esquecer até onde morava, o que me fazia instantaneamente sorrir de volta. Mais do que depressa, eu sentia os dedos dela enrolando em torno das mechas de meu cabelo; só ela tinha o direito de fazer isso. Ficamos daquele jeito durante alguns minutos – que eu não fazia ideia quantos exatamente, lembram que ela estava sorrindo, né? – até que ela finalmente quebrou nosso silêncio.

– Precisamos conversar, não? – ela disse levantando uma sobrancelha.

– Sobre? – eu falei um tanto preocupado.

– O que foi aquilo lá na sala mais cedo, hein Malik? – Merda. Ela tinha mesmo percebido. Harry estúpido. Por mais que eu achasse que ela estaria furiosa comigo, eu senti um ar meio divertido em seu tom de voz. Como assim, eu não era um completo idiota?

– Hm, o que? – eu estava tentando entender onde ela queria chegar. Se não estava braba, porque aquilo tudo?

– você não quer realmente que eu diga, né? Não se faça de desentendido, eu só quero saber se o que você disse era verdade. – ela tinha abandonado o tom divertido e agora falava totalmente séria. Zayn, você é um idiota.

– Você tá braba? – falei fazendo a cara mais triste possível, mas isso não a comoveu.

– Vou ficar se você não parar de bancar a vitima e me responder o que eu to perguntando. – sua voz soava impassível e ela tinha parado me mexer em meu cabelo. Levantei a cabeça de seu colo e sentei em sua frente, encarando-a.

– Ok, tá eu falo. Mas não fica braba comigo, tá? – eu lhe dei um selinho tentando desmanchar a cara emburrada que ela se encontrava. Não desmanchou totalmente, mas amenizou. – E sim, eu já fiz aquilo que o Harry perguntou, mas foi só uma vez, poxa. Não me julga. – pisquei algumas vezes com a maior cara de coitado que pude pensar em fazer, e ela ainda me encarava, agora com o rosto totalmente indecifrável. – Não tá braba comigo, tá?

– Claro que não, Zayn. Você me falou a verdade, e era só isso que eu queria. – Finalmente, o meu sorriso apareceu. – Não te julgo, tá bom. Você foi sincero, o que mais eu podia querer? – ela perguntou de forma retórica, mas eu insisti em arriscar uma resposta.

– Um beijo, talvez? – falei e aproximei o rosto de dela, que sorria e concordava levemente com a cabeça. Sem ser mais capaz de aguentar, eu segurei sua nuca e a puxei para perto de mim, fazendo com que nossos lábios finalmente se encontrassem. Ela colocou a mão em minha nuca também, enquanto eu a puxava pela cintura, com o intuito de não deixar haver nenhum espaço entre nós. O beijo que começou calmo e lento, aos poucos foi se tornando voraz e mais necessário. Deitei na cama e fiz com que ela deitasse por cima de mim. Minhas mãos estavam em suas costas, e as dela tinham escorregado para meu rosto.

Estava tudo absolutamente perfeito, até que... Não! Ér, ela separou nosso beijo, rápido demais na minha vã concepção. Só depois que separei os lábios do dela, percebi que estava ofegante, e ela não estava diferente. Ela ainda estava com o corpo sobre o meu, e com o rosto extremamente perto, sorrindo em minha direção. Ai Deus! Isso era só pra me deixar mais sem ar ainda.

Alice rolou o corpo para meu lado e encaixou-se perto de mim, que a prendi num abraço. Depois de algum tempo assim – que na minha opinião, poderia ter durado a eternidade – ela levantou-se num pulo e sentou-se na cama.

– Hãn, algo errado? – perguntei estranhando aquela reação.

– Não, nada. Só me lembrei que eu tinha mais uma coisa pra falar com você.

– Não vou ter que ficar com medo de te deixar braba de novo, vou? – Eu disse fazendo biquinho. Ela riu de mim, inclinou-se e me deu um selinho, rapidamente voltando a posição normal.

– Não, dessa vez não. – ela falou me encarando. Sentei-me na cama a seu lado.

– É sobre o que? – eu encarei-a, dessa vez um pouco mais sério do que antes.

– É sobre o Harry e a Juh... – ela falou baixo demais, o suficiente apenas para que eu ouvisse.

