Espiando O Futuro escrita por Juliana


Capítulo 4
Capítulo Quatro


Notas iniciais do capítulo

Olá, meu povo lindo e minha pova linda! ;D
Fico tão lisonjeada com os reviews que fico envergonhada de não ter respondido nenhum a essa altura do campeonato. --' Sinto muitissimo por isso, mas não é como se eu não quisesse. É que eu ando meio sem tempo mesmo e a Faculdade começa segunda feira (pelo menos estou atualizando a fic)!
Bem... Enfim...
Nesse capítulo teremos muito informação e se prestarem atenção vão gostar. Finalzinho especial: um Wally tapado e uma Artemis confusa. ;D
Boa Leitura! ;)



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Tá. Wally tinha uma perfeita resposta para a sua carranca: ele havia se tornado um chato, piadista e misterioso num futuro mais próximo do que ele podia de fato imaginar – e isso estava corroendo-o por dentro. Quando olhar para o futuro a perfeita coisa que lhe vem à cabeça é que você quer se tornar uma pessoa legal, bem sucedida e cativante.

EU FIQUEI TODO ERRADO! Ele agarrou os cabelos aproximando-se de seu quarto da Caverna (acho que certa arqueira loira e alguns amigos próximos dele diriam que, com exceção do cara misterioso, Wally havia continuado o mesmo. Mas, enfim...).

Bem... Como Wally nunca fora lá um bom e obediente garoto, ele pensou que, talvez, aquele quarto onde ficavam os Souvenires estivesse vazio e ele pudesse se esconder por lá, já que ele tinha quase certeza de que seu eu mais velho havia destruído seu quarto de garoto no passar dos anos – ele não queria passar por esse grande choque ainda.

Então ele correu até lá, abrindo a porta e trancando-se em seguida, nem ligando se havia alguém dentro do quarto. As luzes sensoriais se acederam e seus olhos verdes arregalaram-se a visão ampla da sala de Souvenir.

Em todas as quatro paredes do lugar haviam prateleiras lotadas de fotos, prêmios, algumas roupas antigas e lembrancinhas de todos os lugares e todas as batalhas que eles haviam ido e travado. Uma visão linda e poética, aos olhos do pequeno velocista. Ele conteve a emoção e sorriu como uma criança em dia de natal, não sabendo por onde começar a abrir seus presentes.

Pelo menos parte do futuro não era tão má assim.

Ele decidiu começar pela primeira fileira, onde a máscara da Lince e a flecha que salvara sua vida, vinda de uma pessoa que não merecia ser nomeada no momento pois Wally não estava a fim de começar a pensar nela. O capacete do Doutor Destino já não jazia mais ali, oco para alguns e completo para outros e um sorriso tranquilo surgiu nos lábios finos do ruivo – Finalmente esse cara largou do meu pé!

Mesmo assim, várias outras coisas pendiam nas estantes e prateleiras, coisas deles e coisas de outros, e Wally teve de prestar mais atenção ao se juntar no canto onde vários porta-retratos se encontravam. Ele queria saber se a Equipe havia aceitado mais gente, se as fotos eram bonitas, se alguma coisa ali continuava a ser como era antes, quando ele tinha quinze anos – ele ainda tinha quinze anos.

Ele notou a foto da Equipe no primeiro natal dela, todos vestidos de vermelho, verde e branco, tirando a foto do cartão que mandariam a todos os membros da Liga – muito cliché, mas, mesmo assim, era uma forma de se lembrar; depois uma foto do aniversário de alguém, talvez de M’gann onde ela e Conner estavam abraçados perto de uma fogueira gigante com uma flecha verde do Arqueiro Verde dependurada. Pelo menos ele já sabia onde seria a próxima grande festa; algumas imagens dos meninos pescando e Kaldur negando-se a participar da carnificina, a festa de casamento do Arqueiro Verde e Canário Negro – que, por sinal, havia sido uma zona – e algumas fotos com membros da Liga num lugar meio futuresco e bem amplo (a Torre de Vigilância).

Então Wally, depois de se impressionar com algumas imagens divertidas, virou-se para uma na qual aparecia ele abraçado a uma asiática de cabelos negros onduladas na altura dos ombros e Dick beijando a bochecha de Zatanna. Quem seria essa moça? Talvez a noiva de Wally?!

-EU VOU TER FILHOS DE OLHOS PUXADOS! – ele gritou animadamente, mas, então, ele voltou à hipótese de que podia não ser e resolveu não se apressar. Principalmente pelo fato de que ele parecia não ter mais de dezoito, dezenove anos naquela foto.

