Curando Feridas escrita por vieesoares


Capítulo 31
Capítulo 30


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, eu sei que deveria ter postado o capítulo ontem, mas quem participa do grupo de leitoras lá no facebook viu o porquê de eu não ter postado. Foi mal, gente, de verdade.
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Bem, vamos ao que interessa: não gostei do baixo número de reviews que esse capítulo recebeu. Achei que poderia ter sido um pouco maior, mas isso é da consciência de cada um. Espero que o capítulo de hoje receba mais comentários.
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E vamos ao capítulo.
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Roupa da Bella: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=40719985



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Edward pov.

- Mas ela não parece com você para ser sua mãe.

- Perdão, – resolvi interferir antes que Bella se estressasse. – mas eu acho que você não tem anda a ver com isso, certo? Se ela é mãe ou não da minha filha, isso só diz respeito a nós três.

- Claro, senhor. Claro! Mil perdões... Eu... Hã... Eu...

- Vem, Edward. Vamos. – segurou meu braço, e só agora eu percebi que estava tremendo de nervoso. – Obrigada. – agradeceu educadamente, me puxando dali.

- Ela não tinha o direito de falar aquilo pra você! – esbravejei. – Quem ela acha que é?! Garotinha abusada! Eu vou falar com o gerente desse hotel, espero que ele tome as medidas certas para essas situações!

- Edward, está tudo bem. – pegou Claire no colo. – Você não vai pedir para demitirem a menina... Ela deve ter quantos anos? 16? É uma criança! Deve precisar muito desse trabalho! Por favor, chega. Ela não falou por mal, já até se desculpou.

- Você é muito boa, Isabella. – entramos no restaurante do hotel, onde escolhemos uma mesa mais afastada para nos sentarmos.

- Não sou boa, só procuro ser sensata. E pare de me chamar de Isabella, você sabe que eu não gosto. Sempre que você me chama assim parece estar com raiva ou chateado comigo. – fez um biquinho de manha adorável, sendo impossível resistir e me inclinar em sua direção, deixando um doce beijo em seus lábios.

- Eu tô com fome. – deu uma risadinha, cobrindo a boca com as mãos.

- Você tem que quebrar o romantismo, não é, criança? – dedilhei meus dedos em sua barriga coberta por uma blusa rosa.

- O quê é isso? Roman... Roman alguma coisa? – olhou para Bella com a sua melhor cara de dúvida.

- Como a mamãe pode te explicar... – mordeu o lábio inferior, pensando. – É quando você está em um momento alegre, de carinho com alguém que você ame muito, entendeu?

- Arrã. Então quando eu tô brincando com você ou com o papai a gente tá fazendo isso aí? – gargalhei, sendo acompanhado por Bella.

- Não, filha. Esses momentos só acontecem quando você está com o seu namorado ou namorada, entende?

- Ah! Mas a mamãe é só minha, tá, papai? Mas eu posso emprestá ela pra você. – sorri.

- Ah, muito obrigada, senhorita. Agradeço sua bondade.   

E mais uma vez almoçamos em meio aos milhares planos de Claire. Se ela soubesse que para fazer tudo aquilo que queria nós teríamos que ficar pelo menos uns 2 meses na Disney, tenho certeza de que ela se decepcionaria. Depois do almoço resolvemos subir para descansar um pouco, até porque hoje era o último dia do ano, então teríamos que estar bem descansados para conseguirmos ficar acordados até tarde. Só me lembro de adormecer com uma Claire completamente apagada em cima de mim e uma Bella, não muito diferente, com a cabeça apoiada em meu ombro.

[...]

- Edward, você já acabou o seu banho? – me perguntou pela terceira vez em menos de 5 minutos.

- Acabei, Bella. Acabei. – saí do box, enrolando a toalha na cintura.

- Olhe ela para mim enquanto eu tomo o meu. – acabou de prender o cabelo de Claire e levantou, indo em direção ao banheiro. – Por favor, não deixe ela se sujar, Edward.