– Ah, vamos deixar os problemas dos outros pra eles resolverem, eu já me meti demais nisso. – eu disse meio na defensiva.

– Desculpa Zayn, mas eu não posso, eu não consigo. Eles são meus amigos, e o Harry tá fazendo a Juh sofrer, poxa! Eu não consigo ficar de braços cruzados numa situação dessas, sei que pareço intrometida, mas eu não consigo! – ela dizia com os olhos transbordando preocupação. Cara, Alice era minha alma gêmea, até meu modo de pensar era iguais aos dela. Eu realmente pensava aquilo também, mas me sentia meio intruso, como se só eu estivesse enxergando o problema. Mas não. Minha Alice também sabia disso, também se sentia mal ao ver alguém sentir-se mal. Sorri pra ela ao perceber isso. Ela me olhou com uma duvida no rosto. – O que houve? Zayn, não acabou de ouvir? Eu tô mal, quero fazer alguma coisa, não é pra você ficar sorrindo poxa! – ela dizia ainda mais nervosa, e eu percebi que estava prestes a derramar uma lágrima. A abracei por instinto.

– Não, não fique assim. É que eu tava percebendo o quanto a gente pensa parecido. – eu disse e depositei um beijo no alto de sua cabeça, onde fiquei afagando depois. – Você acha que eu também não fico mal em ver meu amigo mal? Eu sei que o Harry tá confuso, com medo, mas...

– Espera, medo? – ela tirou a cabeça de meu ombro e passou a me encarar. – Eu achei que ele só tivesse ignorando a Juh por não querer mais e tal. Como assim medo? Me conta isso direito, Zayn.

– Bem, Harry realmente tá confuso, e ele tá jurando de pé junto que ele não quer magoar a Juliana porque não quer nada sério, que namorar não tem nada a ver com ele. Mas ou eu estou ficando louco ou eu realmente estou enxergando além do que o Harry demonstra, mas eu acho que ele está só com medo disso, medo de sentir algo novo, entende? Ele nunca namorou sério, sempre ficava com as garotas, levava pra cama, e não via no dia seguinte. Mas agora, conviver com a Juh todos os dias tá deixando ele louco, ele não sabe como agir, por isso tá toda hora na defensiva. – eu disse passando o dedo na bochecha de Alice, enquanto a via absorvendo minhas palavras.

– Então, quer dizer que eles precisam de um tempo, certo? Eles vão ter que virar amigos pra depois conseguir mudar? – ela dizia me olhando.

– É isso aí. – eu disse sorrindo. – Mas agora, chega de problema dos outros, né? – eu disse a puxando para mim novamente, deitando abraçados como antes.

Ela ficou ali deitada comigo durante mais algum tempo, enquanto conversávamos sobre os mais variados assuntos. Depois de algum tempo em silêncio, ela o quebrou com uma pergunta que eu se pudesse, ouviria todos os dias.

– Zayn, posso dormir aqui essa noite?

– E por acaso eu seria louco de dizer não? – eu disse e lhe dei um longo selinho.

Ela levantou rapidamente da minha cama, fazendo-me perguntar a mim mesmo que diabos ela estava fazendo. Depois de algum tempo dentro do closet, ela saiu de lá com minha camiseta do Guns N’ Roses, a que ela outras duas vezes já havia usado, e que eu já apelidara de ‘camiseta da Alice’. Ela voltou para a cama e eu a abracei novamente.

– Já falei que amo que você use essa camiseta? – sussurrei contra sua face.

– Hm, sou o Monstro do Armário de Zayn Malik, lembra? – ela disse rindo, me fazendo rir também, ao reviver as lembranças daquele outro dia.

– Agora posso dizer aquela frase que eu disse sem ficar vermelho: eu adoraria encontrar um monstro desses em meu armário. – eu disse a beijando.

– Dia de sorte, Malik. – ela sorriu e me beijou de novo. Em poucos instantes, a minha Bela Adormecida já tinha pegado no sono.



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Notas finais do capítulo

E aí? Capítulo fofo ou não? x) Algum palpite ou sugestão pra história? Deixem seus comentários aqui ou no meu novo twitter ( @_JuliaWolff ) Obrigado de novo. s2