O Cara Da Porta Ao Lado escrita por EstherBSS


Capítulo 10
Capítulo 10 - Sasuke




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Capítulo 10


Sasuke


Eu fiz de tudo para afastar Sakura da Karin depois do almoço.  Eu queria muito bater no Itachi por ele ter trazido Karin aqui. Fora o fato dele  ter ficado fazendo aquelas perguntas para Sakura. Foi por isso que eu tinha insistido em levá-la para qualquer outro lugar da casa onde Karin e Itachi não estivessem. No momento, eu estava sentado na varanda da parte de trás da casa. Uma vez eu tinha caído daquele lado do telhado e minha mãe tinha tomado horror ao lugar. Eu podia ver isso por causa das árvores que cresciam cobrindo a varanda e por causa da madeira desbotada pela chuva.

    - Como era mesmo aquela música que estava tocando na sexta? – perguntei apoiando meu queixo sobre a cabeça de Sakura. Estávamos sentados no velho balanço escutando ele rangia e um vento fresquinho soprava as folhas para o nosso pé. Ela parecia estar ficando com sono e tinha se apoiado em meu peito. Aproveitei para manter o meu braço atrás dela tentando parecer carinhoso caso algum parente meu viesse nos procurar.

    - All or nothing. – ela disse e manteve os olhos fechados.

    - Canta para mim. – eu pedi e aproveitei para beijar suavemente o topo da cabeça dela. Sakura devia mesmo estar com sono porque não esboçou reação nenhuma e começou a cantar devagar e baixinho.

    - When I first saw you standing there…you know it was a little hard not to stare…

    - Tipo quando eu te vi no sábado. – eu falei brincando, mas ela não respondeu – Sakura? – chamei a, mas ela tinha adormecido. Puxei a mais para o meu peito de modo que ela ficasse mais confortável. Segurei a mão dela e fiquei brincando com a mão dela. Ela tinha dedos finos e pequeninos. Pareciam até mesmo dedos de criança. Sem ela para cantar, eu só me lembrava de algumas partes – So that I will have you in my arms again...

Fiquei ali pensando nessa confusão enorme em que eu tinha me metido. Eu pensava em mantê-la como minha noiva até que eu conseguisse terminar aquele caso. Pensei que quando meu pai tivesse meio bobo com a minha provável promoção, eu poderia fingir que tinha terminado com ela. Só que era tão bom ver a família com orgulho de mim. E eu até gostava de estar perto dela. Era estranho admitir, mas Sakura era divertida e interessante. Ela era muito diferente das mulheres com quem eu costumava me envolver.

    - Se escondendo? – ouvi a pergunta e fiz uma careta. Observei Itachi aparecer e se apoiar no corrimão de madeira a frente do balanço – Até que ela é bonitinha quando dorme.

    - Por que você trouxe aquela mulher hoje? – perguntei irritado e vi Itachi dar de ombros.

    - Encontrei com ela outro dia. Karin também não parecia acreditar no seu “noivado”. – meu irmão usou um tom estranho ao falar a palavra noivado.

    - Não entendo por que. Ou será que você acha que eu não sou capaz de arrumar uma noiva perfeita? – perguntei e ele entendeu a provocação. Assim que Itachi tinha começado a sair com Yoko ele me dissera que eu jamais seria capaz de encontrar uma namorada tão perfeita quanto ela. Meu irmão deu um sorriso irônico e falou:

    - Ela não é perfeita. – eu entendi a quem ele se referia, mas preferi me fazer de desentendido.

    - Não devia falar assim da sua noiva.

    - Estou falando dessa aí. – Itachi apontou o queixo na direção da mulher que dormia em meus braços.

    - Melhor ter cuidado ao falar da minha Sakura.

    - Sasuke. – Itachi olhou sério para mim – você não pode me enganar. Nós crescemos juntos. Ela é tudo o que você nunca procurou em uma mulher.

    - Talvez meu gosto tenha mudado. – sugeri indiferente.

    - Ou talvez esteja fingindo um noivado para os nossos pais. – ele disse e eu usei toda a minha força de vontade para manter minha expressão indiferente.

    - Queria saber por que você não consegue suportar a idéia de que uma mulher incrível possa estar interessada em mim.  Perguntei.

    - Está errado, Sasuke. Eu acho que qualquer mulher pode se interessar por você. Só que isso é diferente dela querer passar o resto da vida ao seu lado.

    - Então o problema não é a Sakura e sim a sua opinião sobre mim.

    - Não mude de assunto, Sasuke. Ela é o último tipo de garota que eu imaginaria ao seu lado. Ok. Entendo pelo modo como vocês se olham que ambos desejam o corpo um do outro. – estreitei os olhos para ele tentando não deixá-lo notar o que a frase dele tinha feito comigo – Sasuke, ela não bebe, não parece uma modelo, não come pouco...

