Espiando O Futuro escrita por Juliana


Capítulo 7
Capítulo Sete


Notas iniciais do capítulo

BOA NOITE A TODOS! Obrigada pelos comentários, pessoal! Obrigada por estarem acompanhando!
;D
Leiam as notas finais!
Boa Leitura! ;3



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-O seu eu de quinze anos, simplesmente, apareceu e você o trancou na caverna?! – Dick reclamou, olhos arregalados e irados enquanto Kaldur suspirava irritado, Conner permitia que suas narinas arfassem e ficassem cada vez maiores. Roy continha-se para não dar risada da cara de seu grande amigo.

-Não é como seu eu pudesse controlar isso! – Wally respondeu envergonhado e irritado – E não é algo tão ruim assim, gente. Por favor! Eu não era tão irritante assim...

-Opa! Você continua sendo. – Roy manifestou-se com toda a classe, fazendo o velocista franzir o cenho e estreitar seus olhos verdes. Os melhores amigos a sua volta apenas concordaram com a cabeça – Wally, já pensou em tudo o que você... Ele... Sei lá! Podem fazer em viagens do tempo?! Podem criar mundos paralelos sem querer, criando futuros diferentes e afins! – Roy bancando o inteligente não era lá uma coisa muito bonita de se ver.

-E mesmo que fosse algo ótimo para a ciência... – interveio Dick.

-Você alteraria a rotina de outras pessoas, podendo até não existir em outro lugar. – Kaldur comentou e Conner assentiu, fazendo Wally parecer à ovelha negra da turma.

-Wally como você consegue? – Conner perguntou chocado e o jovem West0 apenas jogou as mãos pro alto, irritado.

-Eu não sei, ta legal?! É estranho conversar com uma versão mais jovem de você mesmo, é estranho mandar nele como se fosse seu filho e souber que ele não vai obedecer! É estranho e eu não consigo entender mais nada! – Wally jogou a cabeça para trás, descansando no encosto da cadeira – E cadê o Hal com as meninas?!

-Outra pergunta que não quer calar... – Roy murmurou.

-Esquece o Hal, Wally! – Dick bateu na mesa, nervoso – Imagina só se a Ártemis encontra você mais novo na Caverna hoje, indo dormir no quarto de vocês...!

É. Realmente, ele não tinha pensado nisso e, agora sim, a coisa tava ficando séria...

-Ainda mais Ártemis sendo ela mesma... Tenho até medo do que ela possa fazer com você com quinze anos e bêbada... – Roy disse suas brincadeiras sempre com fundo verdadeiro.

-Eu tenho que me tirar de lá! – Wally falou alto, olhos arregalados e procurando seus amigos.

-É. Você vai sair correndo, avisando que já vai voltar, mas, no final, não vai achar lugar nenhum pra entocar você mesmo e vai acabar deixando ele na Torre do Relógio junto com a Babs. – Dick franziu o cenho – Só uma dica, Wall. A Babs e a Helena também estão na festa da Ártemis, junto com a Dinah e o Alfred está em folga. Ou seja... Tudo fechado pra você meu amigo!

-E aí?! Como fica então?! – ele perguntou preocupado.

Mas antes que qualquer um de seus amigos pudessem responder, Hal Jordan, o Lanterna Verde, surgiu na porta do bar de super-heróis a paisana trazendo consigo cerca de dez belíssimas mulheres, usando capas e maquiadas para matar. Wally engoliu em seco como acha que todos os seus amigos, com exceção de Roy, também fizeram.

-É aquele ali, moças! – Hal apontou para o ruivo sentado na mesa afastada perto do Jukebox – O homem de sorte! – e digamos que o Lanterna Verde já estava calibrado para a festa...

Os outros super-heróis começaram a assoviar para cada garota que desfilava sensualmente até a mesa do noivo, deixando o West de vinte e cinco anos corar até as unhas, juntamente com seus amigos novinhos. Super-homem chegou bem em cima de Lanterna Verde, como Clark Kent assim como todos os outros a paisana, cumprimentando-os e visualizando o noivo do outro lado do salão, sendo cercado por uma mulher vestida de policial, ordenando-o que ficasse de pé para ser punido.

-Isso vai ser tão legal! – Roy falou contente, sorrindo como se aquilo tudo fosse seu parque de diversão favorito.

Bem... Wally West não podia se preocupar com seu eu de quinze anos quando tinha que manter a fidelidade para sua futura esposa impiedosa e maligna que, com certeza, saberia muito bem se ele iria se aproveitar da situação ou não quando se encontrassem amanhã no altar – e pode apostar que Ártemis Crock não iria, nenhum pouco, perdoar sua última noite de solteiro tão bem aproveitada.

