Abri os olhos lentamente e logo um sorriso brotou em meu rosto, a claridade entrava pelo quarto me dando uma completa visão do local, eu geralmente não acordava tão feliz como hoje e o motivo? Com certeza era o dono dos braços quentes que me envolvia em baixo do edredom.

Eu realmente não lembrava em que horas havia dormido, mas que a noite havia sido perfeita a melhor de todas. Puxei o edredom descobrindo meu corpo ainda nu e escapuli dos braços de Edward, eu precisava saber as horas, afinal eu tinha que trabalhar hoje.

Andei pelo quarto até visualizar um relógio em cima da escrivaninha, eram sete e quarenta da manhã, suspirei e me espreguicei eu precisava estar no hospital ás dez hoje.

–Me usa e depois me abandona aqui- Edward murmurou na cama, me virei sorrindo.

Ele ainda estava de olhos fechados, mas mesmo assim sorria.

–Pare de ser chorão e levante temos que trabalhar- andei até o banheiro dele, peguei uma toalha limpa dentro do armário e assim que me virei para o espelho notei algumas marquinhas no meu pescoço.

–Edward- murmurei enquanto passava a mão pelo local.

–Chamou?- ele apareceu na porta do banheiro, com o cabelo incrivelmente bagunçado e sem roupa alguma, lógico que fiquei meio corada.

–Olha isso- apontei para meu pescoço e ele riu.

–Acreditaria se eu dissesse que foi sem querer?- rolei os olhos.

Graças a Deus eu tinha algumas blusas com gola alta.

–Que oras tem que chegar ao trabalho?- ele perguntou quando entrei no Box.

–Ás dez, hoje vou ficar na maternidade quase o dia inteirinho- suspirei.

–Você não fica lá todos os dias?- ele perguntou.

–Não eu fico no hospital, que fica ao lado da maternidade- expliquei- Hoje eu sai ás sete.

–Humm vou ficar uma hora sozinho?- questionou, ele abriu o Box e entrou, eu estava em baixo da água morna e ele tratou de me abraçar por trás.

–É só um pouquinho- falei enquanto ele distribuía beijos pelo meu pescoço.

Ficamos abraçados ali por um tempo, mas logo tomamos banho de verdade, eu tinha a leve impressão que ele estava com segundas intenções, mas ele já estava atrasado e eu não poderia atrasar.

...

Assim que Edward me deixou no hospital eu corri para meu consultório eu estava pensando em ligar para Ângela, ela iria surtar de vez.

Peguei celular discando o numero dela.

–Quem incomoda?- ela atendeu com a voz de sono.

–Ang, sou eu, Bella- falei girando na minha poltrona.

–Eu sei cabeçuda tenho seu numero gravado- ri- E que voz é essa hein? Qual o motivo da felicidade- acabei rindo novamente- Isabella?

–Nada não, eu só liguei por que queria que soubesse que agora eu moro com o Edward- mordi o lábio e afastei o telefone prevendo o grito que ela daria.

–Santo Deus menina- ela estava eufórica agora- Como foi isso?

Pensei por um momento se contava ou não sobre Jacob, decide não falar agora.

–Ele fez uma intimação, eu sou a prisioneira dele agora- ela deu um gritinho e depois uma gargalhada escrota.

–Então vocês...

–Sim, nós... Você sabe- não deixei ela terminar.

–Oh meu Deus- ela gritou- Desculpa Ben- falou com certeza com o namorado- Mas a Bella deu pro Edward isso não é fantástico?

–ANGELA- Gritei com ela.

–Oi Bella, você me fez acordar o Ben com os gritos, tive que dar um bom motivo e ele mandou dizer parabéns- corei, minha amiga não era normal- Como foi?

–Foi bom horas- ainda estava corada.

–E ele é tipo santinho e romântico o tempo todo ou é selvagem- ela deu outra risada escrota.

–Uma mistura boa entre romântico e selvagem- confessei.

–Uhhh- eu já podia imaginar a cara que ela estava afazendo- Mas também toda aquela perfeição de homem né.

–Ângela seu namorado está ai com você como pode falar assim?- balancei a cabeça.

–Ele não liga, sabe que meu coraçãozinho é todo dele- ri.

Ficamos conversando por mais alguns minutos, mas Ângela queria saber demais e eu morreria de tanto ficar vermelha se respondesse todas as perguntas dele, acabei desligando com a desculpa que tinha vários partos para fazer, o que não era mentira no final das contas.

...

Meus ouvidos doíam um pouco, puxei o ar com força enquanto saia da maternidade em direção ao hospital. Ficar o dia inteiro cuidado de bebês era bom o difícil era o choro e o grito das mães quando estavam colocando os bebês para fora.