    - Itachi, - rosnei para ele – cala a boca ou eu vou aí fazer você calar. – ele jogou a cabeça para trás e me analisou.

    - Você nunca ganhou de mim em nada. – ele deu alguns passos para trás e fez sinal para que eu fosse até ele – Mas se quiser apanhar em frente dessa aí...

    - Já mandei parar de falar dela assim. – eu disse irritado e Itachi fez sinal de que eu fosse tomar naquele lugar.

Não deu mais para agüentar. Tentei tirar Sakura de cima de mim o mais delicadamente possível, mas sabia que ela acordaria. E eu até a ouvi chamar o meu nome antes que eu me jogasse contra o meu irmão. Eu e ele rolamos no chão do mesmo modo como fazíamos quando éramos mais novos. Itachi socou mirando meu olho, mas abaixei e pegou um pouco acima. Devia ter cortado porque, depois disso, minha visão ficou embaçada.

Chutei a canela dele e quando ele abaixou, me vinguei quebrando o nariz dele. Ouvi outras vozes e pensei que ou Sakura tinha os chamado ou eles estavam fazendo muito barulho. Alguém me puxou para trás e eu reconheci a voz do meu pai. Obito também apareceu puxando Itachi para longe. A diferença é que meu irmão era muito mais forte. Em questão de segundos, Itachi se desvencilhou e me socou no estômago. Como meu pai me segurava, não consegui escapar. Senti um gosto metálico na boca.

Pessoas gritavam ao meu redor. Mandavam meu irmão parar, mas ninguém pensava em me soltar para que eu me defendesse. Itachi preparou mais um golpe quando alguém pulou sobre ele por trás. Fiquei chocado ao ver que era Sakura. Ela tampava os olhos dele e tinha as pernas firmemente enroladas em volta da cintura do meu irmão. Itachi cambaleou tentando se soltar enquanto eu e os outros olhávamos a cena, chocados.

    - Ele já tinha parado de brigar, seu imbecil! – ela falou e a minha boca abriu quando ela puxou a cabeça dele para trás tentando derrubá-lo. Ouvi meu pai mandar Obito segurar Itachi e Sakura, mas eu só conseguia olhar para os dois.

Meu irmão conseguiu se soltar de Sakura e a derrubou no chão com um empurrão. Sabe aqueles momentos em que você não pensa muito e apenas age? Então... Quando dei por mim, tinha me soltado e Itachi estava desmaiado no chão. Sakura se levantou e tocou meu braço direito. Percebei que ela tentava fazer com que eu abrisse minha mão que ainda estava fechada em punho.

    - Não acredito que eu perdi toda a diversão. – Madara falou quando meu pai e Obito carregavam Itachi para dentro.

Minha mãe brigou comigo e eu pude ouvir Yoko reclamar algo dentro de casa. Eu não estava vendo bem com o olho esquerdo e fiquei parado lá e meio pateta enquanto Sakura falava algo com a minha mãe. As duas me arrastaram para a cozinha e eu as segui em silêncio. Minha mãe empurrou uma caixa nos braços de Sakura e saiu pisando duro, claramente aborrecida por causa de ter o domingo estragado pelos filhos.

    - Você está bem? – perguntei para Sakura enquanto ela me fazia sentar em uma das cadeiras da bancada. Ela riu e pegou algumas coisas na caixa.

    - É a minha cara que está inchada? – ela perguntou com um sorriso e ergueu o meu queixo – Eu pareço com um cachorro abandonado na rua?

    - Eu não estou parecendo um cachorro abandonado na rua. – eu disse reclamando – Ai.

Sakura seria uma boa médica. Ela limpava meu rosto com tanta confiança e habilidade que eu fechei os olhos e aproveitei a sensação de ter as mãos dela me tocando em lugares doloridos e sensíveis.

    - Se você é tão forte, por que não deu aquele gancho logo de início? – ela perguntou e eu senti a respiração dela perto.

    - Se eu fizesse isso, não me machucaria. – respondi tentando sorrir, mas doeu e eu desisti.

    - Queria se machucar? – ela perguntou e sua voz parecia divertida.

    - Podia usar isso de desculpa para você cuidar de mim. – eu falei provocante.

    - Não deve ter ficado machucado o bastante para estar fazendo essas piadinhas. – ela queria trabalhar do outro lado do meu rosto e pediu para que eu virasse para o lado. Sorri e abri as pernas, esticando meus braços e a puxando para perto – Assim é melhor.

    - Claro. – ela riu e disse irônica – Agora vou ter que apoiar meu braço na sua cabeça.

    - Pode apoiar. Sua pele é macia. Vai ser um toque melhor do que o do punho do Itachi.

