Espiando O Futuro escrita por Juliana


Capítulo 17
Capítulo Dezesseis


Notas iniciais do capítulo

YAAY! RETA FINAL NEGADA!
;3 Fiquem feliz! Esse capítulo dá inicio a grande cerimônia!
Divirtam-se!
Boa Leitura! :)



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Quando os dois Wally chegaram a mansão de Bruce Wayne, o adolescente tinha certeza de sua morte – Superboy iria fazer questão de apenas aqueles que estivessem presentes no local soubessem que o cadáver de ossos todos amassados seria o dele.

Alfred Pennyworth, o leal mordomo da família, abriu a porta e não parecia ter se impressionado ao ver Kid Flash e Flash entrando sem pedir licença e discutindo um com o outro como se fosse à coisa mais normal do mundo.

-Oi Alfred. – e para Wally, o velho mordomo continuava o mesmo de sempre.

Quanto anos será que o Alfred tem? Mil?! Foi uma questão irrevogável no momento que o adolescente se lembrou que ele estava dez anos a frente no futuro.

-Mestre Dick está esperando pelos senhores no andar de cima, em seu dormitório. – o mordomo abaixou a cabeça e trancou a porta da mansão.

-Ótimo. Ta todo mundo lá? – Wally mais velho disse rápido indo em direção a escada e fazendo com que o mais jovem o seguisse.

-Inclusive Mestre Bruce.

Essa não! Wally sentiu a urgência de sair correndo dali antes que o Batman em pessoa o punisse por viajar no tempo, mas seu eu mais velho agarrou-o pelos ombros e arrastou-o pelo cumprido corredor até chegar à porta pesada de carvalho, de onde risadas altas e másculas soavam e alguém tentava acalmar alguém.

Assim que Wally de vinte e cinco anos abriu a porta dos aposentos de Dick Grayson, o adolescente ficou atônito quando viu o salão gigante – não que ele nunca tivesse visto, mas – repleto dos homens da liga, seus amigos numa versão mais velha e algumas outras pessoas perdidas por ali também. Alguns pareciam que haviam sido atropelados por uma carreta, jogados nos sofás e reclamando da dor de cabeça insuportável; no canto do salão, também cheio de homens, mais precisamente perto da entrada dos aposentos, um freezer deitado onde água de coco, algumas cervejas, champanhe e refrigerante aguardavam pelos convidados para que se servissem. Várias araras de roupas com capas de proteção espalhavam-se por ali, a maioria oca com as roupas nos super-heróis e amigos em comum das pessoas ali presentes.

Mas o que mais o chocou foi que Dick, Bruce e Clark sentavam-se num conjunto de sofás, com caras fechadas e um pouco do Bat-olhar em cada um dos três. O pomo de Adão de Wally gotejou em sua garganta enquanto o seu eu mais velho continuava a carregá-lo até os três homens carrancudos (não que o Wally de vinte e cinco anos mudasse alguma coisa). Para amenizar a situação, tentar ao menos, o adolescente sorriu sem jeito e quase foi ao chão ao sentir que seu eu mais velho havia parado de empurrá-lo – ele havia parado de resistir de qualquer forma.

-Estou chocado... – isso veio de Bruce e Wally de quinze anos se ajeitou.

Ta. Aquilo vindo dele era bem estranho, ainda mais sem a máscara, a mesma expressão séria escrita em seu rosto um pouco mais envelhecido – Bruce devia ter uns trinta pra quarenta anos.

-Eu te falei pra fazer como o Wally mandou... – Clark arfou as narinas. Conner estava do outro lado da sala e Wally teve pena das pessoas que estavam acalmando-o.

-Mas eu fiz! – o adolescente respondeu receoso na defensiva – Como eu ia saber que a Artemis iria para o mesmo quarto que o meu?! – e cruzou os braços sobre o tórax.

-Não devia ter dito nada. – Dick manifestou-se, a roupa quase completa sobre si. Seus olhos azuis a mostra longe do uniforme de Asa Noturna, cabelo preto penteado para trás e colete preto sobre a blusa branca social. Uma gravata vermelha nas mãos e uma expressão de pura raiva.

-Eu sei disso. Eu já me desculpei, ta legal?! – o garoto falou pra baixo, sua face encarando o chão.

-É. Mas não é por isso que a sua ficha ta limpa, moleque. – o Wally de vinte e cinco anos rebateu bagunçando os cabelos ruivos do garoto e voltando seus olhos verdes para seus amigos que o encaravam irritados também – Que foi?! O que eu fiz?!

-VOCÊ JÁ DEVIA ESTAR NO BANHO, DROGA! – Dick gritou irado quase chutando o veloz para ele ir logo – Você é o mais importante, babaca! Temos que chegar à igreja daqui a pouco!

