Curando Feridas escrita por vieesoares


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Oi, meus amores? Como estão? E aí, aproveitaram o feriado? Viajaram...
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Queria muito agradecer a recomendação super linda da BAD GIRL! Flor, essa foi a primeira recomendação que eu recebi e fiquei muito feliz, você não tem noção! Sem contar que suas palavras me emocionaram muito! Muito, muito, muito obrigada! Mesmo!
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Então, vamos a mais um capítulo?



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Edward pov.

- Claire? – gritei quando cheguei em casa.

- Papai! – pulou no meu colo, envolvendo seus braços em meu pescoço. – Eu tava com saudade.

- Eu também, filha. – enchi seu pescoço de beijos, arrancando gargalhadas deliciosas dela. – Cadê a vovó? – fomos em direção ao meu quarto.

- Tá arrumando meu quarto, papai.

- Filha, quem tem que arrumar o seu quarto é você, – a coloquei em cima da minha cama. – não sua avó.

- Sabe o que é, papai? – colocou o indicador na boca, fazendo sua melhor cara de inocente.

- Hã?

- É que eu tava com muita preguiça, sabe?

- Sei, sei. – tirei minha gravata e minha blusa, ficando só de calça social.

- Filho? – a senhora alta e elegante, que era minha mãe, entrou no meu quarto.

- Oi. – dei um beijo em sua cabeça.

- O que aconteceu? – peguei uma bermuda na terceira gaveta do armário.

- Como assim?

- Você está com uma cara boa, de felicidade. – ri.

- Resolvi seguir os conselhos da Alice. – olhei para Claire, que estava distraída com a televisão. – Vou me dar uma chance. Conversei com Isabella hoje, nós vamos tentar ter algum relacionamento.

- Isso é sério?! – assenti. – Ai, meu filho, que felicidade! – me deu um abraço forte. – Você não podia ter me dado notícia melhor! A Isabella é uma menina linda, simpática, educada –

- Mãe, – a interrompi, rindo. – você nem conhece a Isabella. Como pode estar falando essas coisas dela?

- Conheço sim, tá? Sua irmã fala muito dela.

- Ah, Sra. Esme, quer dizer que você conhece a Bella pelo o que minha irmã fala? – passei meus braços por seu corpo magro, a apertando em outro abraço.

- É. – deu um beijo em meu peito. – Vou marcar um almoço lá em casa para conhecê-la melhor.

- Mãe, eu e Isabella não estamos namorando. Estamos nos conhecendo, se tudo der certo, aí sim começamos um relacionamento sério.

- E Claire? Vai contar para ela?

- Ainda não. Quero ter certeza do que está acontecendo entre nós dois. Claire gosta muito dela, não quero que ela crie falsas esperanças.

- Você está certo, filho. Mas e quanto a Charlie? O que você vai fazer?

- Vou conversar com ele amanhã, tentar pelo menos descobrir o porquê dessa situação.

- Papai, deita aqui comigo? – pediu, manhosa demais.

- Espera aí, amor. Deixa o papai tomar só um banho, tá?

- Tudo bem, mas não demora. – voltou sua atenção para o desenho que passava.

- Vou embora, Edward. Dê atenção para Claire.

- Tchau, mãe. – dei outro beijo em sua bochecha. – Até amanhã.

- Tchau, amor. – entrei no banheiro para tomar banho, mas a ouvi se despedindo de Claire.   

Tomei um banho rápido, tentando deixar minha filha o mínimo de tempo sozinha. Como minha mãe costuma dizer: criança sozinha por muito tempo é sinônimo de arte. Com Claire não era diferente.

- Como foi o seu dia hoje? – deitei ao seu lado na cama e a puxei para meu peito.

- Bom. – olhou para mim. – Papai, sabia que o Gregório vai ganhar um irmãozinho?

- É, filha? – passei meus dedos longos por seu cabelo. – Ele deve estar muito feliz, né?

- Acho que sim, pai. – pegou o controle da televisão, que estava ao seu lado, desligando a mesma. – Eu queria um irmão também, papai. – olhou nos meus olhos, me lançando aquele olhar que me desarmava.

