Curando Feridas escrita por vieesoares


Capítulo 3
Capítulo 2.


Notas iniciais do capítulo

Isabella Swan: http://www.orkut.com.br/Main#AlbumZoom?uid=11432754572976201382&pid=1328230592864&aid=1327516730



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Edward pov.

                        

- Com licença?  - ela se virou assustada, e ao fazer isso me deparei com a mulher mais bonita que eu já havia visto em toda a minha vida. E pela primeira vez eu me esqueci de Tanya por um momento.

- Oi. – ela sorriu tímida.

- Sam falou que você queria falar com Charlie. – a observei atentamente. Seus olhos eram de uma cor incrível. Um tom profundo de verde.

- Sam? Ah sim, claro. O homem que me atendeu. – falou consigo mesma. – Meu nome é Isabella Swan.

- Você é a filha de Charlie? – me aproximei dela. – Mas você não estava fazendo faculdade na França?

- É, estava. – deu de ombros. – E sinceramente, meu pai vai me matar quando souber que eu voltei. – riu. – Ele não está?

- Não. Está cobrindo um caso...

- E você é?

- Edward Cullen. – estendi minha mão, cumprimentando-a. – Det. Edward Cullen.

- Prazer, Edward. – sorriu. O sorriso mais lindo que eu já tinha visto. Deus, o que estava acontecendo comigo? – Ele vai demorar a chegar?

- Provavelmente.

- Hum... – mordeu o lábio inferior, e por Deus, eu achei isso extremamente sexy! Edward, o que está acontecendo com você? – Será que eu posso esperar meu pai voltar aqui? – me olhou diretamente nos olhos.

- Er... – tentei organizar meus pensamentos. – Você quer... Quer dizer, você gostaria de tomar um café enquanto seu pai não volta? – ela ergueu uma sobrancelha.

- Tudo bem, Det. Cullen, vamos tomar o nosso café. – pegou sua bolsa, que estava em cima do sofá que tinha na sala de seu pai, e colocou no ombro. – Vamos? – perguntou, já saindo. De onde essa garota tinha surgido? Eu a conhecia em menos de 10 minutos e ela já tinha feito com que eu fizesse coisas, que antes, eu nunca teria feito.

[...]

- Então, Edward, - olhei para ela. – Você conheceu meu pai no trabalho? – assenti. – Vocês trabalham juntos há quanto tempo? – dei um gole no meu café antes de responder.

- A uns 3 anos mais ou menos. Posso te fazer uma pergunta?

- Claro.

- Quantos anos você tem?

- 19. – sorriu. – Agora é a minha vez. E você, quantos anos tem?

- 26.

- Não parece ter 26 anos.

- E você não parece ter 19. – riu.

- Eu sei. Já me falaram isso muitas vezes. – deu um gole em seu cappuccino. – Você é casado. – afirmou, vendo a aliança de ouro reluzindo em minha mão.

- Viúvo. – acabei soando meio rude, mas não gostava de falar sobre esse assunto.

- Perdão. – abaixou a cabeça. – Mas como uma cara de 26 anos é viúvo? Quero dizer, você se casou cedo, então?

- Eu tinha 22 anos quando me casei, minha mulher estava grávida. – por que diabos eu estava falando tanto assim da minha vida para essa garota?

- Então você também é pai. – observou. – Desculpa estar me metendo assim na sua vida, Edward. – colocou uma mecha de cabelo par trás da orelha. – Mas é que isso realmente me fascinou.

- Perdão? – essa garota era completamente fora dos padrões da sociedade.

- Desculpa, me expressei mal. Vou tentar te explicar melhor. – respirou fundo. – Minha mãe morreu quando eu tinha 8 anos, ela foi assassinada na minha frente. Desde então meu pai me criou sozinho, quando digo sozinho, é sozinho mesmo... Não tenho avós e nem tios. E a sua história acaba sendo um pouco parecida com a dele, entende? – confesso que eu estava chocado. Eu conhecia essa garota a menos de 2 horas e ela já tinha me contado isso sobre a vida dela. Ou ela era muito inocente por confiar tanto assim em uma pessoa, ou o fato de eu ser amigo do seu pai facilitou um pouco.

- Perdão, mas por que você está me contando isso? – tentei não ser rude novamente.

- Não sei. – deu de ombros. – Simplesmente senti a necessidade de te contar. Sua filha tem quantos anos? Qual o nome dela?

- 4. Claire. – tirei uma foto dela, que eu levava na carteira, e mostrei a Isabella.

- Ela é linda. – falou, enquanto observava a foto da minha pequena.

- Parece com a mãe dela. Ela e Tanya têm os mesmos olhos e o mesmo sorriso.

- Sua mulher deveria ser lindíssima também. Sabe, mesmo sem conhecer sua filha eu já gosto dela. – sorriu mais uma vez. Já tinha perdido a conta de quantas vezes essa garota havia sorriso. Meu celular tocou, interrompendo o que ela iria falar.

- Cullen.

- Edward, é Charlie. Onde você está?

- Oi, Charlie. – olhei para garota a minha frente. – Estou em um café. Já está no laboratório?

