Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 83
Capítulo 83: Planos Sútis


Notas iniciais do capítulo

Yo, Leitoras maravilhosas!
A demora dessa vez teve um motivo mais fraco, chamado olímpiadas( escrever apenas nos horários sem esportes não rende muito) efim, aqui está!
Uma imagem lol:
http://24.media.tumblr.com/tumblr_m7xkdi18Nc1rc70sso1_500.jpg
Sem mais, Enjoy



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Portais de transporte sempre deixaram Ultear enjoada. E aquilo foi duplamente acentuado por o local de aterrissagem ser dentro de um veículo em movimento.


– Estamos em uma bolinha de hamster gigante? - questionou ela depois que o selo mágico que os colocara ali sumiu.


– Não, dentro de um veículo de transporte quatro rodas com espaço para quinze pessoas - disse ele, colocando a mão atrás do pescoço dela e a firmando - Pare de balançar a cabeça que o mundo parará de girar.


A mão dele estava gelada mesmo coberta por uma luva de seda, e apertava com firmeza, mas na verdade funcionou, em poucos segundos o mundo largou de ser um caleidoscópio.


– Ok, eu já estou bem - disse ela empurrando a mão dele. O mago deu os ombros e se reclinou e fechou os olhos, parecendo se desligar da realidade. Ele fazia isso com frequência.


– Você está dormindo? - perguntou ela para confiar, para ver se não era um novo recorde.


– Apenas pensando - disse ele reabrindo olhos - Pronto, já formulei um plano.

Uma gota de suor escorreu na parte traseira da cabeça dela.


– Então você não tinha um plano?


– Agora eu tenho - disse ele dando os ombros e deitando no banco largo - Me acorde quando chegarmos ao Poleiro, aquilo vai estar infestado de repórteres.

Ultear assentiu, enquanto dava uma olhada melhor no interior do transporte. Parecia muito maior do que o necessário.

– Para que exatamente você usa essa coisa? - perguntou ela estreitando os olhos.

– Bancos de couro, paredes de veludo, teto tão polido que parece um espelho - enumerou ele - Vamos lá, não está tão difícil, raciocinar às vezes faz bem.

Ultear quase pode ver uma barra de “carregando” flutuar sobre sua cabeça. Ela se levantou com um salvo, repugnada, mas isso ocasionou que ela batesse a cabeça no teto


– Isso é nojento - disse ela irritada.


– Relaxe minha cara donzela, eu sempre troco os bancos, o couro fica amassado - disse ele divertido - Já o caperte... fique sentada.


Ela se sentou novamente, o incômodo do ambiente a deixando rígida como uma estátua.

– Você demorou para sacar, quais foram as possibilidades que passaram pela sua cabeça - ele riu mais um pouco da expressão de Ultear.


– Uma igreja ambulante me pareceu provável - disse ela sarcasticamente, simplesmente por não ter pensando em nenhuma possibilidade, mas ela não daria para ele o gosto de fazer piadas com isso.


– Bom, na verdade, houve uma vez com uma freira... - começou ele, mas ela esticou o braço e tapou a boca dele com a mão.


– Na lista de coisas sobre o qual eu quero saber, sua vida sexual não está nela - garantiu ela. Ele riu, afastando a mão dela.


– Curioso, eu sempre achei que mulheres se aproximando da meia idade gostassem de relatos pervertidos - disse ele com um sorriso zombeteiro. Ele achou que a cabeça de Ultear ia explodir.


– Eu...


– É jovem como uma flor, certamente, eu pensarei a mesma coisa sobre mim quando estiver para fazer trinta - disse ele em um tom apaziguador, o que apenas aumentou o desejo dela de bater com a cabeça dele contra a parede até pintá-la com seus miolos.

Ignorando a morte súbita que poderia lhe advir, ele se ocupou em espiar pelo vidro apenas meio aberto.


– Estamos chegando - disse ele fechando o vidro e abrindo uma espécie de alçapão que ficava no encosto acima do almofadado, revelando uma espécie de guarda-roupas vertical. Ele apanhou uma capa dali, fechou e abriu outro - Prefere um elmo de batalha ou uma máscara?


