School Of Rock escrita por Snapelicious


Capítulo 9
Looking for Madonna


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! Antes que vocês me fuzilem, saibam que eu tenho um motivo por não ter postado esse tempo todo:
Depressão. É. Uma terrível e duradoura depressão.
Mas não se preocupem (Dãa, sei que vocês não estão nem aí pra isso), porque eu estou um POUCO melhor.
Pelo o menos não tenho vontade de cortar os pulsos todo o dia, o que já é uma vantagem.
Capítulo com personagem novo, e com uma incrível participação especial de Darth Vader e das roupinhas 100suais do Batman.



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Narrado por Sirius Black.

Se não levarmos em consideração o fato de meu armário ter explodido e todas as garotas da escola estarem em guerra contra mim, o resto do dia ocorreu... normal, ou seja, como se não tivesse uma maníaca me perseguindo.

Pois é, já não basta ter que aguentar Lily cantando sem parar o dia todo, agora Marlene resolveu me perseguir.

Não que eu não goste de ser perseguido por garotas lindas.

Mas é que ela me persegue de um jeito diferente, se é que você me entende. De um jeito que provavelmente terminarei o ano sem um braço, ou uma perna. Se eu sobreviver até lá.

Isso inclui muitas bombas fedorentas, ketchup e muita, mas muita fita isolante. Sem falar nos apetrechos mais, digamos, mortais.

Bem, na altura do jantar já estava começando a ficar desconfiado. Nenhum atentado contra a minha vida tinha sido feito nas últimas duas horas. James e Lily estavam conversando, sem ameaças de morte. Dorcas havia feito um barquinho de papel com o guardanapo, e agora brincava com ele. É, se bem que ela faz isso quase todo o dia.

Lene não estaca presente. Meu celular tocou, e eu abri o SMS recebido:

“Pensa rápido”.

Bem, não dá pra pensar direito quando é acertado no rosto por uma lasanha. Todos me encaravam em silêncio, esperando minha reação, como sempre fazem. Peguei com o dedo o recheio e provei.

- Huum... É de queijo. Minha favorita. Alguém quer um pedaço? – eles riram. Bem nessa hora, Josh entrou no salão, e olhou para mim.

– É guerra de comida, por acaso? – perguntou. Os estudantes se entreolharam.

Ah, não. Droga. Porque esse mané dá idéia ainda?

- COMIDA NO BLACK! – alguém gritou, mas eu não pude distinguir quem, pois fui praticamente enterrado por hordas de arroz, carne, massa e saladas.

Ei, isso é batata frita?
Narrado por Dorcas Meadowes.

- Ei, galera, não precisa exagerar! Estou de dieta! – gritei.

Algum maníaco teve a brilhante idéia de transformar Sirius em prato. E, como a mira dos estudantes de Hogwarts não é tão esplêndida assim, acabou sobrando pra mim, Lily, James e Remus (que, sinceramente, fica muito lindo com esse chapéu de alface).

Já Lily não teve muita sorte. Todas as coisas gosmentas atiradas, como feijão, molho, suco e derivados, eram magneticamente atraídos por seus cabelos vermelhos.

James e Remus se esconderam em baixo da mesa, e quando Lily tentou segui-los, escorregou em um pedaço de bife, caiu e me levou junto.Detalhe: ela caiu em cima de mim.

Senti algo batendo com força em minha cabeça, e não vi mais nada.

Narrado por Marlene McKinnon.

Me lembre de mandar flores para quem gritou “COMIDA NO SIRIUS”.

Claro que a ideia de atirar uma lasanha na cara dele foi minha, mas não esperava que todos entrassem na bagunça.

Esse dia estava sendo particularmente o pior da vida de Sirius.

Por minha causa! Cara, estou me sentindo muito orgulhosa de mim mesma. Quem detona? MARLENE DETONA!Um dia, quando tudo isso acabar, iremos rir muito. Ou eu vou rir, e Sirius vai me olhar com aquela cara de mal-humorado que ele sempre faz quando criticam sua perfeição.

