Curando Feridas escrita por vieesoares


Capítulo 2
Capítulo 1.


Notas iniciais do capítulo

Edward Cullen: http://www.orkut.com.br/Main#AlbumZoom?uid=11432754572976201382&pid=1327706552268&aid=1327516730$pid=1327706527038
Tanya Cullen: http://www.orkut.com.br/Main#AlbumZoom?uid=11432754572976201382&pid=1327706552268&aid=1327516730$pid=1327706552268
Claire Cullen: http://www.orkut.com.br/Main#AlbumZoom?uid=11432754572976201382&pid=1327706552268&aid=1327516730$pid=1327706617887
Esme Cullen: http://www.orkut.com.br/Main#AlbumZoom?uid=11432754572976201382&aid=1327516730&pid=1327707436438
Charlie Swan: http://www.orkut.com.br/Main#AlbumZoom?uid=11432754572976201382&pid=1327707955557&aid=1327516730$pid=1327707955557
Jasper Withlock: http://www.orkut.com.br/Main#AlbumZoom?uid=11432754572976201382&pid=1327707955557&aid=1327516730$pid=1327707991585



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Edward Pov.

   Eu sabia que eu deveria salvá-la. Sabia que só mais um passo meu e eu conseguiria desarmar aquele cara, mas eu não conseguia tirar meus pés do chão. Parecia que eu estava colado naquele lugar. Quando olhei para seu rosto, vi que lágrimas escorriam por ele. Lágrimas de medo. Essa certeza fez com que eu me sentisse ainda pior.

   De repente veio o barulho do tiro. Um único tiro. E ao olhar novamente para ela, vi que já estava caída no chão, com uma poça de sangue ao seu lado. Morta. Minha mulher estava morta e eu não tinha feito nada para impedir isso.

   Acordei ofegante e suado. Quase todas as noites, durante esses 2 anos, eu tinha o mesmo pesadelo. A culpa pela morte de Tanya me perseguia, e acho que me perseguiria para sempre.

   Nós havíamos nos casado cedo, eu tinha 22 anos na época, ela 20. Tanya havia ficado grávida e como sua família era muito conservadora, eu optei por nos casarmos logo. Nós éramos felizes, principalmente depois que Claire, nossa filha, havia nascido. Mas como nem tudo é perfeito, há cerca de 3 anos mais ou menos, minha família vinha sofrendo ameaças. Isso tudo se dava por causa do meu trabalho. Eu era um dos principais detetives da polícia de Nova Iorque.

   Ameaças eram normais quando você trabalha com criminosos, mas daí a elas serem cumpridas não. Mas no meu caso não foi assim, e há 2 anos atrás eu havia ficado viúvo. Agora, aqui estou eu, com 26 anos nas costas de uma filha de 4 anos para criar. A minha sorte é que eu tinha meus pais e minha irmã. Eles me ajudam bastante com relação à educação de Claire.

    Resolvi parar de pensar na vida. Esses assuntos nunca me faziam bem. Olhei no relógio, constatando que eram 2:47 da manhã, ainda tinham mais ou menos umas 3 horas de sono pela frente. Levantei da cama, me dirigindo para o quarto da minha filha. Eu sabia que não conseguiria voltar a dormir no meu quarto, pelo menos não mais essa noite.

   Ao abrir a porta do seu quarto, a luz que saía do abajur rosa em formato de coração machucou meus olhos. Por que crianças cismam em dormir de luz acesa? Empurrei seu corpinho para o lado, tentando me acomodar da melhor forma possível na cama pequena.

- Papai? – virou na cama, ficando de frente para mim.

- Shii, meu amor. Volta a dormir. – dei um beijo em sua testa.

- O quê foi? – abriu aqueles olhos azuis, que tanto lembravam os de sua mãe.

- Nada. – sorri. – Papai pode dormir aqui com você?

- Pode, papai. – apoiou a cabeça no meu braço. – Você tá com medo?

- Não, meu anjo. Só quero ficar aqui com você, tá?

- Tá, papai. Boa noite.

