Curando Feridas escrita por vieesoares


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

ATENÇÃO: leiam a nota que eu vou deixa no fim do capítulo, é muito importante. Obrigada :)



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Isabella Pov.

- Hein, Alice, eu estava falando para o seu irmão para nós almoçarmos juntos. – e meu pai falou às palavras que não deveria falar.

   Definitivamente eu não estava preparada para almoçar com o detetive.

- Claro! – ela deu um pulo, batendo palmas. – Vamos almoçar juntas. – me puxou para longe do meu pai e enlaçou o braço no meu. – Então quer dizer que sua amiga vai ser minha companheira de classe? – fomos andando em direção ao elevador, enquanto meu pai e Edward nos seguiam de perto.

- Hum... Eu acho que sim. – essa garota é bem simpática, né?

- Você faz faculdade de quê, Isabella? Está em qual período?

- Bella. – corrigi. – Letras. Quarto. – entramos no elevador e meu pai apertou o botão do térreo.

- Que legal! Mas você quer ser professora?

- Definitivamente não! – respondi rápido de mais. – Quer dizer, não que eu tenha alguma coisa contra professores, mas eu não sirvo para isso. – tratei de me corrigi. Vai que a mãe dela ou alguém da família é professor.

- Eu entendi. – sorriu. – Então você pretende trabalhar com o quê?

- Eu queria trabalhar em alguma editora, mas o que vier vai ser muito bem vindo.

- Vamos no meu carro ou no seu, Edward? – ouvi meu pai perguntar a ele.

- Vamos no meu. Já está lá fora mesmo.

- Isabella?

- Oi? – olhei para ela.

- Você ficou quieta de repente.

- Ah! Perdão. – dei um sorriso sem graça.

- Ai, mas eu acho tão legal você querer trabalhar em uma editora, sabe?! – Edward destrancou o carro e meu pai sentou no banco do passageiro, assim como eu, Alice e Claire sentamos no banco de trás. – Edward, mamãe falou para você ir almoçar lá em casa nesse domingo.

- É, eu sei... Ela falou comigo ontem.

- É, parece que a tia Elizabeth e a Vick vão almoçar lá também.

- Ah não! – a garotinha que estava ao meu lado reclamou. – Eu não gosto da tia Vick. Ela fica me apertando, papai! Eu não gosto! Não gosto! – cruzou os braços, formando um biquinho lindo nos lábios e, consequentemente, arrancando risos da gente.

- Não, Claire. Não fala isso, filha. A Victoria gosta muito de você. – a encarou pelo retrovisor.

- Não gosta não, papai. – balançou a cabeça negativamente. – Ela só é legal comigo por causa de você. – falou isso como se estivesse falando como tinha sido o seu dia. Meu pai gargalhou, Edward ficou vermelho e eu e Alice olhamos para a criança de olhos arregalados.

- Claire, de onde você tirou isso?!

- Ué, papai, é verdade. A tia Vick é legal comigo porque ela gosta de você. Eu já ouvi ela falando para a tia Elizabeth que não gosta de quianças! – deu de ombros e, se fosse possível, Edward ficou mais vermelho.

- Então quer dizer que – então quer dizer que essa tal de Victória quer ficar com o detetive? Interessante...

- Filha? – meu pai me arrancou de meus pensamentos. – Chegamos. Vamos?

- Claro. – entramos no restaurante e fomos nos sentar em uma mesa afastada.

   Eu passei o almoço todo imersa em pensamentos, e o habitante deles estava sentado na minha frente, rindo de alguma coisa que a filha tinha dito.

   Esse ar enigmático e misterioso dele me intrigava, sem contar a beleza. Edward era um dos homens mais bonitos que eu já havia conhecido. Seus traços eram definidos, os olhos de um azul profundo, o queixo quadrado e rígido, o cabelo meio bronze, meio loiro e bagunçado... Ele era o tipo de homem que eu gosto: alto, forte, bonito e, pelo pouco que conversamos, inteligente.

- Vamos embora? – ouvi meu pai perguntar.

- Claro, vamos. Ainda temos que falar com James.

- É verdade. – Claire, Alice e eu fomos para o estacionamento, enquanto os outros dois iam pagar a conta.

- Tia Bella? – puxou a barra da minha blusa preta, pedindo atenção.

