Curando Feridas escrita por vieesoares


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO: LEIAM A NOTA DO AUTOR, POR FAVOR. Obrigada :)



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Isabella Pov.

- Isabella, espera! Eu queria –

- Tchau, Edward. – puxei meu braço e me afastei dali rapidamente.

   Foi só entrar no elevador que meu choro começou. Eu chorava de raiva pelo o quê ele havia feito comigo. Nunca, nunca mesmo, alguém tinha me tratado assim. Eu já sofri uma vez por causa de amor, esse foi um dos motivos para eu voltar para Nova Iorque, mas eu nunca tinha sido ignorada, rejeitada...

   Meu corpo balançava com a intensidade dos meus soluços. Eu sinceramente não sabia o porquê de estar assim. Tudo bem que eu estava com muita raiva de ter sido rejeitada, mas será que tinha necessidade para isso tudo? Por que diabos eu estava me sentindo tão mal?

   Passei a mão no rosto, tentando – em vão – enxugar as lágrimas que escorriam por minhas bochechas. Procurei as chaves de casa da bolsa e logo assim que entrei no apartamento me joguei no sofá, me permitindo chorar mais ainda, se é que isso era possível.

- Maldito! Desgraçado! – soquei a almofada que estava do meu lado. – Quem ele pensa que é pra me tratar daquela forma? Babaca, idiota, estúpido, burro, imbecil! Argh! – joguei a almofada na parede. Acho que se fosse possível eu explodiria de raiva! – Chega, Bella! Pára de chorar por causa desse imbecil! Ele não merece. – enxuguei meu rosto, fungando.

   Resolvi tomar um banho e tentar fazer alguma coisa... Ficar chorando não resolveria nada.

   Edward havia errado sim, mas eu tinha que, pelo menos, tentar entendê-lo. Perder alguém se ama não deve ser fácil. Tudo bem que eu perdi minha mãe, mas quando isso aconteceu eu tinha 8 anos e não tinha quase noção da gravidade da situação. Mas ele perdeu a esposa há 2 anos, e pelo o que parece ela era a pessoa que ele mais amava no mundo.

   Foram com esses pensamentos que eu acabei adormecendo.

Edward pov.

   Imbecil, idiota, estúpido! Não cansava de repetir essas palavras mentalmente. Era isso que eu era, um completo babaca! Como eu fui capaz de fazer aquilo com ela? A garota em momento algum fez alguma coisa para me atingir e olha como eu retribuo: tratando-a como uma qualquer.

   Estava tão distraído que nem estava trabalhando direito. Charlie falava comigo e eu não entendia absolutamente nada. Se pudesse voltar no tempo, não teria feito nada daquilo.

- Edward?

- Oi, Charlie.

- Está tudo bem? Estou te achando desconcentrado.

- Será que eu posso ir para casa? Estou um pouco preocupado com Claire. – menti.

- Claro, claro. Mas ela não estava melhor?

- É, mas achei ela um pouco caidinha quando a deixei em casa.

- Tudo bem, vai para casa. Mas posso te pedir um favor antes? – assenti. – Passe no laboratório e entregue isto para James, por favor? – me entregou um saco de papel pardo.

- Ok. Tchau, Charlie. Obrigado. – me afastei dali o mais rápido possível. Tudo que eu precisava nesse momento era da minha filha, da minha casa e da minha cama.

[...]

- Mas eu tô falando, cara... A garota é muito gostosa. – por algum motivo eu parei na porta da sala de James, me interessando pela conversa.

- Sam, eu acho que você tem que tomar cuidado com as coisas que fala. Ela é filha do chefe. – então eles estavam falando da Isabella.

- Tá, mas não é porque ela é filha do Charlie que eu não posso olhar. Ela é gostosa mesmo!

- Não sei, ainda não a conheci.

- Ela esteve aqui ontem e hoje também, até saiu com o Edward... Parece que o cara quer se tornar genro do chefe. – e aquilo me irritou profundamente.

- Eu, se fosse você, Sam, pensaria muito bem nas coisas que fala por aí. – entrei na sala, assustando os dois.

- Ouvir a conversa alheia é falta de educação, Edward. – me desafiou.