- Já. Preciso de você aqui.

- Já estou indo. – ele falou mais algumas coisas e depois desligou. – Vamos? – perguntei, enquanto pegava meu paletó nas costas da cadeira.

- Claro. – levantou. – Meu pai já está no laboratório? – perguntou, enquanto saímos do lugar. O dia estava quente hoje, apesar de estarmos no outono.

- Já. – destranquei meu carro, abrindo a porta do passageiro para ela.

- Obrigada. – dei a volta, entrando do lado do motorista. – Edward, posso te pedir uma coisa?

- Claro, Isabella.

- Bella, por favor. – olhou para suas mãos, que estavam sobre suas pernas. – Não comente nada com meu pai sobre o que eu te falei hoje, sim? Ele não gosta muito de falar sobre a morte da minha mãe.

- Claro. Pode deixar que eu não falarei nada para ele.

- Obrigada. – sorriu novamente. Queria entender por que ela tinha me contado todas essas coisas.

   Essa garota, sem dúvidas, era completamente diferente de qualquer outra que eu já tinha conhecido. E eu me sentia, pela primeira vez depois da morte de Tanya, atraído por alguém.

Isabella Pov.

   Eu nunca fui uma garota comum. Para começar, a vida tinha me ensinado muitas coisas logo cedo. Perdi minha mãe com 8 anos. Ela foi brutalmente assassinada na minha frente. Isso tudo para me defender e, exatamente por isso, eu me sentia culpada por sua morte. Três anos depois eu perdi minha avó, só restando eu e meu pai.

   Senhor Charlie tinha se virado da melhor forma que pôde para me criar. Apesar de minha família ter dinheiro, ele preferiu seguir carreira na polícia de Nova Iorque. E eu o admirava muito por isso.

   Aos 17 anos eu fui morar em Paris. Resolvi cursar minha faculdade de Letras lá. Não me arrependo em nenhum momento por ter tomado essa decisão, mas chega um momento em que a saudade de casa fala mais alto, e parece que a minha resolveu falar na hora certa.

   Tudo acontece exatamente quando tem que acontecer. Minha decisão de voltar para Nova Iorque foi tomada no momento mais oportuno, e eu tive certeza disso quando vi Edward pela primeira vez. Não sei, mas alguma coisa nele me chamou atenção. Quando vi, já havia contado muitas coisas sobre a minha vida para ele. Ao mesmo tempo em que isso era estranho, era bom.

- Obrigada pelo café, detetive. – sorri.

- De nada. – retribuiu o sorriso. – Seu pai deve estar na sala dele.

- Ok. – me afastei dali, indo em direção a sala do meu pai. Agora era a hora de enfrentar a fera. Dei duas batidas leves em sua porta, antes de ouvi-lo me mandando entrar.

- Edward, que bom que você –

- Não é o Edward, papai. – ele ergueu a cabeça, assustado.

- Isabella, o quê você está fazendo aqui? – levantou da cadeira e veio em minha direção. – Não era pra você estar em Paris uma hora dessas?

- Era, mas eu decidi voltar para casa.

- Como assim você decidiu voltar para casa? – ele estava começando a se estressar.

- Ué, pai, voltando. Não queria mais ficar em Paris, então aproveitei que Rosalie iria voltar também e resolvi voltar com ela.

- Quem é Rosalie?

- Minha amiga. Ela também é americana. – coloquei uma mecha de cabelo para trás da orelha. – Pensei que você fosse ficar feliz em me ver. Tem quase 1 ano que não nos vemos.

- É claro que eu estou feliz, filha. – me abraçou. – Só estou surpreso. Não esperava te ver aqui. – nos separou e olhou em meus olhos. – Mas eu quero que você volte para Paris.

- Ah não, papai. Tudo menos isso, por favor.

- Isabella, você tem noção de quanto eu gasto por mês com a sua faculdade? Sem contar que você não tem aonde estudar aqui e –

- É aí que você se engana. – o interrompi. – Consegui transferência para Columbia. Pai, eu vou poder ficar mais perto de você agora.

- Não, Bella. Eu quero que você volte para França.

- Como assim?! Por que você não me quer por perto? – passei as mãos no cabelo, começando a ficar nervosa pela situação.

- Porque é muito perigoso ter você por perto.  – suspirou. – Filha, eu lido com criminosos todos os dias, se eles souberem que eu tenho uma filha eles começarão a te ameaçar, entende? Não quero que nada te aconteça. Você é a pessoa mais importante para mim. – eu entendia a situação, mas não queria voltar para França.

- Pai, eu entendo. – me aproximei dele, passando meus braços ao redor de seu corpo. – Mas não me peça para voltar, por favor. Eu sinto muito sua falta, sinto falta de casa. Não quero mais ficar na França.

- Isabella... – suspirou, retribuindo meu abraço. – Eu deixo você ficar. – falou por fim.

- Sério? Ai, pai, muito obrigada! – enchi seu rosto de beijos.

- Espera. – me afastou delicadamente de seu corpo. – Tem uma condição.

- Estava bom de mais pra ser verdade. – resmunguei. – Manda. – ele riu.