A melhor coisa de hoje foi ver as caras indignadas de todas as garotas da escola. Todas elas agora odeiam Sirius Black, por causa de um empurrãozinho meu. Você deve estar se perguntando o que eu fiz. Não está? Problema seu, vou falar do mesmo jeito.

Coloquei bilhetinhos românticos supostamente feitos por Sirius nos armários de todas as garotas. Isso não parece tão horrível, não é? Mas é que agora vem a parte boa: errei o nome de todas elas.Tcharam!

Vai, pode falar, foi brilhante.

Tá, se não quiser não falar, eu mesma falo.

Marlene, isso foi brilhante.

Eu sei, eu sei. Deixem os aplausos pro final. Agora irei me deliciar vendo Sirius tentar se desenterrar.

Tá certo que acabou voando um pouco de comida em Lily, Dorc’s, Jay e Remus, mas se bem que vale a pena. Vi quando Lily escorregou e agarrou Dorcas para não cair. O que não adiantou em nada, já que o chão estava coberto de molho, e as duas acabaram indo ao chão.

Enquanto isso, o garoto mais odiado pelas garotas de Hogwarts tentava se desviar da comida, mas sem sucesso. Impressionante que ele consegue se desviar de bolas de futebol, mas não de ovos cozidos. Afinal, era quase a mesma coisa.

No outro lado da mesa, Lily se levantou com dificuldade, mas Dorcas não veio com ela. Imagino que tenha preferido ficar no chão.

- DORCAS! DORCAS! – a garota gritava desesperada. – PAREM, SEUS IMBECIS! DORCAS!

Agora era sério. Felizmente, o estoque de munição acabou, e a comida parou de voar. Saí da mesa da Corvinal, onde me escondera com alguns amigos, e corri para o lado das garotas.

- Acho que ela bateu a cabeça - disse Lily quando me aproximei. James e Remus levantavam Dorcas. Foi com um susto que vi uma mancha vermelha no chão onde ela havia batido.

Seja ketchup, pedi, por favor, seja ketchup.

O professor Farro se aproximou, e ajudou os garotos a levantarem Dorcas.

- Ala hospitalar. - ele disse – Me mostrem o caminho, que eu não sei onde é.

E eles se foram, me deixando com Sirius, que tentava tirar o almoço do cabelo.

- Sirius... – comecei, mas não quis continuar com o olhar que ele me lançou.

É culpa sua, dizia seus olhos, Dorcas está ferida e a culpa é sua.

Ele saiu do Salão Principal, me deixando sozinha para aguentar os olhares de todos os alunos.

Senti alguém me pegando pelo braço e me tirando do Salão. Não me virei para ver quem era.

Não importava, afinal.

Eu havia provocado o acidente de minha melhor amiga. Tudo por causa de uma vingança infantil.

Cara, eu mereço morrer.

Narrado por Dorcas Meadowes.

Não sabia onde eu estava, mas esperava que aquele cara não caísse. O buraco era enorme. Ele morreria, com certeza. E aquele cara de capa preta, por que não ajudava?

Ficava só olhando de uma plataforma, como se fosse o rei do mundo, enquanto o loirinho de penteado brega estava quase caindo.

Se segura, pensei. Mas como ele poderia se segurar direito se ele não tinha uma mão?

- Você matou meu pai! – gritou o loiro.

- Não, Luke – respondeu o cara de preto – Eu sou seu pai!

- NÃÃÃÃÃOOO!

- Venha para o lado negro – continuou o de capa – Nós temos biscoito!

Cena parou e retrocedeu, como se eu estivesse assistindo á uma fita cassete.

- You killed my father!

- No, Luke. I am your father!

- NOOOOO!

- Come to the Dark Side. We have cookies!

A cena retrocedeu novamente. Já estava pensando em chamar o técnico.

- ¡Tu mató a mi padre!

- ¡No, Luke, yo soy tu papito!

- NOOOOO!

Estava começando a procurar o controle remoto para arrumar o idioma, quando Luke se atirou, e eu caí junto. Só de tempo de ver a cara “Eu não acredito que esse mané fez isso” do Darth Vader antes de tudo ficar verde.