- E chamar a filha do chefe de gostosa e ter fantasias sexuais com ela é falta de respeito. – me aproximei dele, fazendo com que desse um passo para trás.

- Tudo bem, rapazes. – James interveio. – Sem brigas. – colocou uma mão no meu peito, me empurrando para trás.

- Eu não falei que ele quer ficar com ela, James? Olha só, está morrendo de ciúmes.

- Escuta aqui, - me desvencilhei de James, empurrando Sam para a parede. – a minha vida não te diz respeito. Mas de uma coisa você pode ter certeza: Isabella é uma menina muito inteligente para ficar com você.

- Edward, chega! Você está enforcando o cara! – me empurrou para trás. – Sam, sai daqui! Vai fazer o seu trabalho, seu horário de almoço já acabou. – James me segurou mais forte quando Sam passou por nós dois. – O quê te deu, cara? – perguntou quando já estávamos sozinhos.

- Não sei. – e realmente era verdade. Eu não sabia o porquê de ter agido daquela forma. – Eu tenho uma filha, né? Não ia gostar de ver um cara falando aquilo dela. – de certa forma isso era verdade, mas ver aquele filho da puta falando de Isabella como se ela fosse um objeto despertou meu instinto protetor. Eu senti vontade de matar aquele desgraçado!

- Tudo bem. – suspirou. – Trouxe o que Charlie mandou?

- Trouxe, está aqui. – peguei o saco de papel pardo que, por algum motivo, estava em cima da mesa.

- Tá, você vai me ajudar com isso daqui ou –

- Não, eu vou para casa. – o cortei.

- Ah, entendi. – assentiu. – Então tudo bem... Você vem trabalhar amanhã?

- Venho, mas amanhã nosso turno é à noite.

- É, eu sei. Até amanhã, então.

- Até amanhã. – saí dali rapidamente. Se o trânsito estivesse bom, daqui a uns 20 minutos eu já estaria em casa, e isso era, definitivamente, tudo o que eu queria.

- Já vai encontrar com Isabella, Sr. Cullen? – Sam perguntou debochadamente. Fechei os olhos e respirei fundo.

- Sam, - cheguei bem perto dele, o olhando diretamente nos olhos. – você cuida da sua vida e eu da minha, tudo bem? – minha voz era baixa, o que a deixava mais letal.

- Você... Você... Você quer realmente ficar com ela. – gaguejou, me fazendo rir.

- Tá com medo? Pois é bom ficar mesmo... – me afastei. – Está avisado: não volte a se meter na minha vida. – e saí.

[...]

   Todos os dias, quando eu chegava em casa, eu tinha a mesma sensação: assim que eu abrisse a porta me depararia com Tanya sentada no tapete da sala brincando com Claire, mas hoje, pela primeira vez, eu não senti isso. Para ser sincero, durante esses 2 dias foram poucas as vezes em que eu pensei em Tanya. E isso me assustava.

- Papai! – veio correndo em minha direção logo assim que eu entrei no apartamento.

- Ei, mocinha! – a puxei para meu colo, dando um beijinho em sua testa. – Por que você só está de blusa e calcinha? – Alice não costumava deixar Claire só com essas roupas, diferentemente de mim e da minha mãe.

- Porque minha saia tava incomodando, mas a titia não pode sabê, papai. – sussurrou.

- Ah! Não pode, não? – perguntei sorrindo.

- Não, não pode. – balançou a cabeça negativamente.

- E por falar nisso, onde sua tia está?

- Na cozinha. – deitou a cabeça no meu ombro, coçando os olhos. Sinal claro de que estava com sono.

- Alice? – entrei no cômodo, chamando por ela.

- Jesus, Maria e José! – deixou o copo, que estava lavando, cair dentro da pia. – Quer me matar do coração?!

- Desculpa. – pedi rindo, fazendo com que ela me lançasse um olhar raivoso.

- O quê você está fazendo em casa a esta hora?

- Problemas...

- Quê problemas? – insistiu.

- Me deixa colocar Claire na cama e já te respondo.

- Como quiser.

