Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 86
Capítulo 86: Interverções geradoras de Diversões


Notas iniciais do capítulo

Yoo, Leitoras maravilhosas! Desculpem a demora colossal, eu estou atolado de estudar :(
Uma imagem fofa para complementar:
http://25.media.tumblr.com/tumblr_m8jq2b9NTr1rvdss4o1_500.jpg
Sem mais, Enjoy



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Fairy Hills tinha uma aparência bem lúgubre, ali, abandonada sobre a colina.

– Parece prestes a desabar - comentou Levy enquanto eles se aproximavam pela trilha sinuosa que subia a colina.

A tinta e o reboco das altas paredes a muito se desgastara, dando para o edifício a aparência de uma furta meio descascada e apodrecida. As janelas de madeira estavam fechadas com cadeados, mas podia ser ver mesmo de longe que a chuva e o vento haviam derrubado uma ou duas.


E o portão estava firmemente acorrentado, e de tal modo enferrujado na fechadura que Levy gastou um longo tempo lutando com a chave e tentando girá-la.


– Devoradora de livros, deixa que eu resolvo - disse Gajeel pousando uma mão no ombro dela e dando um mínimo puxão para o lado. Ela largou a chave na fechadura e lhe deu espaço.


Gajeel não fez menção de usá-la, preferindo, em vez disso, dar um poderoso golpe com seu bastão de ferro. As dobradiças estalaram, choveu resíduos de ferrugem e o portão finalmente desabou.


– Resolvido - disse ele, parecendo satisfeito de resolver o problema. Levy revirou os olhos.


– Nós devemos calcular os estragos - repreendeu ela - Não causar mais!


Gajeel fez uma careta ao levar a bronca, mas ela achou que o som rosnante que ele soltou era um Gihihi abafado.


O gramado havia se transformado em uma flora mista que se tinha um aspecto bastante selvagem. Gajeel achou conseguir farejar um javali.


Levy ia tomando notas de tudo que via.


– Eu calcularia 5000 jewels para um serviço especializado de limpeza - comentou Levy enquanto eles seguiam as quase desaparecidas pedras de calçamento que levavam até as portas propriamente ditas.


– Para que? Desafie o garoto picolé e o Salamander a ver que consegue limpar uma área maior e você consegue o serviço de graça - sugeriu Gajeel rindo.


Levy o olhou com surpresa.


– Isso é... muito esperto - disse ela abismada, e riscou algo em suas anotações - Agora vamos ver lá dentro, eu não entendo nada de jardinagem, depois eu peço para o Droy dar uma avaliada mais profissional.


A porta se encontrava igualmente lacrada, mas Levy achou que a fechadura parecia em melhor estado.


– Nem pense em derrubá-la - disse ela, quando Gajeel deu uma pancadinha avaliadora na madeira. Ele bufou.


– Eu só estava testando para ver se não havia nada bloqueando do outro lado - Gajeel se sentia estranhamente incomodado quando ela duvidava de sua inteligência. Provavelmente devido ao valor que aquela maga dava a isso.


– Certo, certo, não tem importância - disse ela enquanto girava a chave. A fechadura se moveu com um “click” suave - Agora vamos logo...


O caos começou quando ela empurrou a porta.


Milagrosamente, daquela vez Gajeel tinha razão, e do outro lado da porta, uma pilha de tijolos havia sido erguida para bloquear a passagem, mas devido a ausência de uma argamassa que segurasse aquilo, tudo veio abaixo quando a porta colidiu com os tijolos da base.


Por puro reflexo, Gajeel puxou Levy para trás, bem a tempo antes da cascata de tijolos alcançar o chão e cobrir a área com uma nuvem de pó.


Quando aquilo parou, ambos estavam irreconhecíveis debaixo de uma camada de pó alaranjado.


– Devoradora de livros, não fique dando trabalho - disse ele, enquanto praguejava e se sacudia a poeira - Você se machucou?


Aquele tratamento fez Levy inchar como um sapo-boi, lhe passando despercebido que aquilo era uma forma de demonstrar preocupação.


– Eu estou bem, obrigado - disse ela em um cortante tom de indignação - Não precisa se preocupar.


– Então não fica dando motivos para preocupação - ao notar o que ele acabara de admitir, ele desviou os olhos. Levy achou que era sua imaginação estava voando longe, pois por um momento ela achou que o rosto dele estava mais vermelho que o normal.


Aquela estranha tensão foi quebrada quando som de um quatro-rodas mágico parou cantando pneus em frente ao portão exterior.