Eu estava nadando em um lago super-sujo e fedido. De repente, um monstro veio em minha direção.

Na verdade, não era um monstro. Era Govinda, minha antiga tartaruga. E eu nadava no aquário dela.

Por que eu estava minúscula, isso eu não sei. Mas imediatamente me arrependi de quase nunca ter lavado o seu aquário, pois agora eu sei como ela se sentia.

E acredite, nadar em 70% cocô e 30% água não é nada legal.

Antes de Govinda me devorar, ela sumiu. A água também.

Agora eu estava em uma espécie de túnel, mas não deu para raciocinar direito, pois um cara caubói passou correndo ao meu lado, como se estivesse fugindo de alguma coisa.

Opa. Eu conheço esse cara. Se esse cara está aqui, então...

Olhei para trás.

A PEDRA GIGANTE TAMBÉM ESTÁ!

Corri daquela bola de pedra mortífera e enorme, que me perseguia como um cachorro corre atrás de um entregador de pizzas.

Comparação estranha, mas tudo bem.

Continuava a correr, olhando para trás, quando de repente caí.

Uma musiquinha heróica começou a tocar, e eu caí dento de um carro muito maneiro.

Olhei para o motorista ao meu lado.

Claro, é o Batman, por que não?

E ele está usando uma roupa com buracos para os mamilos. Não me pergunte o porquê. Talvez refresque o corpo, sei lá.

Tudo ficou preto.

Sério, eu estou começando a cansar dessa escuridão. Não podia ser outra cor, não?

Bem nessa hora, tudo ficou branco.

Ótimo, agora me traz um suco.

Abri os olhos. E o que eu vi não foi meu suco. Foi uma mancha vermelha, que cheirava a molho de tomate.

- DORCAS! - Tô viva, calmaê! – falei. Logo me sentei de um salto – Luke! Precis

amos salvar ele! E comprar umas roupas novas para o Darth Vader também!

Ouvi risadas.

- Teve um sonho meio maluco não acha? – perguntou James, que estava ao lado de Lily.

- Pintou o cabelo de novo? – perguntei – Que cor é essa, almôndegas?

Ele sorriu e passou a mão pelos cabelos.

- Isso foi um presentinho de uma guerra contra Sirius.

Guerra. Comida. Lily caindo.

- Ah, é! Aquela guerra de comida! O que houve depois? Não me lembro de nada.

- Você bateu com a cabeça. – disse Remus com a voz embargada. – Uma batida forte, por pouco não foi algo mais sério.

Ele parecia acabado. Mas não tinha tempo de saber o porque, afinal, eu quase havia morrido. Passei a mão pela cabeça, e a encontrei enrolada em um tipo de turbante, que provavelmente faria Lene ter uma conversinha muito sério com a enfermeira sobre as últimas tendências da moda.

- Onde está Lene? – perguntei olhando ao redor – E Sirius?

Eles se entreolharam.

- Sirius está tomando banho, provavelmente – respondeu Lily – Ele deu uma passadinha aqui antes de você acordar. E Lene... bem, não sabemos dela.

Olhei pela janela e vi que ainda estava de noite. Pelo o menos não perdi aulas.

O que eu estou dizendo?

- Todos para fora! – Madame Pomfrey saiu de sua sala para expulsar meus amigos. Ela sempre faz isso. – Ela precisa descansar!

Já havia ficado metade da noite descansando, mas mesmo assim não reclamei. Ela podia colocar alguma substância suspeita na minha bebida, sei lá. É melhor não arriscar.

Lily, James e Remus pegaram suas mochilas e se despediram.Tadinhos, deviam ter ficado aqui comigo por horas.

Eles se importavam comigo. E Remus mais ainda, pela sua cara.

Tentando não alimentar esperanças, fui dormir.

Narrado por Zac Farro.

Depois do acidente com a loirinha, resolvi cancelar o ensaio dessa noite. Posso estar fazendo um monte de coisa errada, mas não sou tão terrível assim. Os garotos merecem um descanso.

