Fairy Tales - Fairy Love escrita por Jereffer


Capítulo 65
Capítulo 65: Destino


Notas iniciais do capítulo

Yo Leitoras Maravilhosas! Meu pc vive dando erro crítico, então eu postei assim que terminei, antes que ele pife de vez
Uma imagem fofa:
http://24.media.tumblr.com/tumblr_m57e23jnlv1r81qzlo1_500.png
E exibir uma nova versão do Jereffer pala minha artista mirim, a Ane-chan
http://24.media.tumblr.com/tumblr_m59p98X9RX1rrwgfzo1_500.jpg
Sem mais, enjoy



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Meredith carregava Zeref enquanto era perseguida por Juvia, que estava andando se arrastando no chão devido ao ferimento na perna, de uma forma comicamente aracna.


– Espere aí! - não é a coisa mais lógica para se gritar durante uma perseguição, é apenas algo involuntário.


– Qual é o problema dela? - disse Meredith perante a determinação louca que surgira em Juvia depois de um simples pedido do Gray.


– Devolva o Zeref! - repetiu Juvia enquanto tentava alcançar a maga menor aumentando os movimentos com os braços.


– E quanto ao “amor” ou algo assim sobre o qual você estava falando agora pouco? - aquilo parecia bastante irônico para ela.


– E eu não quero lutar com você! - disse Juvia, o que era verdade. A necessidade sobrepunha qualquer vontade própria naquele momento.


Aquela estranha corrida com diálogo foi interrompida quando alguém surgiu na trilha alguns metros mais a frente delas.


– Meredy- disse Zancrow divertido, enquanto Meredith parava de correr.


– Zancrow! - disse Meredith surpresa. Ela achou que ele estaria em algum lugar carbonizando algo, e não andando por aí.


– Para onde você está levando o Zeref, ein?


– E-eu... - a hesitação em sua voz a traiu.


– Então você e a Ultear vão mesmo nos trair, no final das contas - disse ele com desprezo.


– N-não!


– Você não é mais um membro da Grimoire Heart - disse ele soprando chamas, que enviaram Meredith, Zeref e até mesmo Juvia para trás com a força de seu impacto.


Zancrow gargalhou.


– Patético! Que decepção, Meredy-san! - disse ele ainda rindo - Mas o Zeref será nosso!


Enquanto falava isso, ele se agachava para apanhar o mago negro desacordado, que havia caído perto de Meredith.


– Espera - disse ela, com uma carinha tão implorativa que fez com que Zancrow ficasse parado, mas apenas por alguns segundos - O Zeref é o futuro da Ultear... o meu futuro.


Zancrow encarou friamente aquele par de olhos verdes turvos de lágrimas, enquanto levantava o mago pela faixa branca em suas roupas, como se fosse um saco de batatas.


– Que tola ingênua - riu ele -Por quanto tempo você continuará a falar nisso?


– A Ultear me prometeu - ela sabia que devia estar patética chorando, mas não conseguia evitar aquilo - Se nós alcançássemos o Mundo da Grande Magia, ela traria minha cidade de volta.


– Ghwihihi. A sua cidade? Ah sim, eu me lembro, eu e o Hikaru também estávamos lá naquela época - disse ele divertido - A Ultear te prometeu isso? Deixe eu te contar algo: foi a própria Ultear que destruiu a sua cidade.


Os olhos de Meredith se arregalaram - Isso é mentira...


– Ghawhawha - gargalhou maniacamente o God Slayer - Eu admito que eu e Hikaru fizemos uma parte disso, mas o crédito pela destruição total eu não posso roubar dela.


– Acnologia - uma voz murmurou, e Zancrow levantou mais o mago para ver se ele havia acordado. Seu olho se abriu, o círculo interno de sua íris brilhando em um vermelho vivo.


Foi então que uma onde de morte se espalhou.


Meredith teve tempo apenas de fechar os olhos e se encolher.


Yami no Sanchūshin – ela ouviu uma voz gritar, mas podia muito bem apenas ser uma imaginação.



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Cana observou horrorizada os últimos vestígios daquela poderosa luz mágica sumirem no ar.


– Você chama isso de Fairy Glitter? - disse ele enquanto a gravidade de sua magia afastava os fragmentos de rocha que haviam voado contra ele devido à magia - Não me faça rir!


– Não importa o poder da magia, se o seu usuário é inútil, esse também será o resultado - disse Bluenote caminhando pesadamente em sua direção.


– Não - disse Cana, estupidificada pela surpresa. Ela havia liberado uma das três grandes magias da Fairy Tail, e nem arranhara o mago.


– Eu posso pegar essa magia mesmo depois de matar você - disse Bluenote pairando sobre ela, e estendeu lentamente a mão.


– Eu não tive força o suficiente - Cana tinha uma vaga percepção de ouvir Natsu gritar “Cana” e Lucy gritar algo sobre fugir, mas isso parecia algo distante...


