Curando Feridas escrita por vieesoares


Capítulo 8
Capítulo 7.


Notas iniciais do capítulo

Olá, como estão? Espero que bem, rs.!
.
Desculpem a demora por postar esse capítulo, gente, mas é que realmente essa semana foi muito corrida pra mim, só tive um tempinho agora, mas aí está ele. Espero que gostem e comentem bastaaaaaaaante :D



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Edward Pov.

- Tchau, Edward. Pense bem naquilo que eu te falei. – ficou na ponta dos pés, dando um beijo na minha bochecha.

- Tá, tá. Vai embora logo. – a empurrei para fora do apartamento.

- Grosso. – me deu língua. – Tchau. – saiu.

   A conversa com a minha irmã havia sido muito produtiva. Alice me fez ver muitas coisas que estavam passando despercebidas, como por exemplo, o fato de eu não ver meu pai há meses. Eu sei que não só ele, mas como minha mãe, sentiam falta da minha presença na sua casa.

   Eu prometi para mim mesmo que a partir de hoje eu seria mais presente, e isso começaria pelo almoço de domingo. Minha mãe está insistindo muito para que eu vá nesse almoço, apesar de minha vontade ser nula, eu irei. Voltarei a me aproximar dos meus pais.

- Filha, deixa o papai deitar do seu lado. – massageei suas costas.

- Sai, papai. – empurrou minha mão.

- Claire, eu quero deitar, filha, chega para um pouco para o lado. – ela fez o que eu pedi e assim que eu me deitei ela colocou a cabeça sobre meu peito. – Amanhã você vai para a escolinha, tá?

- Ah, papai, por quê? Amanhã é o último dia, deixa eu faltá amanhã também?

- Não, Claire. Amanhã você vai para aula.

- Poxa, papai... Por favor. – olhou para mim com aqueles olhinhos brilhando.

- Claire...

- Por favor, por favor...

- Tudo bem. – me dei por vencido.  Não tem como resisti a ela.

- Eba! Obrigada, papai! – deu um beijo estalado na minha bochecha.

- Tudo bem, agora vamos dormir, mocinha. O papai está com sono.

- Tá bom.

   Claire era a criança mais doce e carinhosa que eu já conheci. Sem contar que era muito esperta. Minha filha era o meu orgulho, a pessoa que eu mais amava no mundo.

- Papai?

- Oi, anjo.

- Eu te amo.

- Eu também, Claire... Eu também. – falei antes de adormecer.

3 dias depois.

- Anda, Claire. Nós vamos nos atrasar.

- Papai, eu não tô achando minha boneca nova.

- Filha, você tem várias bonecas na casa da sua avó.

- Mas eu quero aquela, papai. – cruzou os braços, irritada.

- Na casa da sua avó você escolhe a que você quiser. – a peguei no colo, saindo do apartamento.

- Papai! – esperneou no meu colo.

- Quieta, Claire! – apertei o botão do térreo.

- EU NÃO QUERO IR! – gritou, com o rosto vermelho de raiva.

- Ei! O quê é isso? – olhei sério para ela.

- Eu quero voltá pra casa.

- Por que isso agora? Só por causa da sua boneca?

- Não. – fungou. – Eu não gosto da tia Vick.

- Filha, nós já conversamos sobre isso. – saímos do elevador e fomos para a garagem.

- Papai, ela não gosta de mim. Eu sei.

- Tá, Claire. – a coloquei no banco de trás e passei o cinto de segurança por seu corpo.

- Você não tá acreditando em mim.

- Claire, - dei a volta, entrando no lado do motorista. – isso é coisa da sua cabeça, meu amor. A tia Vick te adora.

- Tá, papai. Tá bom.

   Eu queria entender de onde ela tinha tirado essa ideia de que Victória não gostava dela. Não sei se foi Alice quem falou isso para ela... Ou se era realmente coisa da sua cabeça.

- Ei! – coloquei meu braço para trás, mexendo no pé dela.

- Quê?

- Muda essa carinha...

- Não quero.

- Filha, conversa com o papai. – insisti.

- Não quero!

- Claire, sua avó vai perguntar o porquê dessa cara, o quê eu vou dizer?

- Nada.

- Você não quer conversar mesmo, né?

- Não.

- Tudo bem. – já vi que hoje meu dia vai ser extremamente difícil.

Isabella Pov.

   Eu ainda não conseguia acreditar no que ele tinha me feito. As palavras que ele havia me dito ficaram na minha cabeça durante esses 3 dias. No dia seguinte ao acontecido eu estava me sentindo tão mal que cheguei a ligar para Rosalie para ela passar o dia comigo. Claro que não contei para ela a verdade, só falei que acordei me sentindo mal, o que não era uma mentira. O mais difícil foi com meu pai, eu não queria que ele percebesse o meu estado.

   Aliás, que estado? Não tinha, e nem tem, motivo para eu ter ficado daquela forma, acho que no fundo o maior problema foi realmente a rejeição.

   O importante é que agora eu estou bem melhor. ­­­­­

- Filha? – entrou na cozinha, onde eu estava fazendo comida, me chamando.

- Oi, pai.

- Tem como você fazer um pouco mais de comida? É que o Billy vai almoçar aqui com o filho.

- Billy Black? Aquele seu amigo da polícia?

- Ele mesmo.

- Tá, tudo bem. – dei de ombros. – A propósito, vou sair com Rosalie hoje mais tarde.

- Aonde vocês vão?

- Vamos ao shopping, precisamos comprar algumas coisas para a faculdade. – joguei o frango cortado em cubos dentro da panela.

- As aulas começam amanhã, né?