E eu também.

Aqui estou eu, nesse barzinho mixuruca de Hogsmead, tomando um suco de alguma coisa roxa e amaldiçoando quem escolheu a música do toca-discos.

Uma corrente de ar gelado passou por meus pés quando a porta do pub foi aberta. Uma mulher entrou e sentou-se ao meu lado no balcão.

- Cerveja amanteigada, por favor – ela pediu, tirando o capuz coberto de neve, revelando longos cabelos escuros. – Que tipo de música é essa?

- Trilha sonora para morrer, só pode – respondi.

- Uh, agora sim que eu corto os pulsos. Com bolacha Maria. Sou Helena, prazer – ela estendeu a mão, e eu a apertei.

- Jos-Zac. Sou Zac.

Tomei um gole de minha bebida para disfarçar. Vai ver ela não note que eu esqueci meu próprio nome.

- Suco de beterraba, huh?

- O qu...?

Jurava que o quadro que tinha atrás do balcão era de uma paisagem ensolarada, não de um mar de pontinhos roxos. Se eu soubesse que podia cuspir até essa distância teria participado do campeonato de cuspe á distância da escola. Talvez isso teria me ajudado a ser mais popular.

Me senti um idiota, mas Helena ria.

De mim, provavelmente.

- Sinceramente, gostei mais assim. – ela disse – Arte abstrata.

Resolvi não reclamar para o barman e pedir meu dinheiro de volta, porque assim eu pareceria um pão duro (mesmo a culpa sendo minha, que escolheu a coisa mais barata do cardápio, sem nem mesmo olhar o que era antes. Que foi? Meu salário ainda não chegou ok?).

- Então, Zac Picasso – começou ela – o que faz nesse barzinho de fim de mundo, tomando suco de beterraba á uma hora da manhã?

- Resolvi dar uma volta para tomar um ar. E esse era o único lugar aberto.

Ah, que burro. É claro que quem sai de um lugar fechado e tem a intenção de tomar um ar fresco não se enfiaria dentro de outro lugar fechado.

- Eu acho que a maioria das pessoas só vem aqui por esse motivo mesmo. O dono deve ser um vampiro.

- E você também, por parecer tão bem acordada à uma hora dessas.

Zac, você acabou de chamar ela de vampiro. SABE, MUITAS PESSOAS SE OFENDEM QUANDO CHAMAM ELAS DE VAMPIRO!

Cala a boca, consciência!

Á essa hora eu queria cavar um buraco no chão e me enfiar dentro. Ah, o chão é de pedra, que pena.

- Anos de hora extra acabaram fazendo algum efeito.

- No que você trabalha?

- Sou publicitária. Trabalho pra Gucci. E você?

- Algo menos digno do que ser publicitário para uma marca super-famosa. Sou professor.

- Sério? Eu sempre quis ser professora de música.

- Sou professor de música. Em Hogwarts.

Por favor, não saiba que em Hogwarts não tem essa aula. Por favor, não saiba que em Hogwarts não tem essa aula. Por favor...

Mas ela parecia encantada.

Resumindo, ficamos conversando por cerca de duas horas. Helena me contou que não está em nenhum relacionamento, tem (inacreditavelmente, para a idade dela) filhos pequenos, mora na cidade ao lado, mas veio até Hogsmead para avaliar o publico daqui para sua nova campanha, gosta de Ramones, Red Hot Chilli Peppers, Beatles e qualquer outra banda de Rock que você possa imaginar. Ela me contou que inclusive teve uma banda de Rock na adolescência, mas desistiu dela após sofrer muito com seus companheiros e produtoras.

Nos despedimos lá pelas três e meia da manhã.

Eu, pensando na aula que teria que preparar.

Ela, provavelmente imaginando que eu sou um cara decente.

Se liga na ironia.

Narrado por James Potter.

– Coitada da Dorcas...

Lily se tirou com tanta força no sofá do Salão Comunal que quase deu para ver as bactérias voando e gritando “eeeeeeeeeeee!” com suas vozinhas finas de bactéria.

