Curando Feridas escrita por vieesoares


Capítulo 45
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Olá, amores! Desculpem a demora, mas quem faz parte do grupo de leitores, viu que esse final de semana eu tive o ENEM e não deu pra postar, mas aqui está o tão esperado epílogo, rs.
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Antes de mais nada quero agradecer a recomendação linda a CULLENELISANGEL! Muito obrigada, flor! Super amei, de verdade.
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Mas vamos ao que interessa? Nos encontramos lá embaixo :)
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Anthony: http://www.facebook.com/photo.php?fbid=386391811434877&set=o.254838717961114&type=1&theater



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   4 anos depois.

   Quatro anos já tinham se passado e muita coisa tinha mudado em nossas vidas. Claire estava cada vez mais linda e inteligente. Edward teria problemas quando ela crescesse. Anthony também estava lindo. Meu bebê já estava tão grande! Tão perfeito com seus olhos azuis e seus cabelos loiros, que sempre me lembravam os de Edward. Aliás, ele era uma cópia perfeita do pai quando tinha a sua idade. Esme inclusive me falou que até a mania que ele tinha de dormir com o braço nos olhos tinha sido herdada do pai. Vai entender...   

   Eu e Edward estávamos muito bem. Tínhamos nos casado logo depois de Anthony fazer 1 aninho. Nosso casamento foi simples e muito bonito. Somente para a nossa família e os amigos mais íntimos, exatamente do jeito que eu queria. Nossa lua-de-mel foi mais perfeita ainda. Ficamos duas semanas na Grécia. Se não fosse pela saudade absurda que eu estava sentindo dos meus filhos, ficaria lá eternamente.   

   Nossos amigos também estavam muito bem. Alice estava grávida do seu primeiro filho e Rosalie tinha uma menina de 1 aninho. Sarah era uma criança linda. Morena igual à mãe e com os olhos azuis do pai. Edward fala que ela e Anthony namorarão, logicamente que Emmett sempre o manda calar a boca e fala que a filha só terá namorados depois dos 30. Esses dois eram uma figura! Jacob e Leah ainda estavam juntos e, por sinal, muito felizes. Dividiam um apartamento no centro de Manhattan, onde ficava mais perto da delegacia, só assim facilitaria as coisas para ele.   

   Meu pai e Sue também estavam muito bem e felizes. Meu pai merecia isso tudo depois das coisas que passou com a morte da minha mãe. Esme e Carlisle também estavam muito bem, reclamavam de vez em quando que a casa estava muito vazia, principalmente agora que Alice tinha se mudado, mas para compensar, todo final de semana nós almoçávamos lá. Isso deixava minha sogra extremamente feliz.

   - Mamãe? – um Anthony completamente sonolento entrou no meu quarto. – Cadê o papai?

   - Oi, meu amor. – sorri. – Ainda não chegou. Ele teve uma reunião importante.

   - Quê é reunião? – veio para perto de mim, sentando ao meu lado na cama.

   - É quando você junta as pessoas que trabalham com você para falar alguma coisa importante.

   - Entendi. – coçou os olhos, bocejando. – Posso fica aqui com você?

   - Claro que pode, meu amor. – deitei, o puxando para deitar em meu peito. – Quer que eu conte uma história?

   - Não. – bocejou mais uma vez.

   - Tudo bem. – fiz um cafuné em sua cabeça, esperando ele dormir.   

   Foi inevitável não deixar as memórias de quando ele era pequeno me invadirem. Como por exemplo, seu primeiro dentinho.

   Flashback on.

   Anthony estava enjoado o dia todo, chorando por tudo, irritado... Não queria saber de ninguém, a não ser de mim. Nem mesmo o pai estava sendo o bastante para ele naquele dia.

   - Ele não está melhor? – Edward perguntou, passando os braços a minha volta.

   - Não. Tá muito irritado! Chorando por tudo... Sem contar que tá mordendo tudo que vê pela frente. – falei enquanto tirava meu cabelo da sua boca. – E eu tô achando que ele está com febre. – murmurei angustiada.

   - Bella, é normal as crianças ficarem doentes, você sabe, não é? – pegou o bebê do meu colo.

