Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 87
Capítulo 87: Em Crocus


Notas iniciais do capítulo

Yoo, leitoras!
Aqui está mais um capítulo. A tradicional imagem fofa:
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Sem mais, Enjoy



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– Mestre Ivan - disse Baelfyre com uma reverencia fluida - Se me permite dizer, chegou um pouco atrasado, se a intenção era fazer surpresa.


O Dreyar moreno franziu um pouco a testa.


– Bom, não me podem culpar por não imaginar que você chamaria tanta atenção - disse ele em um tom de censura - O que diabos foi aquilo no palco?! Eu achei que precisaríamos de uma escolta para te buscar de lá.


Baelfyre pareceu achar aquilo divertido.


– Eu precisei de uma, uns cavaleiros das runas manteram as mais alienadas longe enquanto eu corria - disse ele rindo - Não é esse nosso objetivo? Criar asas e voar em direção à fortuna, se possível dando uma cagada na cabeça do conselho?


– Objetivamente, sim - admitiu o mago - Já que você está vagabundeando por aqui, o que tem a dizer sobre o torneio desse ano?


– Pode ter que tenha uma ou duas surpresas - disse ele pragmaticamente - A Mermaid Heel vai participar como nos dois anos anteriores, e aquela Kagura é uma noz dura de quebrar. Lamia Scale e Blue Pegasus eu ainda não sei, mas soube que um estranho homem-coelho tem andando em companhia do membro ás deles, mas isso pode significar qualquer coisa. A Cerberus nunca representa um oponente forte, seus membros parecem se importar mais em parecerem selvagens do que ganhar, e seu ás frequentemente fica bêbado demais para se manter acordado.


– Então você está falando que a Sabertooth vai ganhar de novo?


– Não se eu participar - disse o mago com uma sugestão de sorriso - Mas não pretendo tomar parte desse grande joguinho de criança. Mas há boa notícias para você. Essa grande pantomima poderá ter mais de um objetivo. A Fairy Tail irá participar.


Um espasmo de contentamento de surpresa relampejou pelo rosto de Ivan.


– Tem certeza? Eu achei que existiam chances, mas meu pai sempre foi cauteloso...


– Mas isso não diminuiu a ferocidade com que protege sua guilda - disse ele com descaso - Parece que isso também se aplica ao orgulho.


Mas Ivan nem pareceu notar que o outro mago lhe respondera, e se ocupava em ficar encarando o nada e murmurando consigo mesmo.


– Enquanto você trama secretamente e conversa com vozes na sua cabeça, eu vou manter um olho neles - disse ele tocando o tapa-olho com dois dedos e um aceno enquanto saía.



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Quando a porta do transporte abriu, Natsu, enjoado demais para ficar de pé, caiu para fora.


– Terra - exultou ele apertando um punhado de grama - Terra firme!


– Não seja tão dramático - disse Erza saindo também e o puxando para que ficasse-se de pé pelo cachecol - Você passou metade da viagem desacordado.


Natsu assentiu, enquanto esfregava a barriga onde Erza lhe dera um de seus misericordiosos socos desacordadores.


As outras portas iam sendo abertas, e os magos da Fairy saltavam para fora e olhavam o ambiente ao seu redor. Crocus tinha se desenvolvido muito para poder ser a sede dos Grandes Jogos Mágicos, então pouco daquilo estava ali a sete anos atrás.


– É enorme - comentou Cana. A cidade era relativamente mais baixa do que suas fronteiras, então muito podia ser visto dali.


– E muito de homem! - disse Elfman, se referindo aos grandes estádios e arenas esportivas vistas dali.


Makarov assentiu aos dois comentários.


– E vamos ter tempo para conhecê-la, mas primeiro, o mais importante - disse ele solenemente - Jane, onde nos podemos fazer a inscrição?


Ultear demorou algum tempo para reagir, o nome falso ainda não estava bem relacionado a si em sua mente.


– Ahm, er... no prédio da prefeitura - disse ela se lembrando - É fácil de se achar, é só seguir o barulho. O show de abertura é apenas dois quarteirões de distância.