-x-

Ártemis chegou a casa, largando a mala com roupas sujas sobre o sofá da sala e arrastando-se até a cozinha onde sua mãe preparava um bom café da manhã. Ela havia passado a noite fora, preocupada em manter sua mente ocupada para que não pensasse no estúpido velocista – mas estava virando quase um habito associar Wally a sua rotina.

Vai entender...

-Bom dia, meu anjo. – Paula Crock saudou, cansada, mas forçando o máximo seu sorriso para parecer que havia dormido um pouco a noite passada enquanto a filha salvava as vitimas de Gotham City junto com Oliver Queen, já que ela tinha que ser a parceira de Arqueiro Verde por pouco tempo.

-Oi mãe. – Ártemis respondeu andando até a cadeirante e abaixando para plantar um beijo carinhoso em sua bochecha – Por que não dormiu? – perguntou abrindo a porta da geladeira ao lado, pegando a caixa de leite e o pacote de pão de forma.

-Culpada. – Paula anunciou tentando tornar aquilo tudo uma brincadeira. Ártemis encarou-a, seus olhos amendoados cansados e impacientes, fazendo com que a vietnamita suspirasse e bebericasse um pouco mais de cafeína antes de se manifestar – Uma mãe que se preocupa não consegue dormir bem sabendo que seu filho está aí por fora, salvando vidas e arriscando a própria... – e Paula sabia que Ártemis discutiria com ela a respeito disso, continuando rapidamente após a pausa de breves segundos – Eu confio em você meu amor. Não confio nos outros!

-Se confiar em mim o suficiente, não terá de se preocupar com outros. – respondeu secamente, pegando o copo da lava-louça e colocando o leite, comendo o pão puro e encarando a mulher de olhos tristes e exaustos – Tem noção que eu poderia ter chegado a tarde e você teria de virar a noite, sem dormir durante o dia graças ao trabalho, por minha causa?! Mãe, eu sei me cuidar muito bem! – a adolescente se defendeu e Paula assentiu com a cabeça infinitas vezes.

-Eu sei, me desculpa. – ela pediu receosa, prendendo seus olhos castanhos escuros nos de tom de avelã – Acho que essa sua independência toda me deixa de lado às vezes e você tem que aceitar que eu só quero o seu bem, Ártemis.

-Eu sei disso, mãe. Não digo o contrario. – a menina respondeu, revirando os olhos irritados – Mas eu sou grandinha. Não se preocupe comigo. Tome conta de si mesma por mim enquanto eu estiver fora, ta bem? – Ártemis pediu suplicante, apesar de irritada.

Paula assentiu tristemente com a cabeça, largando a xícara sobre a pia e rolando para fora da cozinha, anunciando uma boa noite para a filha antes de ir se deitar para acordar ao meio-dia e ir trabalhar.

Ártemis encarou o relógio marcando seis horas da manhã. Respirou fundo e agradeceu pelo dia ser sábado e por ser dia de folga para o time também, mas isso não iria encerrar sua busca pelo desagradável e estúpido Wally West. Se ele estivesse por perto, Robin já teria avisado-o que ela gostaria de conversar com ele e, mais cedo ou mais tarde, ele apareceria na Caverna, esperando para os dois terem mais uma de suas discussões de reconciliação.

Que viagem! Reconciliação é coisa de casal, Ártemis! Pelo Amor de Deus! Ela disse a si mesma, tacando o copo no pia e colocando o leite junto do pão na geladeira.

-Acho que eu to tão cansada que já não associo mais nada com nada... – murmurou bocejando e espreguiçando-se.

Caminhou até seu quarto e trocou de roupa, preparando-se para dormir e não sonhar, porque sonhos só perturbavam suas noites de descanso (ou dias, no caso). Mas era inevitável e Ártemis já conhecia como sua mente estúpida funcionava:

Se ela estivesse preocupada com algo, por mais fútil e irrelevante que fosse, ela iria sonhar com aquilo e Wally West não era diferente.

Que ótimo! Ela murmurou antes de pegar num sono profundo, sonhando com o jovem velocista e um altar.

-x-

Wally decidiu ir dormir em seu quarto, nem ligando para o que encontraria pela frente da Caverna, nem ligando a luz para se preocupar com a decoração distinta que ele estaria agora e, ao se jogar em sua cama, acabou caindo na maior cama que ele já teria visto de casal, tão aconchegante e tão gostosa quanto qualquer outro.