- Tá, amor. Agora vai tomar banho. – a empurrei gentilmente para o banheiro. Depois que ouvi o som do chuveiro sendo ligado, me atirei ao lado de Claire, ainda de toalha.

- Papai? – se arrastou pela cama, até estar deitada sobre o meu peito.

- O que você quer? – sempre que ela começava um assunto com uma pergunta, era porque queria alguma coisa.

- Um irmãozinho.

- Oi? – olhei seu rostinho, procurando algum traço de brincadeira, mas não encontrei.

- É, papai. Um irmãozinho. Eu pedi a mamãe, mas ela falou que ainda não ia me dá.

- Filha, presta atenção. Eu e Bella precisamos estar... Er, precisamos estar casados para te dar um irmãozinho, entendeu?

- Não. – franziu o cenho, confusa.

- Claire, na hora certa você vai ganhar um irmão.

- Por que não pode sê agora?

- Isso é coisa de adulto.

- Eu já sô grande. – sentou emburrada, cruzando os braços no peito.

- Claro que é! – apertei de leve seu nariz. – Uma mocinha, então não pode mais mamar mamadeira, não pode mais dormir no quarto do papai e da mamãe, não pode mais ter medo de dormir no escuro, não –

- Tá, papai, já entendi. Não sou grande. – fez o biquinho que a mãe fazia. Agora quem tinha ensinado a quem era a grande questão. Só sei que fazia tudo que elas queriam com esse bico. – Mas você promete que vai me dá um irmão?

- Prometo, filha. – afastei-a gentilmente de mim, levantando. – Deixa o papai se arrumar logo, porque se sua mãe sair daquele banheiro e eu ainda estiver de toalha, ela provavelmente vai...

-... Te matar. – completou a frase, rindo.   

Não demorei muito em me arrumar, até porque eu só tinha que colocar uma calça jeans, uma blusa de manga cumprida e pegar um casaco. Em menos de 10 minutos eu já estava arrumado. Mas ainda tivemos que esperar Bella por pelo menos uns 20 minutos.

- Como estou? – perguntou enquanto saía do banheiro e dava uma volta em nossa frente.

- Você está linda, Bella! – sorri. – Como sempre!

- Muito, muito, muito linda, mamãe! – pulou na cama, animada. Ela vestia uma blusa sem manga branca, uma calça jeans e um sapato de salto vermelho. Simples e lindo, como ela.

- Mas só uma pergunta: você não vai sentir frio vestindo essa roupa, não?

- Claro que vou. – se aproximou de mim, sentando sobre minha coxa. – Mas para quê existiria o seu casaco? – mordeu o lábio inferior, sorrindo.

- E se eu sentir frio?

- Você não vai, amor. – levantou. – Agora vamos descer, sim? Já são quase 9 horas da noite.

- Vamos, vamos! – Claire passou a nossa frente, saindo contente do quarto.

- Só quero ver se você vai conseguir ficar acordada até meia-noite. – provoquei.

- Vou sim, tá?

- Você fala isso todos os anos e nunca conseguiu.

- Mas esse ano a mamãe não vai deixá eu dormi, né, mãe?

- Claro que não, meu anjo. – passou a mão em sua cabeça.

- Só quero ver. – repeti, enquanto saíamos do elevador.   

O lugar onde seria a festa ficava perto da piscina, que era o melhor ponto para assistir a queima de fogos. Tudo estava muito bem enfeitado e muito bem organizado. Escolhemos uma mesa próxima a um pequeno parquinho que havia sido montado ali para as crianças, e de onde estávamos tínhamos uma excelente visão de Claire.

- Você gostou daqui? – passei meu braço por seus ombros.

- Arrã. – apoiou a cabeça em meu peito.

- Podemos passar nossa lua-de-mel aqui, então.

- Não. Vamos passar a nossa lua-de-mel na Grécia.

