School Of Rock escrita por Snapelicious


Capítulo 6
School Of Rock


Notas iniciais do capítulo

MINISTÉRIO DA SAÚDE ADVERTE:
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Consulte um psicólogo e a autora. Leia o aviso.
~>Capítulo com possíveis erros de formatação. Culpem o Nyah! Foi ele quem deu Alok, não eu.



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Narrado por Lily Evans

Quando acordei hoje cedo e desci para tomar café-da-manhã, achei que estava entrando no Salão Principal, e não na Convenção Anual de Deixar Lily Evans Louca.

Tá certo que tem café da manhã aqui, mas isso não justifica o fato de James Potter estar assim. Lá estava ele, entrando no Salão com seu rebolado de “eu sou o Bam-Bam-bam”, balançando a cabeça no ritmo da música que escutava nos fones de ouvido, acenando para algumas garotas enquanto passava, como se estivesse tudo ocorrendo como se fosse uma manhã normal.

Hum... Mas hoje não é o que podemos chamar de manhã normal, não é?

Seria, se não fosse pelo simples fato de...

Como eu posso dizer isso?

Ah, já sei!

O CABELO DE JAMES POTTER ESTÁ AZUL!

   - Eaí, galera! – falou James, sentando-se ao lado de Sirius e tirando os fones do ouvido. Antes que você pergunte, não, ele não percebeu que todos os alunos estavam olhando para ele.

   - O que houve com você? – perguntou Remus lentamente.

   - Nada – o palerma respondeu. – Mas, falaí, porque todo mundo está brincando de estátua? – ele olhou para os lados – E me encarando? Não! Não precisa responder. Já sei que hoje acordei mais espetacular do que eu espetacularmente já sou. Poupem as palmas, eu sei que sou demais. Ninguém resiste ao meu charme.

   - James – chamei – eles só estão te encarando porque seu cabelo está azul.

No começo Potter deu uma risadinha. Mas ao ver a cara de Sirius e Remus, ficou sério e passou a mão pelos cabelos. Os alunos começaram a murmurar coisas com os colegas do lado. Eu nunca tinha visto Marlene tão pálida. Dorcas estendeu um espelhinho de bolso para James, e o garoto, ao ver seu reflexo nele, soltou um grito. Seria até engraçado, se... Bem, foi engraçado. Só não ri para não estragar minha amizade com James. Espera, eu sou amiga do James?

   - O QUE? COMASSIM? – o garoto gritou, puxou seu próprio cabelo, atirou o espelhinho longe e berrou meia dúzia de palavras meigas e encantadoras.

   - Hey, só porque você ta parecendo um Avatar não quer dizer que tenha que descontar nas minhas coisas! – reclamou Dorcas, indo atrás do espelhinho voador.

   - Cara, de todas as burradas que você fez até hoje, essa foi a melhor – disse Sirius, passando a mão nos cabelos do amigo, como se tentasse garantir que não era peruca.

   - Como isso aconteceu? – perguntou James, pálido, de olhos arregalados, como se estivesse cara a cara com uma assombração (o que tinha sentido, já que Dorcas estava por perto).

Inesperadamente, Marlene começou a chorar com a cabeça nos braços, tentando abafar os soluços.

   - Que foi, Lene?

   - D-desculpa, Ja-James! – ela soluçou – Nã-ão era pra vo-cê-ê! 

   - Espera aí, foi você? – perguntou o garoto incrédulo.

Foi aí que eu entendi. Essa era a vingança contra Sirius, que... bem, acabou não caindo na pessoa certa.

   - Era pra Sir-rius ter ficado com cabelo azul, e não vo-você! – Lene ergueu o rosto, o que pra mim foi um erro; a sua maquiagem estava totalmente borrada e o cabelo desgrenhado.

   - EI! – indignou-se Sirius – Porque o meu cabelo ficar azul ia satisfazê-la de alguma forma?

   - Vingança, é claro – respondi – Não sei se você sabe Sirius, mas garotas não esquecem tão fácil o fato de garotos encherem as calças delas de pudim.

Sirius deu um muxoxo de impaciência, como se isso não fosse motivo o suficiente para desencadear uma possível Terceira Guerra Mundial.

   - Mas como você conseguiu confundir nós dois? – perguntou James, agora mais calmo. Talvez estivesse se acostumando com o fato de seu cabelo estar azul. Ou estivesse só feliz com o fato dos alunos voltarem para suas conversas normais (embora eu ainda ouça alguns “louco”, “cabelo” e “punk”). Lene agora parara de chorar, mas ainda parecia infeliz. Queria o quê, ninguém mandou pintar o cabelo do melhor amigo.