Ele estava exausto, de fato. Ficou correndo pelo tempo, durante dez anos, e nem percebeu; Depois estava derrotando Hera junto de si mesmo; Conheceu o filho de seus melhores amigos num futuro não tão distante e, ainda por cima, deparou-se com uma menina que poderia ter aparecido para eles há dez anos atrás para amolecer o coração do Super-homem para seu grande amigo Conner.

Levou bronca, comeu muito, desgastou-se nessa corrida intertemporal e ainda estava quebrando a cabeça para descobrir quem era a misteriosa noiva. Mas então já passava da meia-noite e o adolescente estava cambaleando de sono.

Aquela cama seria a melhor que o ruivo já teria deitado durante sua vida e Morfeu foi embalando-o aos poucos em seus braços, fazendo o adolescente roncar de tamanho cansaço (não que fosse incomum, claro...) e sonhar com algo muito maluco.

-x-

Lá estava ela, vestida de branco e véu cobrindo a face misteriosa. De um lado todos os parentes do noivo, do outro lado os da noiva, apesar de a primeira fileira parecer um tanto vazia comparada com o seu lado da platéia.

Um homem jovem ruivo, um pouco mais velho que ele, talvez, a levava até o altar, sorrindo de forma abobada encantado com a pequena dama de honra de cabelos negros e olhos verdes, apesar de feições asiáticas, vir saltitando em sua direção, jogando pétalas de flor de Liz ao seu redor e sendo alvo dos flashes das câmeras, antes da atração principal no começo do corredor, claro.

E de onde estava às feições não lhe eram estranhas, apesar de tudo parecer algo bem embaçado.

Ao seu lado, quando se virou para encarar tudo envolta, visto que a noiva ainda estava parada esperando a introdução da corneta no inicio do corredor estreito da igreja ortodoxa grega, notou um jovem de cabelos negros e olhos azuis claros, olhando animadamente para ele, sem esconder os orbes atrás de óculos escuros; Do lado dele um moreno de olhos prateados sorria, mostrando a todos o contraste entre seus dentes puramente brancos e sua pele negra; Depois um jovem grande, ombros largos e braços definidos, sorria pequeno encarando uma mocinha em frente a si. Olhos azuis gelados e cabelo negro curto, muito familiar. Por ultimo um adolescente de cabelos pretos usando óculos escuros, mas sorrindo maliciosamente na direção da noiva no final do corredor.

Do outro lado do altar algo meio estranho e incomum para o rapaz. Uma ruiva de olhos azuis escuros sorrindo emocionada olhando para ele, numa cadeira de rodas, no vestido de madrinha mais bonito que ele já tinha visto – na cor amarela, sua favorita; ao seu lado uma de cabelos arroxeados e olhos claros, séria, mas tentado sorrir o máximo possível. Seu vestido era amarelo, também, mas sumia em sua pele pálida, apesar de ser de uma beleza extremamente exótica; Uma caucasiana de olhos âmbares e cabelos avermelhados, sorrindo animadamente para a mulher no final do corredor e lágrimas escorrendo pela face sardenta, molhando os buquês de orquídeas; ao lado uma adolescente de cabelos dourados e olhos azuis gelados, como os do homem grande do seu lado. Ela era esbelta, mas não lhe era comum.

A marcha nupcial começou a tocar e os olhos verdes acima das bochechas sardentas encararam o horizonte da onde a mulher coberta de branco caminhava lentamente e tortuosamente para o altar, matando-o de curiosidade para descobrir de quem era a face coberta pelo véu grosso.

Tentando matar o tempo com a curiosidade vistoriou em sua volta, procurando por parentes ou pessoas que ele conhecia.

Uma senhora de cabelos vermelhos esbranquiçados, sentada ao lado de um velho de barba branca e cabelos castanhos segurava as lágrimas enquanto a outra mulher, mais velha, mas mais inteira, era abraçada pelos irmãos gêmeos chorando emocionada também. Atrás dali, uma repórter conhecida junto de outro repórter, ambos sorridentes e encarando o jovem curioso no altar, torcendo por eles. Do lado um moreno malicioso, contendo-se para não começar a chorar de emoção também. Uma moça peituda também era vista da fila traseira, mas isso não o importava por ora.

