Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 76
Time Skip: Insane Crow


Notas iniciais do capítulo

Yoo, Leitoras maravilhosas! Já estão se saco cheio desse mini arco? provavelmente, mas sem preocupações, logo os outros personagens estarão de volta.
Uma imagem fofa para começar bem
http://24.media.tumblr.com/tumblr_m6ulrnmFPV1qllu80o1_500.jpg
Sem mais, Enjoy



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Seis meses depois...


– Aparecemos novamente nessa edição - disse Minerva com um sorriso satisfeito enquanto depositava a revista na mesa de centro - Sabertooth, a ascensão da que pode se tornar a número 1 de Fiore.


Orga soltou um riso gutural ao apanhar a revista e ver sua capa.


– Você está nos lisonjeando, Minerva, mas veja com mais atenção - disse ele fechando a revista e jogando ela na mesa de centro - Não somos nem a capa. Não vale a pena gastar tempo lendo ninharias sobre nós.


Sting deitou os olhos sobre a edição da Sorcerer na mesa, e seus lábios se torceram.


– Quem é esse idiota mesmo? - perguntou ele.


– Baelfyre Corvo Insano - disse Rogue monocórdio, ele já havia pesquisado sobre aquilo - Algum tipo de garoto propaganda da Raven Tail. Enquanto a maioria deles ficam se escondendo nas sombras como as ratazanas que são, esse explode coisas, brinca com as repórteres, aparece em público. Ninguém com que a Sabertooth precise se preocupar.


– Em alguns meses ele se tornou parte dos Classe-S de uma guilda de padrões elevados, mesmo que independente - disse Rufus enquanto ajeitava o lenço que usava enfeitando seu pescoço - Se isso não é algo... Peculiar, eu como meu chapéu.


– Vai querer um pouco de maionese para acompanhar? Talvez molho de shoyu? - riu Orga - Preocupem-se mais sobre ficar mais fortes e menos sobre rapazes bem-vestidos em capas de revista.



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O rapaz bem-vestido em questão tinha outra opinião sobre aquilo.


“Estou cozinhando vivo” pensou ele enquanto caminhava pelas ruas atulhadas de gente de Sin City. Forçando sua expressão mais casual, ele continuou a andar.


O motivo que o trouxe de novo ali era agradável, mas o horário não. Taurin pedira para que ele a encontrasse em um lugar chamado Maid Rest, ao meio dia. Ele achou que provavelmente aquele era o horário em que ela acordava.


Quando ele finalmente encontrou o lugar, espremido entre uma adega e uma padaria, um sorriso involuntário cresceu em seu rosto ao ver a tabuleta.


– Um café cosplay, por que eu não estou surpreso? - disse ele balançando a cabeça divertido e empurrando a porta.


Como ele imaginava, o local estava lotado de belas mulheres vestindo uniforme de empregada. Uma se adiantou para saudá-lo.


– Bem vindo, Mes... - começou uma garota morena que usava óculos, mas quando olhou para ele, pareceu se esquecer do discurso - Você não é...


– Esse mesmo - assentiu ele. As pessoas frequentemente perguntavam aquilo desde que ele ateara fogo no Teatro de Crocus para tirar lá de dentro uma ordem secreta de assaltantes que parecia fazer parte do local, chamada de “Fantasmas”. E também lhe dera o título de insano - A senhorita Taurin já chegou. Caso não lembre dela por nome, deve ser uma que fica encarando vocês como se fossem parte da refeição.


Uma gota de suor escorreu na parte traseira da cabeça da moça.


– Eu já sei exatamente de quem o senhor está falando - disse ela, com traços de rubor no rosto - Queira me acompanhar.


Taurin estava sentada junto a uma mesa grande o suficiente para jogar bilhar, revirando distraidamente uma tigela de morangos com creme.


– Eu soaria rude se eu dissesse que você envelheceu desde a última vez em que estivemos cara a cara? - perguntou ele em um tom duvidoso, enquanto se sentava.


