Espiando O Futuro escrita por Juliana


Capítulo 6
Capítulo Seis


Notas iniciais do capítulo

Sinto muitíssimo a demora, pessoal! Mas eu estava fazendo manha... ;D Admito! Eu queria um pouco mais de reviews, mas, não se preocupem, a espera valeu a pena!
Agora eu vou mostrar um pouquinho da despedida de solteira de cada um e vocês vão dar muita risada - espero, pelo menos.
Não se preocupem, a fic está muito boa, modéstia a parte, e salva no meu PC e Pendrive, caso horrível aconteça! o/
Então...
Não se preocupem!
Boa Leitura! ;3



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QUINZE ANOS?! – o amigo de olhos azuis cristalinos e cabelos negros berrou embasbacado, levantando-se da cadeira e batendo as mãos na mesa com força, fazendo os copos cheios de bebida pularam levemente sobre ela e chamando atenção das pessoas ao redor deles.

-SHH! – o ruivo mais velho mandou, levantando-se para forçar o ombro do amigo para baixo e fazendo-o voltar a se sentar – Isso é... Tipo assim... UM SEGREDO!

O moreno bufou, cruzando os braços sobre o peito e arrebitando o nariz, não sabendo se ficava bravo ou se ria – e aquilo era realmente... Nada “nado”. Wally rolou os olhos a reação do amigo de infância e voltou a se sentar, já que estavam esperando por certo Lanterna que tinha que se atrasar junto com a parte boa da festa: as meninas com roupas sensuais dançando para seus amigos, já que ele não podia nem pensar nisso que não com sua amada...

Dick Grayson, o primeiro Robin, que cansou de ser à sombra de um super-herói como seu pai e decidiu seguir caminho próprio. Com vinte e dois anos, um ano de carreira solo, Dick Grayson é a identidade secreta de Asa Noturna, o mais polêmico e interessante herói modelo de Gotham City – e dizem as más línguas que já houve até um conflito com o Batman em pessoa (quem sabe...).

Com certeza que, depois daquele grito histérico do jovem, os outros heróis ficariam atentos na conversa, ainda mais sendo tão fofoqueiros como eram. E por isso o Flash tinha que ser sutil e falar o mais baixo que podia, ou não falar, já que alguém com super-audição estava na área e com seus olhos azuis gelados mirados na direção dos dois melhores amigos.

-E como ele... Digo você veio parar aqui? Ou ? – Dick tentava se acostumar, mas nem Wally mesmo entendia direito como isso funcionava.

-Eu não sei. Eu não me lembro de ir ao futuro, Dick. É muito estranho tudo isso. – Wally resmungou, chateado, enchendo a mão de amendoins japoneses e tacando a montanha na boca, sem nem pensar em mastigar antes de engolir – Será que isso quer dizer que...

-Há diferentes futuros para passados semelhantes?! – Dick disse, sua genialidade e infantilidade voltando à toa. Wally assentiu curioso e assustado – É uma possibilidade. Não vou dizer que seja 50% de chance de ser capaz, mas, sim.

-Interessante... – Wally parou para pensar por alguns segundos – Talvez com essa habilidade ele pudesse mudar o que aconteceu com o tio Barry, com a Babs e com a Selina. Poderia mudar até o que aconteceu com o Ollie! – e o velocista ficava mais animado a cada palavra que dizia assim como a carranca de Dick aumentava – O que foi?

-Cara, se ele pode mudar o futuro, ele também pode mudar o que vai acontecer amanhã para ele caso ele não goste da notícia. – Dick disse sabiamente e Wally franziu o cenho, arregalando os olhos verdes esmeralda – É sério. Caso você não se lembre, Wally West e Ártemis Crock se odiavam mais que cão e gato. Não seria muito estranho esperar esse tipo de reação, muito menos vindo de você!

Wally reclamou, abrindo a boca para responder, mas Conner, Kaldur e Roy já estavam sentando a mesa deles, com caretas em suas faces e uma áurea assustadora que há muito o jovem velocista não sentia. Os olhos claros dos amigos pesavam sobre seus ombros e ele sabia muito bem o que eles queriam saber.

