Espiando O Futuro escrita por Juliana


Capítulo 1
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

Ideia muito louca que surgiu na minha cabeça e já que eu estava com vontade escrever a respeito da Justiça Jovem, nada mais que meu OTP WallArt.
Boa Leitura! ;D



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-Não enche o saco, Surfista! – a loira respondeu batendo a porta de seu quarto na cara do veloz.

-Rainha Gelada, rabugenta! Por isso que não tem AMIGOS! – e mostrou a língua de forma infantil, correndo de volta para a sala de estar da Caverna e dando de cara com seus amigos olhando-o estranhamente.

Bom... Talvez não fossem para ele que os cinco amigos olhavam, nem por causa dele que M’gann estava fincando as sobrancelhas, que Conner estava grunhindo como um animal juntando-se ao lobo; ou Robin insistentemente trocando olhares de repreensão entre ele e Zatanna enquanto Kaldur procurava seriamente não focar seus olhos prateados nos de tom esmeralda do veloz que saía andando carrancudo do corredor.

Mas que saco! Wally limitou seus pensamentos, pois não queria nenhuma alienígena verde, por mais que ele a adorasse, xeretando em seus arquivos pessoais. Ele não queria que ninguém soubesse por que raios ele estava tão irritado com a arqueira – na verdade, nem o próprio sabia por que estava irritado com ela.

É, pois é. Às vezes quando se pensa estar fazendo o certo, acaba se fazendo o errado e as pessoas ao seu redor são as únicas que percebem o tremendo erro que aprontou. Oras, por que lembrar a Artemis que ela era apenas uma substituta no time quando ela era, de fato, um membro integral que largava tudo e qualquer coisa que estivesse fazendo para entra pelos tubos de raios Zeta num velho telefone fora de uso de uma das vielas de Gotham para ajudar seus amigos nas missões quase impossíveis que Batman os mandava?! Era tão ruim assim tê-la por perto?!

O veloz de cabelos ruivos chamejantes caminhou – estranhamente para ele – solitário até a cozinha e verificou a geladeira, procurando por algo que saciasse sua gula e agüentasse sua ira. Ele não iria destruir metade da sala de ginástica, como certa arqueira, por estar com ódio no coração! Ele não era desse tipo.

Retirou tudo que viu que iria fazer com que seu metabolismo rápido e estomago roncando parassem de lhe atormentar, jogando tudo sobre a ilha no centro da cozinha e pegando um prato da lava-louça para evitar uma sujeira maior.

Iria começar a engolir o sanduíche de azeitona, manteiga de amendoim, geléia de uva, presunto passado na manteiga com nutella, hambúrguer de frango, carne assada, queijo gorgonzola, salada de ovo recheada de orégano e maionese – sem esquecer-se do ketchup, mostarda e pimenta. Dois litros de refrigerante para acompanhar; quando uma mão sinistra pousou em seu ombro assustando-o e fazendo com que sua obra prima imitando a torre de Pisa se desmanchasse, caindo dentro e fora de seu prato colorido em vermelho e amarelo.

-GYAAAH! – Wally berrou, virando-se para ver o infeliz que tinha atrapalhado seu momento de espairecer.

-E você ainda consegue comer depois de toda a besteira que você disse pra Artemis?! – Robin estava de braços cruzados atrás do banco onde seu melhor amigo se envergava para devorar o resto mortal de sua obra de arte.

-Cara! Eu odeio quando você dá uma de ninja! – ele simplesmente respondeu, voltando a comer o presunto com nutella.

-Você, simplesmente, chamou-a de substituta só porque ela estava sendo legal com você! Isso não faz sentido! – Robin exclamou, batendo na mão do veloz e fazendo com que a nutella sujasse ainda mais o prato caindo sobre a maionese – Eu estou oficialmente ‘nado’!

-Ela não foi legal comigo, ta?! Ela ia me zoar! – o ruivo apontava o indicador na ponta do nariz do Garoto Prodígio, sem se importar com os vários tabefes que tomava – Eu apenas antecipei a zoeira e, ainda por cima, saí ganhando! – moveu os ombros como se não ligasse e voltou para o refrigerante de dois litros ao seu lado – Não me importo se ela ficou toda irritadinha porque tenho razão.