– Então deve ser fácil de achar - disse Makarov de forma alegre - Mirajane, Erza, venham comigo. Já vocês devem ir procurar alojamento.


– Se aceitam uma sugestão, eu recomendaria vocês ficarem na ala oeste do alojamento para guildas visitantes - ninguém havia notado sua chegada, mas o mago cuja a interferência os levara até ali estava entre eles, encostado em uma árvore - É mais perto tanto da piscina quanto do restaurante, e janelas com grades, algo bom para se livrar de fotógrafos irritantes.


Todos os olhares se voltaram para ele.


– Pir... Chefe - disse Ultear se chutando por quase ter seguido o hábito e o chamado de pirralho - O que faz aqui?


– Eu acabei de descer do palco de abertura, fugindo obviamente, eu temo pela minha sanidade se eu der de encontro com uma horda de garotas - disse ele com um risinho - Estou lhe atrasando, Makarov-san? Vim pegar minha assistente de volta, eu não tenho o hábito de lembrar-se da senha da minha porta sozinho.... Então...


– Certo, mas ainda teremos aquela conversa - disse o mestre com seriedade.


– Obviamente sim, certas conversas adiadas para ocasiões propícias podem ter resultados mais agradáveis - ele lançou um olhar demorado para Gray e Ultear - Agora, com sua licença, temo que ambos tenhamos coisas a fazer no momento. Até mais tarde.




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Jereffer e Ultear caminhavam pelas ruas já escuras de Crocus. Ultear reclamava de o mago ter ido meter o nariz na sua chance de conversar e Jereffer orava para qualquer entidade divina que pudesse existir para ter forças para não esganá-la.


Quando aquilo se estendeu por quinze minutos seguidos, ele não aguentou mais.


– Ul, use esse bonito nabo que cresce entre os seus ombros para pensar, só por um segundo - disse. Ele estendeu as mãos e uma pequena projeção de chibis de luz se formou - Eu não apareço, você fala com o nudista, a stalker tenta te matar, você é obrigada a se defender, você usa sua magia perdida que é a mesma coisa de uma identidade ao ar livre e na beira de uma estrada movimentada, daria muito merda com o conselho e nossa investigação iria para a latrina.


Ela lhe deu um olhar azedo, mas se silenciou. O mago soltou um suspiro de satisfação.


– Ah, o doce silêncio - disse ele agradavelmente - Eu vou encher a cara em algum lugar, te vejo no alojamento da Fairy Tail, onde eu provavelmente teria que salvar essa sua pele inútil.


– Cale a boca - resmungou ela - E tente não se meter em nenhum problema com a cidade tão cheia de cavaleiros das runas.


– Eu não criarei confusão... - disse ele em um tom inocente, mas completou em voz baixa - com os cavaleiros das runas.



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O clima na guilda era bem deprimido.


– Fomos deixados para trás - suspirou Lucy enquanto encarava seu copo em cima do balcão - O mestre...


– É muito literal - concordou Lisanna amargamente - Apenas Classe-S ou aspirantes a Classe-S, tudo isso para economizar no transporte.


Happy, que estava sentado entre elas no balcão, terminou seu peixe e lembrou que estava triste.


– Eles me deixaram para trás - disse ele, a beira das lágrimas - Isso foi muito... oh, peixe! - ele pareceu esquecer-se da sua indignação temporariamente, quando Kinana voltou a encher o seu prato.


Gajeel parecia um pouco mais difícil de consolar, mesmo enquanto mastigava alguns garfos.


– É uma injustiça - disse Gajeel irritado - Até a Devoradora de Livros foi com eles e eu não!


– Ela era uma candidata a Classe-S, você não - lembrou Evergreen - O motivo pelo qual deixar uma verdadeira fada como eu para trás quando o objetivo é brilhar, isso eu jamais entenderei!


E aquela discussão vinda dos parceiros dos aspirantes à Classe-S continuou, logo irritando um Dragon Slayer que estava sentado ali, imerso em pensamentos.