- Oi. – olhei para baixo com um sorriso no rosto.

- Eu vou mesmo podê í na sua casa brincá?

- Claro que pode, Claire. – tirei sua franja do olho.

- Você gosta de crianças, Bella? – Alice me perguntou.

- Não é que eu goste. – soltei um riso pelo nariz. – Mas eu também não desgosto. Tem crianças que eu gosto, já outras...

- As mais atentadas... – riu.

- Exato.

- Sei como é, eu também sou assim.

- Bella? – olhei para trás, vendo meu pai vir em minha direção. – Você se importa se Edward te levar para casa?

- Mas nós não íamos até o laboratório e de lá você me levaria em casa?

- É, eu sei, mas eu vou precisar voltar a cena do crime agora. Não vou poder ir para o laboratório.

- Então não se preocupa, pai. Posso pegar um táxi e –

- Não. – pela primeira vez durante o dia Edward voltou sua atenção para mim. – Sua casa é caminho da cena. Eu tenho que deixar Alice e Claire em casa, quando estiver indo encontrar com o seu pai posso te deixar lá.

- Viu, filha? Você não vai incomodar ninguém. – deu um beijo na minha cabeça. – Prometo que vou tentar chegar mais cedo em casa hoje, tá?

- Tudo bem. – tentei dar um sorriso para ele.

- Tchau, Alice. Tchau, baixinha.

- Tchau, tio Charlie. – veio até meu pai e estendeu os braços para ele pegá-la no colo. Meu pai assim o fez e, quando ela percebeu que já estava no alto, deu um beijo na bochecha dele, fazendo com que meu pai ficasse vermelho e que, consequentemente, Alice, Edward e eu ríssemos.

- Tudo bem, filha. Vem. – tirou a criança do colo do Sr. Charlie. – Charlie tem que ir embora.

- É verdade. – concordou. – Tchau, gente. – deu mais um beijo em minha cabeça e foi em direção a um táxi que estava parado em frente ao restaurante.

- Vamos? – perguntou para nós duas.

- Papai?

- Oi, querida. – abriu a porta do carro e prendeu o cinto de segurança em torno de seu corpo.

- Pode ir na frente, Bella. – Alice falou comigo, enquanto Claire conversava com o pai.

- Não, Alice. Vai você. Sério.

- Não, Bella. Eu vou sair logo, sem contar que eu prefiro ir atrás com Claire.

- Tá, se você acha melhor. – dei de ombros.

- Vamos. – Edward nos chamou, dando a volta no carro e entrando no lado do motorista. Muito sem graça, sentei ao seu lado e coloquei o cinto de segurança. Percebi que ele lançou um olhar meio confuso em minha direção, porém não falou nada.

   Claire foi à viagem toda tagarelando sobre as coisas que ela ia fazer quando chegasse em casa.

- Filha, eles te deram energético no hospital?

- O quê é isso, papai? – inclinou a cabeça para o lado, franzindo a testa.

- Nada, amor. Nada. – estacionou o carro em frente a um prédio grande e, aparentemente, luxuoso.

- Vem, Claire. Tchau, Bella. Tchau, Edward. – saiu do automóvel e ficou esperando a sobrinha na calçada.

- Tchau, papai. – se meteu entre os bancos da frente e deu um beijo na bochecha do pai. – Tchau, tia Bella. – fez o mesmo comigo.

- Tchau, querida. – ela saiu saltitante e foi até a tia.

- Edward? – Alice se inclinou na minha janela para falar com o irmão. – Vai chegar que horas hoje?

- Não sei, Ally. Vou tentar chegar cedo.

- É que amanhã eu não vou faltar à faculdade. Tenho que chegar cedo em casa hoje.

- Vou fazer o possível para chegar cedo hoje, mas qualquer coisa você leva a Claire para casa da mamãe.

- Tá. Beijos. – se afastou do carro e deixou o irmão arrancar com o mesmo.

- Até que para um salário de detetive você vive bem, Edward.

- Eu não vejo onde isso possa te interessar, Isabella. – respondeu rudemente.

- Realmente não interessa. – murmurei envergonhada. – Eu só perguntei por curiosidade, me desculpe. – ele suspirou.