   - Eu pus tinta no condicionador de Sirius. Que pelo o jeito não era de Sirius – disse a garota – Achei que ninguém mais seria convencido o suficiente para usar a linha “Cabelos naturalmente perfeitos”.

   - Que burrice – resmungou Sirius – Todo o mundo que se preste sabe que eu só uso Monange.

Isso, esperteza.  Quer dar o número do celular da sua mãe também? Ou prefere a senha do cartão de crédito?

   - Eu achei que ficou legal, James – Dorcas acabara de retornar da busca pelo espelho perdido.

   - Sério?   - Aham. É tão voltado para desafiar os padrões. Se eu não te conhecesse acharia que você faz parte de uma banda de rock.

Mesmo não sabendo de onde Dorc’s havia tirado essa idéia, troquei um olhar preocupado com Sirius.

   - E você, Lily? – perguntou James. Vish, deu até pra sentir o ego dele inflando – O que achou?

   - Incrível! – respondi. Porque só agora eu tinha percebido que... 

   - Mesmo? – todos estranharam.

   -Claro! Agora o meu cabelo não é o mais estranho da escola! UHUU!

Tá, acho que exagerei um pouquinho. Um pouquinho demais, porque todos me olharam e riram. Abaixei os braços.

O sinal tocou.

   - Humanos, Smurf. – chamou Remus – Hora da aula.


   Narrado por Zac.

Olhei pela janela e vi um zumbi. Pisquei. Ele piscou.

Ah, ta, isso é um espelho.

Não se admira que eu esteja assim tão acabado. Fiquei até tarde compondo, e cheguei a uma conclusão: não sei mais compor. Até saiu alguma coisa, mas nada comparado ao que eu fazia na minha antiga banda. Desisti de tentar ao não achar nada que rime com “laranja”.

Você deve estar de perguntando por que diabos eu fiz uma música com “laranja” nela. Volte e leia a minha conclusão anterior. Pois é.

Entrei no campus de Hogwarts mais ou menos ás seis e meia da manhã. Se eu tenho que chegar no trabalho a essa hora, imagine que horas eu sou obrigado a acordar. É, não é nada agradável. Vou mencionar isso na próxima reunião dos professores; seria legal dormir em Hogwarts como os alunos. Supondo que eu dure até lá.

Pensamentos positivos, Zac! Sucesso, dinheiro, arco-íris, acabei de atropelar um vaso de plantas, coelhinhos bateristas... Não precisa continuar.

Deixei minha van no estacionamento e entrei na escola. Todos os alunos (aqueles anormais) já estavam acordados, tagarelando no Saguão e no Salão Principal. Alguns até me cumprimentaram (TO FICANDO FAMOSOO).

O sinal tocou. Sabe quando na saída ou entrada da escola, fica aquele monte de gente amontoados, um esbarrando no outro, e alguns nem sabem o que estão fazendo ali? Estava bem assim. Parecia uma manada de rinocerontes se empurrando pra chegar até a escada. Rinocerontes pretos, morenos, loiros, ruivos e... Você algum dia já viu um rinoceronte com cabelo azul? Claro que não, rinocerontes não tem cabelo (a menos que use uma peruca), e mesmo se tivessem, não seria azul. Mas aquilo não era um rinoceronte, afinal. Era um aluno.

Hein?

Com certeza, você nunca viu um professor comparar seus alunos com rinocerontes azuis. Por isso, pode ignorar aquilo. Vai fazer um favor á sua alma. 

 Narrado por James Potter.

Normalmente, eu pediria a você para me lembrar de matar Lene. Mas só pra variar, não vou fazer isso.

Até que está legal. Fala sério, quem não gostaria de ter um cabelo azul?

*silêncio mental*

Tá, não faz diferença, o que importa é que eu gostei. E meus amigos também, então tá beleza. E, como você já deve saber, a maioria das bandas que fazem sucesso tem um integrante com cabelo esquisito (e legal). Como Green Day, Paramore e The Beatles (todos os integrantes com cabelo esquisito). E nesse caso vai ser um cara legal, numa banda legal, com cabelo legal. Legal, né?

Pelo o menos não é o que a McGonagall acha.

   - Vocês, jovens, sempre inventando moda, que vai acabar a reputação da escola, isso sim! Não estou dando aula para um monte de bebezinhos comedores de cola! Vocês são alunos do sexto ano, quase os mais velhos da escola, têm de dar exemplos! E além do mais haverá aquela convenção mais para o final do ano, e não quero ninguém se destacando ou fazendo bobagens. Por isso, Sr. Potter, trate de tirar essa tinta ridícula dos cabelos!