   - Eu sei, mas ele é tão pequeno, Edward. – choraminguei. – Não é certo as crianças ficarem doentes nessa idade.

   - Amor, Claire quando era bebê ficava doente a todo tempo... Sempre ficava com a garganta inflamada. Fica tranquila, Ok? Você vai ver que não é nada demais. Não é, campeão? – dei um beijo na cabecinha dele, que deitou no peito do pai, bocejando.

   - Mas se até amanhã ele não ficar melhor, você me promete que nós vamos levá-lo ao médico? – pedi.

   - Prometo, Bella. – riu, deixando um beijo em minha testa. – Eu vou colocá-lo no berço, tá?

   - Arrã.

   - Cadê Claire?

   - Está no quarto dela fazendo trabalho de casa.

   - Trabalho de casa aos sábados? – franziu o cenho.

   - É. Ontem ela quis ficar brincando até tarde com você e não fez os trabalhos, então a coloquei para fazer hoje. – recolhi um bichinho de pelúcia de Anthony que estava jogado no chão.

   - Ok. Vou colocá-lo na cama e já volto. – murmurou, se afastando.   

   Fui até o quarto de Claire, ver se ela estava realmente fazendo os exercícios. Mas, sinceramente, eu sabia que era uma viajem perdida. Minha filha era muito obediente. Tudo que o pai e eu mandávamos fazer, ela fazia sem nem mesmo contestar. Espero que continue assim para sempre.

   - Já está acabando? – encostei na soleira da porta.

   - Sim. – desviou a atenção do livro, me olhando. – Depois eu vou poder ir brincar com a Summer no jardim?

   - Filha, nós estamos no começo de janeiro... Está tudo coberto de neve lá fora.

   - Ah, mamãe, por favor! – fez o famoso biquinho, que segundo Edward, tinha sido aprendido comigo.

   - Tudo bem. Eu deixo. – suspirei, derrotada. – Vou ver se seu irmão dormiu e já volto, Ok?

   - Tá. – saí dali, me dirigindo para meu quarto. Encontrei Edward sentado na cama, com um monte de papel picado em volta, e um Anthony elétrico rasgando os pedaços que ainda se encontravam inteiros.

   - Olha, ele adora rasgar papel!

   - Edward, você sabe que não é para deixá-lo fazer isso! – ralhei. – Olha só, ele tá com um pedaço de papel na boca. – me aproximei do meu filho, pegando-o no colo. – Deixa a mamãe tirar, querido. – coloquei meu dedo em sua boquinha, tentando tirar o suposto papel.

   - Saiu?

   - Não é papel. – murmurei. – Edward, Anthony está com o primeiro dentinho nascendo! – sussurrei emocionada. – Ai, meu bebê tá crescendo! – o abracei fortemente, fazendo com que ele reclamasse.

   - Bella, é só um dente. – revirou os olhos.

   - Não fala assim! É o primeiro dente do seu filho. Isso é um motivo de comemoração!

   - O quê? Vai dar uma festa? – ergueu a sobrancelha.

   - Não, seu imbecil! Mas isso não me impede de ficar emocionada, não é, filho? – dei um beijo em sua barriguinha coberta pelo macacãozinho de frio. – Eu te amo, bebê! – ele resmungou alguma coisa, nos fazendo rir.

   - Eu amo vocês. – nos abraçou ao mesmo tempo, deixando um beijo na cabeça do filho. 

   - Nós também amamos você, papai. – inclinei a cabeça para trás, beijando seus lábios calmamente. – Amamos muito.

Flashback off.

   - Bella? – fui arrancada dos meus pensamentos pela voz de Edward, que acabou me assustando. – Desculpa. – riu. – Não queria te assustar.

   - Tudo bem. – murmurei, percebendo que Thony já tinha dormido. – Chegou há muito tempo?

   - Mais ou menos. Tempo o suficiente pra te ver sorrindo como uma boba. – se aproximou da cama. – Tava pensando em quê? – sentou ao meu lado.

   - No dia em que o primeiro dente dele nasceu. – ele sorriu novamente. – Anthony ficou acordado te esperando.

   - Desculpa. A reunião era realmente muito importante. – deu um beijo na cabeça do filho, suspirando.