– Tanto faz - disse ela dando os ombros - Isso faz parte do seu magnífico plano como?

– Eu consigo uma aparência nova, função e causa, tudo que precisar para se aproximar das fadinhas ressurgidas, mas primeiro precisamos entrar no Poleiro, ou seja, são 300 metros de fãs de saúde mental ou comportamental duvidoso, repórteres almofadinhas, e Sabertooth maníacos revoltados.


– E o fato de eu estar usando um maldito capacete não vai chamar atenção? - perguntou ela, enquanto ele tirava um de dentro do compartimento, negro com asas decorando as têmporas. Ele jogou para ela, que apanhou no ar.


– Não, as pessoas aprenderam a ignorar qualquer um que esteja perto de mim e não queira chamar atenção - disse ele sorrindo divertidamente - Mulheres com reputações a zelar as vezes caem nos encantos do adorável Baelfyre, e de alguma maneira elas acabam vindo me visitar.

Ultear sacudiu a cabeça, decidindo o que comentar sobre a levianidade dele sobre tudo.


– Existe algo em você que não seja falso? - perguntou ela enquanto ele aparentemente


– Uma ou outra coisa - disse ele piscando e sorrindo largamente, enquanto baixava a viseira dela - Agora me siga, e cuidado para não pisar em ninguém.

O veículo abria as portas para cima, e do lado de fora, uma atmosfera caótica enchia a visão de Ultear, limitada pela fenda para os olhos do elmo.

Ultear se limitou a andar para frente, considerando que os flash’s ofuscariam qualquer tentativa de desviar da massa sólida de pessoas que se debruçava pelo caminho protegido por uma cerca baixa de metal.

– Beal-san, uma palavra para a Teen Time - pediu um repórter que não devia ter mais que um metro e dez de altura, contando com seu chapéu.

– Se você conseguir acompanhar meus passos - disse ele dando um ombro, enquanto microfones e braços brotavam em volta dele, a expressão “Uma palavrinha” sendo ouvida com frequência.


– Qual é o sentimento de ter completado uma missão... - começou o homenzinho, mas ele riu e respondeu antes do fim da pergunta.


– Verdadeiramente fácil? Dá uma sensação de perda de tempo - disse ele, enquanto se virava para ver quais eram os tipos de loucos debruçados sobre a grade.


– Bael-sama, autografa minha barriga? - pediu uma garota de cabelos curtos e coberta de tatuagem. O mago fez um floreio com os dedos e um canetão surgiu em sua mão.


– Seu nome?


– Depende, do que você quer me chamar? - perguntou ela sedutoramente. O mago apenas riu e assinou qualquer coisa na autora do umbigo dela e voltou a caminhar.

Ultear achou que a bizarrice possível na ocasião havia chegado ao ápice, mas ainda não terminara.


– Sensei, por favor, autografe meu irmãozinho?! - quem se empoleirava na grade dessa vez era um jovem magricela, que descolorira uma mecha do cabelo em uma tentativa de ficar mais parecido com seu ídolo. Uma criança gorducha de uns quatro anos se empoleirava em seu ombro.


– Claro, mas não vá o vender em algum fan-clube - disse ele estendo os braços. A criança saltou alegremente para ele. Ele assinou “Baelfyre” e desenhou um tosco pássaro negro embaixo na camiseta da criança e o estendeu de volta para o garoto - Prontinho. Não vá esquecer-se de alimentá-lo enquanto o coloca em um pedestal para exibir para os seus amigos.

Ultear conseguiu se aproximar dele empurrando uma dúzia de braços.


– Você acabou de autografar uma criança? - perguntou ela com a voz descrente.


–O mundo está cheio de loucos, Ul-chan - riu ele enquanto lançava um elaborado olhar de descaso para uma câmera que fotografava loucamente - Eu aposto 10 pratas que você ainda vai acreditar antes de atravessarmos aquele portão.

Para o trauma dela, ele estava irritantemente correto.

Faltavam apenas dez metros até os altos portões quando uma garota ruiva que não devia ter mais de 21 saltou a grade depois de abrir caminho aos empurrões. Um dos seguranças no portão começou a avançar, mas Jereffer levantou uma mão, um sinal que estava tudo bem.