Jay, bactérias não falam. Sussurrou a minúscula parte do meu cérebro que presta a atenção nas aulas.

O q-NÃO ME CHAMA DE JAY! SÓ MINHA MÃE ME CHAMA ASSIM, OK?

Deus, porqueee? Eu podia muito bem ter nascido como parte do cérebro de Einstein, mas nããão. Tinha que viver na cabeça de James Potter! Até uma banana tem mais neurônios que isso.

...

...

...

James, você ta aí?

...

OH, meu Deus, você morreu?

...

Não! Se você morrer eu só tenho mais alguns segundos de vida! Acorda, Jay, acorda! Levanta essa bunda sarada daí e...

... Não me chama de Jay.

Idiota.

Mas adorei o bunda sarada.

“Sua chamada está sendo encaminhada para a caixa de mensagens. Informe seu nome e a parte do corpo de onde você vem e deixe seu recado após o sinal.”

...

...

...

“O mané, o sinal foi eu ter dito ‘sinal”.

E como é que eu ia saber?

EU SOU SEU CÉREBRO! VOCÊ DEVIA SABER!

Eita, você parece a Lily falando desse jeito. Deixa de ser tão sério. Vamos rir mais!

Isso é da propaganda da Colgate.

HÁ! Não é não, é do Trident! Uhu, sei uma coisa que você não sabe!

Isso quem sabe é a parte do seu cérebro que armazena coisas inúteis.

Então você não sabe sobre coisas inúteis? Se eu for algum dia ao programa “ Questões que não servem para nada” , e a parte do meu cérebro que sabe sobre isso estiver em manutenção você não vai saber responder?

Ah, desisto.

Hein? Você vai ser o responsável por eu não ganhar o prêmio?

...

Acho que se ofendeu. Tudo bem, não queria falar com você mesmo.

Cara meu cérebro me odeia. Isso é tão hilário.

- Falando nisso, onde está Sirius? – ouvi a voz de Remus. Lily deu de ombros, e os dois olharam para mim.

- Sei não. A parte do meu cérebro que sabe das coisas entrou em greve.

- O que...Ah, deixa pra lá – disse Lily – desisto de tentar te entender. Ele deve estar com Josh. Falando nisso, nem vou ao ensaio hoje. To morta de cansaço. Eles que se virem.

Remus concordou.

- Mas hoje não tem ensaio. – falei.

- Como é que é? – Eles perguntaram ao mesmo tempo.

- Josh avisou. Não falei para vocês?

- Não!

- Tá, então to avisando agora.

- Mas se não tem ensaio – começou Remus – Sirius está lá esperando até agora, porque ninguém o avisou. E se ele for pego...

- Tá ferrado – eu e Lily completamos.

Nós três nos levantamos ao mesmo tempo.

- Remus fica aqui enquanto eu e Lily vamos buscá-lo – falei, indo para a saída.

- Mas eu devo ir porque sou monitor...

- Mas eu sou mais rápido – sai correndo e Lily veio atrás. Só ouvi Remus dizer:

- Nem me excluíram, né. Espero ser convidado para o casamento de vocês.
Narrado por Sirius Black.

Um, dois, três indiozinhos.

Quatro, cinco, seis indiozinhos.

Sete, oito, nove indiozinhos.

DEZ NO PEQUENO BOOOOTE!

Ai, ai. Acho que eles estão meio atrasados.

*Cri, Cri. Cri, Cri.*

Nem tinha grilos em Hogwarts, eles demoraram tanto que aconteceu uma evolução interplanetária concentrada na Terra, e mandaram eles pra cá.

...

Revolução Interplanetária. Isso existe? Pros grilos deve existir.

Não sei cadê Ariclenes, e nem quero saber. Aquele porco fedido. Que James não me ouça.

Ele deve estar dormindo em algum lugar do chão da sala de música.

O porco, não James.

É, é um erro freqüente.

Se você for na floresta hoje, vai querer... pastel.