   - Eu sei que sim, meu amor. – passei a mão em seus cabelos, agora mais curtos. – Não precisa se sentir culpado por causa disso. Amanhã você aproveita o dia com ele.

   - Você vai até a livraria amanhã? – sim, eu tinha realizado o meu sonho de abrir uma livraria. Era pequena, mas para o começo estava ótimo.

   - Não. Amanhã vou ao médico.

   - Médico?! – arregalou os olhos. – Pra quê médico?! Tá doente, Isabella?!

   - Ei, calma... – segurei seu rosto entre as mãos, rindo. – Consulta de rotina. – na verdade não era. Eu estava com uma dúvida e queria esclarecê-la, mas não ia preocupá-lo com isso.

   - Tem certeza? – arqueou a sobrancelha esquerda.

   - Absoluta. – assenti. – Você pode levá-lo para o quarto, por favor? Aproveite e vá dar um beijo em Claire. Ela também queria ter te esperado acordada, mas estava com muito sono.

   - Ok. – se levantou, pegando o filho no colo. – Já volto. Não durma.

   - Não vou dormir, detetive. – apesar de ele ter saído da polícia há 4 anos, eu ainda tinha essa mania de chamá-lo de “detetive”. Mas eu sei que ele gostava.   

   Espreguicei-me na cama, suspirando. Mais lembranças invadiram minha mente. Dessa vez a primeira vez que Anthony havia andando. Ele tinha 1 ano e 2 meses.

   Flashback on.

   Apesar de estarmos no começo do outono, o tempo estava quente em Nova Iorque. Prova disso é que Edward e Claire estavam aproveitando a imensa piscina que havia em nossa casa. Preferi ficar sentada de baixo de uma árvore com o bebê. Mesmo estando calor, não queria arriscar que meu filho ficasse gripado.

   - Mamãe? – Claire saiu da piscina e veio em minha direção. – Tem certeza que não quer entrar? – segurou nas mãozinhas do irmão, brincando com ele.

   - Tenho sim, meu anjo. A mamãe vai ficar aqui com o seu irmão, tá? Vai lá brincar com o seu pai.

   - Você vai me ver dar um mergulho bem alto? – perguntou, sorrindo.

   - Claro que vou! – sorri também. – Mas cuidado, Claire. Não quero que se machuque.

   - Não vou, mamãe. O papai vai me segurar. – dito isto, virou as costas, voltando para a piscina. – OLHA SÓ! – gritou para depois pular na água, sendo agarrada por Edward. – VIU?

   - CLARO QUE VI, AMOR! – sorri, logo depois voltando minha atenção para Anthony, que colocava um carrinho na boca. – Não, meu anjo, você pode se machucar. – tirei suavemente o brinquedo de sua boca, mas ele se irritou, começando a chorar. – Não, não. Olha aqui o patinho que a sua madrinha te deu. – Rosalie tinha dado a ele um patinho de pelúcia no seu aniversário de 1 ano. Anthony adorava aquele bicho. – Viu? Por que o bebê tá chorando? – fiz cosquinha em sua barriga, arrancando uma risada dele. – Isso aí! Sem choro, amor. – sorri. Meu filho era tão lindo, apesar de eu ser suspeita para falar.   

   Eu e Anthony estávamos nos divertindo ali. Ele me arrancava muitas risadas com as suas gracinhas e fofuras.   

   De repente, de repente mesmo, ele se apoiou nas mãos, fazendo toda a força do mundo para ficar em pé.

   - Ai. Meu. Deus! – levantei também. – Não anda. Não anda. Não anda. – ele olhou pra mim, rindo. Provavelmente achando que eu estava brincando com ele. – Não, filho, não anda! EDWARD!

   - Quê? – me olhou sorrindo.

   - SEU FILHO VAI ANDAR!

   - O QUÊ?! – colocou Claire para fora da piscina rapidamente, saindo também e vindo correndo até onde estávamos. – Como assim?! – viu o garoto em pé, sorrindo pra gente.

   - O Thony vai andar! – Claire levantou os braços, comemorando.

   - Anda, Edward! Pega a máquina! – segurei seus bracinhos, o impedindo de dar um passo.

   - Onde tá a máquina?! – olhou ao redor.