- Boa noite, filha. – fechei os olhos, permitindo que o sono me dominasse. Amanhã seria um longo dia.

[...]

- Claire, vamos logo! Você vai me atrasar! – a alertei pela segunda vez no dia, enquanto prendia o coldre da minha arma na lateral da minha calça.

- Papai? – apareceu na sala ainda de pijama.

- Claire, você ainda está assim?! Por Deus, eu já estou atrasado!

- Papai, eu não tô me sentindo bem.

- O quê você está sentindo, amor? – agachei no chão, ficando da sua altura.

- Não sei. – deu de ombros. Toquei seu rostinho, vendo que ela estava com febre.

- Vem! – a peguei no colo. – Vou ligar para vovó, pedindo para ela ficar com você. – entrei no meu quarto, a colocando sobre a cama. Liguei para minha mãe e expliquei rapidamente a situação, ela falou que em pouco tempo já estaria chegando. Aproveitei que estava com o telefone na mão e liguei para delegacia, explicando o motivo da minha demora. – Vovó já está vindo, filha. – sentei ao seu lado. – Você quer comer alguma coisa? – passei a mão por seu cabelinho.

- Qué mamadeira. – desviou sua atenção do desenho animado que estava passando na televisão e olhou para mim.

- Tudo bem. Vou preparar, já volto. – dei um beijo em sua cabeça antes de levantar e ir para cozinha. Pelo menos ela não havia pedido nada muito difícil de fazer... – Claire, aqui. – entreguei a mamadeira rosa em sua mão. – Chega pra lá, deixa o papai sentar do seu lado.

- Que horas a vovó vem?

- Já deve estar chegando, filha. – apoiei sua cabeça no colo.

- Papai, você podia ficá em casa hoje, né?

- Claire, eu já não trabalhei ontem... Eu tenho que trabalhar hoje, querida.

- Por que você trabalha um dia sim e o outro não?

- Porque o trabalho do papai é feito por plantões. – a sentei no meu colo.

- O quê são plantões? – me encarou com os olhos transbordando curiosidade.

- Por exemplo, hoje o papai vai trabalhar, certo? – ela assentiu. – Então, hoje o papai está de plantão. Ontem o papai não trabalhou, então ontem eu...

-... Não estava de plantão. – completou, sorrindo.

- Exatamente. – apertei seu nariz.

- Entendi. – o barulho da campainha soou pela casa, interrompendo nosso momento.

- Deve ser a vovó. – a coloquei novamente na cama. – Vou lá ver, já volto. – é claro que eu gostaria de ficar em casa com ela, mas eu tinha minhas obrigações no trabalho. – Oi, mãe.

- Querido. – ficou na ponta dos pés, dando um beijo em minha bochecha. – Cadê meu anjinho?

- Está lá no meu quarto, deitada. – murmurei enquanto voltava a trancar a porta. Minha mãe logo saiu da sala, indo atrás da neta. Fui até a cozinha beber um copo de água. Ao olhar para o relógio de parede, que ficava em cima da geladeira, vi que já passava das 8 horas da manhã... É, eu realmente estava muito atrasado. Deveria estar na delegacia às 7 horas. – Mãe, - falei, entrando no quarto. – eu já vou. – peguei o paletó do terno, jogando sobre os ombros.

- Não, papai... Fica aqui! – choramingou.

- Meu amor, eu tenho que trabalhar. – me abaixei, deixando um beijo em sua testa. – A febre dela está mais alta.

- Você ainda não deu o antitérmico a ela?

- Não, queria que ela tivesse comido alguma coisa primeiro.

- Edward!

- Tchau, mãe. – dei um beijo nela. Aproveitei que Claire tinha voltado a se entreter com o desenho e saí.

   Definitivamente, hoje o meu dia seria cheio.

[...]

- O marido chegou de viagem hoje e encontrou o corpo dela. – informei a Charlie Swan, o chefe do laboratório de criminalista, logo assim que ele chegou à cena do crime.

- Já sabe a causa da morte? – perguntou a Jasper, o médico perito.

- Um único ferimento à bala.

