Curando Feridas escrita por vieesoares


Capítulo 4
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Alice Cullen: http://www.orkut.com.br/Main#AlbumZoom?uid=11432754572976201382&pid=1328727154320&aid=1327516730$pid=1328727154320



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Pov. Isabella.

- Ai, merda! – resmunguei, colocando o travesseiro sobre minha cabeça para abafar o barulho do despertador, só que não surtiu muito efeito.

   Ontem eu tinha ido dormir tarde. Meu pai chegou quase 23:00 horas do trabalho. Nós ainda comemos a pizza que ele tinha trazido, depois eu lavei a louça... Resultado: fui dormir quase 1 hora da manhã. Agora eu tinha que acordar cedo para ir à faculdade com Rosalie para fazermos nossa matrícula.

   Deixei a preguiça de lado e levantei da cama. Hoje eu ainda queria ir ao laboratório de novo. Fazer uma visitinha para o papai iria cair bem. Se bem que a “visita” não era para o meu pai, e sim para outra pessoa.

Pov. Edward.

   Não acreditei quando meu celular despertou hoje de manhã. Não queria levantar da cama, principalmente quando rolei pra o lado e encontrei o corpo gordinho da minha filha virado para mim.

   A noite de ontem tinha sido difícil. Cheguei em casa e Claire ainda estava com febre, na verdade, ela passou a madrugada toda com febre. Minha mãe inclusive a levaria ao médico hoje.

- Claire? – massageei suavemente suas costas. – Filha? – ela resmungou alguma coisa antes de bocejar.

- Oi, papai. – abriu aquela imensidão azul que eram seus olhos.

- Você está melhor? – encostei minha mão em sua testa. Aparentemente ela estava sem febre.

- Arrã. – apoiou a cabeça no meu peito. – Mas posso ficar em casa hoje? – ri.

- Pode, amor. – dei um beijo em sua cabeça. – Até porque sua avó vai te levar no médico.

- Ah não, papai. Eu tô bem. Mesmo, mesmo. – sentou em cima da minha barriga. – Não precisa í no médico. – fez bico.

- Pode ser, mocinha. Mas mesmo assim sua avó vai te levar ao médico.

- Ah papai! – resmungou.

- Claire. – e ela sabia que não era para discutir.

- Tudo bem, tudo bem. – saiu de cima de mim, voltando a deitar na cama. – Que horas a vovó vem?

- Já deve estar chegando, querida. – levantei da cama, indo em direção ao meu armário para pegar minha roupa. Hoje eu não podia me atrasar novamente. – Vou tomar banho. Quer que eu ligue a TV? – ela assentiu.

   Tentei tomar banho o mais rápido possível, até porque se minha mãe chegasse não teria quem abrisse a porta para ela. Ok, até teria. Mas eu não quero que minha filha de 4 anos abra a porta. Vai que não seja minha mãe.

   Assim que eu desliguei o chuveiro a campainha tocou. Timing perfeito o dessa pessoa, hein? Enrolei a toalha na cintura e fui abrir a porta.

- Ai Edward! Você não poderia colocar uma roupa para abrir a porta não?

- Alice, o quê você está fazendo aqui?

- Como assim “o quê eu estou fazendo aqui”? – falou, entrando no meu apartamento. – Vim cuidar da Claire.

- Cadê a mãe? – fechei a porta.

- Teve um problema no trabalho. – ah sim, esqueci de mencionar que minha mãe é dona de uma empresa de Arquitetura.

- Hum... E quem vai levar minha filha no médico?

- Obviamente sou eu, né, Edward? – respondeu, sumindo pelo corredor. – Minha princesinha!

- Tia Alice! – ficou em pé em cima da minha cama.

- Você está melhor, meu amor? – puxou minha filha para seu colo e encheu seu rosto de beijos.

- Tô, titia. Mas o papai qué que eu vá no médico! – cruzou os braços, emburrada. Balancei a cabeça negativamente, entrando no closet para colocar uma roupa.

- Mas o seu pai está certo, meu amor. – ouvi minha irmã falando com ela. – Você teve febre à noite toda.

- Mas eu não gosto de médico!

- Já vou. – me aproximei das duas. – Me dá um beijo. – ela fez um bico e encostou os lábios no meu. – Papai te ama.

- Eu também.

- Tchau, Ally. – dei um beijo na cabeça da minha irmã.

- Edward, vamos almoçar com você hoje, tá?