Eu bem que tentei. Não houve resultado, e ainda manchei minha camiseta branca de roxo (qual provavelmente foi a cor de tinta que Lene colocou no meu condicionador).

 McGonagall desistiu de tentar me colocar nos eixos, e me deixou assistir as aulas normalmente.

Depois de ela ter implicitamente falado que queria todos como idênticos robôs comedores de cocô, já era de se esperar que os alunos ficassem meio contra ela.

James Potter 1 X 0 McGonagall

Depois de Português, teve uma aula de Filosofia, com o famoso professor Ronei Carlos e sua sensual pancinha de Chopp (pelas palavras de Dorcas).

 A Lily e a Lene não nos acompanhavam nessa aula, afirmando que era perda de tempo, mas Dorc’s sim. Ela mesma disse que Filosofia era sua filosofia de vida (Não me pergunte por que eu também não entendi). Eu e Sirius só nos inscrevemos nessa aula, porque era ou isso ou Sociologia. E Remus... bem, Remus participa de todas as aulas.

E surpreendentemente essa não me fez dormir hoje.

   - Façam um desenho de como seria o colega de vocês se a mente estivesse aparente.

Essas palavras fizeram que sua maior turma (de 10 alunos) fizesse a maior bagunça. Mas não importava, sua sala era na parte antiga e isolada da escola, então ninguém ia ouvir mesmo.

Desenhei Sirius como um demônio vermelho com cara de santo.

Ele desenhou uma batata.

Ainda não entendi o porquê.
      Narrado por Sirius Black.

Eu e a jujuba azul ambulante resolvemos falar com Remus no horário do almoço.

Ele ouviu em silêncio grande parte da proposta de tocar na banda. Na outra parte ele ficou rindo e dizendo como éramos pamonhas.

   - Isso é Sério, Remus. – disse James.

   - Aham, ta. Vocês criaram uma banda de Rock com o professor de História. Já imagino como vão se as músicas: “Hey, Hitler” e “Yellow Atomic Bomb” serão grandes sucessos.

   - Tá bom, se não quiser não participa – comecei – Mas saiba que esse projeto vale mais da metade da nota do Trimestre.

 Daí ele começou a se interessar.

 Agora somos três.
   Narrado por Zac Farro.

 Passei grande parte da manhã passando exercícios e corrigindo trabalhos.

Esse último não foi tão difícil, dei nota baixa pra todo o mundo. Parágrafos inteiros copiados da Wikipédia.

Por mais que meus conhecimentos sobre História sejam limitados, tenho certeza que a declaração da Independência não foi feita por “misture todos os ingredientes e ponha em uma fôrma. Mas não se esqueça de colocar fermento, se não o bolo não cresce”.

 Quem faz uma redação usando como base um livro de receitas não merece ter o trabalho corrigido por minha caneta com glitter. Não mesmo.

Hoje é terça-feira. Sabe por que eu gosto desse dia?

Porque não tenho aulas pra dar á tarde! UHUULL!

Ou seja, excursão pela escola.

Ou seja, me perdi.

Ou seja, só achei minha sala quase na hora do jantar.

Ou seja, sou muito estúpido.

    Narrado por Lily Evans.

DON’T WANNA BE A AMERICAN IDIOT!

Tana nanana nana nanana na!

JDPFJJWKEOMMFANNDVDPOFJPADEFJ!

E… não sei cantar o resto.

Próxima estação!

QUEM IRIA APOSTAR, QUE AQUELE CARA SEM GRAÇA, IRIA CONSEGUIR REVIDAAR?

O FATO DE SER ESPECIALISTA EM NADA, E EM TUDO QUE SE ENVOLVE FALHAR!

*pula pro refrão*

QUEM VÊ, NÃO ACHA QUE ELE PODE, MAS ELE TENTA E VAI ATRÁS

NEGANDO O SEU TROFÉU

DE MAIOR IDIOTA DO MUNDOO!

Ta, já enjoou.Outra!

NÃO É FÁCIL, MANTER A FRANJA LISINHA

TENHO QUE FAZER ESCOVA E CHPINHA!

O MAIS DIFÍCIL AINDA É VER O MUNDO ASSIM DO MEU JEITO!

O CABELO TAMPA O OLHO ESQUERDO E EU SÓ POSSO USAR O DIREITO!

IMPOSSÍVEL

SER MAIS SENSÍVEL QUE EU

NÃO DA PRÁ SER FELIZ NO MUNDO EM QUE VIVEMOS!