   - Aqui, pai. – entregou a câmera a ele.

   - Coloca pra filmar. – soltei meu filho aos poucos, me afastando e puxando Claire junto. – Vem com a mamãe, meu amor, vem. – me ajoelhei na grama, o chamando. – Vem, bebê. – ele riu, me fazendo babar, e veio andando, desajeitadamente, em minha direção. – Vem, querido. – sorri ainda mais. Logo ele estava em meus braços, rindo da nossa empolgação. – Mas ele é muito lindo! – enchi seu rostinho de beijos, arrancando gargalhadas dele.

   - O Thony tá andando... – Claire cantarolou, também abraçando o irmão. – Não é mais um bebê, mamãe. – deu um beijo em minha bochecha.

   - Claro que é! Você e seu irmão vão ser sempre os meus bebês. – Edward riu, se aproximando de nós três.

   - Será que eu posso bater um papo com meu filho? – tirou o bebê do meu colo. – Quê isso, hein?! Já tá andando! – o jogou para o alto, arrancando mais gargalhadas dele. – Mas é muito esperto esse garoto! Puxou o pai. – fingiu morder sua barriga.

   - Papai é convencido. – Claire murmurou ao seu lado, me fazendo rir.

   - É mesmo, filha. – observei minha família.   

   Definitivamente, eu não podia estar mais feliz.

   Flashback off.

   - O que está acontecendo com você? – percebi que ele estava deitado ao meu lado.

   - Nada. Só estou meio nostálgica hoje. – sorri, passando meu dedo em sua barba por fazer. – Eu gosto quando você está assim.

   - Assim como? – sua voz saiu mais rouca. Tipicamente de quando estava com desejo. – Com a barba por fazer?

   - Arrã. – coloquei nossos corpos mais ainda. – É sexy. – sussurrei em seu ouvido, para logo depois morder o lóbulo de sua orelha.

   - Não me provoca, Isabella... – apertou minha cintura por cima da camisola de seda rosa que eu usava.

   - Por que, hein? – lambi sua bochecha. – Eu quero você.

   - Já me tem, Sra. Cullen. – ri.

   - Você entendeu. – virei nossos corpos, sentando em cima de sua barriga, tirando minha camisola. Ele gemeu ao me ver completamente nua.

   - Hoje é alguma data especial e eu esqueci? – gargalhei.

   - Não. Por quê?

   - Não sei. Você só costuma estar assim nessas datas. – nos virou, trilhando um caminho de beijos por meu corpo.

   - Quer dizer que fora dessas datas eu não mostro desejo por você? – murmurei com a voz entrecortada devido à luxúria que queimava em meu corpo nesse momento.

   - Não, mas você não costuma ser tão atirada. – gemi alto quando ele mordiscou meu seio esquerdo. – Shiii. Você vai acordar as crianças, baby. Nós não queremos isso, certo?

   - Edward, eu preciso de você dentro de mim. – pedi.

   - E vai me ter, mas não agora. – se afastou, tirando a camisa e a calça social, ficando apenas com a boxer branca.

   - Por favor. – implorei.

   - Não. – voltou a deitar por cima de mim. – Hoje as coisas vão ser do meu jeito.

   - As coisas sempre são do seu jeito. – me contorci debaixo dele, esfregando meu corpo ao seu, o fazendo gemer.

   - Não faz assim.

   - Por quê? – nos virei, ficando por cima.   

   Logo Edward já estava nu e dentro de mim. O sexo com ele era indescritível, nós sempre tentávamos inovar, para não cair na rotina e ficar aquela coisa chata. Mas acho que o sexo com ele nunca seria chato. Ele é o cara mais foda do mundo!   

   Meus movimentos eram hora lentos, hora rápidos. Edward sorria ao ver eu me movendo em cima dele, como se estivesse se deliciando com a cena. Ele ficava tão lindo desse jeito, com esse sorriso safado no rosto e com os olhos em um azul escuro de desejo. Como eu amava esse homem. Chegava a ser doentio o tamanho do amor que eu sentia por ele.

   - Eu vou gozar. – avisou.

   - Vem... Junto comigo. – e não foi preciso dizer mais nada, logo estávamos sendo tomados pelo prazer absurdo de um orgasmo.