O Flash sorriu sem jeito e acenou antes de partir, deixando o moleque por ali e fazendo Wally se preocupar muito com a sua saúde – mental e física. Bruce ainda estava encarando-o e o garoto suspirou, dando-se por vencido e se arrastando até a poltrona vazia um pouco a sua frente, sentando nela com os cotovelos apoiados nos joelhos e as mãos esfregando a face coberta pela máscara amarela.

-Ta bom, vai! – Wally disse, escorregando os dedos entre os fios de cabelo ruivo e endireitando sua postura. Todos os olhos azuis e castanhos direcionaram-se ao garoto exaltado – Fala aí, Bruce. Me manda de volta pro passado. – o ego de Batman franziu as sobrancelhas e fez com que sua boca ficasse um pouco distorcida.

-Ah, Wally... – Bruce suspirou e o garoto estranhou o gesto. Dick cruzou os braços e bufou, virando-se para qualquer lado que o jovem veloz não estivesse; Clark penteou os cabelos pretos e ajeitou os óculos sem grau sobre os orbes azuis, tirando a poeira de seu terno enquanto o bilionário entrelaçava os dedos e levantava o par de castanhas para as esmeraldinas curiosas – Você vai voltar ao passado. – o garoto abaixa os olhos para o tapete bordado – Mas depois da festa. – e o garoto voltou a encarar o homem rico com orbes surpresos e, de repente, alegres.

-Sério?! – o líder da Liga da Justiça assentiu, mas uma carranca tomou-lhe a face depois disso.

-E nunca mais viaje no futuro. – Wally concordou balançando a cabeça várias vezes para aquilo, seu sorriso bobo tomando-lhe os lábios cor de pele.

-Se eu fosse você, Wally... – Clark levantou-se e tocou o ombro do garoto com um sorriso leve nos lábios - Ia tomar um banho e me vestir apropriadamente.

-Com certeza, Clark! Pode deixar comigo mesmo! – e ele estava quase indo quando a silhueta de Superboy fazia seu caminho até o conjunto de sofás, marchando com Kaldur e Roy atrás de si, tentando pará-lo de qualquer maneira.

-E se eu fosse você, Wally, o que eu não gostaria mesmo de ser... – Dick aproximou-se do garoto, rodando a gravata vermelha e sorrindo maldosamente para o adolescente que não sabia o que fazer depois de ver Conner Kent em sua versão mais velha ameaçando-o com sérios olhares – Usaria a super-velocidade em benefício próprio. – Wally voltou a olhar seu melhor amigo dez anos mais velho que lhe sorria maliciosamente – Vai, Ligeirinho. Corre.

Bom... Wally achou aquele conselho aceitável e disparou na direção do banheiro.

-x-

A noite já havia caído e a Catedral de Star City era magnífica tanto por dentro quanto por fora. Arcos góticos cinza chumbo decorando as entradas e, por dentro, um dourado extraordinário iluminando a cada canto e vértice daquela magnífica paróquia, com tetos de vidros transparentes exibindo o show natural de estrelas e o luar espetacular que a cidade mais estrelada dos Estados Unidos podia mostrar. As estátuas em um branco lúcido e apenas alguns meros detalhes dos santos nas cores, como as capas, as armas ou as coroas que usavam. No altar, desenhado nas paredes, o quadro bíblico de Maria e Jesus, sob eles os anjos e o coração do messias em volta da coroa de espinhos.

O padre já estava em sua posição, atrás da mesa de mármore do altar, com seu amicto roxo sobre a alva e o cordão dourado em torno de seu torso, aparência idosa com olhos claros e quase careca, uma expressão bondosa na face que sorria aos convidados sentados aos bancos também de mármore da platéia.

O adolescente estava tão concentrado no céu sobre sua cabeça, sendo empurrado para sentar-se no meio da platéia do lado do noivo, é claro, e tentar se camuflar entre o mar de ruivos que eram os familiares West e Allen, que nem percebeu as madrinhas e os padrinhos fazendo seu caminho até o altar ao soar de uma música calma e gospel. O cabelo bagunçado de Wally estava penteado deixando alguns fios emaranhados fora de seu lugar, na verdade um solitário caindo-lhe no meio da face, sobre o nariz; seu terno era preto e sua camisa social era verde claro e sua gravata prata.

É. Bom... Ele queria a gravata vermelha e a camisa amarela, mas ele foi barrado assim que seu eu mais velho avisou-o que ninguém seria mais chamativo que ele aquela noite. Então nada de vermelho e amarelo para Wallace West de quinze anos.