- Se alguém te ameaçar, se você perceber que anda sendo seguida, se você notar qualquer coisa de estranho, eu quero que você me comunique, Ok?

- É claro, né, pai? Não sou nenhum irresponsável.

- Acho muito bom mesmo. – voltou a me abraçar.

- Obrigada, Sr. Charlie. Você não sabe o quanto isso é importante para mim. – apoiei minha cabeça em seu peito. Eu realmente sentia falta disso.

- Eu sei, querida. Isso também é muito importante para mim. – deu um beijo no topo da minha cabeça.

- Charlie, o Sr. Caine está aqui e... Opa, foi mal. – se desculpou.

- Não, tudo bem, Edward. Entra. – me afastei dele. – Eu preciso mesmo falar com ele. – pegou algum papel em cima da sua mesa. – Ah, Edward, essa é a minha filha Isabella. Bella, esse é Edward Cullen, detetive.

- Nós nos conhecemos hoje, pai. – olhei para o rapaz alto na minha frente.

- Se conheceram? – assenti.

- Ela estava te esperando aqui, Charlie. – ele explicou.

- Ah sim. – olhou para mim. – Tem dinheiro para o táxi?

- Tenho, pai. – peguei minha bolsa que estava jogada em um canto da sala. – Nos vemos em casa. – fiquei na ponta dos pés, deixando um beijo em sua bochecha. – Tchau, detetive.

   Não sei explicar, mas alguma coisa naquele homem me deixava perdida. Era como se eu perdesse meus sentidos quando estava perto dele. Eu agia de forma diferente, não pensava, simplesmente agia. Tudo bem que eu sempre fui impulsiva, mas perto dele eu era mais. Era como se meu cérebro parasse de funcionar. Esquece isso, Isabella. Se preocupa com você. Resolvi parar de pensar nisso, pelo menos por enquanto. Precisava ir logo para casa, estava cansada e a única coisa que eu desejava nesse momento era minha cama.

[...]

   Procurei a chave do apartamento em que eu e meu pai morávamos há anos dentro da minha bolsa, e ao abrir a porta me deparei com uma casa completamente bagunçada.

 - Meu Deus! Como meu pai consegue viver nessa bagunça?! – fui até o meu antigo quarto, que aparentemente continuava o mesmo, e deixei minha mala lá. Eu não conseguia viver na bagunça, então precisava arrumar aquela casa toda ainda hoje, mas antes precisava ligar para Rosalie.

- Alô? – atendeu no quarto toque.

- Rose, é Bella. – tirei uma toalha de cima do sofá para poder me sentar.

- Ai, que bom que você me ligou, Bella! Precisava mesmo falar com você. E aí, como foi com seu pai?

- No início ele queria que eu voltasse para França, mas depois aceitou numa boa. – funguei. – Rose?

- Oi.

- Nós temos que ir à faculdade amanhã para fazer nossa matrícula.

- É, eu sei. Que horas eu passo na sua casa?

- Você está com carro?

- É, tô com o carro da minha mãe.

- A hora que você quiser. – dei de ombros, mesmo sabendo que ela não seria capaz de ver.

- Tá, então eu passo aí às 10 horas, pode ser?

- Pode. Rosalie, tenho que desligar. Estou cheia de coisas para fazer.

- Bella, nós chegamos hoje de viagem, vai descansar!

- É, se você viesse até minha casa nesse momento, pode ter certeza que descansar seria a última coisa que você pensaria em fazer.

- Que seja. Nos vemos amanhã, então?

- Sim. Até amanhã.

- Até. Beijos. – coloquei o telefone no gancho.

   Conheci Rosalie no primeiro ano de faculdade. Ela estava um ano na minha frente e, diferentemente de mim, cursava moda.

   Logo no meu primeiro dia de aula eu fui procurar um apartamento para morar e Rose me ofereceu o dela, a garota que morava com ela havia se mudado e ela estava sem uma companheira de quarto. Então por que não juntar o útil ao agradável? Aceitei morar com ela e nós nos tornamos melhores amigas desde então.

   Levantei do sofá e me dirigi para a área a fim de pegar produtos de limpeza, panos de chão, uma vassoura, uma pá e um balde. Minha casa estava precisando de uma faxina urgentemente.

   Enquanto arrumava tudo comecei a pensar no meu encontro, de hoje mais cedo, com Edward. Na realidade não foi bem um encontro, mas... Enfim, ele me pareceu em homem triste. A impressão que eu tive era que ele não era. O único momento em que ele ficou meio alegre foi quando ele falou da filha. Essa garota deveria ser a pessoa mais importante do mundo para ele.

   Eu o entendia, sabe? Quando minha mãe morreu eu tinha ficado muito mal. Até hoje me doía falar dela. E para ele deveria ser a mesma coisa. Deveria doer muito se lembrar da mulher dele.

   Pelo menos eu tinha certeza de uma coisa: Edward Cullen tinha me despertado uma curiosidade imensa, justamente por causa disso eu resolvi me aproximar dele. E quando eu cismo com alguma coisa eu vou até o fim.


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Notas finais do capítulo

O capítulo 2 está aí, gente. Reviews, por favor *-*



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