Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 73
Capítulo 73: O Destino sobre Tenroujima


Notas iniciais do capítulo

Yoo, Leitoras maravilhosas. Aqui estamos, o fim dessa "saga" da fic, e o começo do Time Skip ;D
Umas imagens para comemorar:
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Sem mais, Enjoy



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Gray observou com alguma diversão o Velhote esmagar Natsu contra uma árvore em um exame avaliativo de emergência. Mas sua diversão estava sendo azedada pela preocupação.


Quando ele resmungou pela décima vez, Erza perdeu a paciência.


– Não fique resmungando, vá procurar sua namorada, se está tão preocupado - disse Erza em um tom rígido, dando um tapa nas costas de Gray. Era um gesto amigável, mas a mão encouraçada pela luva da armadura causou uma bela e incomoda dor ao bater nas costas nuas dele - Isso é algo que um homem deve, certo, Elfman?!


O enorme mago Take Over estava muito perto, sentado sobre um toco de madeira, mas não ouviu de imediato, pois estava ocupado em abanar Evergreen com um enorme leque, por ordens da mesma, obviamente. Quando notou que lhe fizeram uma pergunta, ele parou de abanar e se virou para eles.


– Sim, Homem! - concordou ele batendo no peito.


– Eu não me lembro de ter lhe pedido para parar - disse Evergreen dando-lhe um olhar de esguelha por cima dos óculos.


– Aye! - Ele docilmente apanhou o leque e voltou a fazer o movimento ritmado.


Uma gota de suor escorreu na parte traseira da cabeça de Gray.


– Você podia ter encontrado um exemplo melhor - disse ele sacudindo a cabeça, mas acatando o conselho. E se levantando. Erza resolveu ajudá-lo



Ambos não haviam andado a mais do que alguns metros quando ouviram um barulho entre os arbustos. Ambos se viraram, no momento em que Juvia saía de forma que era meio rastejar, meio andar aracnídeo.


– Juvia! - disse Erza surpresa, enquanto Gray se abaixava e estendia o braço para ela, puxando-a para que ela não acabasse enroscada nos ramos finais.


– Você está bem? - perguntou ele com os olhos arregalados, enquanto ela assentia - O que aconteceu?


– Pessoal... - disse ela tristemente - A Juvia sente muito, ela deixou o Zeref escapar!


Antes que Gray pudesse piscar, ela havia se aproximado, virando suas bem formadas nádegas para o alto em sua direção.


– Gray-sama, me puna, por favor! - disse ela balançando o traseiro em expectativa - Bata o quanto você quiser na Juvia!


Gray deu um passo para trás, o queixo caído e o rosto vermelho.


– Eu não gosto disso - disse ele, os gritos atraindo os olhares de todos no acampamento.


– Mas a Juvia gosta - e aquilo deu início a mais bizarra e cômica perseguição que aquela ilha provavelmente já conhecera. Um homem correndo corado de uma garota balançando a bunda convidativamente.


– Gray-sama! Rápido! Rápido!


– Eu já falei que eu não gosto disso! - disse ele correndo.


Bixslow ria tanto que ameaçava chorar por debaixo da sua viseira de metal.


– Vocês por acaso não deveriam deixar para fazer isso no quarto? - provocou ele, arrancando gargalhadas da maioria, exceto por alguns bochechas rosadas e Natsu e Happy, que inclinaram a cabeça sem entender.



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Não muito longe dali, Cana e Gildarts estavam tendo seu primeiro momento familiar.


Cana não sabia ainda. Mas havia despertado um instinto de pai-coruja- excessivamente -afetuoso que havia adormecido dentro de Gildarts.


Ela estava tomando o conteúdo de um primo peludo do coco, uma das estranhas frutas nativas da ilha, enquanto ele tagarelava alegremente sobre uma história da juventude dele e como ele conheceu a mãe dela, quando subitamente, levou a mão até o flanco, os olhos voltaram-se para o céu.


Cana olhou para cima, mas viu apenas o céu azul limpo de nuvens, sem absolutamente nada de incomum para ver, além de ocasionais gaivotas.


– O que foi pai? - perguntou ela antes de dar uma risada de leve - Travou o pescoço? Eu ouvi dizer que isso acontece com a idade.


Ele riu daquilo, desviando os olhos do céu.


– Não, é apenas um velho ferimento me incomodando - disse ele sacudindo a cabeça, enquanto uma sombra cobriu a clareira por alguns segundos. Alguma coisa gigantesca passara voando muito acima dali.


