Last Friday Night escrita por Yana Ferreira


Capítulo 1
Capítulo 1




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Acordei com a pior das dores de cabeça. Nunca senti algo assim em toda a minha vida. 
E tudo piora quando abro os olhos. 
Quando meus olhos entram em foco percebo que estou em um quarto desconhecido.
Mas, logo sei quem é seu dono quando olho para o lado esquerdo da cama. 
Malfoy.
Santo Deus. O que eu estou fazendo na cama do Malfoy? 
Tudo piora quando eu percebo que estou só de calcinha. Ele está sem blusa. 
E eu não lembro nada do que aconteceu ontem. 

- Malfoy! – tenho quase certeza que gritei. 
- O QUE? – ele disse assustado. E olha pra mim. 
- Belos seios – ele diz com um sorrisinho. 
- Seu idiota – digo enquanto pego o lençol e me enrolo. E faço a pergunta que não sai da minha cabeça.
- Nós... fizemos... aquilo? – eu disse, com medo da resposta. É claro que sim. A situação estava totalmente indicando isso. 
- Aquilo o que? – ele disse. Que cínico! 
- Você sabe o quê, Malfoy! Não se faça de idiota. – levantei e comecei a procurar por minhas roupas.
- Malfoy? Ontem você me chamava de Draquinho, não lembra? – ele está totalmente acabando com minha paciência.
- Não, eu não lembro. Não me lembro de nada, na verdade, e isso está me deixando louca se você não percebeu – eu disse desesperada. 
- Não fizemos – ele disse sério – Você é santinha até quando está bêbada – Pronto, voltou para o seu humor normal. 

Ele não sabe o quanto aquelas palavras me deixaram aliviada. Mas, eu acho que ele percebeu pela minha expressão. 

- Cadê minhas roupas? 
Ele levantou e pegou as peças na sala. 

- As preliminares foram boas, sabe. Começaram no elevador – ele falou com um sorriso safado.
- Obrigado pela informação – disse, girando os olhos.
 Ele me entregou as roupas. 

- Espera. Tá faltando uma peça. Onde está meu sutiã? 
- Droga, pensei que você não fosse perceber. 
- Você achou mesmo que eu fosse esquecer do meu sutiã? O que você ia fazer com ele?
- Guardar na gaveta de boas memórias, claro. 
- Você tem uma...? – Parei a pergunta no meio. É claro que ele tem uma gaveta de sutiãs das garotas de quem ele já ficou. Como eu ainda fico surpresa com essas coisas?
- Como eu vim parar aqui, afinal?
- Você não lembra mesmo? Ontem você soube que finalmente conseguiu “virar” uma auror. Eu perguntei com quem você ia comemorar... Você disse “com ninguém, porque meus amigos estão todos ocupados”. Eu falei que sairia com você, então. Você disse “Não, obrigado”. Aí eu falei que você não queria ir porque não conseguiria beber tanto quanto eu. Você respondeu “Eu consigo sim”. E aqui estamos nós. 

- Você não falou da parte em que me assediou – disse.
- Eu naõ falei, por que eu NÃO assediei você. Pra dizer a verdade, foi você quem começou a me beijar no bar. 

Eu falei aquilo só por falar. O Malfoy tem um monte de defeitos, mas sei que ele não seria capaz de me assediar.

- Você acredita em mim, certo? 
- Sim, sim. 
- Até na parte em que foi você que me beijou?
- Pra dizer a verdade, não.
 Eu estava mentindo. Sei que aquilo podia ser verdade, porque às vezes eu me pegava imaginando como deveria ser beijar a boca dele. E podia muito bem ter feito isso enquanto estava bêbada. 

- Você está mentindo. Dá pra ver isso na sua cara. Você sabe que me beijou e eu sei que quer me beijar agora. 

Ele veio na minha direção e eu recuei, batendo na parede. 

Ele sorriu. 

E deu um beijo no canto na minha boca. E depois do outro lado. 

Minha mão foi parar no seu cabelo e a outra no seu braço cheio de músculo. 

- Você parece gostar muito dos meus braços. Ontem você não largou ele. 
- Se serve de consolo, eu gosto muito do seu abdômen também. 

Ele riu. 

- Eu sei. Você disse isso ontem. 

Eu não agüentei mais e beijei ele. 

- Tenho que ir. – disse me separando dele.
- Por quê? Você quer dizer que não gostou? Que não quer ficar comigo?
- Eu gostei sim. Mas, eu não sou como você, Draco. Eu não consigo ficar com uma pessoa em uma noite e estar com outra na outra noite. Por isso eu tenho que ir. Antes que eu faça a maior besteira. 
- Você não entende, né? Eu gosto mesmo de você. Me desculpe por ontem. Minha intenção não era embebedar você.
- E qual era sua intenção? 
- Era isso. Dizer que eu gosto de você. Só que eu fiquei nervoso e comecei a beber e você me acompanhou por que eu tinha dito que você não conseguia. Mas, se você me der mais uma chance, eu sei que eu posso fazer melhor. 

Ele parecia tão diferente. Eu nunca tinha visto ele falar assim. 

- Ok. O que você tem em mente?
- Um jantar. Aqui em casa. Eu cozinho.
- Você está tentando me sedizir? – eu disse rindo.
- Não, eu estou conseguindo. 

E ele me beijou dessa vez.


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