– Não, você estaria soando muito como o meu velho amigo - disse ela abrindo um sorriso largo - Querida, o cardápio, por favor - disse ela para a garçonete-maid, que assentiu com uma reverência e saiu.


– Esse lugar é tão a sua cara que eu acho que vou comprá-lo para você - disse o mago olhando em volta com diversão - Só precisaria adicionar um chapéu de cowgirl e remover algumas partes desnecessárias de roupa e ficaria perfeito.


– Não fique me dando idéias. Ok, agora eu estou realmente convencida quem é você e está verdadeiramente vivo... como prefere ser chamado?


– Tanto faz, não acho que tenha muitos ouvidos atentos por aqui - disse ele dando os ombros - Coisas interessantes demais.


– Bom,eu preciso pegar o costume, então via ser Bael-kun - decidiu a maga, enquanto ajeitava o cabelo olhando para o reflexo na bandeja espelhada sobre a mesa - Droga, hoje é o dia nacional da rebeldia capilar?


– Eu não sei, o meu só para quieto mediante a um alto grau de substancias químicas - disse ele, enquanto a garçonete voltava com os cardápios - Eu vou querer o... Omelete de Arroz Moe Moe?! Deus, eu espero que não seja feito com crianças fofinhas. E vinho de amora, com uma pitada de essência cítrica. Taurin?


– O mesmo - disse ela ainda surpresa - Desde quando você de entende algo sobre alimentos?


– Não entendo, mas estava passando um programa culinário no trem enquanto eu vinha para cá - disse ele, enquanto retirava as luvas, uma das quais escondia a marca da Raven Tail em seu antebraço - Uma das maneiras que eu escolhi para fazer com que Baelfyre não seja apenas um Jereffer melhor vestido e não usar certas formas da minha magia abertamente. Tudo parece tão lento quando se pode teletransportar!


– Uma hora você se acostuma, como 99% da população humana - disse ela divertida - E a parte do bem vestido é questão de opiniões. O que é essa coisa plumosa presa aos seus ombros?


– Uma capa de penas de corvo - respondeu ele em um tom resignado - O que eu posso fazer? Minha consultora em roupas é uma garota fofa de quinze anos. Se eu fosse um pouco menos rígido em meu senso mínimo de ridículo, eu estaria usando orelhas de gato.


Aquilo a fez gargalhar, ela não foi capaz de conter.


– Eu pagaria o meu peso em ouro para ver isso... Ou melhor, o seu, que pesa menos que um frango - disse ela colocando a mão na frente dos lábios para abafar o riso.


– Se somarmos o peso do meu casaco, um frango gordo, pelo menos, ou quem sabe um ganso - disse ele rindo - Se somarmos ao calor que ele provoca, o resultado seria um belo assado.


– Percebo... hmmm, deixe me ver - disse ela deslizando a mão pela manga dele - Trama dupla, lã fina. Verde escuro cai bem em você, mas não é algo que você queira usar no sol.


Ele a encarou surpreso.


– Como você pode saber disso apenas tocando com a mão?


– Eu sou a chefe da sessão de fofocas, meu querido, e nada agrada madames ricas tanto quanto os comentários sobre a roupa de gente famosa - disse ela, tentando não soar como estivesse se gabando - É meu trabalho reconhecer isso só pela visão.


– Ok, eu achei divertido, me dá a definição profissional que você mandaria uma das redatoras escrever - disse ele fazendo um gesto para que ela prosseguisse.


– Certo... a calça está legal, um cinza rajado para não perder a forma junto a sombra da capa, e combina com o tapa-olho. As botas também, principalmente o coldre para faca, dá um ar de perigo. Mas a corrente de prata entre o bolso e o cinto é um pouco exagerado.


– Eu sei, mas é muito útil caso eu sinta vontade de enforcar alguém - disse ele, deslizando os dedos entre os elos - Como é ser a líder de um departamento? Faz você querer voltar a ser a boneca de testes?