Superboy, seu x-9, filho da mãe!

-Desembucha West. – Roy mandou puxando a cadeira ao lado do outro ruivo e sentando de sua forma viril enquanto o clone e o atlântico se juntavam a ele nas cadeiras restantes da mesa.

Wally somente resmungou, abaixando a cabeça e começando sua declaração de inocência desde o começo dessa história.

-x-

-E você mentiu para a Kara sobre você mesmo? – Clark Kent perguntou, cruzando os braços e fazendo o olhar maléfico do Batman versão Super-Homem.

-Er... Não foi por mal! O outro Wally me mandou dizer nada a meu respeito, mas você já sabe, a M’gann já sabe, acho que a Hera Venenosa também... – abaixou a cabeça, receoso – Não é como se fosse algo que eu pudesse controlar... – cruzou os braços, emburrado.

-Já passou pela sua mente fazer exatamente como o seu outro eu disse e se trancar no quarto dele até essa bagunça toda passar? – o homem de aço aconselhou, suavizando sua careta e tentando tornar-se o máximo de compreensivo possível.

-Hunf... Que nem você fez quando Superboy apareceu? Deu as costas pra ele e o aturou como se fosse um fardo?! – Oops. Saiu.

Wally não sabia por que RAIOS ele disse isso! Não tinha a menor idéia. Mas só de pensar no Super-Homem, aquele cara que tomava conta das pessoas e as salvava, excluindo seu amigo mais bonito e mais complicado da vida dele como se não passasse de um estorvo e aquilo estava corroendo-o por dentro. Ele não tava com tanta moral assim pra falar de seus atos como ser humano, ou meta-humano, para com outras pessoas!

-Superboy? – Clark podia ser o homem indestrutível, mas, certamente, isso não se relacionava a sua mente – Por que está falando dele?!

-Porque ele é um grande amigo meu e é muito mancada como você trata ele, Kal-El! To falando sério! – o ruivinho dizia, fixando os orbes esmeralda nos azuis como gelo, chocados com o tópico e com a coragem do velocista – E ainda mais tratando a Kara como a “bonequinha de porcelana” numa bandeja de prata! – resmungou, defendendo o chapa.

Clark suspirou fundo, massageando as têmporas com os dedos grossos de sua mão enorme, pensando no que responderia ao velocista intrometido. É claro que Wally ficaria bravo com a forma que ele tratava o Superboy – ele viu quando ficou extremamente fulo da vida ao descobrir que tinha outro igual a ele, versão adolescente.

Mas isso foi há tantos anos atrás...

-Wally... – Super-Homem começou, cansado e paciente – Acredite em mim. Eu tomei vergonha na cara quando Conner salvou a minha vida de Darkseid. – e Wally somente franziu o cenho em duvida – Um vilão que você conhecerá, em breve, infelizmente. – a boca do velocista tornou-se um breve O e ele voltou ao normal, escutando as palavras do homem de aço – Além de que Kara é minha prima de sangue, única parenta viva de Kripton. Eu tenho que tratá-la assim, com carinho. É difícil ser sozinho no mundo...

-Talvez fosse mais fácil se você tivesse ajudado Conner quando ele precisava... – Wally rebateu narinas arfadas e olhando para qualquer lugar que não a cara do homem de aço.

Clark negou com a cabeça, sorrindo amargurado e levantando-se da cadeira, encarando o jovem velocista. Wally ergueu os orbes esmeraldas para visualizá-lo perto de si, pousando uma mão enorme e pesada em seu ombro e tentando parecer um pouco mais composto... Ele havia ficado magoado lembrando-se da forma que tratava seu clone que, no final, nada mais foi do que um grande irmão.

-Eu sinto muito, Wally. O futuro será diferente, te garanto. – e piscou-lhe um dos olhos azuis – Agora, vou indo. Lanterna Verde vai levar umas garotas para sua festa e eu tenho que tomar conta para que você não encha muito a cara... – resmungou tentando sorrir, provocando curiosidade no jovem de quinze anos – Até mais, carinha.