Ele ainda tinha vinte e quatros horas para conhecer a tão misteriosa noiva e, ainda assim, não queria passar mais do que o necessário numa viagem para o futuro – vai que ele passa tempo demais correndo e não percebe que foi parar no século XXX? Ou pior... Num passado distante sem internet!

Depois ele parou sobre a foto de uma mulher loira, vestida nas roupas do Arqueiro Verde – claro, no feminino, mas exatamente o mesmo tipo de roupa. Cabelos longos escapando do capuz ao serem colocados para frente, olhos cobertos pela máscara elegante, lábios carnudos e rosados que lhe eram muito familiares, o arco e flecha preparados apontados na direção da câmera. Ela tinha um sorriso repuxado apenas de um lado e um ar malicioso em sua pose.

-Será que o Arqueiro Verde também morreu? – ele se perguntou tentando descobrir quem era a misteriosa loira na roupa do arqueiro da liga – Bem, pelo visto Artemis deixou de ser a substituta do Ricard- Arqueiro Vermelho para ser a do Verde. – ele ironizou, meio triste, mas mais irritado.

Continuou vendo as fotos. Uma com todas as mulheres da Liga no chá-de-bebê da M’gann, onde ela aparecia barriguda e radiante de tamanha felicidade em sua face; outra uma única foto que havia uma legenda, repleta de homens e os meninos da Equipe com cara de bêbados: “Isso jamais será esquecido, porém jamais será comentado.” Aquilo teve vir de alguma festa de despedida de solteiro de alguém, porque havia outra igual com Artemis, Megan, Zatanna e mais algumas mulheres que Wally não conhecia do mesmo jeito.

Ele sorriu maliciosamente vendo as fotos, pensando que não importava quanto ficariam velhos eles ficariam, eles pareciam sempre os mesmos, querendo provar algo a alguém e desafiar um ao outro. Isso era demais no conceito do pequeno velocista. Demais!

Então ele foi para uma prateleira que tinha como nome colado à parede o seguinte: “Dedicatória Aos Casais.” E uma ideia brilhante lhe veio à mente, tão rápida quanto seus pés quebrando a barreira do som.

Talvez ele e a misteriosa noiva estivessem ali, em algum lugar, em alguma foto ou qualquer coisa que pudesse lhe levar a ela. Ele não estava querendo esperar nem um pouco até amanhã para ver se seu casamento daria certo ou para, de fato, conhecer quem ela era. Bastava uma dica e ele daria um jeito de chegar até ela.

Então, ele começou a procurar, sorridente e animado. Uma expressão sagaz em sua face. Ele estava presunçoso sobre a forma como ele mesmo havia decidido o que fazer a respeito de conhecer a noiva – duvidava que poucos seriam rápidos como ele, com a exceção de Dick Grayson.

Vários objetos e fotos de casais estavam por ali. Coisas que somente ele poderia pensar em colocar como Souvenir e ser original. Incrível. Canário Negro e Arqueiro Verde no topo, uma foto deles no ‘altar’; Superman e Louis Lane, ele carregando-a no colo e olhando-a nos olhos. Ela sorrindo apaixonadamente; Batman e Mulher Gato numa foto que, de fato, não deveria estar por ali, mas, enfim... Lá estavam os dois trocando um beijo sedutor no topo de um dos telhados de Gotham; um cara de roupa preta e azul, olhos cobertos por uma máscara (Dick) abraçando a Batgirl (Babs), que Wally nunca havia conhecido nenhum dos dois, fazendo Bungee Jump em queda livre; tio Barry e tia Iris com gêmeos nos braços e sorrindo genuinamente um para o outro; Roy e uma mulher de cabelos pretos volumosos (Jade) grávida, abraçados, mas emburrados; Conner e M’gann cortando o bolo do casamento; Aqualad abraçado a uma mulher de branco e cabelos arroxeados (Raven); Robin e Zatanna brincando; e mais alguns outros.

Porém, o que mais chamou atenção do veloz foi a em que ele e uma mulher loira de cabelos incrivelmente loiros estavam abraçados, encostando a testa um no outro e dividindo um olhar cheio de afeição. Os dois estavam de roupas de banho e o sol se punha no horizonte marítimo. Parecia uma foto tirada de um profissional, porque a imagem era maravilhosa e perfeita. Wally estava se orgulhando do quanto estava bonito naquela foto, mas aquela mulher... Não lhe era estranha. Talvez essa fosse à tão misteriosa noiva...

A foto mostrava-os da cintura para cima, então Wally não sabia direito o que estava vestindo, mas ao julgar pelo biquíni verde-água que a bela mulher usava, ele estava de calção de banho. Os olhos dela pareciam brilhantes bolinhas de gude: não sabendo qual sua verdadeira cor era – se azul ou se cinza; cabelos que não terminavam na altura da cintura e esvoaçantes graças ao vento; lábios rosados e carnudos, sorrindo de uma forma maliciosa que não era estranha para o jovem.