- Filha, nós já conversamos sobre isso tantas vezes... Pra você ter um irmão o papai precisa ser casado.

- Então se casa, pai.

- Não é tão simples assim, querida. – dei um beijo em sua testinha alva. – Sabe quem eu vi hoje? – mudei de assunto.

- Quem você viu hoje, papai?

- A tia Bella! 

- A tia Bella?! – sentou na cama, olhando para mim de olhos arregalados.

- Foi, querida. – toquei a ponta de seu nariz cheio de sardas. – E o que você acha de nós ligarmos para ela agora, hein?

- Sério, papai?! – ficou em pé no colchão, animada. – Vamos! – passou por cima de mim, pegando o telefone sem fio que ficava ao meu lado. – Aqui, liga pra ela. – peguei o aparelho de sua mão e busquei meu celular em cima de mesa de cabeceira. Só nele tinha o celular de Bella. Depois de saber o número, disquei e esperei ela atender.

- Alô? – sua voz estava sonolenta.

- Te acordei?

- Não, Edward. – bocejou. – Na verdade, eu estava indo escovar os dentes para dormir, mas pode falar.

- Não, só queria saber se estava tudo bem. – puxei minha filha para mais perto, a colocando sentada sobre minha barriga.

- Deixa eu falar com ela, papai?

- Espera um pouco. – sussurrei.

- Tá tudo bem sim. – ouvi o barulho de água caindo ao fundo. – Vou começar a escovar os meus dentes, não estranhe se eu falar tudo embolado. – avisou.

- Tudo bem. – ri. – Seu pai falou alguma coisa sobre sua demora?

- Espera. – escutei o barulho das cerdas da escova passando pelos seus dentes e aquilo, de certa forma, me confortou, me dando a sensação de que nós éramos íntimos o suficiente para aquilo. – Não, não arrumou problema nenhum, só perguntou o motivo da minha demora. Falei que eu tinha ido almoçar com Rosalie.

- Amanhã eu vou conversar com ele.

- Sobre nós dois?

- Não. Vou perguntar o verdadeiro motivo dele não me querer perto de você.

- Papai!

- Bella, espera aí. Tem uma pessoinha aqui me perturbando para falar com você. – ela riu.

- Passa para ela, Edward. – estendi o telefone na direção da baixinha irritante que estava sentada em cima de mim.

- Oi, tia. – sorriu. – Tô sim e você? – pausa. – Tia Bella, sabia que o meu amiguinho da escola vai ganhá um irmão? – outra pausa. – É. Eu também queria um, mas o papai falou que não pode. Por que não pode, tia?

- Claire! – repreendi, mas ela simplesmente me ignorou.

- Ah, entendi!

- Me deixa falar com a Bella.

- Tia, o papai qué falá com você. – outra pausa. – Tá, tia. Beijos, tchau. – passou o telefone para mim.

- Bella, desculpe por isso.

- Imagina, Edward. – dessa vez sua voz estava risonha. – A Claire é uma das crianças mais fofas que eu já tive a oportunidade de conhecer.

- É, ela é mesmo. – cocei minha bochecha, sentindo minhas pálpebras começarem a pesar e, como se para confirmar isso, Claire bocejou ao meu lado, indicando que não era só eu quem estava com sono.

- Amanhã você vai trabalhar?

- Arrã.

- Tem certeza de que é uma boa ideia você falar com ele?

- Não vamos falar sobre nada demais, pelo menos não na minha visão.

- Mas pode ser na visão dele. – rebateu.

- Confie em mim, Bella. – e ela sabia que eu não estava me referindo somente a conversa que eu teria com Charlie amanhã.

- Eu confio, Edward. Muito mais do que você pode imaginar. – dessa vez seu bocejo foi mais longo.

- Vai dormir, Bella. Conversamos amanhã.

- Vou mesmo. Boa noite, mande um beijo para Claire.

- Assim que ela acordar. – olhei para a menina adormecida ao meu lado.

- Tudo bem. – riu. – Beijos, até amanhã. – desligou.   

