Curando Feridas escrita por vieesoares


Capítulo 10
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Falei que ia voltar hoje, não é? Então trago mais um capítulo fofo pra vocês, rs.! Espero que gostem.
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roupa da Bella: http://www.polyvore.com/cgi/set?id=38708836



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Isabella Pov.

   Não estava nem acreditando que hoje era sábado. Essa semana tinha sido uma correria. Repõe as matérias da faculdade, estuda para as provas que estão chegando, ajuda Rosalie a se aproximar do Emmett, tentar fazer com que Alice não se aproxime de mim e, o principal, tentar não pensar no Edward.

   Mas hoje era sábado e eu tiraria o dia para descansar. Acordei por volta das 9 horas da manhã e me joguei no sofá, prometendo só sair daqui para ir ao banheiro e comer. Há anos que eu não sabia o que era passar o sábado inteiro vendo desenho, e o melhor é que eu estava sozinha em casa, sem ninguém para me perturbar... Ou melhor, o telefone existia para me perturbar.

- Alô?

- Isabella? – escutei uma voz rouca do outro lado da linha.

- Quem é? – abaixei o volume da televisão.

- Oi. É o Edward.

- Edward? – arregalei os olhos. – Ai, meu Deus! Aconteceu alguma coisa com meu pai?!

- Não, não! Eu estou de folga hoje, nem estou com seu pai. – Ok, então o que diabos ele queria comigo?

- Ah... Então o quê foi?

- Você está muito ocupada hoje?

- Deixa eu falar com ela papai. – ouvi Claire pedir.

- Espera. Oi, Bella. Desculpa.

- Tudo bem. Não, não estou ocupada. Por quê?

- Hã... É que a Claire queria falar com você e –

- Papai!

- Me deixa falar com ela, Edward. – ri de sua impaciência.

- Tia Bella? – escutei sua voz doce.

- Oi, querida.

- Você vai fazê alguma coisa hoje?

- Não, por quê? – estava começando a estranhar a rumo daquela conversa.

- Qué saí comigo e com o meu papai? – hein? Como assim sair com eles dois?

- Hã... Claire, é que hoje a tia Bella tem que fazer umas coisas e –

- Mas você falou que não tinha nada pra fazê, tia. – por que criança tem que ser tão perceptiva?

- Aonde vocês vão?

- Não sei. Papai, aonde nós vamos?

- Me dá o telefone, Claire. – pediu. – Oi, Bella. Aceitou o convite dela?

- Não tinha opção, não é mesmo? – não precisava ser educada com ele.

- Er... Me desculpe por isso. – pigarreou. – Estou pensando em levá-la ao Central Park.

- Tudo bem. Que horas?

- Eu passo aí daqui a 1 hora. Pode ser?

- OK. – fiquei de pé. – Então até daqui a pouco. – desliguei o telefone, sem dar tempo de ele falar mais alguma coisa. – Deus, o quê eu fiz? – passei a mão nos cabelos, respirando fundo.

   Não ia adiantar eu ficar me lamentando agora. O que foi feito já foi feito, não dá para desfazer, mas que eu tinha feito uma merda eu tinha. Qual o problema de dizer não, Isabella? Tudo bem, Claire era uma criança linda e era quase impossível dizer não a ela, mas será que eu estou pronta para voltar a ver seu pai? Seria impossível não tocarmos no assunto novamente. Se ele tivesse um pingo de educação – e ele tem muito mais do que isso. –, me pediria desculpas.

   Tentei esquecer isso, pelo menos por enquanto, ainda tinha que tomar banho e me arrumar.

   Abri meu armário, tentando escolher qual roupa usar. Eu ia a um parque, certo? Então nada de calça jeans e derivados. Peguei um short jeans e uma blusa listrada azul e branca. Vamos logo, Bella. Quanto antes isso começar, mais cedo vai acabar.

[...]

- Oi. – logo assim que eu saí do prédio, me deparei com o carro de Edward estacionado do outro lado da calçada e os dois me esperando fora do veículo.

- Tia Bella! – abraçou minhas pernas, eufórica. – Você tá bonita hoje, não é, pai?

- É, filha. – me deu um sorriso torto. – Oi, Isabella.

- Bella. – corrigi. – Oi, Edward. – não retribuí o sorriso. Ele tinha que saber que eu ainda estava chateada.

- Vamos logo! – puxou nossas mãos, nos fazendo ir para o carro.

- O quê nós vamos fazer? – perguntei enquanto colocava o cinto de segurança.

- Não sei, você já almoçou? – ligou o carro.

- Ainda não. Sem contar que ainda nem são meio-dia.

- Você está com fome, Claire? – olhou para a filha pelo retrovisor.

- Não, papai.

- Então nós vamos para o parque, quando sentirmos fome comemos por lá mesmo, tudo bem? – olhou para mim.

- Por mim... – dei de ombros, desviando minha atenção para a rua.

   Claire foi tagarelando o caminho todo... Falando que estava muito feliz por eu ter aceitado sair com eles, que ela não tinha esquecido as bonecas – nesse momento Edward a repreendeu. – e que queria que o pai desse a ela um cachorro.

- Um cachorro, Claire?! Aonde nós vamos colocar um cachorro naquele apartamento?

- A gente vai morá na casa da vovó. – tive que me segurar para não rir.

- Não é fácil assim, amor.

- Tia Bella, você já teve cachorro?

- Há muito tempo, Claire...

- Viu, papai? Ela já teve cachorro, por que eu não posso ter?