- Pois é... – suspirei.

- Está nervosa?

- Um pouco. – me apoiei na pia, olhando para ele. – As aulas aqui vão ser um pouco diferentes, né?

- As matérias são as mesmas, Bella.

- Mas as pessoas não.

- Você não fez amigos em Paris? – assenti. – Pois bem, você com certeza fará amigos aqui.

- Você acha? Eu sou um pouco antipática, pai. – fiz careta.

- Você não é antipática, você só é tímida. – piscou. – Eu tenho certeza que você fará novos amigos... Alice irá te ajudar.

- Alice, claro... – ele precisava me lembrar do Edward, meu dia estava tão bom.

- Vou assistir a um jogo na sala, daqui a pouco Billy está chegando aqui com o filho. Você lembra do Jacob, Bella?

- Acho que sim.

- Qualquer coisa me chama. – foi em direção a sala.

   Eu fico feliz por saber que o meu pai chamou o Billy para almoçar aqui. Charlie fica muito sozinho aqui em casa, não que eu não dê atenção a ele, mas não é a mesma coisa. Eu percebo que ele sente falta de alguém para conversar sobre futebol, ou alguma coisa do gênero, conversas que ele não se sente a vontade de ter comigo.

   Eu lembro que antes de eu me mudar para a França, Billy vinha quase todos os finais de semana aqui em casa com o filho. Jacob era um cara legal, mas muito infantil... Não sei se era por causa da idade, se bem que ele era dois anos mais velho que eu, mas dizem que os garotos amadurecem muito mais tarde do que as garotas.

   Nós não éramos muito íntimos, conversávamos o necessário, apenas. Mas tínhamos uma coisa em comum: perdemos nossas mães quando ainda éramos crianças. Jacob perdeu a mãe com 11 anos em um acidente de carro, ele estava no automóvel com ela, mas acabou sobrevivendo. Meu pai fala que ele se culpa até hoje pela morte da mãe, apesar de não ter culpa alguma.

- Pai, a campainha está tocando! – gritei.

- Já vou atender. – ouvi o volume da televisão ficando mais baixo e logo os passos pesados do meu pai em direção a porta. – Bella, lembra do Billy, né? – entrou na cozinha junto de um senhor em uma cadeira de rodas e um rapaz alto e moreno atrás dele.

- É claro que eu lembro. Oi, Billy. – me abaixei, deixando um beijo na bochecha dele.

- Charlie não exagerou quando falou que você está linda.

- Obrigada. – respondi corada.

- Lembra do meu filho Jacob, não é?

- Claro que sim. Olá, Jacob. Como vai? – estendi minha mão, apertando a do moreno alto a minha frente.

- Bem, bem e você?

- Bem também. – sorri. – Pai, o almoço está pronto, se você puder ir colocando a mesa enquanto eu tomo um banho, eu vou agradecer.

- Claro, filha.

- Obrigada.

   Tentei tomar um banho rápido. Não queria deixar três homens sozinhos na cozinha. Isso poderia ser sinônimo de uma grande catástrofe.

- Não sei, ele falou que era porque sentia muita falta de casa, mas acho que ela está me escondendo alguma coisa.

- Ué, Charlie, de repente ela realmente sentia falta de casa. Deve ser muito ruim morar em outro país... Eu tenho certeza de que iria odiar.

- Pode ser que de fato seja verdade, Jacob, mas eu conheço minha filha absolutamente bem. Isabella está sim me escondendo alguma coisa.

- Voltei. – entrei no cômodo, encerrando o assunto. Odiava que falassem pelas minhas costas. – Sobre o que falavam? – ergui sugestivamente uma sobrancelha.

- Sobre sua volta para casa, querida. – colocou o último prato em cima da mesa. – Eu realmente estou feliz por você estar de volta.

- Hum... Entendi.

   Nosso almoço foi tranquilo. Eu fiquei 99,9% do tempo quieta. Sobre o que eu conversaria com eles? Quantos eles haviam prendido ao longo da semana? Quantos crimes meu pai tinha solucionado? Quantos mortos eles tinham visto? Para ser sincera, esses assuntos me davam certa repugnância... Era estranho você ver as pessoas falando da morte como se ela fosse algo comum. Ok, é algo comum, mas sempre nos pega de surpresa. Eu, por exemplo, nunca consegui me acostumar com a ausência da minha mãe na minha vida.

- Quer ajuda com a louça, Isabella?

- Só Bella. – respondi. – E não, obrigada. – sorri.

- Você ficou calada o almoço inteiro.

- Eu não tinha o que falar com vocês. – olhei em seu rosto, só agora percebendo o quão bonito Jacob estava. Seus traços não eram mais infantis... Ele já havia ser tornado um homem.

- É verdade. – deu um riso fraco. – A propósito, o quê você vai fazer de tarde?

- Hoje? – ele assentiu. – Vou sair com uma amiga minha, nós marcamos de ir ao shopping, por quê?

- Não, é que eu queria saber se de repente você não gostaria de ir ao cinema comigo. – deu de ombros.

- Você está me chamando para sair com você, Jacob?


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Notas finais do capítulo

Tá aí, gente. Espero que tenham gostado, mesmo!
.
No próximo capítulo vamos ter um pedido muito especial da Claire. O quê será, hein?! Sugestões?!
.
Então, minhas aulas vão começar na segunda, dia 5, então provavelmente só vou postar agora nos finais de semana, mais especificamente aos domingos, mas ao sinal de qualquer mudança corro aqui e falo com vocês, Ok?
.
Beijos, garotas, espero que tenham gostado e comenteeeeeeeeeeeem muito! Boa semana :)



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