-Já passou pela sua cabeça, Kid Inteligência, que ela podia estar tentando mesmo ser legal com você? – Robin olhava-o com indignação atrás da máscara – Ela podia, sei lá, fazer uma trégua com você... E você desperdiçou essa chance, Kid Idiota! – o mais novo estapeou a nuca de Wally, fazendo-o engasgar com o gás do refrigerante e sumindo antes que o veloz voltasse a si para estrangular o acrobata.

-Filho da mãe!

Mas ele já havia ido embora e Wally permanecia solitário na cozinha, com sua bagunça sobre a bancada de granito procurando palavras para justificar sua falta de escrúpulos para com sua nova amiga da turma – aliás, uma animiga que ele não sabia se a considerava apenas isso ou algo a mais.

Cansado de ficar parado olhando para a bagunça na mesa, Wally devorou o restante da comida em menos de um minuto e bebeu o refrigerante em três segundos, largando seu prato sujo na pia e correndo para fora da caverna, com seus óculos de proteção sobre os olhos verdes, e a velocidade mais rápida que seus tênis um dia conseguiriam alcançar.

-Quem ela pensa que é para mudar a forma como nos relacionamos?! – ele resmungava alto, sua ventania causando as pessoas a suspeitar o que raios aconteciam com aquela frente fria – Quem ela pensa que é só porque entrou no lugar do Ricardi - Arqueiro Vermelho?! – acelerou mais rapidamente – Só porque demos as mãos em Bialya não quer dizer que podemos ser mais que ‘animigos’, certo?! – os pés mais freqüentemente encostando-se ao chão e as coisas ao seu redor começaram a congelar, apesar de ele não notar – Nossa... Estou passando tempo demais com o Robin. – Wally admitiu, agora sim, percebendo a estupidez de seus atos – Acho melhor ir mais devagar...

E, assim, seus pés foram freando enquanto seu corpo ia, lentamente, acostumando-se ao vento cessando pela sua pele e as coisas voltando a se movimentar, notando que ele estava num lugar muito diferente ao parar em frente à placa de ‘Bem-Vindo a Central City’ com um 2021 cravado embaixo, como se indicasse o ano em que ele estava.

-Acho que o prefeito ainda não viu que os caras escreveram isso errado. – o ruivo moveu os ombros rapidamente, nem ligando para o que lera, correndo para o centro da cidade, procurando o que fazer.

Entretanto, quando ele parou numa das esquinas movimentadas da Oitava Avenida, notou o alvoroço estranhamente mais incomum, com pessoas gritando desesperadas ou animadas a respeito do que estava acontecendo mais ao centro. De repente, Wally avistou seu tio Barry vestido de Flash voando pelos ares assim que plantas mutantes, de tamanhos variados, tentavam acertá-lo em sua decolagem forçada.

-Essa não! Hera Venenosa... – Wally sussurrou e procurou mais rapidamente por um beco escuro, apesar de o sol estar em seu auge no topo do céu ao meio-dia.

Rapidamente despiu-se e colocou o uniforme de Kid Flash que era guardado em seu relógio especialmente programado para emergências. Bem...  A situação pedia.

Abaixou os óculos vermelhos sobre a visão acima da máscara que lhe cobria grande parte da face, incluindo as sardas de suas bochechas, e acelerou até o local onde o Flash lutava uma batalha acirrada contra Hera Venenosa, fazendo strike em várias pessoas que tumultuavam ao redor da luta, quase tropeçando e sendo jogado do outro lado do campo de guerra.

Felizmente, ele estava tão concentrado graças à discussão de mais cedo com Artemis – ela tinha esse sério dom de dar um chá de Semancol para ele após uma longa briga repleta de apelidos nada carinhosos e fazê-lo prestar atenção para esfregar na cara dela em seguida; isso podia ser algo que ele não queria acreditar que fosse, como a opção de ele, subconscientemente, querer impressioná-la de sua forma; e não tropeçou, alcançando seu tio embrulhado em caules verdes gigantes tentando sair de lá pela força da tração ou tentando vibrar suas moléculas para fugir de lá – aquilo era um movimento muito arriscado e difícil.

Só o tio Barry consegue vibrar por coisas! Ele pensou e, um pouco depois, estava plantando um soco direto no rosto perfeito, verde e maldoso de Hera, fazendo-a voar longe e parar de controlar seus “bebês” mutantes por questão de minutos, enquanto sua raiva começava a emanar e ela tentava descobrir de onde vira aquele ataque inesperado.