- Porque não é fácil ter cachorro... É muita responsabilidade, sem contar que eu quase não paro em casa, como vamos ter um cachorro assim? Eu prometo que quando você estiver maior eu te dou um. – ela bufou.

- Qual era o nome do seu cachorrinho? – colocou a cabeça entre os bancos da frente, me encarando.

- Era cachorra. – toquei a ponta do seu nariz. – O nome dela era Jasmine.

- Igual o nome da princesa do Aladin! – exclamou.

- É, eu sei. Eu coloquei o nome dela de Jasmine por causa do Aladin mesmo.

- Você gosta de desenho, tia?

- Quem não gosta, Claire?

- O papai.

- Ei! – estacionou o carro em uma vaga de frente para a entrada norte do Central Park. – Gosto sim, viu?

- Não gosta não, papai.

- Claire, eu vejo um monte de desenho com você. – pegou a menina no colo, a tirando do carro. – Bella, você pode pegar a mochila dela para mim, por favor?

- Claro. – peguei a mochila rosa das princesas que estava jogada no banco de trás.

- Tá, pai, você vê, mas não gosta.

- Tá bom, tá bom. – colocou a garota sentada em seus ombros, fazendo com que ela gargalhasse e eu risse. - Você é muito chata, sabia, baixinha?

- Eu sei. – riu. – Agora eu tô com fome.

- Tá com fome, Bella? – me olhou.

- Não, mas se vocês quiserem almoçar eu não me importo. – dei de ombros.

- Eu também não estou com fome. Filha, tem biscoito na sua mochila, quando nós pararmos você come, tá?

- E quando a gente vai pará?

- Quando acharmos uma sombra.

- Ali. – apontei para uma árvore grande, que fazia uma grande sombra na grama. – Ali está bom para vocês dois?

- Está. – fomos andando naquela direção.

   Eu vinha ao Central Park praticamente todos os dias antes de eu mudar para França. Aqui era um lugar tão calmo, nos passava uma sensação de paz, mesmo você estando no centro de Nova Iorque.

   Edward deu um pacote de biscoitos de chocolate na mão dela enquanto eu me sentava, encostando minhas costas no grande tronco daquela árvore.

- Papai, eu posso comer isso na hora do almoço?

- Hoje pode, tá? Mas só hoje, filha. – sorri. Ele era um bom pai. Claire tinha muita sorte de ter alguém como ele para cuidar dela.

- Vou brincá! – anunciou, se afastando de repente de onde estávamos.

- Sabe? Eu desisto de mandá-la parar de correr, não me obedece mais mesmo. – deu de ombros, fazendo com que eu risse. – Bella, eu quero ter uma conversa muito séria com você.

Edward Pov.

   Fiquei um pouco surpreso por ela ter aceitado nosso convite, mas ao mesmo tempo feliz. Eu realmente queria conversar com a Isabella, pedir desculpas pelo o que eu havia feito, e espero sinceramente que ela aceite.

- Bella, é sério, pode não parecer, mas eu fiquei muito mal com tudo aquilo.  Para mim é tudo muito novo, sabe?

- Não, Edward. Me desculpe, mas não sei. Só sei que você precisa entender que quem morreu foi a sua mulher, não você! Desculpe por eu estar me metendo assim na sua vida, mas eu não entendo como você pôde se fechar assim para o mundo!

- Realmente você não tem que se meter na minha vida. – não queria admitir, mas ela estava certa.

- Eu sei que não, mas será que você não vê que sua filha quer um pai mais presente?

- Quem é você para falar se eu sou ou não presente na vida da minha filha, Isabella?

- A Claire é parecida comigo quando eu era criança. – abaixou a cabeça, parecendo estar lembrando alguma coisa. – Eu sentia falta do meu pai presente, eu só tinha a minha mãe... Até que de repente nem mais ela eu tinha. – olhou para mim. – Ela sente falta de você perto dela, ela sente falta da sua presença. Edward, eu não estou falando isso para você se sentir mal ou alguma coisa do tipo, mas eu realmente me preocupo com ela.

- Me desculpe se eu sou meio rude às vezes, mas é que essa situação é tão estranha. Eu te conheço há tão pouco tempo e você já sabe tanto sobre mim e minha vida.

- Talvez por eu ter tido uma história parecida com a sua. – deu um sorriso compreensivo. – Olha, vamos tentar pelo menos ser amigos. Vamos esquecer o que aconteceu antes... Você é um cara legal e eu realmente gosto muito da sua filha.

- Acho que você só quer se aproximar de mim por causa dela. – brinquei, arrancando uma gargalhada da garota a minha frente.

- Droga! Pensei que você não fosse descobri. – dessa vez fui eu quem ri. – Então, amigos? – estendeu a mão para mim.

- Amigos. – apertei sua mão.

- Eu acho que – fomos interrompidos por um barulho de tiro e na mesma hora meus instintos policiais se aguçaram. – O quê foi isso?!

- Claire... – um dos policiais que faziam o patrulhamento do Central Park em cavalos havia sido atingido e o animal, assustado, estava desgovernado e o pior, indo em direção a minha filha.

- Ai meu Deus! Edward!


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Notas finais do capítulo

E aí, o quê acharam? E que parte foi essa que o capítulo acabou, não é mesmo? Rs.! Só vão saber realmente o que aconteceu semana que vem, mas posso adiantar que o próximo capítulo vai ser bem tenso... AUEUAEUAEUEUA
-
Gostaram?! Comentem, por favor! Sabem que isso é muito importante para nós autoras... E quem acha que a fic merece uma recomendação, recomendem, por favor.
-
Então é isso, meninas. Beijos e até domingo que vem :)