- Eu vou falar com o marido da vítima, ver se ele sabe de mais alguma coisa. – os informei, me afastando dali. – Sr. Caine, o que aconteceu aqui?

- Não sei. – me respondeu aflito. – Eu viajei a negócios, Marlena geralmente ia comigo, mas dessa vez ela quis ficar. – passou as mãos no cabelo, aparentemente desesperado. – Ela é tudo para mim. Eu amo essa mulher incondicionalmente. Ela não pode ter morrido! – eu sabia exatamente bem o que ele estava sentindo nesse momento.

- Er... – pigarreei. – Eu vou precisar pegar suas digitais e uma amostra do sue DNA.

- Vocês acham que eu a matei?!

- Não, senhor. É só para eliminá-lo como suspeito.

- Tudo bem.

   Durante esses 2 anos, qualquer caso que envolvesse assassinatos de mulheres, me lembravam de Tanya. Eu havia criado uma espécie de trauma ou alguma coisa do tipo.

- Edward?

- Oi, Charlie.

- Eu preciso que você vá até o laboratório para mim e entregue essas provas para o Adam. – me entregou um saco de papel pardo lacrado.

- Pode deixar. – enquanto estava indo para o carro, resolvi ligar para casa para saber como Claire estava.

- Alô?

- Oi, mãe.

- Oi, querido.

- Como ela está? – destranquei o carro, entrando no mesmo.

- Melhor. Acho que a garganta dela está ficando inflamada.

- Hum... Entendi.

- Edward, ela quer falar com você. Espera aí. – ouvi minha mãe falando alguma coisa com ela e depois escutei sua voz doce.

- Papai?

- Oi, princesinha. – sorri. Depois que eu me tornei pai eu fiquei meio gay, qualquer coisa que minha filha falasse, ou fizesse, me encantava.

- Papai, que horas você vai chegar?

- Não sei, meu anjinho. Provavelmente só de noite. – liguei o carro, partindo em direção ao laboratório.

- Mas, papai, eu tô dodói! – imaginei que ela estaria fazendo o seu biquinho típico de quando estava irritada.

- Eu sei, Claire. Vou tentar chegar cedo, Ok? Olha, o papai tem que desligar. Eu te amo, filha. Beijos.

- Eu também, papai. Beijo.

   Definitivamente essa garota é minha vida. Eu podia perder tudo, menos minha filha. Eu havia aprendido muita coisa com ela. Lembro que os primeiros dias dela lá em casa foram um sufoco. Eu e Tanya não sabíamos absolutamente nada, ficávamos desesperados quando ela acordava de madrugada chorando, ou então quando sentia cólicas... Mas nada disso se compara com o que sentia quando a ouvir me chamar de “papai” pela primeira vez... Ou então seu primeiro passinho.

   Claire havia ganhado meu amor antes mesmo de nascer e, atualmente, ela era a única mulher na minha vida. E acho que seria assim para sempre.

   Quando fui perceber já estava parado em frente ao laboratório.

- Sam? Cadê o Adam? – perguntei, entrando no local.

- Analisando umas provas. Edward, tem uma garota aí querendo falar com o Charlie. – me informou.

- Ela falou o nome? – coloquei o envelope de papel em cima de uma mesa que tinha ali.

- Isabella.

- Nada mais? – ele negou. – Tudo bem, onde ela está?

-Na sala dele.

- Sam, você deixou uma desconhecida entrar na sala dele?!

- Edward, é só uma garota!

- E daí? Eu vou até lá ver o quê ela quer...

   Por Deus, será que depois de anos trabalhando em uma delegacia ele ainda não sabe que não se pode deixar desconhecidos terem acesso a certos lugares do laboratório?

   Ao entrar em sua sala, vi uma garota baixa, de costas para mim. Seus cabelos eram escuros, mais ou menos na altura dos ombros.

- Com licença?  - ela se virou assustada, e ao fazer isso me deparei com a mulher mais bonita que eu já havia visto em toda a minha vida. E pela primeira vez eu me esqueci de Tanya por um momento.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem do primeiro capítulo. :)



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