– Baelfyre-sama, um autógrafo especial? - pediu ela ofegante devido ao esforço.


– Sua idade?


– 21, senhor - disse ela, a respiração voltando ao normal.


– Eu adoraria - disse ele alegremente, destapando a caneta - Onde?

De dentro do abafado elmo, Ultear franziu a testa “Isso não vai prestar”.

A garota sorriu, virou-se de costa e abaixou as calças, junto com o que quer que fosse que ela usava por baixo e se inclinou, arrebitando seu branco e agora desnudo traseiro.


– Aqui!


Jereffer levou a mão enluvada com seda para conter o jorro vermelho de um sangramento nasal. Em meio segundo, ele recuperou a compostura e limpou o sangue.

– Claro - disse ele enquanto rabiscava uma assinatura e uma frase espirituosa - Belo modelo de depilação... prontinho.

A garota puxou as calças para cima e sorriu largamente. Jereffer soprou um beijo para ela e acenou para as câmeras e atravessou o portão, com Ultear em seus calcanhares.

– Feche essa coisa - ordenou ele para o guarda, enquanto arrancava a luva suja e a atirava no jardim - Aufrey! - gritou ele em plenos pulmões.


Um mordomo surgiu tão depressa que Ultear desconfiou que ele tivesse se materializado.


– Sim, Senhor?


– Vá atrás daquela ruiva e consiga o contato dela - disse ele, e foi obedecido sem questionar. Eles atravessaram os últimos metros até a porta em silêncio, mas ele começou a rir no momento em que a porta se fechou.


– E então, o que achou dos meus fãs? - perguntou ele, enquanto ela tirava aquela pesada coisa de metal da cabeça e respirava profundamente, e colocou a mão no bolso.


– Quase tão loucos quanto você - disse ela, enquanto lhe entregava de volta a peça de armadura e lhe entregava dez jewels - Como você respira com essa coisa?

– Hábito - disse ele dando os ombros e sacudindo o objeto, que se dissolveu em letras - Você prefere subir seis lances de escada ou usar uma plataforma de transporte que é muito pior que um portal?


– Subir escadas fortalece as panturrilhas - disse ela, e o mago suspirou e estralou os dedos. Uma grande área do piso se deslocou, e escada em caracol se ergueu.

Ele gesticulou para que ela avançasse.


– Minhas panturrilhas estão bem - disse ele, mas ela o puxou para que subisse também.


– Eu tenho uma séria desconfiança que essa coisa poderá sumir em uma das suas nem um pouco engraçadas brincadeiras, então você também vem junto - disse ela com os olhos estreitados em desconfiança.


– Desconfiança diminui a expectativa de vida - disse ele em um tom adorável - E assim você tem uma longa subida para ir me repreendendo pelo caminho.


– Não vou desperdiçar minha saliva - disse ela revirando os olhos. Jereffer lhe lançou um olhar preocupado para ela, e encostou com as costas das mãos em sua testa.


– Está com febre?


– Haha - disse ela com sarcasmo - É uma sorte que você não tenha que ser comediante para ganhar a vida.


– Uma observação mais sagaz deduziria que eu não preciso ganhar a vida! - disse ele abrindo os braços e gesticulando para tudo a volta.

– Sim, qualquer um consegue ser feito falsificando dinheiro - disse ela espinhosamente.


– Isso é um termo subjetivo - disse, ele, girando um dedo no ar e criando um pequeno vórtice de letras, que se transformaram em jewels, que rolaram escada abaixo - Por que o governo de Fiore pode fazer isso e as pessoas não?


– Eu torço para que você esteja fazendo uma piada e não esteja nesse nível de burrice - disse ela revirando os olhos - E você tem um mordomo?!


– Eu preciso de alguém que mantenha esse lugar habitável, e alimente meus mascotes - disse Jereffer - E quando uma garota fica grudenta demais, ele fala essas coisas de mordomo para fazer elas se derreterem por ele e me esquecer tempo o suficiente para uma fuga.


– Sim, faz bastante sentido, agora que você explicou - disse ela revirando novamente os olhos, enquanto a escada terminava abruptamente em portas que deviam ter quatro metros de altura.