- Tudo bem. Então me liga quando tiver chegando ao laboratório.

- Sim, senhor. – baguncei seus cabelos.

- Tchau, crianças. Comportem-se. – falei, já na porta.

- Tchau. – responderam juntas.

   Entrei no elevador ainda pensando em Claire. Não gostava quando ela ficava doente. Eu ficava extremamente preocupado e isso, muitas das vezes, acabava me atrapalhando no trabalho.

   Entrei no carro, tentando ocupar minha cabeça com outras coisas. Agora não era o momento certo para eu me preocupar com Claire, agora era o momento certo para eu me focar no meu trabalho.

[...]

- Bom dia! – desejei enquanto entrava no laboratório.

- Edward, - Charlie vinha em minha direção. – você, James e eu vamos até a Fifth Avenue. Teve um assassinato em um daqueles prédios.

- Tudo bem. Cadê o James? – entrei no elevador com ele.

- Já está a caminho de lá. – apertou o botão do térreo. – Assim que a secretária chegou ao local viu o corpo do patrão e ligou para a polícia.

- Isso tem quanto tempo mais ou menos?

- Pela informação que eu recebi, menos de 1 hora. – saímos do elevador, nos encaminhando para a garagem do prédio. – Vamos no meu ou no seu carro?

- Tanto faz, Charlie. – dei de ombros.

- Tudo bem. Vamos no seu, não quero dirigir. – tive que rir com essa. – Claire está melhor? – me perguntou, entrando no carro.

- Tá. Minha irmã vai levá-la ao médico hoje, mas ela está bem melhor.

- Crianças ficam doentes com muita frequência quando pequenas. Falo isso pela Isabella. Aquela menina ficava com a garganta inflamada praticamente todo mês.

- Pois é... Claire também fica doente com bastante frequência, mas mesmo assim eu ainda fico muito preocupado. – parei no sinal vermelho.

- É normal ficarmos preocupados, principalmente quando nós cuidamos de nossas filhas sozinhos. – o bom de conversar com Charlie é que ele me entendia muito com relação a esse assunto. Pelo o que Isabella havia falado ontem, ele criou a filha sem ajuda de ninguém, pelo menos eu tinha meus pais e Alice.

- Isabella já se matriculou na faculdade? – mudei de assunto.

- Irá se matricular hoje. – deu de ombros. – Sabe, eu fiquei feliz por ela ter voltado para Nova Iorque, mas ao mesmo tempo eu queria que ela continuasse em Paris.

- Por quê?

- Eu fico preocupado tendo Bella tão perto dos meus problemas, quero dizer, tenho medo de que por causa do meu trabalho alguma coisa aconteça com ela. Me entende? – é claro que eu entendia.

- Entendo perfeitamente bem. – estacionei o carro atrás de uma viatura da polícia. – Mas Charlie, - saí do veículo. – acho que eu, no seu lugar, iria preferir ter minha filha o mais próximo possível de mim. Pelo o pouco que eu conversei com Isabella, ela me pareceu uma garota ajuizada e muito responsável. Sem contar, que ela morou por quase 2 anos sozinha em Paris. Acho que ela sabe se cuidar suficientemente bem. – entramos no elevador daquele imenso prédio, onde havia acontecido o homicídio.

   Mesmo trabalhando a quase 5 anos com crimes, eu não entendia a necessidade que as pessoas tinham de matar umas as outras. Infelizmente, meu trabalho requeria isso, mas eu adiava tirar a vida de alguém.

- Eu sei que sabe, mas mesmo assim eu fico preocupado. – suspirou. – Você vai saber exatamente bem o que é isso daqui a alguns anos. – riu. – Espere Claire crescer o suficiente para querer sair sozinha. – passei as mãos no cabelo, franzindo a testa.

- Só de imaginar eu já fico de cabelos brancos. – ele gargalhou, assim como eu. A porta do elevador se abriu no andar onde havia acontecido o crime.

- Até que enfim vocês chegaram. – James veio em nossa direção, segurando a câmera que ele utilizava para bater as fotos da cena do crime nas mãos. – Pensei que tivessem se perdido no caminho. – brincou.

- O que aconteceu por aqui? – a voz de Charlie assumiu o tom profissional.

- A secretária chegou por volta das 9 horas da manhã e encontrou o corpo do patrão no chão de sua sala. Ligou para 911 e eles entraram em contato conosco. – resumiu.

- Você já a interrogou? – perguntei.

- Não, Sr. Cullen, resolvi deixar isso para você. – piscou para mim.

