Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 66
Capítulo 66: Coração de Pedra


Notas iniciais do capítulo

Yoo Leitoras fofas! Desculpe o atraso, eu tive alguns problemas com o meu roteiro e precisei escrever duas versões desse capítulo até ele ficar bom
Uma imagem fofa:
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Sem mais... ah e é mesmo, Feliz dia dos namorados para vocês ^,^
Enjoy



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Jereffer observou a pequena maga se distanciar, levando a maga de água da Fairy Tail a reboque para longe da luta.


Ele devia se sentir triste, ou emocionado, mas só sentia vazio. O mesmo vazio que ele sentia a tanto tempo, só que menos incômodo.


Seus olhos se voltaram para o mago na sua frente.


– Você está acordado? - aquilo reduziam significativamente suas chances de vitória.


– Eu nunca estive adormecido... - disse ele, mas antes que pudesse explicar, o outro mago deu os ombros.


– Reformulando: você vai aceitar nobremente a sua morte para evitar o caos do mundo ou eu vou ter que te matar sangrentamente?


Zeref tentou avaliar seu oponente. Uma parte de si queria ser destruída, mas a outra tinha a constante raiva de Acnologia queimando e moldando sua forma de pensar.


Se alguém podia fazer aquilo, devia ser um Dragon Slayer, tinha de ser N...


– Sabe, eu tenho poucos minutos antes que a magia Stone Heart me enlouqueça de vez, então eu apreciaria ser você não divagasse demais.


– Nenhum ser humano pode me vencer, isso é parte da minha maldição - disse ele sombrio - Fuja! Se ficar, eu não duvido que lutará com coragem... mas vai ser derrotado.


– “Se não conhecermos a história, repetiremos os mesmo erros do passado” algum velho político disse isso, e é verdade. Coragem não funcionou para Smaug, o Dragão Furioso(n/a: lembram do capítulo 7?) - disse o mago com um sorriso frio - Digamos que eu estou em uma espécie ahn... compensação, então é um caso de vencer ou vencer, e por isso eu vou trapacear. Não é nada pessoal.



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Jellal carregava uma bandeja cheia de tortas, colocando nas mesas segundo os pedidos. Era verdade que ele se sentia bastante estúpido com aquele disfarce, mas era um sacrifício a fazer para se manter em Magnólia, perto da Erza.


E ele até mesmo estava começando a pegar gosto por tortas.


Sua mente vagou até a maga de cabelos escarlates, que naquele momento devia estar em uma ilha quente em algum lugar do oceano, espancando magos com o sonho de se tornarem Classe-S.


Ele estava depositando alguns pratos na pia quando sentiu uma súbita pontada na cabeça.


“Jellal, consegue me ouvir?”


– Alta e claramente - murmurou ele com os dentes cerrados e enquanto massageava a cabeça - Já falei como eu odeio quando você faz isso?


“E eu já falei quanto eu não me importo?” respondeu a voz impaciente do mago “Só para avisar, sua preciosa Erza está nesse momento lutando com o Azu...”


Pensamentos e planos de como chegar a Tenroujima o assaltaram, mas a voz cortante do mago era insistente.


“Antes que você pense em fazer alguma idiotice, tem a porra de um batalhão do conselho aqui nessa ilha, se você colocar uma pata aqui, vai ser preso, e provavelmente ela também terá problemas como cúmplice” aquele fato frio foi um balde de água fria em Jellal “Se limite a usar essa coisa oca que você chama de cabeça. Uma pessoa capaz de criar uma projeção de pensamento também consegue usar uma tosca comunicação mental. Em algum momento ela vai começar a pensar em baboseiras sobre amor, amizade, lealdade, nakamadade ou coisa do tipo. Motive-a, ou coisa do tipo”


– Manipulação não é a sua área? E quando começou a torcer pela Fairy Tail?


“Nem mesmo eu consigo ser onipresente, e o esforço não vale a pena” respondeu ele, e Jellal notou que estranhamente ele parecia cansado. O mago tinha uma aparência bem insone, mas raramente parecia cansado “Vou te explicar isso com uma parábola: sabe o motivo pelo qual os grandes felinos nas savanas do continente Leste não matam seus primos menores? Ambos não querem os mesmos tipos de presa”.


– Você deve estar tentando caçar um mamute se está a disputar isso com a Grimoire - disse Jellal, enquanto recebia apenas uma risada curta como resposta e aquela transmissão se dissolvia.