– Levy - chamou Erza colocando a cabeça para fora da janela - Rápido, para dentro! Temos um novo compromisso e já estamos atrasados.




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Um pouco antes, na guilda.


Gray encarava estupidificado uma estranha qualquer que conversava com o mestre. Juvia estreitou os olhos.


Aquilo pareceu algo estranho. Juvia olhou primeiro para Gray, depois para a estranha, e depois repetiu o processo. Eles estavam se encarando!


– Gray-sama! - protestou Juvia em um tom magoado. Aquilo o fez despertar de seu estado de perplexidade.


– Ah, err... - começou ele, confuso demais com o que estava acontecendo. A filha psicopata da sua mestra estava bem ali, viva e inteira... E... Por que diabos ela estava ali?!


Sua salvação veio com uma gargalhada divertida.


– Gray Fullbuster - onde a meio segundo não havia nada, uma projeção de pensamento pouco estável havia surgido, na forma de um jovem de tapa-olho - Divagar enquanto olha para uma mulher é socialmente aceitável, mas fazer isso enquanto está ao lado da namorada é potencialmente catastrófico.


Gray franziu a testa.


– Nos conhecemos?


– Obviamente, quem sabe isso refresque sua memória - com um movimento fluido, ele jogou o capuz para cima da cabeça, ocultando o rosto. Aquilo somado a voz trouxe a lembrança de um momento crítico sobre a chuva em Tenroujima.


Mas ele achou que era melhor não admitir isso na frente da guilda inteira. Ninguém parecia ter se dado conta que havia mais que fadas e demônios naquele fadigo evento.


– Sim...missão... aquela missão estranha - balbuciou ele tentando pensar em algo convincente.


– Exatamente - disse o outro mago animadamente, o único olho cintilando com riso. Ele piscou - Mas mudando para o assunto em pauta, Makarov-san, muito o conversar, você diz?


O velho mestre sombriamente assentiu.


– Sim, parece que temos um ou outro assunto a discutir - disse Makarov, tentando avaliar que tipo de truque seu filho Ivan estava tentando utilizar.


– Então venha ter comigo pessoalmente - sugeriu a projeção - Minha querida assistente é muito boa em me dar broncas, mas ruim em negociar. Eu estou em Crocus, para presenciar o momento histórico onde uma guilda que outrora foi independente agora é legalizada ao ponto de participar de uma edição dos Grandes Jogos Mágicos.


Aquilo fez Macao arregalar os olhos.


– Então, a Raven Tail participará esse ano?


– É um rumor que está correndo bem rápido - disse ele dando os ombros - De qualquer forma, Vocês irão? Sem querer ofender, mas o prêmio podia ajudar a tirá-los desse penico que está sendo usado de edifício.


– Depois de nossas participações anteriores...decidimos que não estamos em condição de competir - respondeu Macao, que formalmente, ainda era o mestre da guilda.


– Era se de esperar que o retorno milagroso de um núcleo de fortes membros e 30,000,000 jewels pudessem ter feito decisões serem repensadas - disse ele com casualidade, enquanto os olhos de Makarov se transformavam em cifrões perante a menção a tamanha quantia - Mas tanto faz, venha apenas como telespectador, traga seus magos Classe-S, ou seus aspirantes a Classe-S.


– É uma idéia a ser considerada...


– Você tem muito a ganhar - lembrou o mago - Eu comentei sobre vocês na minha última coletiva de imprensa, e apenas um repórter, um cabeça-de-vento bufante que adora falar “cool” pareceu entender minha referência.


Aquilo fez Makarov se eriçar. Era o orgulho da sua guilda que estava em questão.


– Sim, parece uma boa sugestão - disse Makarov determinado - Quanto tempo até a abertura?


– O evento dura quatro dias, vocês podem se inscrever em qualquer um deles para o torneio, ou apenas assistirem as competições amistosas - disse ele dando os ombros - Mas o comedor de fogo entre vocês vai querer a exibição pirotécnica de hoje.


Natsu, que não estava conseguindo acompanhar bem o que estava acontecendo, entendeu aquela parte sobre fogo.


– Fogos diferentes? - disse Natsu, um fio de saliva brotando no canto dos lábios - Velhote, vamos logo!


A projeção riu.