– Vocês podem choramingar mais baixo? - rosnou Laxus - Se querem tanto ir a Crocus, vão! Apenas arranjem uma boa mula para levar a culpa quando vocês dizerem “foi ideia dele”.


Aquilo fez com que todos trocassem olhares de cúmplice. Era uma boa ideia.


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Enquanto isso, em um bar e restaurante em Crocus, Mirajane puxava Erza pelo braço.


– Vamos lá, ainda é cedo demais para ir dormir - disse ela enquanto pedia uma mesa para duas - Podemos comer alguma coisa aqui.


– Mas o mestre... - começou Erza, mas Mirajane já estava sacudindo a cabeça.


– Vai sobreviver sem a nossa escolta - disse Mira olhando o cardápio e devolvia ao garçom - Dois Martinis de morango, batido, não mexido, por favor.


Erza ainda olhava com desconforto para o ambiente à sua volta. Mesmo sem ver, sabia que ali devia ter um enxame de repórteres, então as coisas poderiam ser constrangedoras caso ambas as magas Classe-S ficassem bêbadas. Quando exprimiu suas preocupações, Mira riu.


– Ninguém faz coisas constrangedoras publicamente com alguns martinis - riu ela, enquanto dava um olhar de esguelha em direção a porta - Aquela ali era uma figurinha que não existia no álbum de Fiore quando nós sumimos.


Mesmo sem um manto de penas, a presença do mago era facilmente notável no ambiente. Ele estava sozinho, e depois de pedir um drink, se sentou juntou ao balcão, analisando todos presentes no estabelecimento com um ar de zombaria.


– Como um mago tão forte, arrogante e sexy se mantinha escondido... - os devaneios de Mira foram cortados por um olhar de reprovação de Erza. A Demônia gargalhou - O que foi? Comentar não machuca ninguém.


Erza revirou os olhos, enquanto experimentava um gole da taça que o garçom depositara em sua mesa. O gosto de morango era bom.


Nesse meio tempo, Baelfyre já havia se deslocado para a área elevada onde alguns instrumentos estavam em repouso, à espera de uma pessoa bêbada para lá da conta que acreditasse em seu potencial para a musica.


Com toda a elegância excêntrica que luvas de seda branca combinadas com jaqueta de couro, ele começou a dedilhar o piano,até conseguir a melodia que queria.


When you came in the air went out. And every shadow filled up with the doubt– enquanto cantava, seu olhar não era menos que lascivo, aquele único olho negro fazendo com que o sangue das mulheres encardas circulasse mais rápido em direção ao rosto - I don't know who you think you are, But before the night is through... I wanna do bad things with you.


A música não era muito grande, apenas mais alguns versos que repetiam essencialmente aquilo, mas algo chamou a atenção de Mira.


– É minha imaginação ou ele está olhando para cá desde que começou? - perguntou Mirajane em um tom de dúvida.


– E-ele só tem um olho e mexe a cabeça enquanto toca, é claro que é sua impressão - gaguejou Erza, que compartilhava aquela impressão incômoda.


Uma ovação de aplausos marcou o fim da canção. O ás da Raven Tail fez uma reverência divertida e cruzou o salão em passos largos.


Ele parou a um passo da mesa delas, e com um movimento fluido, sombras brotaram de seus dedos e fizeram um vórtice, formando uma rosa vermelho-sangue.


– Uma bela flor para uma bela mulher - disse ele inclinando a cabeça e oferecendo para Erza, que a pegou, confusa. O som de máquinas de captura de imagem mágicas já haviam sido ouvido inúmeras vezes quando ele terminou o resto da caminhada até as portas dos fundos.



Lá fora, Jereffer riu de sua pequena trapaça, enquanto cronometrava o tempo em seu relógio, ele esperou uns cinco minutos para começar a contar


– Jellal aparecendo em um ataque de ciúmes e tomando uma atitude em 5...4...3..2...1 e... - ele não havia completado a frase quando sentiu um tapa lhe acertando na face.




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Notas finais do capítulo

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