É claro que eu não comeria pastel na floresta. É que eu esqueci o resto da música.

Ouvi uma correria do lado de fora da sala de música. A porta se escancarou e...

- MADONNA!

Só pra vocês entenderem, não foi a Madonna que entrou por aquela porta (infelizmente). Foi o professor Ronei Carlos. E ele provavelmente está procurando pela Madonna.

Não sei por que ele a procura aqui na escola. Deve estar louco mesmo.

- Madonna? Você viu minha Madonna? – ele repetiu.

- Cara, se a Madonna estivesse aqui eu não estaria olhando para você.

- Não essa Madonna, a... uuh! Você toca bateria?

Ele notou que eu estava sentado no banco da (já considerada minha) bateria. Confirmei com a cabeça.

- Não me lembro de ter uma bateria nessa sala... Afinal, o que você está fazendo aqui?

- Estou esperando o professor Josh – respondi – para cumprir minha detenção nessa sala.

- Mas – ele começou – eu vi Josh agora a pouco indo para Hogsmead...

Opa. Se Josh não está na escola, Ronei deve achar que eu estou mentindo.

Não menti, na verdade. Só ocultei a realidade.

Ouvi mais correria no lado de fora da sala.

Daí entrou um monte de gente na sala de musica e começou uma maratona de corrida.

Mentira. Mas ta quase.

James e Lily entraram correndo, vermelhos e rindo. Opa de novo. O que eles estavam fazendo?

- Sirioooooooolá professor Ronei – começou a garota, derrapando para parar. Detalhe: ela parou em cima dos aparelhos de som.

- Professor? O que está fazendo aqui? – perguntou James.

- Estava procurando a Madonna, mas isso não vem ao caso –ele disse – O que vocês três fazem aqui, depois do toque de recolher, em uma sala isolada?

- Nós estávamos... Espera. Você disse que estava procurando a Madonna?- riu James.

Lily conseguiu se desenrolar dos fios e tomou o controle da situação.

- Nós estávamos... – ela olhou desesperada para os lados, procurando inspiração para a mentira do século – fugindo.

- Fugindo?

- É... fugindo. Do cozinheiro maluco. Né, James?

- Oq – é, e verdade. Ele tinha um facão de... um metro e meio de comprimento.

- Que ele normalmente usa para cortar a polenta que está muito ressecada – completou ela.

- E porque ele perseguia vocês? – perguntou Ronei.

- Porque... - Porque o James roubou um pão da cozinha. Sem pedir permissão.

- É – continuou James – daí a gente correu e entramos numa sala estranha...

- Parecia feita de gelatina.

- É. E encontramos... Amus Diggory.

- Amus Diggory? - se admirou o professor – O que ele estava fazendo fora do salão comunal?

- Ele estava...

- Comendo pastel? – perguntei. Eles olharam pra mim.

- É! Isso mesmo! Comendo pastel. – disse James – Daí o cozinheiro, que se chamava... Bob Dylan, viu ele comendo o pastel da cozinha e começou a persegui-lo.

- Daí eu e James viemos atrás de Sirius, para contar que tem um maníaco a solta.

- Eu não acredito – começou Ronei Carlos – que nessa escola tem uma sala feita de gelatina! Vocês, para a cama! Eu vou atrás dessa sala.

Ele saiu, e antes que pudéssemos suspirar aliviados, ele voltou e disse:

- Se virem a Madonna, me avisem!

- ‘Pó dexa! – respondi.



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Notas finais do capítulo

Eu estava pensando... no final da fic, e depois do final da fic... e depois do final do final da fic...
AGORA NÃO FALO MAIS NADA!
Quem entendeu o que eu disse acima ganha bala" Aeeee (ruim pra mim, que nem entendi direito o que eu quis dizer).
Enfim.
Eu... queria dizer alguma coisa, mas esqueci.
Até mais!
*as luzes se apagam*
Cabô, produção? Ainda bem.
ALGUÉM ME TRAZ UM CAFÉ! E TAMBÉM UM SUCO PORQUE EU NÃO GOSTO DE CAFÉ!