Felizmente o tempo passou rápido e já eram sete horas, entrei no consultório e peguei minhas coisas, prendi meu cabelo em um coque frouxo e tirei meu jaleco o colocando em cima da mesa, eu estava cansada demais para organizar tudo.

Sai do consultório e andei preguiçosamente pelo corredor, assim que cheguei à recepção o vi entrando, ele sorriu para mim e todas as mulheres que estavam no local o olharam. Adiantei meus passos e o abracei.

–Oi amor- ele beijou minha testa.

–Oi- inalei o delicioso perfume dele.

–Parece cansada- ele tocou meu rosto- Cheguei na hora certa.

Assenti.

–Mas não precisava ter vindo, eu preciso pegar meu carro de volta- falei e ele rolou os olhos.

–Em breve, agora vamos pra nossa casa, por favor- ouvir ele falando “nossa casa” me dava uma alegria imensa, era como uma daquelas crianças que acabara de receber aquele presente que tanto ansiava.

A semana passou rapidamente, tudo com Edward era natural, nós sempre fazíamos algo juntos como almoçar, sair pra jantar e claro tínhamos os nossos momentos a sós na nossa cama.

Eu ficava meio corada toda vez que lembrava as coisas que ele falava ou fazia, Edward era sempre muito carinhoso comigo, mas ás vezes ele mostrava um lado digamos meio “safado” e eu realmente adorava isso.

Quando o sábado chegou eu arrastei Edward até meu antigo apartamento para pegar todas as minhas coisas, pegamos tudo que era meu não deixando nada, voltei para casa com meu carro e Edward com o dele.

–Agora temos cinco- ele falou quando estacionei meu carro ao lado dos quatro dele- Eu estava pensando em comprar outro pra você.

–Edward pra que ter tantos carros se você só pode dirigir um de cada vez?- ele riu.

–Me questiono a mesma coisa quando a questão são os seus sapatos- mostrei a língua para ele.

–Não quero que gaste dinheiro comigo- falei o ajudando a tirar minhas coisas do porta malas.

–Amor esqueceu que eu sou dono de uma concessionária?- falou de forma debochada.

–Dono ou não, eu não quero que todo o seu dinheiro seja gasto comigo- ele não reclamou no momento, mas eu sabia que logo tocaria no assunto novamente.

Assim que terminamos de colocar minhas coisas no “nosso” quarto eu me joguei na cama.

–O que vamos fazer hoje?- perguntei, ele se deitou ao meu lado.

–Amanhã temos aquele almoço na casa de Emmett, ele faz questão da nossa presença- assenti- Mas hoje eu não programei nada, achei que passaria o dia inteiro trazendo suas roupas e seus sapatos para cá- bufei.

–Já perdeu a graça- informei, mas para ele não já que riu.

–Que tal a gente não fazer nada hoje só ficar aqui deitados- Edward me puxou para os braços dele, eu adoraria ficar assim abraçadinha a ele o dia inteiro.

Senti quando a mão dele desceu pelas minhas costas até chegar a minha bunda.

–Edward- murmurei.

–Que foi amor?- ele alisou o local- Eu não estou fazendo nada- ri da cara de inocente dele.

–Então é isso que quer dizer com “não fazer nada”- perguntei rolando para cima dele.

–Aham- assentiu com um sorriso malicioso.

–Tudo bem- abaixei-me beijando seus lábios, enquanto as mãos dele voltavam para minha bunda.

...

Edward pov.

Abri os olhos de repente, olhei pela janela ainda estava claro, o relógio marcava quatro da tarde.

Olhei para o lado onde Bella estava adormecida, alisei o corpo nu dela colado ao meu enquanto admirava as feições delicadas dela. Deus como essa mulher mexe comigo, eu gostava tanto da presença dela, estava louco por ela por mim casaríamos agora mesmo e nunca sairíamos de perto um do outro, mas eu tinha que dar um tempo

Afaguei o rosto delicado da minha Isabella, a marca que o idiota deixou estava bem clarinha quase desaparecendo. Eu não gostava de lembrar o momento que encontrei Isabella sentada no chão do apartamento com os lábios sangrando, eu realmente queria estrangular aquele imbecil do ex dela.

Beijei a testa dela.

–Você não faz idéia do quanto eu adoro você- murmurei baixo, ela ainda adormecida se mexeu um pouco.

Não era algo só como adorar, eu a amava, realmente amava tudo em Isabella o sorriso, o jeito como ela ficava brava, a pele macia, a forma como se preocupava com as pessoas.