– Caso queiram um transporte rápido, eu tenho certeza que minha assistente arranjará um para vocês - ele olhou no relógio de seu pulso e mordeu o lábio - Eu preciso sumir, não se esqueçam de me assistir pela televisão! E Fullbuster, eu recomendaria controlar seus olhos perto perto da minha assistente, e a boca também, coisas ruins podem acontecer - a imagem tremulou enquanto ele lhe lançava um olhar sabedor que indicava que aquela não fora uma piada sobre namoradas ciumentas.


Segundos antes de desaparecer, ele se aproximou de Ultear e murmurou junto a sua orelha.


– Eu salvei sua pele E a dele - disse ele rindo levemente - Não faça nenhuma besteira nessa viagem, me avise quando estiverem chegando, e fique longe do Fullbuster se ele estiver a uma milha garota de cabelo azul! Eu odiaria ter que levar seu cadáver desfigurado para a pequena.


Ultear só não bateu nele por três motivos: ele era uma projeção , ele realmente lhe tirara de uma situação difícil, e aquela stalker do Gray era realmente era assustadora.


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– Babybrother, acorda, não é hora de cochilar! - Jereffer abriu seu único olho exposto e tirou os dedos da têmpora. Ele estava sentado em uma cadeira no camarim dela.


– Eu estou acordado, eu estava criando uma projeção de pensamento - disse ele se levantando e esticando os músculos - Quantas pessoas estão lá fora?


– Talvez cinco mil - disse ela indiferente, antes de abrir um largo sorriso de zombaria - Medo de palco?


Seu irmão mais novo se limitou a soltar o rosnado e encarar o chão. Ela suspirou.


– Droga, é realmente medo de palco - disse ela, enquanto colocava as mãos no rosto dele para que ele a encarasse - Você não precisa fazer isso, maninho. Tudo bem que você não deve ignorar um instinto de ajudar já que ele só surge de dez em dez anos, mas...


Jereffer riu subitamente.


– Jereffer não gosta de multidões, Baelfyre vive delas - ele abriu um sorriso divertido - Essa é uma das utilidades de ter transtorno de dupla personalidade quando se vive duas vidas.


– Não me fazendo se sentir mal para depois dizer que está brincando - reclamou ela, enquanto dava uma última olhada na folha dupla de papel onde estava escrita sua nova e improvisada música - Não sei se tem a sensibilidade necessária...


– Achei que concordávamos que quem escreve bem na família sou eu - disse o mago brandamente, apenas para contrastar e ridicularizar sua afobada irmã.


– Na lista de seres capazes de formular o romance, você está entre a ameba e um lingote de ferro possuído por um dêmonio - lembrou sua irmã.


– Só porque eu não acredito nesse tipo de fábula não quer dizer que eu não conheça o assunto - disse ele piscando - “Uma pessoa que não lê enxerga o mundo de uma forma, uma que lê, vê de milhares de maneiras, como se tivesse vivido centenas de vidas”...


– “Mil olhos e Um” - disse Jesseline revirando os olhos - Uma frase bonita em um livro, mas muito inverídica...


– Quer debater filosofia bem agora? Acho que estão te anunciando - disse ele enquanto ambos saíam do camarim e seguiam pelo corredor que terminava em cortinas -“First Time” Vai lhe servir bem, mas de qualquer maneira, as garotas estarão frenéticas demais para prestar atenção no que estão ouvindo.


– Você sempre é tão confiante?


– Só quando as estatísticas são confiáveis - brincou ele, enquanto aplausos soavam do outro lado da cortina. Ele ajeitou o microfone no rosto dela - Vai lá, não deixe toda essa massa de gente esperando.


Ela saiu, e ele ficou ouvindo o barulho aumentar. Ele tinha que acompanhar a musica para saber sua hora de entrar.


– Everybody Jump Up Everybody Hands Up - começou ela no tom alegre da música - Everybody Jump Up Everybody Hands Up...


Ele saiu de trás da cortina enquanto começava sua parte.


– When I rush up to the top of the building and look down - a ovação se tornou tão alta que o palco pareceu tremer - I see a colorful world with umbrellas blooming like flowers. Eu não estou conseguindo ouvir vocês, façam um barulhinho ae!


O som que se seguiu fez seus tímpanos entrarem com um pedido de aposentadoria. Enquanto sua irmã cantava o próximo trecho da musica, ele deu uma olhada discreta em seu móbile lacrima que estava ligado no bolso.


“O pacote está sendo entregue” - dizia uma mensagem.


Aquilo prometia ser um jogo divertido em níveis inimagináveis.



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Notas finais do capítulo

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