   Levei minha filha para meu quarto, a fim de deixá-la mais confortável. Tirei sua blusa e liguei o ventilador no mínimo. O dia hoje não estava frio, mas também não estava quente, por isso joguei o edredom por cima dela.

- O quê aconteceu, meu irmão? – Alice perguntou assim que me viu de volta a sala.

- Ai, Ally! – deitei no sofá, colocando minha cabeça sobre o seu colo.

- O quê foi, Edward? Me conta o que aconteceu... – seus dedos se infiltraram por meu cabelo, em um suava carinho.

- Eu beijei a Isabella.

- Você o quê? Edward como assim você beijou a menina?

- Vou ter que explicar como eu a beijei, Alice? – sentei de frente para ela.

- Não, quer dizer... Ai, Edward! Não me complica, merda! Minha cabeça está tentando processar o que diabos aconteceu. Por que você a beijou?

- Porque eu me senti atraído por ela. – dei de ombros. – Tira esse sorriso do rosto, Alice. – avisei. – Isso foi um erro, não era pra ter acontecido. Fiz questão de deixar isso claro para ela.

- Espera aí, você beija a garota e depois fala para ela que o que aconteceu foi um erro? É isso mesmo? – afirmei. – Qual o seu problema, Edward? A menina deve estar se achando usada agora!

- Eu sei, tá legal? – fiquei de pé, andando de um lado para o outro na sala. – Mas realmente foi um erro. Eu não podia tê-la beijado.

- Por quê?

- Alice, eu sou um cara casado. – ela me olhou seriamente.

- Eu não acredito que eu estou ouvindo isso, Edward! – soltou um riso pelo nariz. – Você não é casado. Você é viúvo. Vi- ú- vo.

- Eu devo respeitar a Tanya, Alice. Não posso simplesmente ficar com qualquer uma.

- Qualquer uma?! Qualquer uma?! Isabella não é qualquer uma. Pelo pouco que eu pude conhecer dela hoje, vi que é uma garota muito inteligente, centrada, determinada... Ela não é qualquer uma.

- Tá, mas não importa. Eu tenho a Tanya e –

- A Tanya está morta, Edward! Morta! Ela morreu há 2 anos. Pare de se prender a ela, meu irmão.

- Alice... – escorreguei para o sofá, colando a cabeça entre as mãos.

- Edward. – me abraçou, fazendo com que minha cabeça ficasse apoiada em seu peito. – Eu imagino que deva doer muito, eu mesma não me imagino sem Jasper, mas você tem que viver, não pode ficar se prendendo a ela. Foi ela quem morreu, não você.

- Eu não sei como me desprender dela, Alice. – solucei.

- Você está chorando? – ergueu minha cabeça. – Não chora, Edward. – voltou a me abraçar.

- Eu quero voltar a ser o Edward de antes. Aquele cara brincalhão, palhaço... Eu quero voltar a ser o que eu era antes, mas não consigo.

- As primeiras coisas que você tem que fazer é parar de se culpar pela morte dela e também aceitá-la. A Tanya morreu, entenda. Eu sei que estou sendo dura, mas você precisa aceitar os fatos. Você acha que a mamãe gosta de te ver nesse estado? Você vive para o seu trabalho e para Claire. Edward, você esqueceu completamente de nós, se não viermos até aqui, você não nos vê. Seja sincero, há quanto tempo você não vê o papai?

- Há alguns meses. – murmurei envergonhado.

- Pois então... Você acha que se Tanya estivesse viva ela gostaria de te ver dessa forma? É claro que não.

- Você está certa.

- É claro que estou. – sorriu. – Você precisa se apaixonar de novo, Edward. E eu sei quem vai fazer isso acontecer. – falou segura de si.

- Quem?

- Isabella Swan.


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Notas finais do capítulo

Então, gente, dessa vez não vou pedir um número exato de reviews, mas gostaria muito que vocês continuassem comentando, por favor. Fico tão feliz quando venho aqui e venho os comentários fofos de vocês *-* Isso é muito gratificante, mesmo.
Semana que vem teremos mais do nosso detetive lindo, rs.!
A Alice é uma linda, né? Ela vai ajudar muito a Bella e o Edward, podem ter certeza disso.



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