– Para o acampamento, rápido! - disse ele, a voz carregada de medo. Cana ficou estupefata por segundos demais. Então Gildarts apenas a puxou junto enquanto corria.



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Wendy curava as dores dos Exceeds enquanto Erza parecia dar o seu melhor em fazer curativos, a roupa de enfermeira atraindo-lhe um público de autação muito maior do que o da pequena e com o orgulho ferido Dragon Slayer quando uma súbita quietude tomou conta do acampamento.


– Que vento estranho - disse Natsu farejando o ar - Tem um cheiro ruim.


– Lucy, por acaso você está de barriga vazia? - disse Happy, que tinha uma suspeita infundada sobre a origem do mal-cheiro, enquanto apanhava um peixe e o oferecia - Pode comer!


– O que você está insinuando?! - disse ela estreitando os olhos perigosamente, fazendo o gato fugir assustado.


Um som distante, muito longo para ser um trovão, e muito profundo também, apesar de pouco alto, foi ouvido em seguida.


– O que foi isso? - perguntou Lisanna, algo naquele som tinha a capacidade de mexer com os nervos.


– Deve ser só o estomago da Lucy - brincou Gajeel, fazendo Lisanna rir. Ele se virou para Lily e sussurrou “eu venci, 10 jewels”.


O exceed rosnou, mas sabia que havia perdido a aposta. Ele havia escutado a albina comentar com a irmã mais velha que estava decidia a agir de maneira adulta e madura em relação à maga de espíritos celestiais. Gajeel duvidava, então eles apostaram. Se ela não aguentara a uma das péssimas piadas do Dragon slayer de ferro, aquela determinação estava no mesmo nível da coragem do Happy.


O resto do acampamento, inclusive Lucy, para a sorte do Dragon Slayer, não tomou conta das piadas e apostas, e continuaram a debtar sobre o que era aquilo.


– O que será que foi isso? - disse Gray apurando os ouvidos - E agora eu consigo ouvir uma respiração pesada...


– Gray, você notou no que está sentado? - perguntou Freed apontando para baixo. Gray estranhou a pergunta.


– No que eu estou... em uma cadeira, é cl - subitamente ele olhou para baixo, e se colocou de pé com um pulo.


– Quando você veio parar aí? - ele perguntou para Juvia, que estava lhe servindo de uma cadeira macia e quente a sabe-se lá quanto tempo.


– A Juvia deixou o Zeref escapar, se tornar a cadeira do Gray-sama é o mínimo que ela pode fazer!


– Eu já disse que eu não gosto desse tipo de coisa! - disse ele, uma gota de suor escorrendo na parte traseira de sua cabeça, e enquanto Juvia mantinha sua posição de cadeira, balançando o trasiro convidativamente.


Todos os risos morreram quando subitamente uma criatura monstruosa passou voando sobre as suas cabeças.


“Um dragão” pensou Natsu com os olhos arregalados.



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Jereffer se movia de uma forma meio rastejante e meio engatinhante quando o impacto do pouso do dragão estremeceu a ilha.


Aquilo o fez aumentar o ritmo.


– É melhor se apressar - disse Mavis de forma divertida, saída sabe-se lá de onde - Quando eu ativar a Fairy Spere, tudo que não seja da guilda vai simplesmente flutuar no ar... e depois cair do oceano, quando a ilha perder sua forma física.


– Eu estou bastante consciente disso - disse ele entre os dentes com uma evidente impaciência - Você não deveria estar preparando essa sua grande magia? Tem um maldito dragão na sua ilha!


– Ah, ela já está pronta - disse a fanstama alegremente - E eu tenho de dar uma chance para as minhas crianças lutarem, ou quem sabe negociar.


– Negociar é tolice, a bota não negocia com a formiga antes de esmagá-la - disse ele sacudindo a cabeça - E lutar... eu só desejo boa sorte para eles, pois vão precisar de cada grama que existir disso nesse mundo.


Mavis ficou surpresa quando ele disse aquilo... soava quase como com inveja.


– Você preferia ficar e lutar - disse ela, e aquilo não era uma pergunta.


– Claro, aquilo levou metade de mim - disse ele enquanto continuava a se locomover daquela estranha maneira - Eu daria de bom grado a metade que sobrou para abrir aquela garganta sangrenta de orelha a orelha.


Ela foi poupada de responder àquilo, pois a atenção de ambos foi desviada por uma figura poderosa que pode ser vista por cima da linha das árvores. Makarov Dreyar, na sua forma de Titã, lutava corpo-a-corpo com o Dragão do Apocalipse.