Eu amava Isabella Swan e diria isso a ela.

Pov. Bella

Mexi-me devagar, estar com Edward era tão perfeito.

–Amor, acorda- ele me sacudiu devagar- Vamos dar uma volta- pediu beijando meus cabelos.

Murmurei um sim, ele levantou da cama certamente para se arrumar, levantei alguns minutos depois tomei um banho rápido e vesti-me.

–Aonde vamos?- perguntei enquanto prendia o cabelo.

–Dar uma volta- deu de ombros.

Ele entrelaçou nossos dedos e fomos até o volvo. Edward dirigiu por algum tempo, eu sabia que ele tinha um lugar em mente mordi o lábio quando ele estacionou em uma praça olhei para o lado e logo reconheci o lugar.

–Vem comigo- ele pediu saindo do carro.

O imitei e ele travou o volvo, andamos lado a lado até a ponte, eu ainda não sabia o que ele pretendia, estávamos no fim da tarde era crepúsculo.

–Uma bonita vista- ele falou olhando para o céu- Mas não foi isso que me chamou atenção quando vim aqui há algum tempo atrás.

Assenti sem olhar para ele.

Por um minuto lembrei-me da noite em que ameacei me jogar dali, agora parecia insano, era algo de outro mundo tão idiota e estúpido, mas mesmo assim necessário, não sei se era o modo mais certo de ver as coisas que aconteciam em minha vida, mas se eu nunca tivesse sido tão fraca eu nunca seria feliz ao lado de Edward.

Talvez se eu nunca tivesse chegado à beira daquela ponte nós não iríamos nos conhecer, não teríamos um historia juntos e eu não iria me sentir como a mulher mais feliz do mundo a cada vez que ele me olhava e me tocava.

–Eu não me arrependo- expus meus pensamentos e virei ficando de frente para ele- Se eu nunca tive chegado tão baixo eu não poderia estar com você, me orgulho da minha fraqueza.

Edward estendeu a mão afagando meu rosto.

–Naquela noite eu não sabia o que estava sentindo quando me aproximei, eu queria protegê-la apesar de ser uma estranha para mim na época, eu queria fazer com que você se sentisse amada- ele confessou.

Sorri com os olhos marejados.

–Te trouxe aqui por que quero terminar minha promessa e quero que você me prometa uma coisa- ele segurou meu rosto entre suas mãos.

–O que quiser- falei.

–Bella o que mais quero é ficar com você quero fazer tudo isso durar enquanto vivermos, por que o que sinto por você é algo grande, você é minha amiga, companheira, namorada- sorriu- Me promete que nunca mais em sua vida vai se sentir inferior, que nunca mais vai deixar alguém ferir seus sentimentos ao ponto de você querer desistir de viver- não precisava pensar muito naquilo.

–Prometo- assenti- mais você precisa prometer que vai sempre estar ao meu lado.

–Até quando você me quiser- beijou meus lábios e depois minha testa, o abracei afundando meu rosto em seu peito- Afinal eu te amo– ele sussurrou, meu corpo inteiro arrepiou-se ao ouvir aquilo- Quando eu disse aquela noite que te daria dez motivos para não pular eu estava não só fazendo uma simples promessa, mas sim entrando na sua vida de vez- ele sorriu- Décimo motivo Isabella- desceu uma mão por minha cintura e a outra se infiltrou em meu cabelo- Eu te amo– falou novamente, senti meus olhos transbordarem de lagrimas- E juro que nunca amei ninguém assim em toda minha vida.

–Edward- sussurrei emocionada.

–Minha Bella- fez carinho em meu cabelo e se curvou colando os lábios nos meus, eu enlacei seu pescoço com meus braços e aprofundamos o beijo, era sempre como se fosse à primeira vez.

Afastamos-nos ofegantes.

–O ultimo motivo foi o mais perfeito- beijei o queixo dele- Eu também amo você Edward- ele sorriu.

–Achei que não fosse dizer- ele brincou e eu rolei os olhos.

–Cadê o Edward todo serio e apaixonado de alguns minutos?- perguntei mordendo o lábio.

–Está aqui amor, ele sempre está pra você- deu mais um selinho- Vamos voltar para nossa casa?- perguntou e eu assenti.

Saímos da ponte, Edward parecia apressado para voltar para casa eu sabia o que ele tinha em mente, assim que chegamos ele me agarrou na garagem mesmo.

–Promete que sempre vai ser minha?- ele perguntou me erguendo, enlacei minhas pernas em seu quadril.

–Claro amor, eu sempre vou ser sua- sorri e ele me beijou delicadamente.

–Eu amo você– disse entre o beijo.

FIM.