   - Acho que eu já falei isso, mas vou repetir pela milésima vez: qualquer dia você me mata. – me puxou para seu peito, tentando controlar a respiração.

   - Acho que você é quem está ficando velho, hein? – brinquei.

   - Claro que não! Só tenho 32 anos, tá? Sou muito novo ainda. – bufou. – Você que é nova demais! Puff! Ainda vai fazer 26 anos... Me casei com uma criança.

   - Cala a boca! – bati em seu peito nu. – Eu sei que você me ama. – bocejei.

   - Amo mesmo. – beijou minha cabeça. – Assim como você me ama. Agora vamos dormir, sim? Amanhã você tem médico cedo e as crianças vão vir nos acordar logo assim que acordarem.

   - Ok. – me sentei, colocando sua camisa que estava no chão. – Você não vai tomar banho?

   - Vou. Agora. – levantou. – Tente me esperar acordada.

   - Arrã. – mas não consegui. Em menos de 3 minutos eu já estava em um sono profundo.

   Edward pov.

   Acordei no dia seguinte com as crianças pulando em cima de mim, quer dizer, a criança. Claire estava sentada ao meu lado esperando o irmão me acordar. Abri os olhos, rindo.

   - Bom dia. – o agarrei pela cintura, fazendo cosquinhas.

   - Ai, papai! Pára! – gritou.

   - Ué, me acordou e agora não quer que eu me vingue?! – ri. – Bom dia, princesa. – dei um beijo em sua bochecha.

   - Oi, pai. – sorriu.

   - Cadê a mãe de vocês? – sentei na cama, colocando Anthony em meu colo.

   - Mamãe tá fazendo o café. Ela falo que daqui a pouco vai no médico. – olhou pra mim com a testa franzida. – A mamãe tá dodói, papai? – ri.

   - Não, campeão. Ela só vai ao médico porque tem que ir.

   - Deve ser ruim ter que ir ao médico por ir. – Claire opinou.

   - É. Deve ser mesmo. Vamos levantar?

   - Arrã. – saímos da cama, indo para a cozinha, onde Bella estava. – Bom dia. – a abracei por trás, dando um beijo em seu pescoço.

   - Oi, amor. – apoiou a cabeça em meu ombro, me pedindo m beijo. – Quer café?

   - Por favor. – pegou a caneca, que Claire tinha feito para mim no dia dos pais do ano passado, e encheu de café.

   - Olha, as crianças já comeram e eu também. Tenho que ir logo.

   - Ok. – assenti.

   - Depois de lá vou dar uma passada na livraria, mas é coisa rápida. Só para ver se tudo está Ok.

   - Tudo bem, Bella. – sorri.

   - Tentem sobreviver, por favor. – revirei os olhos, recebendo outro beijo dela. – Amo você.

   - Eu também.

   - Tchau, crianças.

   - Tchau, mãe. – falaram juntos antes de ela sair.

   - Então, o quê vamos fazer?

   - Jogar video game!

   - Não!

   - Sim!

   - Não, Anthony! Eu não quero jogar video game! Isso é coisa de menino! – cruzou os braços, emburrada.

   - Você que é muito chata! – deu língua a ela.

   - Ei, ei, ei! Vamos parando com a briga! – me meti no meio deles. – O quê você quer fazer, princesa?

   - Brincar com a Summer no jardim.

   - Você sempre qué brinca com ela no jardim!

   - Anthony. – falei sério, logo ele se calou. – Tudo bem, filha. Você pode ir brincar com ela.

   - Mas eu queria que você fosse comigo. – pediu, fazendo o biquinho da mãe.

   - Não. O papai vai brincá comigo!

   - Ele sempre brinca contigo!

   - Gente, chega! Eu vou brincar com os dois. Agora sem brigas, por favor. Anthony, vai ligando o video game que eu vou brincar um pouco com a sua irmã, daqui a pouco eu volto.

   - Tá.     

   E o meu dia se resumiu a isso: brincar um pouco com um, depois com outro, até ambos se cansarem e resolverem dormir. Forrei um colchonete no chão da sala e coloquei os dois deitados ali, em menos de 10 minutos já estavam dormindo...   