- Grécia?

- Sim. Eu sempre sonhei em conhecer a Grécia.

- Você morou durante 2 anos na Europa e nunca visitou a Grécia? – perguntei incrédulo.

- Não. Já fui a Londres, Madri, Barcelona, Roma, Veneza, Amsterdã, Irlanda... Mas nunca a Grécia. – olhou para mim. – Onde você passou a sua lua-de-mel com a Tanya?

- Canadá. Já foi ao Canadá?

- Também não, apesar de ser um lugar que eu tenho muita vontade de conhecer.

- Eu vou te levar lá um dia.

- Mesmo? – me olhou com um sorriso imenso.

- Claro! – franzi a testa. – Por que eu não te levaria ao Canadá, Bella?

- Não sei. – deu de ombros. – Eu achei que talvez, por você ter passado sua lua-de-mel lá, você não gostaria de me levar.

- Bella, – segurei seu rosto entre as mãos. – quantas vezes eu tenho que te falar que o que eu sentia pela Tanya não foi nem um terço do que eu sinto por você?

- Eu sei. Desculpa. – abaixou a cabeça.

- Nós vamos ao Canadá no próximo inverno. – voltei a passar meu braço por seus ombros. – Até porque aquele país fica lindo nesse período. Você precisa ver como fica tudo perfeito... É realmente lindo! – olhei para ela e vi que estava sorrindo.

- Não mais lindo que Londres. Você precisa ver o Palácio de Buckingham no Natal! É a coisa mais linda do mundo!

- Você gosta de Londres. – não era uma pergunta, sim uma afirmação.

- Muito. Eu queria estudar lá, mas só conseguir bolsa em Paris e como eu iria me especializar em língua francesa, Paris se tornou o lugar ideal.

- Iria? Não vai mais?

- Vou, claro que vou. É só jeito de falar.

- Entendi...

- É melhor chamar a Claire para comer logo, não acha?

- Fica aí que eu vou lá chamá-la. – me levantei.

- Ok. – antes de me afastar dei um beijo nela.

Isabella pov.

Eu costumo ficar meio nostálgica nos finais de ano. Talvez porque eu tenha noção de que a cada ano que passa eu fico mais velha e as minhas responsabilidades aumentam, mas esse ano estava sendo diferente, minha nostalgia não se dava pelo fato de aumentar as responsabilidades ou pelos meus 20 anos que estavam se aproximando, mas sim pelo medo. Medo de que esse ano, ou melhor dizendo, os últimos meses desse ano, acabassem com o término do mesmo. Já não conseguia mais imaginar minha vida sem Claire e Edward. Eles eram tudo para mim, absolutamente tudo. Minha vida, meu mundo girava em torno deles. Talvez isso fosse meio doentio, mas era assim que as coisas funcionavam. 

 Não posso negar que fiquei meio abalada pelo o que aquela garota havia falado. Me doía o fato de minha filha não ser parecida comigo. Por mais que eu amasse Claire e a tivesse como minha filha biológica, o fato dela não ser parecida comigo sempre me lembraria do contrário. Mas como eu disse uma vez a ela: existem duas formas de ser mãe e, para mim, a forma com que eu tinha me tornado mãe dela era ideal.

- Oiiii! – cantarolou enquanto sentava no meu colo.

- Oi! – dei um beijo em sua bochecha. – Cadê o seu pai?

- Foi pegá o nosso papá. É ali que pega, ó. – apontou para uma mesa grande, onde havia várias comidas.

- Ah! Filha, você ama muito a mamãe?

- Claro que eu amo. – virou de frente para mim, passando a mão em meu rosto. – Amo muito, muitão. Você é a melhor mãe de todo o mundo! – sorriu.

- Mesmo? – meus olhos estavam cheios de água.

- Arrã. – inclinou a cabeça para o lado. – Mamãe, não chora. – me abraçou. – Você não gostou do que eu falei?