Minhas mãos estavam enlaçadas em volta das pernas de Sakura e ela não conseguia se afastar. Senti as mãos dela no meu rosto e arrisquei abrir os olhos. Minha visão estava bem melhor e eu mergulhei em uma imensidão verde. Ela estava tão perto... Senti que Sakura se inclinava sobre mim e a vi apoiar uma mão na bancada atrás de mim. Abri a boca inconscientemente aproveitando o perfume dela. Algo passou pela lateral da minha visão e eu virei a cabeça bruscamente.

    - O que é isso? – perguntei e Sakura pareceu ficar sem ação. Como ela não pareceu entender a minha pergunta, segurei o pulso dela e apontei para as marcas escuras que começavam a ficar visíveis – Isso. O que é? – ela fez cara de surpresa e eu percebi que nem ela as tinha visto ainda – Eu vou matar aquele desgraçado.

Eu falei tentando me levantar, mas Sakura me empurrou de volta.

    - Eu ainda não terminei aqui. – ela disse e eu fiquei em dúvida sobre o que ela se referia. Ela percebeu a minha dúvida e pegou uma toalhinha na caixa de primeiros socorros. Não desviei os meus olhos do dela, mas percebi que ela não me encarava. Sakura pressionou a toalha com cuidado na minha sobrancelha. Reparei em cada traço do rosto dela. Ela era tão linda.

    - Não era isso que a gente tinha para terminar. – eu disse e segurei a mão dela. Sakura mordeu o lábio e colocou o cabelo atrás da orelha. Ela estava nervosa. Sempre fazia isso quando estava nervosa. Levantei e ela se afastou um pouco. Segurei a pela cintura impedindo que fosse longe demais. Encostei-me à bancada e a puxei de encontro ao meu peito. Ela ficou ali respirando rápido e eu me surpreendi ao ver que fazia o mesmo.

    - A gente... – ela sussurrou - ...não devia...

    - A gente devia fazer exatamente isso. – eu disse a puxei pela nuca. Eu queria tanto aquela boca. O beijo foi dolorosamente lento. Permiti que ele espalhasse sensações deliciosas pelo meu corpo. A abracei com força. Queria a ainda mais perto. Muito mais perto. Senti que Sakura também me puxava pela gola da camisa. Explorei a boca dela com a língua. Foi quente, úmido e delicioso. Achei que a cozinha estava estranhamente abafada. Nós nos separamos quando uma voz soou:

    - Errr... Com licença, Sakura. – enderecei meu pior olhar e vi que era Yoko. Ela pareceu extremamente nervosa quando me viu e olhou para o chão – É que não conseguimos acordar o Itachi. Será que você poderia dar uma olhada nele?

    - Ah. – Sakura parecia nervosa e se afastou de mim. A cozinha antes quente, agora parecia fria – Estou indo.

Ela juntou tudo dentro da caixa de remédios e eu a segui até a sala. Estavam todos em volta do sofá onde o meu irmão estava deitado. Ninguém me deu uma segunda olhada em mim com exceção da Karin. Ela sorriu ao me ver e deu um passo até Sakura olhar para ela. Minha Sakura tinha dado uma olhada tão feia que a ruiva deu um passo para trás e ficou quieta em seu lugar.

Sentei em uma poltrona e fiquei olhando Sakura trabalhar. Em pouco tempo, Itachi já abria os olhos. Sakura se afastou deixando minha mãe passar e se sentou no braço da poltrona onde eu estava. Peguei o braço da minha noiva e passei atrás da minha cabeça, deixando que a mão dela descansasse sobre o meu ombro e peito. Ela olhou para mim e eu pisquei para ela. Vi Sakura sorrir e corar um pouco.

    - Está chovendo. – Sakura falou baixinho para mim e eu a vi olhar para janela.

    - É bom parar logo porque senão a gente não sai daqui. – eu falei me lembrando de que a estrada sempre enchia se chovia muito.

Quando Itachi terminou de acordar e Sakura arrumou o nariz dele no lugar, eu e o meu irmão fomos interrogados sobre o motivo da briga. Nenhum de nós disse nada. Nossas disputas eram nossas e de mais ninguém. Quando nosso pai desistiu, avisei sobre o machucado de Sakura a Itachi e disse para ele nem chegar perto dela de novo.

Minha mãe tentou fazer a gente jogar algo, mas o dia feliz parecia ter ido embora. Continuava a chover e eu pensei em voltar mais cedo. Minha mãe não permitiu e, quando vimos, a estrada já tinha enchido. Traduzindo, eu e Sakura teríamos que passar a noite ali. O jantar também não foi dos melhores já que eu e o meu irmão nos encarávamos como se fossemos voltar a brigar a qualquer instante. Dessa vez eu tinha mantido Sakura ao meu lado.