– No quesito chatice sim, mas esse sentimento logo escapa quando eu recebo meu pagamento - respondeu ela, dando uma piscadela - E não é apenas um departamento... o de projetos inacabados também está ao meu encargo.


– O Limbo - disse ele, lembrando como os funcionários chamavam aquela ala pouco movimentada.


– Sim, há alguns projetos seus perdidos por lá - disse ela, se lembrando do último levantamento - Aquela arma multi-funcional em que você estava trabalhando em sumir, é a mais notória.


– Eu me lembro... o nome que lhe seria atribuído era Pecado Capital, e causaria um belo rebuliço na comunidade de magos de reequipagem.


– É sua, caso queira, ninguém foi capaz de terminá-la - ofereceu ela, segundos antes do seu contato mágico começar a vibrar. Jereffer viu ela praguejar silenciosamente ao ler a mensagem - Jer...


– Eu entendo, trabalho a fazer - disse ele com um suspiro - Parece que não vai ser hoje que vamos almoçar essa comida de nome duvidoso em um lugar bem próximo da concepção do paraíso.


Ela riu daquilo, se levantando apressadamente.


– Seguindo a tradição, você paga - disse ela rodeando a mesa, e lhe dando um beijo estalado na bochecha. Ela o encarou por alguns instantes bem de perto - Você ficou parecido com a sua irmã.


– Bom, eu suponho que sempre teria parecido com ela, se gastasse umas... 12 horas por dia cuidando a minha beleza - ele riu - Agora vá logo, algum homem de masculinidade reduzida deve estar surtando sobre algum problema para o próximo volume.


– Até outro dia então - disse ela dando-lhe um tapinha no ombro e saindo com pressa.


Jereffer continuou ali por mais algum tempo, bebericando a bebida muito doce que levava o nome de vinho, mas estava mais próximo de melado. O reflexo na bandeja sobre a mesa o fez pestanejar.


“Alguns traços estão reaparecendo” notou ele, enquanto verificava seu rosto “E já faz mais de um mês... é hora de voltar para casa”



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– E então Jelly-chan - disse Meredy através da tela do comunicador. O mago de cabelo azul bufou perante aquele apelido - Como foi com a Devil Claw?


– Destruída, como eu já havia dito, quando o assunto for uma guilda menor, não precisamos nos locomover todos para a mesma cidade e alvo - disse ele em um tom que deixava implícito a frase “Eu não disse?” - Mas eu aceito uma carona.


– Ok, redirecionando o destino da nave para essa cidade. Fique fora de vista por enquanto - pediu ela, enquanto apertava alguns botões e puxava algumas alavancas. Aquele sistema de navegação era algo realmente confuso. A melhor técnica era ir apertando comandos aleatoriamente até conseguir o resultado desejado.


Daquela vez foi bastante rápido, e ela já estava para se afastar da cabine de controle quando um alerta sobre entrada não autorizada soava.


Aquilo só podia significar uma coisa.



No túnel de entrada, todo revestido de metal, Jereffer a ouviu se aproximar antes mesmo de conseguir vê-la, por causa das várias curvas que ali existiam. Era feito para dar cobertura em caso de invasão.


– Pequena - murmurou ele, segundos antes de braços se apertaram atrás de suas costas e ele ser apertado de tal forma que expulsou o ar de seus pulmões.


Depois de uns 10 segundos, ele a desgrudou de seu enfático abraço.


– Bom ver você também - disse ele monocórdio, mas sorriu para suavizar as palavras - Eu perguntaria como você passou, mas sei que você vai contar de qualquer maneira, então, pode começar.


– Não há muito a se relatar sobre 25 dias de tédio - disse ela desanimada, antes de abrir um largo sorriso - Você está com fome? Eu posso preparar algo.


Jereffer paralisou. Ele estava agora sobre gelo quebradiço. Meredy parecia achar ter melhorado sua habilidade culinária, o que era verdade, afinal, piorar teria sido impossível, mas essa melhora não foi nem de perto tão grande como ela acreditava.