- Claro que eu gostei, meu anjo. É por isso que eu estou chorando. – coloquei uma mecha de seu cabelo para trás da orelha. – Você foi a melhor coisa que aconteceu em toda a minha vida, Claire. Eu sempre vou te amar, meu amor, independentemente do que aconteça entre eu e seu pai, tá? – mesmo sabendo que ela não entenderia muita coisa, eu precisava falar.

- Arrã. – me abraçou apertado. 

- Voltei. – colocou um prato de comida na minha frente.

- Tem muita coisa aqui para mim.

- É para você e para Claire. – esclareceu

.- Ah sim!   

Claire realmente parecia estar empenhada em se manter acordada até meia-noite, acho que o sono que ela tirou hoje a tarde está sendo de grande auxílio, mas tenho certeza de que assim que subirmos ela vai apagar. A bichinha brincou o dia todo, deve estar muito cansada.

- Já é quase meia-noite. – a voz de Edward me tirou dos meus devaneios.

- Já? São que horas?

- 23:50.

- Nossa! Cadê Claire? Temos que chamá-la.

- Está no parquinho brincando. – ficou de pé, procurando a filha. – Ali. – apontou para ela. – CLAIRE! – gritou, atraindo a atenção dela. – VEM.

- Quê foi? – chegou perto de nós dois, ofegante.

- Já é quase meia-noite, filha. – ajeitei seu cabelo, que estava bagunçado.

- Viu? Eu consegui ficá acordada até tarde! – comemorou.

- Muito bem! Está de parabéns, hein? – a pegou no colo, dando um beijo em sua barriga.

- Eu tenho que ganha um presente por causa disso!

- Ei!

- Nossa! Que interesseira. Está convivendo muito com a sua tia Alice, Claire.

- Não se pode falar essas coisas, querida. É feio. – a repreendi.

- Desculpa, mamãe. – abaixou a cabeça.

- Só prometa que não vai mais fazer isso.

- Tá, eu prometo. – sorriu.

- Vem cá. – estendeu o braço livre para mim.

- Quê foi? – apesar de ter perguntado, eu sabia que ele queria que eu o abraçasse.

- Eu quero passar a virada de ano abraçado com os amores da minha vida, não posso?

- Você anda tão clichê ultimamente... – passei meu braço ao redor de sua cintura, rindo.

- Papai, papai, são que horas?

- São 23:59.

- Falta 1 minuto para o Ano Novo. – ela falou de uma forma tão eufórica, que era impossível não ficar contagiada.

- É, bebê! – sorri.

- E agora, papai, são que horas?

- Nossa, que apressadinha. – belisquei de leve sua barriga.

- Faltam 15 segundos, filha.

- E agora? E agora?

- Claire, você – mas minha fala foi interrompida pelos fogos que começaram a estourar e as pessoas a se abraçar.

- Feliz Ano Novo, mamãe! – gritou, me abraçando apertado.

- Obrigada, meu anjo! – sorri, dando um beijo em sua bochecha.

- Feliz Ano Novo, meus amores! – Edward nos abraçou ao mesmo tempo. – Obrigado por ter aceitado entrar nas nossas vidas, Bella. Nós não seriamos nada sem você. – não tinha como não me sentir mais amada.


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Notas finais do capítulo

E aí, e aí? O quê acharam do capítulo? Claire é uma graça com ciúmes da mãe, né? Coisinha mais linda *-*
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Quero bastante reviews, hein? Não gostei nem um pouco da pouquíssima quantidade que recebi no capítulo passado. Espero que dessa vez vocês cometem mais.
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Bem, não vou dar spoiler do próximo capítulo porque sexta-feira vou postar lá no grupo de leitoras do facebook. Quem ainda não participa, pode participar. Tá aqui o link: http://www.facebook.com/groups/254838717961114/
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Então é isso. Beijos, meu amores e boa semana.
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Twitter: https://twitter.com/vieetorres