Ele visualizou o lado da noiva, vendo uma cadeirante agarrada a meninha asiática chorando e sorrindo, abraçando a garota enquanto uma mulher da mesma idade do acompanhante da noiva sorria intencionalmente em sua direção, testando-o. Ela não lhe era estranha: olhos amendoados, cabelos negros volumosos e boca carnuda. Ao seu lado a loira de olhos azuis, vestida num elegante vestido de gala vermelha e enquanto ela segurava-se ao lado de um loiro muito parecido com Oliver Queen. Atrás dali um homem negro muito familiar que parecia ser relacionado a ruivinha chorona no altar, um homem loiro e sua esposa de cabelos longos e vermelhos, com uma criança de onze anos ao lado, Alfred Pennyworth no meio da platéia da noiva, sorrindo satisfeito para o rapaz no altar.

Aquilo tudo lhe era muito familiar, muito comum e ele sentia falta de algo. Mas do que? Ou de quem?

A noiva se aproximava do altar e o curioso resolveu focar-se na mulher de vestido branco em corpete, moldando-se em seu corpo perfeito, bordado em strass e desenhando flores até a altura dos seios, onde paravam já que não havia mais nenhum pedaço de pano acima. A saia do vestido aberta do joelho para baixo, parecia tão sensível e brilhante como seda e os sapatos chamavam atenção: vermelhos vivos, de salto agulha e tiras em laços enfeitando o acessório. O buquê de flor de Liz nas mãos trêmulas e aquele tom de pele incomum, mas, ainda assim, familiar... Tom de oliva, uma pele bronzeada naturalmente.

Então ele decidiu-se focar na face da mulher de branco já que faltava pouco para ela alcançar o altar. Ainda não podia ver a face dela, mas o cabelo que cascateava por suas costas até o começo da saia eram dourados e brilhantes, vivos e magníficos. Tão longos e tão belos, com cachos modulados naturalmente e o enfeite do véu perfeitamente colocado no topo de sua cabeça, impedindo a visualização apenas de sua face.

Ela alcançou o altar e o ruivo lhe passou a mão, aceitando-a e abraçando levemente o amigo. O curioso ficou parado encarando a noiva, mas o padre limpou a garganta e não o permitiu ficar contemplando a beleza oculta dela.

...

As alianças quando foram entregues não eram apenas de ouro 24 quilates, mas de ouro, ouro branco e pequenas pedras de safira decorativas. Na dela um raio azul enfeitado pelo contorno de ouro branco e o aro em ouro dourado. No do curioso o inverso: o aro de ouro branco, o contorno em ouro dourado e a safira com uma flecha caprichada.

-Agora, já pode beijar a mulher. – o padre ortodoxo anunciou e o curioso engoliu em seco, preparando-se para erguer a o véu da noiva e visualizar quem ela era.

Ao levantá-lo lentamente, não a vendo logo, encarou os lábios rosados carnudos familiares, depois o nariz pontudo e delicado, mas antes de chegar aos olhos da individua...

O sonho acabou.


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Notas finais do capítulo

LOL! Olá!
Eu estou vomitando arco-íris desde que assisti a Justiça Jovem em inglês ontem e hoje! *--* O EPISÓDIO 19 SAIU E TÁ DEMAIS GENTE! Eu quase chorei... Triste... --' Mas demais, mesmo assim!
Assistam o mais rápido possível já que Cartoon Network Brasileiro ainda não deu previsão para a continuação da séria com todo esse Ben 10 Supremacia Alienígena aí... ;/ Mas assistam
Agora, a respeito da minha fic...
Gostaram do capítulo?! Eu queria colocar um sonho nela, porque andei tendo uns sonhos a respeito da série, já que ela demorou quatro meses pra voltar ao ar, e achei uma boa ideia mostrar a vocês o quanto Wally quer saber quem é a bendita noiva.
Agora quando eu mostrei a Artemis de 2011 eu queria mostrar um pouquinho do que ela anda passando enquanto ela tenta explicar para Wally que ela não aguenta mais as discussões sem motivo deles, ou tenta explicar a si mesma que ela não aguenta ficar longe dele por muito tempo... ;D Vou pensar a respeito disso... E um pouco de amizade presente já que fic de Romance só é fic de Romance se há Amigos interferindo no Romance... kkkkk' (não necessariamente impedindo ele, mas vocês entenderam...)
O sonho... bem... Foi um sonho. Então, não criem espectativas do casamento ser idêntico ao sonho. Eu não sei como será, mas sem pressa... Ainda tem muito chão até esse casamento.. ;3
Bem, obrigada pela paciencia povo! Agradeço aos comentários, acho que vou começar a responde=los pessoal, então... Por favor, podem mandar! ;D
Beijinhos e Até a Próxima!



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