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Zeref saltou para o lado, enquanto uma torre emergia do chão e explodia quase instantaneamente, ao mesmo tempo em que um animal robótico se arremetia contra ele.


Zeref fez ambos se desfazerem ao arremessar um Death Orb. Como ele esperava, agora que aquela era se findava, ele tinha coisas a fazer, e não seria mais derrotado. Lutar era vaidade.


Mas não se podia negar a determinação de seu oponente. Ele lutava de maneira diferente do que outros magos, que visavam sempre atingir apenas o oponente, enquanto ele parecia pontos específicos ”Esse daí sabe como matar uma pessoa”.


– Você luta como uma pessoa que tem sangue nas mãos - disse ele, quebrando o silêncio sepulcral do ambiente, já que ambas as magias não necessitavam de fala.


– Mão - corrigiu o mago com um meio sorriso, levantando a mão esquerda para mostrá-la - Essa daqui não nasceu junto comigo.


As veias metálicas e as dobraduras que o metal fazia sobre si mesmo para se articular eram repugnantes.


– Eu achei que não. Onde está o resto do seu corpo? - perguntou ele enquanto saía do caminho de uma explosão lançada por uma espécie de canhão.


O mago riu daquilo.


– O meu braço esquerdo, na barriga de Acnologia, o resto que está faltando evaporou com um espirro dele - disse ele dando os ombros - Ou pode ser que tenha sido um rugido em miniatura, eu não sei ao certo.


“Bom, então esse não é apenas um tolo com sonhos de valor e coragem” pensou Zeref “Mas quanto ele sabe e o que ele quer?”



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Belcusas o Furacão caiu com uma explosão devido à magia Crush de Bickslow. Ao lado dele, Freed já havia assumido sua Dark Écriture: Absolute Shadow. Eles não estavam brincando ao falar aquilo sobre “nada de regras”.


Rustyrose ainda olhava surpreso para os restos da sua besta guardiã quando foi arremessado para trás por um chute vindo da forma demoníaca de Freed, que queria acabar com aquilo depressa.


– Então é assim que eles lutam quando estão sérios? - disse Levy maravilhada pela coordenação de golpes inexoráveis que eles aplicavam contra seu oponente.


– Eles estão melhores do que na última vez que eu os vi lutar - concordou Lisanna, que vira a última atuação do Raijinshû quando eles foram virtualmente derrotados por funcionários de uma revista.


Rustyrose ficou caído depois daquele golpe.


– Levante, você não será perdoado - disse Freed sombriamente.


– M-meu fragmento... Está com medo! - aquilo o deixava perplexo e para lá de surpreso - Medo... Catástrofe! Meu fragmento... Sente medo?!


Seus inimigos o olhavam sem nenhuma clemência aparente.

– Sem problemas - decidiu ele ficando de pé, e levando os dedos a têmpora - O medo faz... a imaginação aumentar! E meu poder é a minha imaginação.


Freed e Bickslow recuaram, quando projeções fantasmagóricas começaram a flutuar em volta do mago.



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Entre as raízes da grande árvore de Tenroujima, uma batalha feroz se desenrolava.


Photon Slicer– lançou Erza, mandando contra Azuma um imenso choque, que o envolveu e explodiu.


Azuma dispersou o ataque usando uma série de raízes que se contorciam, e quando ele emergiu do ataque, Erza achou ver diversão na expressão daquele mago.


– O que é tão engraçado? - perguntou ela enquanto apertava mais o cabo da lança.


– Esperei muito tempo para lutar com alguém forte como você - responde Azuma - Isso é divertido.


Ela estreitou os olhos, tentando entender se aquilo fora uma zombaria.


– Sabe, os rumores sobre a sua valentia não fazem jus a você...acho que somos semelhantes nisso - disse Azuma pensativo - Conheço pessoas poderosas que apenas comprimem o próprio poder, a espera para soltar tudo, igual a uma tsunami... mas nós apenas lutamos com os fortes para nos tornarmos mais fortes, essa busca é que é divertida.


Erza reequipou para a sua armadura natural, para não gastar poder mágico sem estar lutando.


– Então eu concordo com essas pessoas poderosas. Não procurar lutar com fortes para me tornar mais forte.


– Não negue, nunca teria ficado tão forte se não o fizesse - Azuma não gostava de afrontas a sua filosofia de guerreiro.