- Palhaço. – resmunguei, indo em direção a garota jovem que estava sentada em uma das cadeiras que havia ali. – Bom dia, Srt...

- Mallory. – respondeu, ficando de pé.

- Certo, Srt. Mallory. Pode se sentar, se quiser...

- Obrigada, detetive. – voltou a se sentar.

- Então, o que aconteceu aqui?

- Eu cheguei no mesmo horário de sempre e ao entrar na sala do Sr. Tunner encontrei seu corpo no chão, então liguei para 911 e eles mandaram eu não mexer no corpo e esperar a polícia chegar. – ela não parecia estar abalada nem nada do tipo, muito pelo ao contrário, falava friamente.

- A senhorita tinha alguma coisa contra o Sr. Tunner?

- Na verdade, detive, ninguém gostava no Sr. Tunner. Ele era um homem amargo e egoísta. Gostava de controlar a vida das pessoas e fazia o que fosse preciso para ter aquilo que almejava. Mas respondendo a sua pergunta implícita, não. Eu não o matei. – garota esperta essa.

- Então ele tinha muitos inimigos? – arqueei uma das minhas sobrancelhas.

- Se ele tinha muitos inimigos? – repetiu minha pergunta em um tom sarcástico. – Praticamente toda a cidade de Nova Iorque era inimiga dele, detetive. Todos o odiavam. Nem a própria esposa gostava dele.

- Tudo bem, senhorita. Você está liberada por enquanto. – tirei meu cartão do bolso, entregando a ela. – Se lembrar de mais alguma coisa ou souber, por favor, não deixe de me procurar.

- Tudo bem, detetive. – ficou de pé.

- Obrigado. – falei, me virando e indo atrás de Charlie. Ao que me parecia esse caso seria complicado de ser resolvido.

- E então? – perguntou quando cheguei perto dele.

- Ela me falou aquilo que já sabíamos: chegou aqui no horário de sempre e encontrou o corpo do patrão.

- Acha que ela pode ser considerada suspeita?

- Não sei. – fui sincero. – Pelo o que ela falou o cara tinha muitos inimigos... Ela me pareceu sincera, mas se tem uma coisa que eu aprendi com você é que nós temos que confiar desconfiando. – ele riu.

- Como assim muitos inimigos?

- Ele era odiado por muitas pessoas, segundo a Srt. Mallory nem mesmo a mulher gostava dele.

- Ele era casado? – perguntou, arqueando uma sobrancelha.

- Foi o que ela falou. – dei de ombros.

- Bom saber. Vamos até a casa dela. Ei, James.

- Oi.                                                   

- Recolha todas as evidências daqui a leve para o laboratório. Eu e Edward vamos até a casa da Sra. Tunner.

- Tá, encontro com vocês no laboratório então?

- Isso. – olhou para mim. – Vamos, Edward.

   Enquanto entrávamos no elevador ele ligou para a delegacia e pediu o endereço da casa dos Tunner. Assim que ele desligou a ligação o celular tocou.

- Alô? O quê foi, Bella? É claro que eu estou ocupado. – destranquei o Volvo. – Por quê? – entrei no carro e dei partida. – Que horas? Provavelmente já vou estar lá, sim. Tudo bem, só não se atrase, Ok? Hoje meu dia será tumultuado. Tudo bem, filha. Eu também, beijos. – desligou o telefone e suspirou.

- Tudo bem, Charlie? – desviei por um momento minha atenção da estrada e olhei para ele.

- Tudo. Só Bella que em certos momentos é meio impulsiva. – balançou a cabeça. – Próxima à esquerda, Edward.

- Tá. – fomos o resto do caminho em silêncio.

   Ao chegarmos a casa percebemos que a porta da frente tinha sido arrombada e, na mesma hora, nosso instinto policial ficou em alerta. Troquei um olhar preocupado com Charlie.

- Polícia de NY. – deu 3 batidas na porta, porém não recebemos nenhuma resposta em retorno. – No 3 nós entramos. – me avisou. – 1, 2, 3. – ao entrarmos na casa encontramos o corpo de uma mulher no chão, ao seu lado uma poça de sangue.

- É... – suspirei. – Parece que nosso dia realmente vai ser tumultuado.


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Notas finais do capítulo

Então, sei que a história está meio chata, mas eu prometo que no próximo capítulo as coisas vão melhorar... Algumas surpresas estão por vir, rs.! Reviews, por favor?