   Olhei pra Anthony e notei o quão parecido ele estava comigo. O cabelo, os olhos, a boca, bochechas, sobrancelhas grossas iguais as minhas... Bella estava certa, a única coisa que ele tem dela é o nariz. Observando meu filho, percebi como ele cresceu. Parece até que foi ontem o dia que ele falou pela primeira vez.

   Flashback on.

   Estávamos no quintal de casa, perto da piscina. Era meado de maio, Anthony estava com 10 meses. Por ser primavera, o tempo estava muito agradável, o que nos possibilitava ficar ao ar livre no fim de tarde.   

   Bella estava com Claire em seu colo enquanto eu brincava de carrinho com Thony. O moleque era muito esperto, sabia direitinho como se brincava. Summer estava correndo atrás dos passarinhos na grama, arrancando boas risadas de nós, até mesmo o bebê ria, apesar de eu desconfiar que esse fato se dava devido aos nossos risos, não a brincadeira da cadela.

   - Thony. – Claire chamou a sua atenção. – Fala Claire. – ele resmungou, mas não falou o nome da irmã.

   - Desiste, filha. A primeira palavra que ele falar vai ser “papai”, não é, filhão? – o rodei no ar, arrancando gritinhos dele.

   - Claro que não! Fui eu quem o carreguei por 7 meses, senti dores, fiquei inchada, engordei, amamento, fico acordada quando ele está doente... A primeira palavra que ele vai falar vai ser “mamãe”.

   - É isso que nós vamos ver. – pisquei um olho para ela.

   - Anthony, ignore eles dois. Fala Claire. Fala, bebê. – segurou as mãozinhas do irmão, as balançando.

   - Filha, ele não vai falar. Não adianta nós ficarmos o pressionando. Tudo tem seu tempo. Assim que ele tiver pronto, ele fala. – Bella passou a mão nos cabelos dela, os tirando de seu rosto.

   - Mas eu queria tanto que ele falasse o meu nome, mamãe.

   - Eu sei que sim, anjo. Ele vai falar, no momento certo. – sorriu pra filha. Nisso, Summer passou por baixo das pernas de Anthony, quase o derrubando. – Summer! – Bella brigou com ela. – Não é pra fazer isso, quase que ele cai! – pegou a cachorra no colo. – Não gostei, não mesmo, Summer!

   - Summy!

   - ELE FALOU? – nós três gritamos ao mesmo tempo.

   - Repete, filho. – Bella colocou a cachorra novamente no chão.

   – Quem é ela?

   - Summy! – riu, balançando os bracinhos.

   - Ai, Deus! Ele tá falando! – tomou a criança dos meus braços, beijando seu pescoço. – Quem sou eu? – apontou pro próprio peito.

   - Summy! – eu e Claire gargalhamos.

   - Não, filho. – balançou a cabeça negativamente. – Ma – mãe.

   - Summy! – riu.

   - Thony? – chamei. – Fala papai.

   - Summy!

   - Ele só vai falar Summer? – Claire colocou as mãos na cintura, bufando.

   - É porque ele aprendeu a falar agora. – a peguei no colo. – Sabe qual foi a sua primeira palavra?

   - Não.

   - Papai.

   - Sério?

   - Arrã. – assenti. – E você também não parava de falá-la. Tudo que mandávamos você repetir, você falava papai. Daqui a pouco ele aprende a falar outras coisas, né, garotão?

   - Summy! – gargalhou, mostrando os dois dentinhos da frente.   

   Não tinha forma melhor de aproveitar meus finais de semana sem ser ao lado da minha família.

   

   Flashback off.

   - Edward? – olhei para cima, vendo Bella parada a minha frente.

   - Oi. – levantei com cuidado para não acordar as crianças. – Chegou tem muito tempo? – dei um beijo em sua testa.

   - Não. Acabei de chegar. – olhou para os filhos. – Que milagre Claire estar dormindo a tarde!

   - Ela brincou muito hoje. – abracei-a. – Tá tudo bem? Tô te achando meio estranha...

   - Tá sim. – tentou sorrir, mas não me convenceu. – Eu vou tomar um banho e a gente conversa, tá? Coloque-os na cama, por favor.

   - Sim, senhora. – assenti, vendo-a ir em direção a escada.   