– Tudo o que eu quero é ter o poder suficiente para proteger os meus amigos - disse Erza séria - Se ter esse poder me tornar mais fraca, não importa. Acho que isso é... contraditório - admitiu ela.


– Você é uma pessoa interessante - disse Azuma impressionado -, olhando-a de cima da alta raiz onde ele estava - Eu gostaria de poder lutar com você de forma justa.


– O que você quer dizer?


– Que o tempo acabou - disse Azuma monocórdio, pois aquilo não o agradava, enquanto a grande árvore Tenrou começava a se inclinar.



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Jereffer caiu sobre um joelho, enquanto tentava os mais desesperados tipos de artifício de batalha, que se limitava a atirar objetos aleatórios contra o seu oponente.


Zeref apenas desviava, mas logo ele não pode engolir uma pergunta.


– Por acaso você está limpando o seu armário em cima de mim? - perguntou ele enquanto se esquivava de um guarda-chuva.


– Meu espaço mágico já está vazio, eu tenho que usar coisas mais simples - disse ele, enquanto forçava-se a ficar de pé. Aquilo acabaria logo, mas ainda havia uma esperança louca - Apesar de parecer, eu não crio nada do nada, Tudo que surge com a minha magia é fruto de uma detalhada e codificada “receita” e dos materiais primos para a criação em meu espaço mágico.


Zeref achou aquilo estranho. Seu oponente havia citado a magia Stone Heart há alguns minutos, parte das Artes Negras, uma magia perigosíssima, e até onde ele sabia, roubava as sensações de quem a usava, mas durante esse processo, aumentava seu poder mágico, desde que a pessoa agisse de forma minimamente humana. Um oposto da magia natural, que era fortalecida por laços com companheiros.


– Droga, que você está me deixando confuso - disse ele sacudindo a cabeça - Ao que me parece, é necessário ser um super-gênio para conseguir fazer isso. Como alguém assim acaba lutando com Dragões?


– Dragão, eu só lutei com um, e deve ser por isso que a minha cabeça ainda está sobre os ombros - corrigiu o mago enquanto fechava seu círculo mágico - O mesmo dragão que levou quase metade de mim, por sorte mantendo certas partes intactas. Fortes emoções, é a resposta para tudo isso. E para a maior parte da minha vida.


– Por que alguém desiste de sentir apenas para voltar a tentar sentir? - aquilo ficava mais confuso a cada momento.


– Eu era uma criança psicopata estúpida assustada com as minhas próprias ações. Há quem diga que isso ainda não mudou - Zeref achou ouvir ele praguejar algo sobre “Metalicana ter feito um trabalho tão torto com o penteado do aprendiz” enquanto ajeitava algo na articulação.


A batalha-diálogo-silenciosa foi interrompida pelo som colossal de algo caindo. Ambos assistiram, um com surpresa outro com indiferença.


– Á árvore... - disse Zeref com os olhos esbugalhados.


– Caiu - confirmou ele - Obra de um mago chamado Azuma, eu suponho.


– Isso vai afetar o poder de todos os magos da Fairy Tail...


– Trágico - disse o outro mago sem parecer se importar - É curioso quando dois fatos sem ligação têm o mesmo timing. Eu não tenho o poder necessário para vencê-lo, certo?


Aquela admissão o deixou perplexo, então ele apenas assentiu.


– Certo...então o fim chegou - ele parecia mais aliviado que qualquer - Acho que afinal eu sempre quis isso, apenas uma compensação pelo meu crime... Me mate.


– Você é insano?


– Os médicos dizem que não - zombou ele - É apenas uma recomendação, ou a coisa irá ficar muito feia.



– Para mim ou para você?


– Para você, eu de qualquer maneira já não tenho mais salvação - afirmou ele, enquanto parecia começar a fraquejar - Você sabe o que acontece com uma pessoa que não tem mais nenhum sentimento?


Dizendo aquilo, simplesmente caiu para trás, contorcendo-se como se tivesse convulsões, mas mesmo aquilo logo parou.


O silêncio se instalou na clareira.


Zeref se aproximou cuidadosamente do corpo inerte do mago. Parecia desacordado. Ele cutucou o mesmo com a bota.


Dois olhos se abriram, mas agora estavam diferentes...todo o branco sumira. Ali agora havia apenas negro.


– Se torna um monstro - contou ele monocórdio, poucos segundos antes do lugar explodir em caos.



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Notas finais do capítulo

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