Eu queria refletir mais sobre o que tinha acontecido hoje, mas juntando meu cansaço do dia com o fato da minha filha estar dormindo ao meu lado, fizeram meu sono falar mais alto, fazendo com que eu rapidamente adormecesse.

[...]

Minha mente estava entre o consciente e inconsciente. Eu sentia minha cabeça pesada, como se eu estivesse com uma puta ressaca, mesmo sabendo que eu não tinha bebido uma gota de álcool, sem contar que meu corpo doía absurdamente.   

Contra minha vontade, abri os olhos, vendo no despertado ao meu lado que era um pouco mais de 3 da manhã. Levantei da cama muito a contra gosto e fui à cozinha beber um copo de água, mas só o contato dos meus pés descalços com o chão de madeira me fez estremecer. Que porra de frio é esse? Só me falta ficar doente. E para provar o que eu pensei, veio o primeiro espirro.

- Puta que pariu. – praguejei enquanto enchia o copo de água. E dessa vez outro espirro, porém acompanhado de tosse. – Merda! – passei a mão no rosto, me sentindo mais quente que o normal. Achei melhor tomar um antitérmico logo, talvez assim eu acordasse melhor amanhã.   

Depois de ter tomado o maldito remédio, voltei para cama a fim de dormir um pouco. Se bem que pelo andar da carruagem, acho que amanhã eu vou ficar em casa sob os cuidados de D. Esme.

[...]

Acordei na manhã seguinte com meu celular despertando e com meu corpo doendo absurdamente. Parecia que um tanque de guerra tinha passado por cima de mim. Sem contar que eu tremia de frio, minha febre provavelmente deveria estar alta. Eu tinha que trabalhar, não podia arrumar mais problemas com Charlie, então levantei e fui tomar banho. Claire continuava apagada ao meu lado, fiquei com pena de acordá-la. Faltar aula de vez em quando não mata ninguém, certo?   

Depois de pronto, fui preparar meu café enquanto esperava minha mãe chegar. Enquanto colocava a bebida preta fumegante na xícara, ouvi a porta da frente sendo aberta.

- Edward?

- Na cozinha, mãe. – minha voz estava mais rouca do que o normal e não era por desuso.

- Bom dia, filho. – ficou na ponta dos pés para me dar um beijo. – Edward, você está com febre?

- Não, mãe. Claro que não. – me afastei dela.

- Então por que seu rosto está quente? – colocou as mãos na cintura, me encarando seriamente.

- Porque eu tomei banho de água quente. – falei a primeira coisa que me veio na cabeça.

- Francamente, Edward! Você, como policial, deveria saber mentir melhor! – espalmou a mão sobre minha testa, medindo minha temperatura. – Anda, pode voltando para cama.

- Mãe, eu tenho que trabalhar. – protestei enquanto era empurrado e volta para o quarto.

- Você é que pensa que eu vou te deixar sair daqui doente. – me obrigou a deitar e começou a me ajudar a tirar a roupa.

- Mãe, será que eu posso pelo menos ter a privacidade de trocar de roupa? – pedi.

- Como se eu nunca tivesse visto você sem roupa. – resmungou. – Vai logo. – levantei da cama e fui para o banheiro. Coloquei a mesma calça de moletom e blusa de algodão que eu tinha usado para dormir.

- Pronto, D. Esme. – retornei para o quarto.

- Claire não vai para aula hoje, não?

- Não. – deitei ao lado da pequena, que dormia completamente alheia a tudo. – Eu tenho que ligar para Charlie.

- Eu vou preparar um chá para você. Já volto. – saiu em direção à cozinha. Peguei o telefone e disquei o numero da casa de Charlie, essa hora ele ainda está lá.

- Alô?

- Oi, Bella. – tossi. – Bom dia. Seu pai está aí?

- Tá tudo bem, Edward? – ouvi os resmungos de Charlie ao fundo.

- Eu tô meio gripado. – espirro.

- Meio? Acho que completamente, não? – debochou. – Vou passar para o meu pai. Beijos e melhoras.

- Obrigado.

