School Of Rock escrita por Snapelicious


Capítulo 4
This is War


Notas iniciais do capítulo

Ok, sei que demorei, mas depois de um longo e angustiante bloqueio criativo (e muitas canetas quebradas também) consegui criar isso.
Enjoy!
PS:Só para vocês entenderem, Hogwarts é como, bem, Hogwarts, só que sem magia e não é um castelo.
PSS:Se tiver algum erro de ortografia, culpem o meu Word, ele é meio pré-histórico.



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Narrado por Zac Farro

Se todos os alunos do mundo fossem iguais à aqueles que acabaram de sair dessa sala, haveria gente lutando por uma vaga de professor, e não ignorando ela. Pelo o menos seria assim, se todos os professores fossem como eu. Mas eu não sou professor, certo?

Cara, acho que estou começando a ficar louco. Digo, mais louco do que eu já sou. Primeiramente, por estar no lugar onde eu estou e por ser quem eu não sou. Segundo, por não ter corrido para a cantina quando soou o sinal. Ignorar a polenta não é uma coisa natural para Zac Farro.

Mas voltando ao assunto principal, aqueles garotos são demais. Eles poderiam fazer muito sucesso na carreira de música, e olha que quem fala é um profissional. Tem aquele carinha de óculos e cabelo espetado, que tem uma voz incrível, canta sem forçar ou fingir. E aquele outro, amigo do porco-espinho, que consegue chegar a um ritmo, mesmo sem ouvir o que toca! Se não for muito gay dizer isso, eu estou encantado.

Só bastaria encontrar um guitarrista e um baixista que formaria uma banda completa! Ei, eu poderia...

Não inventa, Zac. Você já está metido em encrencas suficientes para o resto da vida.

Mas um talento desses é raro de encontrar, não podemos desperdiçar essa chance!

Chance para o que, posso saber?

Chance para salvar o Rock! Escuta, metade dos Beatles se foram, os caras do AC/DC daqui a pouco vão precisar usar bengalas, Kurt Cobain partiu dessa para uma melhor, Avril Lavigne ainda existe e a MTV faz a cabeça das pessoas, hipnotizam elas com aquelas propagandas sem sentido! Conforme a humanidade foi evoluindo, certa magia foi se perdendo, só deixando resquícios que uma hora se perderão.

Isso seria um discurso digno de presidente dos Estados Unidos, se não fosse por uma causa tão besta.

Ei, você é minha consciência ou minha mãe?

Desista, o pop venceu.

Antes que eu pudesse responder, digo, pensar em uma resposta boa o suficiente para convencer a parte relutante de mim mesmo, duas figuras apareceram na minha porta.

– Com licença, professor. – disse aquela garota ruiva, acompanhada do seu não-namorado porco-espinho. – Nós gostaríamos de saber que horas será nossa detenção.

– Eu não sei. Porque não perguntam para quem lhes dará a detenção?

– É uma boa ideia. – disse o porco espinho – Professor, que horas será nossa detenção?

Meu queixo quase caiu, mas eu tinha recebido tanta notícia ruim que já estava praticamente acostumado.

– Me encontrem aqui, após o jantar. – consegui falar – Escuta, quanto tempo normalmente duram essas detenções?

Seja lá o que eu esperava ouvir, com certeza não me preparara para o que eu ouvira a seguir.

– Todas as noites de uma semana, conforme as regras da escola. Até mais, professor. – os dois saíram me deixando sozinho com minha consciência. Eu estava começando a achar que as detenções serviam para castigar o professor, e não o aluno.

Se anime, pelo o menos agora você vai ter uma chance de convencer os garotos a tocar.

Você não estava contra mim, não?

Aquilo foram águas passadas. Agora eu te apoio totalmente.

Ah, sei.

Mas talvez eu poderia seguir os conselhos de minha consciência bipolar. Isso poderia dar certo.

Já ia me levantar para almoçar, quando vi uma coisa que chamou minha atenção no fundo da sala. Fui até lá, e vi que a palavra “Rock” que eu procurava estava em um folheto meio escondido no quadro de avisos. Provavelmente alguém tinha colocado ele ali rapidamente, com medo de ser pego.

Depois de ler, tive vontade de pular. E gritar. E cantar Xuxa. Não, não tive realmente vontade de cantar Xuxa, foi só uma expressão. Desde quando as coisas ficaram tão fáceis para mim?

Ainda pensando nessa questão, me apressei para pegar as chaves do meu carro. Ia perder a polenta, mas aquilo necessitava urgentemente de uma visita à garagem do Josh.

Narrado por Dorcas Meadowes

Uma parte de mim queria gritar para a Lene não se sentar, mas a outra queria simplesmente ver ela se ferrar. Como está escrito no Manual Universal das Melhores Amigas, era meu dever avisar Lene que ela estava prestes a sentar em um pudim. Mas no manual de regras de Dorcas Meadowes não menciona nada sobre isso.

Você deve estar se perguntando de onde veio esse pudim. Veio dos cozinheiros, é claro. Mas como ele foi parar no assento da Lene, ah, isso é obra de Sirius Black. Tava demorando para ele aprontar uma. Conforme meus cálculos, fazia sete minutos, quarenta e três segundos e vinte e três nano segundos que ele não fazia nada de errado. Isso é quase um recorde.