   Peguei Claire no colo, indo em direção ao seu quarto lilás. Bella falava que daqui a uns anos nós teríamos que reformá-lo, pois segundo ela, nossa filha já estava ficando uma mocinha e não ia querer um quarto tão infantil como aquele, mas por enquanto eu não me preocupava com isso. Claire ainda era uma criança e, se dependesse de mim, ainda seria por muitos e muitos anos.   

   Depois de vê-la acomodada em sua cama, voltei para sala para pegar meu rapazinho. Assim que Anthony sentiu que estava na cama, se espalhou todo. Até nisso ele tinha me puxado, era extremamente espaçoso. Por sorte, Isabella não reclamava, até porque ela dormia em um espaço mínimo da cama.

   - Pronto. Já estão em seus respectivos quartos. – entrei em nosso quarto, observando-a em um roupão branco, passando hidratante nas pernas.

   - Acordaram?

   - Não, não. – me aproximei, enlaçando sua cintura. – Tem certeza de que você está bem?

   - Vem cá. – me puxou pela mão, até eu estar sentado na cama, se sentando em meu colo. 

   - Está tudo bem na livraria?

   - Tudo na mais perfeita ordem. – sorriu.

   - E como foi no médico? – talvez ela estivesse estranha por causa da consulta de hoje. Claro! Por que eu não pensei nisso antes?

   - Tá tudo bem, Edward. – segurou meu rosto entre as mãos. – Eu estava pensando, se eu ficasse grávida novamente, quem nós escolheríamos para serem os padrinhos do nosso filho?

   - Bem, Alice e Jasper são os padrinhos de Claire, Rosalie e Emmett de Anthony, acho que chamaríamos Jacob e Leah... Mas por que a pergunta?

   - Então nós vamos ter que falar com eles. – seu sorriso aumentou.

   - Você... Você... – gaguejei. – Você tá grávida?! – minha voz saiu esganiçada.

   - Arrã. – assentiu enquanto duas lagrimas grossas rolavam por seu rosto. – Eu sei que não foi planejado igual Anthony, mas aconteceu. – deu de ombros.

   - Isso... Isso é sério? – coloquei minha mão em seu ventre liso.

   - É, amor. – riu da minha estupidez. É claro que era sério! Bella jamais brincaria com isso! – Você tá feliz?

   - Se eu tô feliz?! É claro que eu tô feliz! – sorri. – Você não poderia ter me dado notícia melhor! – dei um beijo em seus lábios. – Quanto tempo?

   - 2 meses. – brincou com a minha aliança.

   - Espero que dessa vez seja uma menina. – mordi sua bochecha.

   - Espero que dessa vez ele, ou ela, se pareça comigo, sabe? Porque é muito chato você carregar seu filho durante 9 meses e ele sair a cara do pai. – gargalhei com o biquinho adorável que ela fez. – Não ria! – estapeou meu ombro.

   - Eu te amo, Isabella. – sorriu o sorriso mais lindo do mundo. O meu sorriso.

   - Eu te amo, Edward. Para todo e sempre.


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Notas finais do capítulo

E aí? O quê acharam? Anthony um lindo, né? Claire uma mocinha já... Perceberam que foquei os flashbacks no Thony, não é? Então, vocês acompanharam o desenvolvimento da Claire, mas não dele... Quis dar essa oportunidade a vocês. Espero que tenham gostado.
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É com muita tristeza que eu me despeço de Curando Feridas. Essa fic foi muito importante pra mim, foi com ela que eu comecei a crescer e amadurecer minha escrita. Espero, sinceramente, que eu tenha agradado a todos os meus leitores, se não, peço que me desculpem. Podem ter a certeza de que me esforcei bastante para isso. Mas não fiquem tristes, vem mais fics por aí, hahahahahahaha. Quero agradecer a cada review que vocês me deixaram durante esse tempo. É por causa do seu comentário e do seu apoio que eu não desisto de escrever. De verdade, muito, muito, muito obrigada :)
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E já tem nova fic por aí... Littlest Things estreia dia 18-11. Conto com vocês lá, hein? Tá aqui o link: http://fanfiction.com.br/historia/288400/Littlest_Things