AH EU SOU EMO!

NO SHOW DO SIMPLE PLAN NÓS DOIS NOS CONHECEMOS!

AH, EU SOU EMO!

 - Dá pra calar a boca?

Era de se esperar que alguém se irritasse e falasse isso. Afinal, éramos três adolescentes idiotas cantando que nem loucos músicas idiotas (James se juntara a mim e ao Sirius na última).

   - Deixa eu ser feliz, Remus – falei.

   - Desde que não incomode ninguém. – ele respondeu.

Eu revirei os olhos. Estávamos indo para a detenção. Leia-se primeiro ensaio de uma banda super mega show de bola.

 Eu devia estar triste por não fazer parte dela.

...

Mas não tô!

Fala sério, deve ser muito duro ter que discutir por várias horas, tentando chegar a uma conclusão de ritmo e letra. Nah! Prefiro ficar em segundo plano. Talvez eu até consiga alguma fama sendo a melhor amiga linda da banda.

Acho que eu estou passando tempo demais com o Potter.

Chegamos á sala de música, isolada do resto das salas. Depois de apresentações por parte de Remus a Zac, o garoto tocou algumas notas no baixo.

E, como todas as coisas que Remus faz, foi perfeito.

   - Agora temos uma banda completa! – comemorou Zac.

   - Na verdade não professor – começou James, tentando se encolher.

   - Do que está falando?

   - Eu não consigo cantar e tocar ao mesmo tempo. – ele murmurou.

 Opa. Peraí.

James Potter admitiu que não consegue fazer alguma coisa. Não conseguir tocar e cantar é como não saber andar e mascar chiclete ao mesmo tempo.

Deve ser por isso que ele nunca come chiclete.

   - Primeiros quinze segundos de banda e vocês já têm um problema – eu ri. Fui me sentar na pequena arquibancada, não ia me meter em um problema que não é meu. Eu já faço isso com os trabalhos das garotas.

Eu estava longe o suficiente para não ouvir a pequena discussão que os quatro fizeram no meio da sala.

    - A Lily pode cantar – estaquei quando ouvi isso. E ri. Mas parei porque eles me olhavam esperançosos.

   - Ah, ta. Eu? Cantar? Nem vem.

   - Você canta bem, Lily – disse Remus – E você gosta de cantar, isso é o que importa.

   - Eu cantar bem? – resmunguei – Até parece.

   - Se você for a garota que estava cantando aos berros quando vinha pra cá, sim, você cantabem – disse Zac.

Ele ouviu também? Só falta o Obama vir aqui com uma ordem de prisão pela grande quantidade de poluição sonora.

   - E se eu aceitasse? Vocês sabem que esse projeto não vai dar em nada. Só querem uma garota pra fazer o trabalho todo. Eu não faço milagres, ok? Eu não vou cantar.

   - Já é um milagre você levantar da cama todas as manhãs...

Fuzilei Sirius com o olhar.

   - Vamos, Lil’s. – disse James – Vai ser legal.

Olhei pra ele, e me senti confiante. Eu realmente posso fazer tudo que eu sonho. Só basta acreditar. Como dizia meu tio, cavalo selado a gente monta.

 Afinal, essa é uma oportunidade única.

Não posso desperdiçá-la.

    - O.K. – eu disse – Eu topo.

Não sei que tipo de bixo me atingiu, mas sei que estava me esmagando. O animal era azul e gritava. Ah, era o James me abraçando.

Mas não deixa de ser animal.

   - Ótimo! – disse Zac – Só falta o nome para a banda.

   - Que tal... The Sirius Black Experience? – disse Sirius.

   - The Desert Punk Penguins! – sugeriu James. Não achava que ia alcançar o mundo sendo um pinguim punk do deserto, então recusei.

   - School Of Rock – falou Remus baixinho. E corou quando olhamos todos para ele – Quer dizer, faz sentido, não é? Estamos em uma escola, e aqui aprendemos a tocar. Escola de Rock. School of Rock.

   - Brilhante – falei.

   - School Of Rock, todos concordam? – perguntou Zac. Fez-se um “SIM” coletivo – Então agora somos uma banda. Uma família. Prontos para ensinar para o mundo como se toca o verdadeiro Rock’n’Roll?

   - Só uma pergunta – começou Sirius – Nessa escola não vai ter dever de casa, vai?

Ninguém respondeu.


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Notas finais do capítulo

Me inspirei nessa música pra esse capítulo: http://www.youtube.com/watch?v=LJVn25JsUWo
Morra de rir você também.