-Quem é você?

Era exatamente a pergunta que ele queria fazer, mas não saiu da boca de Kid Flash.

Ao arregalar os olhos, preocupado, Wally deu um pulo e virou-se para a entrada da sala de Souvenires, não acreditando em seus olhos verdes em seguida.

-x-

  -Alguém viu o Kid Idiota por aí? – Artemis bufou passando pela cozinha e adentrando a sala de estar – Sinto uma paz tão grande que tenho até medo de comemorar antes da hora...

-Agora que mencionou... – M’gann começou e olhou ao seu redor.

Ela e Conner estavam sentados na sala de estar, assistindo a algum filme da década de 60 e Conner parecia entediado – nada que algum tempo se amassando no sofá com M’gann não fosse mudar sua opinião. A Marciana alienígena voltou seus orbes ambares para a loira um pouco atrás do sofá onde estava sentada e mexeu os ombros rapidamente, num sinal de desconhecimento.

-Ele saiu correndo... – Conner respondeu, sem tirar os olhos azuis da tela, mesmo estando extremamente entediado.

Novidade, Superboy... Artemis murmurou para si e M’gann segurou um risinho sem jeito.

A arqueira suspirou e deu a volta, catando seu casaco pendurado no armário embutido na pedra da Caverna e seguiu para o Hangar, procurando por alguma boa alma que soubesse onde o Wally West, o rei da idiotice estava. Ela estava pensando em pedir desculpa, mesmo se não fosse de fato culpa dela – na verdade, ela iria, simplesmente, dar um cascudo e um soco nele por ser tão idiota.

Robin e Aqualad estavam lustrando as motos e cuidando para que o Lobo não sujasse a Caverna desnecessariamente. Estavam com o portão aberto e esperando o animal mutante voltar para fechá-la – quando a natureza chama...

-Ei, Rob. – ela chamou descendo as escadas e ambos os meninos voltaram sua atenção para ela – Oi, Kaldur.

-Artemis. – o moreno respondeu, voltando a prestar atenção em sua moto.

-Fala, Artemis. Que foi? – Robin jogou o pano sobre o ombro e ajeitou os óculos de sol.

-Você viu seu BFF por aí? – ela revirou os olhos ao falar dele.

-Não...? – Robin respondeu receoso – Por quê? Quer fazer as pazes? – um tom malicioso em sua voz e um sorriso presunçoso em seus lábios finos.

-Claro, quando você se tornar o Batman e eu uma pessoa normal. – ironizou, sorrindo satisfeita para o nariz torto de Robin – Eu quero falar com ele.

-Brigar é o termo mais correto. – Kaldur se meteu, fazendo Robin rir alto.

-Haha, Kaldur. Não sabia que você tinha uma veia humorística debaixo de todas as guelras. – Kaldur suspirou e Robin revirou os olhos para mirar os orbes cinza-azulados de Artemis.

-Não o vejo desde que saiu correndo depois da briga. – Kaldur respondeu.

-Claro que ele saiu correndo... – Artemis murmurou novamente e Robin partilhou de uma risada maldosa.

-Arty, nada de Wally na Caverna. – Robin respondeu voltando-se para sua moto – Acho melhor tentar falar com ele amanhã.

-É, claro. Se a minha vontade de falar não tiver evoluído para brigar... – ela suspirou e deu a volta, erguendo a mão num aceno sem olhar para os meninos – Até amanhã.

-Tchau. – ambos responderam em uníssono.

Por que Wally West, Kid Flash, tinha de ser tão denso quanto uma parede de concreto? Não seria mais fácil se ele deixasse de ser desagradável e pretensioso para se tornar um cara decente e sério – pelo menos parar de fazer tantas piadas?

Não era possível que Artemis Crock era a única a se importar com os comentários ridículos e piadas sem graças que ele contava. Mas porque ninguém partilhava das brigas ou a apoiava?

Melhor, por que ela era a única a reclamar?

Talvez porque ela se importava? Se importa? Bem... Não importa mais, pois Wally é o cara mais idiota e tapado que ela já conheceu. Mas, infelizmente, ele conseguiu algo dela que só um cara até agora conseguiu: carinho... Quem sabe algo mais...?


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Notas finais do capítulo

Então? Mereço Reviews?!
Qualé! Me parabenizem! Estou cumprindo com meu etinerário na fic: atualizando de semana em semana! ;D
Beijinhos e Até o Próximo!



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