Wally correu até o homem vestido de rubro com o símbolo de um raio amarelo no peito que jazia atordoado no chão, tentando entender o que fizera com que Hera, de repente, parasse de prendê-lo em seus caules verdes mal-criados.

-Tio Bar-Flash! Por que não me chamou, hein?! Você sabia que eu estava à toa na Caverna! – Kid Flash gritava irritado colocando o homem tonto de pé e preparando para uma mulher irritada e ferida.

-Mas o que...?! – Flash parecia bobo olhando para Wally com a boca aberta, estranhando a presença do rapaz e seus cabelos ruivos flutuando no ar – Quem é você?

-Flash, você bebeu ou o cheiro fedorento das florzinhas da Hera o fizeram ter amnésia?! – Wally respondeu rindo divertido e debochado para o homem mais velho – Vamos derrotar essa gata e depois conversamos.

-Hein?! – Flash ainda estava muito confuso, nem se mexendo enquanto o seu suposto sobrinho acelerava até a mulher de cabelos selvagens vermelhos e seus olhos verdes ganhavam um brilho maldoso.

-COMO OUSA BATER NA CARA DE UMA DAMA!?! – Hera exclamou agitando a mão e fazendo uma raiz da grossura de um túnel do metro crescer e tentar atingir Kid Flash.

O menino desviou da madeira pesada, mas não prestou atenção quando plantas carnívoras surgiram do solo, materializando-se em segundos, e tentando engoli-lo – conseguindo no final.

-ECA! – ele gritou quando sentiu a baba nojenta que se acumulava em seus pés.

Ele foi aplicando vários golpes rápidos nas paredes que se fechavam cada vez mais apertados em torno de si, mas o ar estava ficando rarefeito e seus pés começavam a formigar por causa da bílis da planta entrando em ação.

-CADE O FLASH QUANDO SE PRECISA!?! – ele berrou o mais rápido antes de sentir seu pulmão começar a ter espasmos e o ar não passar mais pelo seu sistema respiratório.

Então, antes do rapaz de quinze anos desmaiar, algo atingiu a planta que gemeu e vomitou, com todos os intuitos, o jovem Kid Flash, fazendo-o voar longe para o meio do campo de batalha enquanto seu tio corria em volta de Hera, tentando confundi-la sabe lá com o que. Até que Wally entendeu que a idéia de Barry era fazer a mulher irada subir várias raízes grossas a cada passo que Flash dava no chão e trancando-a numa gaiola de raízes pesadas daquelas que a Hera não conseguiria tão facialmente fazer voltar para debaixo do solo.

-Sinto muito, Hera, mas enquanto eu for o homem mais rápido vivo, você vai sempre voltar para Belle Reeve. – Flash sorriu de forma maliciosa e convencida, fazendo um sinal de positivo para uma barricada de policiais na esquina, permitindo que um dardo medicinal atingisse a mulher nas costas e a fizesse apagar.

Ele sorriu enquanto as pessoas o aplaudiram e Wally gargalhou, pensando em como seu tio chegava sempre atrasado quando era preciso, mas sempre conseguia dar um jeito nas coisas num final. Pôs-se de pé, com dificuldade, e sentiu olhares estranhos sobre si, tentando entender o porquê de as pessoas estarem conversando e cochichando rindo a respeito dele.

Todos gostavam tanto do Kid Flash quanto gostavam do Flash! Por que manter segredo do adolescente?!

-Ei, você! – Wally ouviu a voz chamando-o e virou-se para encontrar seu tio rodeado de policiais gratos franzindo a sobrancelha por trás da máscara que lhe cobria os olhos, as bochechas, as orelhas e os cabelos – Temos que conversar.

Wally franziu o cenho, cruzando os braços e entortando a boca para o olhar estranho de Barry. Qualé!? O que foi que eu fiz dessa vez?! Eram as perguntas que rodeavam a cabeça do ruivo de quinze anos Além de quase ser devorado por uma planta carnívora, claro...

-Vamos! – ele mandou correndo até o menino e arrastando-o para fora da bagunça e, conseqüentemente, para longe do centro, parando perto de um bairro residencial de prédios.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! ^_^
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