– Chegamos - disse Jereffer passando na frente e empurrando uma das portas - Damas primeiro, mas depressa, depois de te ajudar, eu tenho outras coisas a fazer.


– “Outras coisas” devem ser interpretado como foder aquela ruiva? - perguntou ela acidamente.

Jereffer gargalhou.


– Conhece-me bem demais! - disse ele tomando fôlego, e voltando a rir - Exatamente, então entre logo, eu não posso desperdiçar tempo.


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Naquele dia, na Fairy Tail...


Com Fairy Hills desabitado, onde enfiar aquele grande grupo se tornou um grave problema. Poucos membros da guilda tinham casas individuais, a maior parte morando nos quartos que ficavam no andar superior e no fundo da guilda, e logo esse escasso espaço se tornou absurdamente superlotado.


– Bom, se dividirmos em grupos de três... - ia calculando Levy, ela se oferecera para ajudar Macao na divisão - Não, ainda sobram alguns! Isso é ruim, nós somos muitos!


– Você pode tirar 5 da conta - disse Laxus espiando o papel sem dificuldades por cima da cabeça de Levy - O Raijinshû ficará comigo na residência Dreyar, e eu aposto que o Vovô passará a noite inteira tentando salvar suas revistas hentais em meio ao pântano de poeira úmida em que o porão deve ter se transformando.


– Mas talvez a Ever queira ficar, não é bebês? - riu Bickslow com a língua para fora - Perto do seu...


– Calado - disse Evergreen com uma veia pulsando na testa, e dando uma pancada na cabeça dele - Não ouça esse retardado, Levy.

Uma gota de suor escorreu na parte traseira da cabeça dela.


– Certo - disse ela riscando algumas coisas no papel e voltou a verificar a lista - Bom, agora o número está quase lá... mais alguém vai ir dormir em algum lugar?


– Eu, Levy-san - disse Wendy sorrindo - A Bisca-san me convidou para ir dormir na casa dela e fazer companhia para a Asuka-chan.

Uma gota de suor escorreu coletivamente na cabeça de todos na guilda, junto com o pensamento “Não é ela que não gosta de ser tratada como criança?”


– Então está tudo certo - disse ela contando os números - Pessoal, dividam-se em trios.

Aquilo iniciou uma pequena balburdia, onde todos falavam ao mesmo tempo.

– Vamos ficar no mesmo quarto - decidiu Erza amigavelmente, enquanto puxava Natsu e Gray contra sua armadura, naquela sua estranha e violenta forma de demonstração de afeto - Como nos velhos tempos.


– A-aye! - disseram ambos ao mesmo tempo.

Juvia observou aquilo tristemente.


– A Juvia quer ficar com o Gray-sama! - protestou Juvia dramaticamente. Lucy ficou com pena da inconstante e estranha maga d’água.


– Juvia, você não quer ficar comigo no quarto? - sugeriu Lucy sorrindo colocando uma mão no ombro dela - Deixe a Erza ter seu momento de irmã mais velha, e venha, fique comigo.

Juvia lhe lançou um olhar desconfiado e murmurou qualquer coisa sobre “rival no amor” mas assentiu.


– Obrigado, a Juvia ficará feliz - disse ela, mas ainda dando um olhar de esguelha para Gray.

Sentado em um banco, Makarov observava tudo aquilo, e achou que essas divisões podiam ser uma ameaça a “paz pública” da guilda.


– Levy, venha aqui um minutinho - chamou ele, e quando a maga leitora se aproximou, ele começou a falar - Levy, amanhã, você poderia por favor checar qual é o estado de conservação de Fairy Hills? Precisamos desatolar os quartos de emergência.

Gajeel, que estava por “acaso” observando, achou que o velho mestre estava ficando senil.


– Ei, Velhote! Aquele lugar pode estar meio desabando, é perigoso - disse ele, fazendo Levy murmurar irritadamente algo sobre ela poder cuidar de si mesma sozinha.


– É um bom ponto - disse Makarov enquanto torcia a ponta do bigode - Então vá com ela. E aproveitem para verificar aquela tubulação que vocês deixaram apenas meio consertada.



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Notas finais do capítulo

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