– O velho cansou de viver - diagnosticou ele depois de olhar por alguns segundos ao voltar aquele seu andar rastejante. Toda a energia recuperada se esvaíra ao dar um corpo para aquela corpo etéreo tagarela - Existe uma teoria de que um homem não deveria viver mais do que a sua plena capacidade reprodutiva, mas não sabia que haviam pessoas que a levavam a sério.


Ela não entendeu exatamente o que ele quis dizer, mas sacudiu a cabeça, causando um efeito adorável nas asinhas em seus cabelos.


– Não é esse o motivo - disse ela sorrindo - Ele tem mais amor pelos membros da guilda do que pela própria pele, e eles cofiam em suas decisões. Você não confia em ninguém Jereffer Rockheart?


– Confiança mata mais do que qualquer guerra, garota fanstasma - disse ele enquanto fazia uma pausa, a respiração eram longas golfadas sem ar - Mas eu cheguei a conhecer alguns cavaleiros das Runas, eles confiavam em qualquer recruta. Curiosamente, todos estão em suas sepulturas: uma súbita doença de estômago, uma queda da escada, um cachorro que enloqueceu... - ele deu-lhe um sorriso desagradável - Eu não confio em ninguém, e ainda estou aqui, mesmo que isso provavelmente só vá durar mais alguns minutos. Isso não prova minha teoria?


Ela torceu o nariz, aquela meneira de falar e sorrir a lembravam da personalidade desagradável que Zeref tinha quando ela o conheceu, a centenas de anos. Ele riu, provavelmente ela deixara seu desagrado óbvio demais.


– Nem todos conseguem ser tão virtuosos quanto as suas fadinhas - disse ele piscando com seu único olho remanecente - Eu recomendaria você ir assistir aquilo mais de perto, provavelmente eles vão fazer alguma tolice, tipo lutar.


Ela assentiu, ela precisava conjurar a magia no momento correto. Ela deu um último olhar para o mago, que despertava uma grande sensação de pena nela. Ela achou que por trás de toda aquele calculismo e diversão, essencialmente, ele só estava procurando algo, que nem mesmo ele sabia o que era. Ela apostava suas moedas na palavra “família”, enquanto ele parecia achar que era “fim digno”.


– Hora de evitar uma catástrofe - disse ela - E boa sorte para você!


– Terei sorte se houverem bordéis no inferno - riu ele enquanto conseguia ficar quase de pé e avançar alguns passos - Até lá, a minha está sendo gravemente insuficiente. Já suas fadas vão precisar de uma quantidade enorme nos próximos minutos.


– Laços entre companheiros de guilda e fé funcionam melhor do que sorte - disse ela sabiamente, antes de inclinar a cabeça e olhá-lo de forma - E o que é um bordel?


– Foi uma piada...quantos anos você tem mesmo? - perguntou ele arqueando a sobrancelha - Não há tempo de uma aula de vocabulário, esse barulho de impacto deve ter vindo do louco ataque deles contra o réptil gigante do mal. Tudo está por um fio agora.



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A Fairy Tail observava horrorizada seus ataques mais fortes combinados não causarem o menor dos arranhões em Acnologia.


O dragão recuou com um salto para posar da água, e abriu a boca. Uma poderosa succção mágica foi se formando, lentamente criando um acúmulo de poder.


– Não há tempo de colocar runas... - praguejou Freed baixando os olhos - Alguém aí consegue usar alguma magia defensiva?


– Sozinhos, não há como parar essa coisa - disse Erza sacudindo a cabeça - Temos que juntar nosso poder como um só.


Gray concordou com o raciocínio dela.


– Dêem suas mãos - disse ele, enquanto Juvia acatava seu comando alegremente - Vamos mostrar para essa criatura o poder da nossa guilda.


Um círculo começou a se formar.


– Vamos Vovô - disse Laxus estendendo sua mão esquerda, a direita já firmemente presa por Mirajane - Vamos para casa!


O grupo ecoou em uníssono - Para a Fairy Tail!


Acnologia soprou seu ataque, selando o destino da ilha.



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Um esquadrão agora em fuga do conselho observavam o cataclisma cair sobre a ilha de seu barco. Os olhos de Mest se arregalaram de terror.


Lahar tinha uma expressão assombrada, enquanto apanhava o diário de bordo e gravava.


– 31 de dezembro, X784. Tenroujima foi erradicada por Acnologia.




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Notas finais do capítulo

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