-Espera aí! – Wally pediu e Clark flutuou, virando para encarar Wally e seu eu desesperado – Será que você pode dizer o nome da minha noiva?

-Ué? Você já sabe... – Clark comentou e saiu voando rapidamente da cozinha.

-NÃO! ESPERA AÍ! NÃO! – mas o homem de aço já tinha ido e espernear enquanto Zatanna ainda estava lá não ajudaria nada.

O jeito era agüentar a tentação do saber.

-x-

M’gann chegava ao clube junto com Helena Kyle e Bárbara Gordon, conversando e dando risadas de coisas bobas, lembrando-se de histórias e colocando as conversas em dia, já que a Caçadora tinha sempre que tomar conta dos ladrões e estupradores babacas de Gotham City, enquanto Oráculo não tinha um dia de folga para si mesma, filmando cada ponto daquela cidade e do mundo para manter a Torre de Vigilância atualizada a cada segundo e cada rotação que a Terra fazia ao Sol.

Clube para mulheres não é nada sem muitas mulheres e homens bonitos e sarados, fazendo danças sensuais e mostrando tudo que a imaginação da população feminina na boate gostaria de ver. Exatamente tudo!

E como a Torre de Vigilância, além de ser uma ótima informante e bem localizada para qualquer tipo de viagem surpresa, também servia de agência de turismo, promoter de eventos e VIP para festas em qualquer lugar. Ou seja, Bárbara Gordon havia marcado a despedida de solteira de Ártemis Crock no lugar mais badalado de toda Star City e somente para as mulheres da Liga e convidadas (como Lois Lane e afins).

E quando o segurança permitiu a entrada da cadeirante com as duas amigas, abrindo a porta do lugar e mostrando a diversão que elas aguardavam, M’gann não podendo deixar de corar e Helena não podendo deixar de gritar de tanto rir, elas avistaram a loira de cabelos cumpridos com as mãos amarradas no colo, pés amarrados a cadeira e os olhos vendados, dando risada e corando enquanto uns três marmanjos acariciavam-na e brincavam com o mini véu colocado na sua cabeça, mostrando que quem era a noiva era ela.

Quem te viu e quem te vê. Palavras certas para momentos nos quais as pessoas bebem e mudam totalmente.

A tão impetuosa e poderosa arqueira estava amarrada, corando e dando risada, com vergonha, dos grandes homens musculosos e deliciosos que se enroscavam nela enquanto as outras mulheres da Liga davam risada, também muito bêbadas, falando coisas constrangedoras sobre a pobre Ártemis.

-Pobrezinha. – M’gann comentou, rindo sem jeito – Elas deviam ter um pouco mais de dó, não acha, Babs? – ela olhou para a ruiva cadeirante ao seu lado que estava se controlando para não cair na gargalhada.

-Olha... Eu, sinceramente, acho que elas drogaram a Ártemis antes de amarrem-na a uma cadeira repleta de homens dançando e passando a mão nela. – Babs brincou e Helena não conseguia mais parar de rir, morrendo de dor de barriga.

-Ela vai matar todo mundo depois! – Helena gritou, anunciando a todas a sua chegada, da Marciana e da fonte de informação da Liga.

-OLHA SÓ! – Dinah berrou entusiasmada, saindo cambaleando de seu lugar, perto do palco onde Ártemis estava até as três mulheres – E dizem que quem atrasa mais é a noiva!

-Babs, a Dinah já ta no grau... – Helena cochichou no ouvido da sábia ex-Batgirl, fazendo-a rir e deixando uma Marciana meio confusa.

-No grau? – M’gann repetiu e Babs negou com a cabeça, sorrindo animadamente e retirando os óculos de grau, mostrando a todos seus belos e cintilantes olhos azuis escuros.

-Um termo que usam para dizer que uma pessoa está bem bêbada. – Babs afirmou rolando até a loira e recebendo o típico abraço de bêbado – Tudo bem?

E começaram a conversar.