– Mais tarde, pequena - disse ele dando-lhe um afago na cabeça e se desvencilhando dela - O sol me cozinhou nesse casaco, eu preciso desesperadamente de um banho.


– Ahn... a Ul-sama está lá - disse ela, depois de se lembrar - E ela não gosta ser interrompida em seus extremamente longos banhos na piscina.


– Sabe, existe poucas coisas que eu leve tão pouco em consideração quanto as vontades e desejos dela - disse ele divertido - Aposta quanto que eu consigo expulsá-la de lá em menos de 10 minutos?


–500 jewels que ela tenta te matar antes disso - retorquiu ela rindo.


– Não vale, essa é a maneira dela dizer “olá” - disse ele enquanto escrevia uma chave para a porta trancada.


A ala de higiene da nave da Crime Sorcerer era uma coisa dispendiosa e desnecessária, com uma imensa banheira aquecida e uma dúzia de duchas individuais. Obviamente, aquele lugar era projetando para ser guarnecido por mais de três pessoas.


Ultear estava mergulhada até o pescoço quando ele entrou.


– O que inf... - começou ela, mas ele fez um aceno para que ela esperasse.


– Eu preciso de um banho e não vou esperar duas horas para você sair - disse ele com calma e firmeza - E não precisa ficar constrangida, tudo que você tem aí eu já vi em grandes quantidades.


Ela teria saído da água para esganá-lo, mas ele começou a tirar suas roupas a caminho do Box. Ela desviou os olhos para a água.


A vida se provou justa ao ouvir o rugido de pragas dele ao abrir o chuveiro.


– Quem regulou a água em extremamente quente? - perguntou ele enquanto saía pingando de dentro de um dos largos boxes. Para o bem mútuo, ele apanhara um roupão.


– A Meredy - disse ela dando os ombros - Ela queria algo para alguma coisa envolvendo tratamento dos pés.


– Maldição, eu acabei de ser escaldado e não posso esganar o responsável - disse ele amargamente - Bom, chegue um tanto para lá, acho que vai ter que ser a banheira.


Uma gota de suor escorreu na parte traseira da cabeça “Você não pode estar falando sério...” falou ela entre os dentes.


Ele estava.


Ela submergiu da onda criada por sua entrada espirrando água, e o encarando com raiva. O mago se reclinou contra a borda e deu um suspiro satisfeito, ignorando o ódio fervilhando dela.


– Essa água também está quente demais - resmungou ele, tirando o tapa-olho e jogando para o resto do amontoado de roupas, com um movimento ligeiro nos dedos, a magia de ocultação sumiu da sua pele, mostrando sua marca da Crime Sorcerer no peito - Você não tem sensibilidade não?


– Eu gosto de água quente - disse ela ignorando as queixas dele - Quando você voltou?


– A aproximadamente 13 minutos - disse ele, piscando o olho mais claro ao ver o reflexo da luz na água - Eu ouvi dizer que pessoas velhas gostam de água quente para a dor nos ossos, há alguma verdade nisso?


Uma veia pulsou na testa de Ultear. Os dez anos de diferença entre eles sempre levavam a piadas do tipo, mesmo que fosse uma mão de via dupla.


– Eu ainda vou acabar te afogando, pirralho - disse ela entre os dentes - Mas mudando para um assunto que me interessa mais, eu preciso que...


– Eu crie uma nova identidade para a Meredy - disse ele piscando - Ela precisa de mais interação social do que ficar confinada aqui e destruir guildas de vez em quando, estou plenamente ciente disso.


Ela o encarou estupefata.


– Eu me importo com ela, mas não conte isso a ninguém - disse ele divertido se reclinando novamente - Quando as pessoas descobrem que você tem um lado sentimental... bom, você é a prova viva disso, as pessoas perdem o respeito.


Ultear pensou nas chances de espancar ele. Eram poucas nua em uma banheira, e podia ser mal-interpretada. Ela teria que esperar outra oportunidade.




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Notas finais do capítulo

Comentários? Elogios? Patadas? Esganadas?