Voltando a si e parando de viajar nas estrelas maravilhosas brilhando no céu azul marinho, o adolescente viu sua mãe e seu pai entrando a igreja com si próprio no meio, de braços dados a cada um. Os cabelos ruivos puxados para trás com o mesmo fio desregular pendendo sobre sua face, seus orbes esmeraldinos gritando alegria e um sorriso nervoso nos lábios cor de pele, suas sardas também estavam bem mais vermelhas que de costume e o rapaz recebeu algumas saudações cômicas de amigos que por ali estavam presentes. O terno preto opaco com um guardanapo do mesmo tom da gravata, vermelho, era guardado no bolso do paletó enquanto sua blusa social branca se destacava nos tons de sua pele alaranjada e o preto do terno.

 Mary estava contendo o nervosismo e tentando não chorar para não borrar a maquiagem enquanto Rudolph sorria orgulhoso do filhão – ambos envelhecidos e deram ao garoto de quinze anos um aperto no coração.

Em seguida o rapaz que vinha era outro ruivo, mas ele era mais alto e com um corpo de acrobata, terno de risca de giz cinza escuro com gravata vermelha, também, escorregando a cadeira de rodas da mãe de Artemis, uma senhora de cabelos pretos, olhos puxados castanhos e lábios carnudos como os da arqueira que Wally sempre encrencava com a aparência; Roy trazia a cadeirante vestida em vinho e sapatos caros em seus pés. Linda, mesmo assim, e Wally sorriu quando viu a mulher olhá-lo de forma curiosa, deitar a cabeça para o lado e, depois, em fração de segundos, acenar para ele com um sorriso confortável.

É. Ela já sabia quem ele era. Ele tinha que dar o fora dali o mais rápido que pudesse.

Em seguida Dinah Lance, sua treinadora, sua amiga, sua companheira de Equipe, vulgo Canário Negro, deslizava no chão limpo e escorregadio da igreja em saltos finos e altos vermelhos, vestido preto mostrando o quão branca sua pele era, lábios rubros e decote até um pouco abaixo da dos seios. Exuberante como sempre, cabelos loiros presos só de um lado de sua cabeça, com olhos azuis sedutores e pés de galinha leves nos cantos deles, demonstrando quão melhor era ela que qualquer garotinha de vinte anos. Kaldur estava ao seu lado, alto, moreno, de cabelos loiros raspados, olhos verdes calorosos e um sorriso brando em seus lábios que parecia deixar tudo mais fácil.

Wally riu para o amigo mais velho quando o viu passar e piscar para uma mulher vestida em roxo escuro a sua frente, de cabelos negros lisos escorregando por suas costas e pele pálida como a luz. Essa o garoto não fazia idéia de quem era, mas sentiu um arrepio bem grande quando olhou suas costas finas.

Depois dela, Bruce Wayne entrou no desfile, muito chique em seu traje a rigor preto e gravata prateada, com uma mulher magnífica ao seu lado – cabelos pretos curtos, mais curtos que os de Wally, orbes jades de felinos e um sorriso traiçoeiro, um decote aberto às costas brancas enquanto ela desfilava de braços dados ao bilionário e vigilante.

Clark Kent e Lois Lane estavam sentados do lado da noiva, brincando com Dinah e Paula enquanto Bruce e sua acompanhante, Selina Kyle, entravam no lado do noivo, cumprimentando amigos que Wally devia conhecer da Liga – ele não estava mais ligando para o fato de que Bruce Wayne em pessoa compareceu ao seu casório (o garoto jurou ver Alfred Pennyworth perdido por ali também e isso deixou-lhe mais feliz ainda).

Os padrinhos a entrarem primeiro foram M’Gann, em sua forma humana, e Conner, caminhando lentamente e deixando todos com um gostinho de quero mais. O vestido de M’Gann era verde claro de tecido leve caindo sobre si, alças finas sobre o decote contornado os seios e um bordado leve abaixo deles em vidrilhos, um design bem grego; os cabelos avermelhados presos num coque mal-feito onde fios desgrenhados escorregavam pela tiara perdida no emaranhando de cabelo e deixava a marciana ainda mais bonita. O buquê era de orquídeas azuis variadas enroladas em flores do campo brancas como o restante da decoração natural da catedral. Cortesia de Bruce Wayne, claro.

Conner estava bonito, com o mesmo terno que Kaldur e a mesma gravata, cabelo preto penteado e olhos um tanto quanto ameaçadores na direção do adolescente na platéia, mas isso logo se esvaiu quando ele parou um degrau acima de Kaldur no Altar, M’Gann fazendo o mesmo mas do lado da noiva.