- Tudo bem, Isabella. Desculpe, eu fui meio rude. – fez uma pausa e depois continuou. – Eu sou formada em Direito, não sei se você sabe. Abri um escritório grande de advocacia no centro de Manhattan com um amigo meu de faculdade. Eu entrei com o capital e ele com o trabalho, mas aí resolvi entrar para a polícia... Agora nossa empresa é dirigida por ele, mas eu continuo sendo o sócio majoritário.

- Então você não recebe só o salário da polícia... Entendi. – coloquei uma mecha de cabelo para trás da orelha. – Me desculpe mesmo por ter te perguntado isso.

- Não, tudo bem. Não tem problema. Me desculpe por ter sido grosso. – estacionou em frente ao meu prédio.

- Tudo bem. – sorri. – Obrigada por me trazer até em casa. – me inclinei em sua direção a fim de dar um beijo em seu rosto, mas ele virou ao mesmo tempo que eu, fazendo com que nossos lábios se encostassem.

- Desculpa, Edward. – me afastei dele corada.

- Não. Eu é que tenho que te pedir desculpas pelo o que eu vou fazer agora. – entendi o que ele estava falando quando, segundos depois, seus lábios encostarem novamente nos meus, suavemente, como se quisesse memorizá-los com sua boca. Mas a calmaria logo passou assim que minhas mãos se infiltraram por seus cabelos.

   Nos beijávamos avidamente, como se quiséssemos vencer uma guerra, que na verdade não tinha perdedor. Sua língua explorava cada canto da minha boca, enquanto suas mãos acariciavam lentamente minhas bochechas. Mas cedo de mais ele se afastou.

- Merda! – deu um murro no volante, fazendo com que eu desse um pulo de susto.

- Edward, está tudo bem? – tentei tocar seu ombro, mas ele se esquivou.

- Não, não tem nada bem! Isso não devia ter acontecido! Não devia! – dessa vez bateu com a testa na buzina.

- Olha, está tudo bem. Meu pai não vai –

- Você não entende?! – olhou para mim e seus olhos transbordavam... Raiva? – O problema não é o seu pai saber! O problema é que isso não podia ter acontecido! Eu não tinha que ter te beijado! Isso não foi certo! – passou as mãos no cabelo, completamente exasperado.

- Por Deus! Você está agindo com se tivesse traído alguém. – e a compreensão me inundou. – É isso, não é? Você acha que traiu a Tanya. Você não podia ter me beijado porque acha que isso foi uma traição para com ela. – eu sentia um misto de emoções. Raiva, tristeza, pena, ódio, ciúmes, ira... Isso nunca tinha acontecido comigo.

- Isabella, eu –

- Chega, Edward! – fechei os olhos com força, respirando fundo. – Eu já entendi tudo. Você ainda ama a Tanya. – abri os olhos e o encarei. – Mas presta atenção no que eu vou te dizer: você está afastando as pessoas da sua vida, você não deixa ninguém se aproximar, está sempre na defensiva. Me desculpe a sinceridade, mas se você continuar assim vai acabar terminando sozinho.

- Você não tem o direito de se meter na minha vida!

- E VOCÊ NÃO TINHA O DIREITO DE TER ME USADO! – gritei.

- Te usado? Do quê você está falando, garota?

- Você acha que ter me beijado e depois ter me tratado dessa forma não foi ter me usado? – balancei a cabeça negativamente. – Olha, esquece isso tudo, tá? Obrigada por ter me trazido em casa. – abri a porta e fiz menção de sair, mas ele segurou meu braço, me impedindo.

- Isabella, espera! Eu queria –

- Tchau, Edward. – puxei meu braço e me afastei dali rapidamente.


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Notas finais do capítulo

Então, gente, vi que vocês comentaram bastante e isso me deixou muito feliz... Então, já que tenho 21 leitores agora, só vou postar o próximo capítulo se eu tiver 6 reviews de pessoas diferente. Fácil, não é? Vamos fazer o mesmo esquema da outra vez... Quem comenta SEMPRE, deixem seu e-mail no review porque se eu não conseguir esse números de comentários, envio o capítulo 6 pra vocês. Que posso adiantar que vai ser muito interessante... Vamos descobrir algumas coisas sobre o Edward. Beijos e até o próximo capítulo :)



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