Quase não acreditei quando minha mãe me disse que eu dormiria no quarto de hóspedes junto com a Sakura.

    - Ok. – eu disse e cruzei os braços – Quem é você e onde está a minha mãe?
   
    - Não seja bobo querido. – ela riu, mas eu vi algo em seus olhos – Já que ela é sua noiva, não há problemas...

    - Não acredito. – eu disse entendendo tudo – Está fazendo isso para ter certeza de que eu vou casar com ela! – eu a acusei e, ela ficou vermelha. Mas a verdade estava lá.

Difícil foi contar para a Sakura. Eu esperava uma negação veemente e também uma acusação de tarado, mas ela me surpreendeu.

    - Isso é coisa da sua mãe, né? Bem que ela estava agindo estranha agora de tarde.

    - Então você não acha que eu sou um tarado? – perguntei sorrindo.

    - É claro que você é um tarado, mas nesse caso é inocente. – ela disse.

Minha mãe ofereceu emprestar um pijama, mas ver Sakura vestida com uma das roupas da minha mãe era algo que eu nunca queria ver. Fui ao meu antigo quarto e procurei umas peças de roupa para mim e a maior camiseta que consegui encontrar para Sakura. Ela já estava no quarto quando eu voltei. Estava sentada na cama e tirava o sapato. Coloquei a roupa perto dela e disse que tomaria banho primeiro.

    - Prometo que não vou vir aqui só de toalha. – eu disse e ela respondeu com um “Hm”. O quarto era uma suíte e eu tomei banho rapidamente tentando não pensar naquele último beijo. Acho que eu estava sem sair com ninguém há muito tempo. Quando saí, Sakura estava sentada encostada a janela olhando para fora com um ar triste. Eu não gostei de vê-la com aquela expressão. Queria abraçá-la e fazer com que ela sorrisse. Dei um passo e uma voz na minha cabeça me lembrou de que eu não era nada para ela. Apenas um vizinho que tinha feito uma proposta inusitada. Então por que eu me sentia daquele jeito? Por que eu tinha que ficar me lembrando de que não podia ir lá tomar a boca dela.

    - Sasuke, – ela falou quando me viu e apontou a roupa que eu tinha deixado para ela – isso é a sua cueca?

    - Esperava que você não reparasse. – eu disse fazendo cara de inocente. Pensei que ela brigaria, mas Sakura começou a rir. Ela era assim, sempre me surpreendia.

Encontrei um livrinho de Sudoku na mesinha da cama e fiquei tentando fazer aquilo até que ela voltasse. Ouvi o barulho do chuveiro e praguejei contra o 8 que não aparecia em lugar nenhum.

    - Sasuke. – ergui os olhos e vi apenas a cabeça de Sakura aparecer na porta. Ela parecia estar com vergonha.

    - O que foi?

    - Estou muito ridícula com essa roupa. – ela falou e eu segurei minha vontade de rir.

    - Não se preocupe. Só eu vou te ver assim. – pisquei para ela.

    - Ok. Só não ri. – ela disse, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha. Então ela deu dois passos e parou mordendo o lábio enquanto esperava a minha reação. Agradeci mentalmente por estar com uma calça larga, para que o volume nas minhas calças não ficasse aparente. A minha cueca ficava como um short para ela e a camisa cobria tudo fazendo parecer que ela só usava a parte de cima.

    - Você não está ridícula. – eu disse e voltei a olhar para o sudoku para que ela não visse o desejo nos meus olhos.

    - O que você está fazendo? – ela perguntou sentando do meu lado. O perfume dela fez com que eu respirasse fundo. Coloquei os pés para fora da cama, virando as costas para ela. Joguei o caderninho de sudoku para o lado e falei:

    - Nada. – peguei meu travesseiro e fui preparar minha cama no sofá. Eu apostava que Sakura não ficaria contente em dormir na mesma cama que eu.

    - Sasuke. – ela me chamou suavemente.

    - Hm. – eu respondi, arrumando o travesseiro.

    - Eu fiz alguma coisa errada? – parei e virei para ela. Sakura me olhava com culpa e eu me senti mal. Ela provavelmente estava pensando que tinha feito algo que não devia perto dos meus pais. Eu era tão idiota.

    - Claro que não. – desviei os olhos das pernas dela e mirei a parede de trás – Por que você acha isso?

    - Você está estranho. – ela disse e não pareceu convencida da minha normalidade.

    - Eu só achei que você não iria querer dormir na mesma cama que eu. – ela olhou para o colchão depois que eu falei e então disse:

    - Você é bem crescido para não tentar me agarrar de noite. Acho que não teria problema se eu deitasse de um lado e você de outro.

Um alerta soou na minha mente. Iria ficar perto demais. Iria ser tentador demais. Ignorei o alerta e trotei feliz de volta para a cama.


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