Legal. Ele ia ter uns dez padrinhos e madrinhas dessa forma, mas o que valia era a intenção. Roy estava acima de Conner, ainda assim, com o espaço vazio a sua frente. Ninguém ao lado do Wally nervoso no altar, mexendo-se rapidamente e não deixando ninguém indesejado saber que ele era o Flash – talvez seu chefe da delegacia ou amigos do colegial que não sabiam sua identidade secreta.

Barbara Gordon estava deslumbrante em sua cadeira de rodas estilizada, cabelos vermelhos vivos presos como os de M’Gann caiam sobre seu pescoço e encaracolavam já que eram mais longos, olhos azuis quentes e um sorriso tranqüilo pairou nos lábios rosados quando ela encontrou com os orbes esmeraldinos do noivo que sorria abertamente para a deficiente. O buquê em suas mãos tão intacto quanto sua personalidade forte. Dick Grayson a carregava até o altar, sua franja preta tocando-lhe a testa, mas livrando os olhos azuis para a visão de seu melhor amigo nervoso e contente. Nada como um casamento para deixar todo mundo sentir o astre.

Assim que alcançaram o pé da escada, Dick virou-os para a esquerda e subiu a rampa alta com Babs até depositá-la ao lado vazio do padre, no mesmo degrau que a noiva ficaria um pouco mais atrás, e se posicionar atrás de Wally, apalpando seu ombro e trocaram um aperto de mãos, um mais animado que o outro.

Wally ouviu som de crianças brincando na lateral da igreja, mas elas se calaram rapidamente assim que o padre sorriu carinhosamente para elas e silenciou-as com o dedo indicador sobre sua boca, nenhum pouco amedrontador.

Outra música começou a soar e todos se viraram para ver as madrinhas e a dama de honra fazer seu caminho até o altar num ritmo lento. A primeira que apareceu foi sua amiga Kriptoniana, Kara-El, a prima do Super-Homem e uma garota muito interessante de conversar. Ele havia gostado muito dela, mas seria pedofilia se algo acontecesse entre eles no futuro, em dez anos. E a Artemis é a garota perfeita para o velocista de qualquer forma.

Vestida como M’Gann, em todos os aspectos, a loira desfilava com o nariz de botão arrebitado e olhos azuis sorridentes enquanto ela tentava não corar mais com a atenção. Apesar de Wally não esperar que ela fosse mostrar-lhe a língua enquanto passava por sua fileira, o garoto gostou de revê-la. Realmente uma coisa legal. A alienígena parou no mesmo degrau que Kaldur

Então veio Jade Nguyen-Harper, a mulher de cabelos negros volumosos que hoje estavam como os das outras madrinhas, presos, e ela sempre ficava muito bem em verde de qualquer forma. Seus olhos castanhos caíram sobre Wally e ela balançou a cabeça negativamente, voltando a ficar arrogante com o nariz reto empinado e olhos amendoados estreitos nos ruivos no altar. Ela sorriu quando parou no mesmo degrau que Roy, abaixo de Wally e Dick.

A dama de honra estava prestes a entrar e a marcha já se tornou nupcial, mostrando a pequena garotinha morena com olhos claros e amendoados em uma mini versão das madrinhas, só que rosa e cabelos lisos encaracolando por suas costas. Nas mãos uma cestinha artesanal que ela jogava as pétalas das orquídeas no chão em que pisava a marcha ficando mais alta enquanto os celulares de algumas pessoas tocavam ao mesmo tempo.

Wally franziu o cenho para olhar para o homem que não havia desligado-o que, coincidentemente, estava atrás de si. Comissário Gordon, o homem de barba e cabelos brancos com óculos de grau sobre os olhos azuis, atendia ao chamado corando de raiva e vergonha por ser um policial e nunca poder diminuir o volume de seu telefone.

-O que?! Mestre dos Esportes fugiu?! – Wally arregalou os olhos chocados enquanto o homem cochichava baixo – Mas acabamos de prendê-lo! – ele parou e rolou os olhos até que eles voltassem à entrada onde estavam preparando para abrir as portas e deixar a noiva entrar – Eu estou num casamento agora. Assim que der vou praí. Segura a barra!

Quando Lian parou sentada ao lado de suas avós no lado da noiva e o corneteiro anúncio a entrada de Artemis, ambos Wallys não tiraram seus olhos dos portões da catedral.

E valeu muito a pena não terem nem piscado.


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Notas finais do capítulo

E então?! Reviews?! Sei que vão me dar reviews!
ME DÊEM REVIEWS! Foi tão dificil escrever esse capítulo... Mas o proximo será mais emocionante. Posso-lhes garantir! lol
Beijinhos e Até o Proximos!