- Oi, Edward. – sua voz estava meio mal-humorada.

- Bom dia Charlie. Liguei só para avisar que não vai dar para eu ir trabalhar hoje, acordei meio gripado. Realmente estou me sentindo bem mal.

- Dá pra perceber. Sua voz está horrível. Não tem problema, Edward. Eu te conheço, sei que você jamais faltaria o trabalho se realmente não fosse alguma coisa importante.

- Obrigado, Charlie. – tossi.

- Vai descansar, filho. Mais tarde eu ligo para saber se você melhorou.

- Tchau, Charlie. Mais uma vez obrigado. – coloquei o aparelho no gancho e permiti que meu corpo escorregasse pela cama até estar bem acomodado, mas isso não durou muito. Logo minha mãe estava entrando no quarto com uma xícara de chá na mão.

- Anda, pode bebendo isso tudo e tomando esse remédio. – me estendeu o comprimido branco e a xícara da mesma cor.

- Mãe...

- Anda, Edward. – fiz o que ela mandou. Quanto antes me livrasse disso, melhor. – Pronto, agora você pode voltar a dormir. – ajeitou as cobertas por cima de mim e saiu do quarto. Abracei o corpo pequeno da minha filha, me permitindo voltar a dormir.   

Em certo momento senti Claire se mexendo, provavelmente saindo da cama, mas meu sono estava muito pesado para eu se quer me dar ao trabalho de abrir os olhos. Há muito tempo que eu não ficava doente, estava até me esquecendo de como era.

- Edward. Edward, filho, acorda. 

- Hum... Oi, mãe. – abri os olhos, vendo que meu quarto estava escuro demais.

- Teve um problema lá na empresa, querido. Vou ter que ir lá, mas liguei para Alice e pedi para ela vir para cá.

- Não tem necessidade disso, mãe. – sentei na cama, me espreguiçando.

- Claro que tem, Edward. Não vou deixar você doente e sozinho em casa. – abriu as cortinas, deixando a claridade invadir o ambiente. – Claire está na sala vendo televisão, já almoçou. Sua sopa está no microondas, é só esquentar.

- Sopa, mãe?!

- Sopa, filho. Você está doente, precisa se alimentar bem. – mexeu nos cabelos da mesma cor dos meus. – Já vou. – deu um beijo na minha testa. – Daqui a pouco Alice deve estar chegando.

- Tá, mãe. Não sou nenhuma criança. – levantei da cama, indo para a sala.

- Não estou falando que você seja. – veio atrás de mim. – Mas sempre é bom avisar.

- Filha, deixa o papai deitar aí do seu lado? – Claire estava completamente esparramada no sofá de couro preto.

- Deita, pai. – chegou para o lado, me dando espaço.

- Vovó já vai, anjo. – deu um beijo na testa dela. – Tchau, meu filho. Qualquer coisa me liga.

- Tá, mãe. Tá.

- Tchau. – saiu.   

Por que os pais repetem milhões de vezes à mesma coisa? Eu também sou assim, eu sei disso, mas que isso irrita não há dúvidas.

- Você tá doente, papai?

- É, querida. Papai ficou doente.

- Por isso que você não foi trabalhá, né? Quando a gente fica dodói, a gente pode faltá a escola e o trabalho, né?

- É, filha. – ri de sua inocência. – O quê você está vendo? – tentei reconhecer o desenho que estava passando, mas não obtive sucesso.

- Padrinhos Mágicos.- Hum... – a campainha tocou. – Deve ser sua tia. – levantei do sofá, indo abrir a porta, mas ao fazê-lo, não é Alice quem vejo. – Bella?! O quê você está fazendo aqui?


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Gostaram da Bella ter ido cuidar dele? Claro que sim, né?!
-
Próximo capítulo vai ser bem tenso: vamos ter Edward contando sobre a morte de Tanya, Claire aprontando e indo para no hospital E... Não posso contar! hahahahahahaha
-
Comentem bastante, meus amores, por favor!
-
Beijos e até semana que vem, meninas!
-
twitter: https://twitter.com/#!/vieetorres



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