Zatanna chegou à seguida, com Poderosa e Garota Estelar, cheias de presentes em mãos. Já estavam lá Mulher Maravilha, Mulher Falcão, Lois Lane-Kent, Jade Nguyen (irmã mais velha de Ártemis, mãe de Lian e namorada de Roy), Barta, Ravena, Estelar (que não pôde evitar trocar um olhar mortífero com Babs) e Donna Troy, bebendo e jogando conversa fora, na medida do possível, claro.

-Nada como uma boa reunião de mulheres sem os homens que fazem de nossas vidas um inferno... – resmungou Garota Estelar, largando os presentes junto a mesa repleta de embalagens jogadas no chão.

-Só se for pra você, porque, pra mim, querida... – Poderosa sorriu maliciosamente andando fielmente ao lado da amiga – Isso daqui é o paraíso! – e foi correndo até o homem dançando ao lado delas.

-Não que sejamos desesperadas por homens, claro. – Zatanna avisou, parando ao lado de M’gann que ainda estava com vergonha de falar ou fazer qualquer coisa – Tudo bem?

-É... Estou tentando. – a Marciana avisou à maga e a morena entendeu, sorrindo mostrando seus dentes brancos cintilantes para a mocinha verde ao seu lado, animando-a.

-Não se preocupe. Nada que uma boa tequila não ajude...

E a pobre noiva no palco torturada pelos homens que ela não podia ter esfregando-se nela e acariciando-a, fazendo-a ficar arrepiada.

-Seu noivo faz melhor? – o homem suspirou no ouvido da heroína e ela gargalhou.

-Por que acha que vou casar com ele...? – ela gargalhava, mas seu tom era bem provocante ainda mais na forma maliciosa com que disse.

-PERA AÍ! ELA ADMITIU! – Dinah gritou, correndo até o palco e parando ao lado dela, chamando a atenção de todas no clube – Alguém grava isso, pelo amor de Deus! Temos que mostrar pro noivo! – e todas caíram na gargalhada – Cadê as madrinhas quando se precisa?

-Indo! – Zatanna respondeu, pegando M’gann pelo pulso e arrastando-a até o palco, mesmo ela morrendo de vergonha.

-Vocês perderam a chance! – a loira falou, voltando, lentamente, ao seu eu competitivo e impiedosamente Ártemis de ser – Não vou repetir isso, muito menos pra admitir para aquele cara...

E todas começaram a gargalhar, fazendo-a rir depois, lembrando dos bons e velhos tempos. Todas estavam aproveitando.

Menos a Marciana, que não parava de pensar no Wally de quinze anos, zanzando na Caverna, e no que ele poderia fazer caso soubesse a identidade da noiva de si mesmo no futuro.

Bom, de qualquer jeito, ele iria saber. Ela conhecia bem o genioso Wally West, há dez anos, pra ser exato, e nunca falhou em qualquer tipo de pressentimento sobre suas ações. Ele sempre fazia o esperado. Pelo menos isso era o bom de ser o Wally West – ou talvez não.


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Notas finais do capítulo

Olá, de novo! Realmente, demorou, mas espero que tenham gostado. E se gostaram desse, não percam o próximo porque o Sétimo ta pegando fogo! *-* Que orgulho de mim!
Novamente, agradeço a cada um pelos reviews carinhosos e sinto muito por não ter respondido a nenhum, mas é que eu não tenho tempo mais para isso (ainda mais porque a partir do proximo capítulo a fic estará em sua reta final) ;/ E a faculdade de Arquitetura e Urbanismo tá meio que sugando todas as minhas energias (reparem que postei isso num sábado de madrugada, okay?)!
Mas me desculpem por não ter respondido nenhum review, mas não quer dizer que eu não esteja acompanhando ou lendo eles!
Obrigada mesmo a Lucasmmps, Sasha, MistyMayDawn, milena salvatore, TheHarlequinGirl, coffegirl, Hanna_Toushirou e PrettyTonkin pelo carinho e paciência que tem comigo até hoje!
Vou ver se consigo responder aos reviews do proximo capítulo, mas não prometo nada... ;/
enfimm... Até o proximo sábado, gente! ;3
Té mais! >



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