Lene voltava para o seu lugar, depois de ter conversado com um garoto na mesa da Corvinal. Eu olhei desesperada para os lados, esperando que alguém me substituísse na tarefa de avisar Lene, para que desse jeito eu não me sentisse tão culpada, mas ninguém fez nada. Onde estão os super-heróis quando se precisam deles? Talvez ocupados salvando os gatos de senhoras de cima das árvores, mas enfim. Remus estava concentrado na comida, Lily foi falar com o professor e James provavelmente estava terminando de dar o seu chilique em outra parte da escola. Sirius, bem, Sirius fazia cara de santo.

Lene sentou-se no banco, enquanto eu me encolhia, esperando seu ataque de gritos. No primeiro momento, nada aconteceu. Mas no segundo momento, nada continuou acontecendo. Eu estava indo perguntar onde ela comprava Jeans tão grossos quando Lily e James chegaram.

– Sirius, nossa detenção começa hoje depois do jantar. – Disse a garota, enquanto se sentava ao lado de Lene. Sirius engasgou.

– Bem hoje que eu tenho compromisso para a noite.

– Vai despedaçar o coração de quem essa noite? – perguntou Lene, fracassando terrivelmente na tarefa de parecer desinteressada.

– Lenezita, você acha que eu vou te contar? – revidou Sirius.

– Mas você não negou que vai magoar alguém – disse Lene baixinho, tomando em seguida um gole de suco. Sirius não respondeu.

Marlene do nada ficou parada como uma estátua, pálida.

– Lily – ela chamou pelo canto da boca, mas imagino que todos ouviram – Lily, tem alguma coisa nas minhas calças, é molhado e nojento...

Sirius levantou-se silenciosamente, tentando passar despercebido. Lily derrubou um garfo de propósito, e mergulhou em baixo da mesa para resgatá-lo. Cinco segundos depois, a mesa deu um solavanco, fazendo tudo tremer. Lily voltou ao seu lugar, esfregando a cabeça com lágrimas nos olhos.

– Pense pelo lado bom, Lene – começou ela – podia ser um doce que você não gosta. Pelo o menos é pudim...

– Aqui, toma – disse Remus, estendendo o seu casaco para uma Marlene que parecia estar prestes a matar alguém. Se não for eu está tudo bem... – Amarra isso na cintura.

– Que é o infeliz que cansou de viver? – ela perguntou, amarrando o casaco na cintura e me olhando assassina. Ok, talvez eu devesse levar em consideração o Manual de Melhores Amigas...

– Foi o Sirius – soltei. Lene se levantou; graças a Deus não dava para ver o pudim.

– SIRIUS BLACK COMO VOCÊ PÔDE? – ela berrou para Sirius, que a essa altura estava na porta do salão principal. Todos os alunos silenciaram para poder assistir o barraco. – Essa era a minha melhor calça! Sabe o que eu vou fazer agora? Vou lá no seu dormitório despedaçar aquele seu ursinho Teddy que você tanto ama!

Eu sabia que não existia nenhum ursinho Teddy, eu mesma já procurei por um, mas isso com certeza não impedira as pessoas de darem gargalhadas. Lene empinou o nariz e saiu apressada do salão, mas quando passou por Sirius, ele arrancou o casaco de sua cintura, revelando um traseiro cheio de pudim. A garota corou e saiu correndo do salão, em mais uma explosão de gargalhadas.

– Oh-Oh – disse Lily, saindo correndo atrás de Lene, mas não sem antes dar um tapa na cabeça de Sirius. Acho que essa é a hora de segui-las.

Encontramos Lene no dormitório, chorando em cima de seu pobre travesseiro, só de roupa de baixo.

– Ele acabou com minha vida! – ela fungou quando sentamos ao lado da cama dela.

– Ah, Lene, foi só um pudim. As pessoas daqui a pouco vão esquecer isso – disse Lily.

– É, vão esquecer depois de me zoarem por um mês!

Nada disso teria acontecido se eu tivesse avisado conforme diz o manual...

– É o quê? – gritou Lily – Você sabia de tudo e ainda sim deixou Lene sentar no pudim?

O quê? A Lily lê mentes? Eu já devia saber, nenhum lugar é seguro hoje em dia...

– Será que uma vez na vida você poderia agir como um ser humano racional, e não como uma louca varrida? – ela continuava.

Ah, aquilo lá eu tinha pensado alto... EI!

– Eu não sou louca! – gritei.

– Ah, capaz, nem é não! Você nem tentou responder uma prova por meio de mímica...

– A tinta da caneta tinha acabado!

– Ou quando “caiu” tinta em seu cabelo, e você ficou parecendo a noiva cadáver...

– Ficou legal, admite!

– Tentou depilar as pernas com uma pinça, ou quando você levou uma alface de sua geladeira para passear com uma coleira...

– Ela precisava de ar, tava murcha!

– É isso! – gritou Lene, nos assustando – Já sei como me vingar do Sirius!

– Vai depilar ele com uma pinça? – perguntou Lily confusa.

– Vai vender toda a alface dele para o México? – perguntei.

– Só garanto uma coisa: sangue será derramado, e nenhuma gota vai sujar minhas roupas!

– Porque você está imitando a voz do Darth Vader?

Essa é a hora que eu temo pela vida dos meus amigos.


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Notas finais do capítulo

Sabe essa caixinha que tem aí em baixo? Bem... nela você pode escrever o que quiser, seja comentário, crítica, um conselho da sua avó, o segredo da sua melhor amiga, a lista de seus inimigos, etc. Mas só não vale deixar aquela caixinha de texto vazia.
PSSS:O próximo capítulo é enorme e já está praticamente pronto, só não posto porque você ainda não comentou.
Inté.