– Você não foi capaz de voar - disse Bluenote, sua forma de finalizar uma luta - Você cairá para o inferno!


Cana viu ele se aproximar. Quando ela piscou, seu pai estava ali, o braço estendido também quase tocando o de Bluenote. Usando sua magia, Gildarts desintegrou o ar a sua volta, jogando-o violentamente para trás.


Bluenote conseguiu recuperar seu equilíbrio a tempo, e deslizou para trás em seus próprios pés.


Ela olhou para a figura rígida na sua frente, o manto surrado tremulando ao vento.


– P-pai - sussurrou ela, baixo demais para se fazer ouvida.



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Rustyrose examinou a cena com um olhar crítico.


– Mulheres, um gato e feridos desacordados? - disse ele com desprezo - Honestamente, não parece que será um evento muito dramático.


Uma veia pulsou na testa de Levy.


– Lisanna, temos que dar um jeito nesse idiotas, mas sem expor os feridos - disse Levy - Lily, acha que consegue me ajudar a atacar?


– Posso manter minha forma de batalha por mais alguns minutos - disse ele trincando os dentes.


Ele lançou um olhar quase piedoso para aquela esfarrapada dupla de ataque.


– Mesmo que estejam feridos, eu não vou me segurar - disse ele apontando uma arma imaginária com os dedos, como se brincasse com formigas - A destruição virá a todos!


– Tirar vantagem dos feridos? É assim que se tornaram a Guilda das Trevas? - Levy tentou apelar para o orgulho, uma pedra de tropeço para muitos - Não sente vergonha?


O mago poeta não se deixou ofender, e se limitou a responder sem atenção, enquanto ajeitava os óculos.


– Sacrificaremos quantas pessoas forem necessárias para criar o nosso mundo ideal - disse ele, antes de fazer um gesto de descaso - Além disso, nenhum fraco existirá!


– Nenhum mundo melhor é criado assim - disse Lily em um tom sombrio.


– Sim, o Rei Faust aprendeu isso de forma dolorosa para ele - concordou Lisanna, lembrando-se do massacre de Exceeds para obter poder mágico.


– Então usem essa fantástica sabedoria para me parar - disse ele com diversão - Tentem tocar meu coração!


E com isso, desferiu uma dúzia de golpes com a sua subitamente transformada Jet Black Sword, que derrubou todos os três defensores.


Ele mirou um golpe perfurante no alvo mais perto, a garota de cabelos brancos, mas seu corpo foi subitamente empurrado por algo.


“Um boneco” pensou ele confuso, enquanto rolava pelo chão molhado.


– Bickslow!Freed! - disse Lisanna enquanto os dois magos do Raijinshû se aproximavam do improvisado campo de batalha.


– Nós vimos o sinal - explicou Freed - Voltamos junto com o Gildarts.


– Então o Gildarts também está de volta? - aquilo aumentava as esperanças de Levy.


Rustyrose se levantou, espanando com a mão enluvada a lama que manchara seu casaco.


– Bom, meu Ark of Embodiment não vai ter trabalho para acabar com alguns fracotes - disse ele brandindo o braço monstro que ele chamava de espada - Transformarei vocês em trágica poeira estelar.


– Nunca planejamos lutar com você de forma justa - disse Bickslow de forma pausada, como se ele fosse lento para raciocinar - Nós dois juntos iremos acabar com você!


Freed concordou com um aceno lento.


– Você feriu a Ever e os nossos companheiros - disse ele - Regras não se aplicam a você.


Ele nem havia terminado de falar e Bickslow já começava a atacar.



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Meredy piscou. Ela estava viva.


Alguém estava na sua frente. A figura tropeçou para o lado, ferida.


Seus olhos se arregalaram muito quando sua visão foi desobstruída: Zancrow estava caído aos pés daquele homem que era Zeref. Os olhos sem enxergar, a estranha coloração cinza que sua pele assumira, tudo aquilo gritava uma verdade horrível. Ele estava morto.


Ela sabia que devia chorar, mas o estado de choque não a permitia. A dor viria mais tarde, mas no momento aquilo parecia apenas um confuso e nebuloso pesadelo.


– Eu coloquei o fardo da escuridão novamente sobre os meus ombros - disse o jovem melancólico - Eu não pretendia fazer nada nessa era...


Ele começou um monólogo deprimido, mas a atenção de Meredith foi atraída para outro lugar.


– Você tem uma definição malditamente estranha de não se meter em problemas, pequena - disse Jereffer enquanto se livrava dos restos da sua armadura e camisa, ambas destruídas quando a maldição da morte se quebrou contra sua magia defesa, lançando fragmentos da mesma para todos os lados.


Por alguns instantes, Meredith não entendeu o que viu.


Quase a parte esquerda do seu corpo para lá do mamilo era feita de metal. Não era uma armadura. Pedaços irregulares se agarravam a carne viva, tapando uma grande área abaixo das costelas, e se o rasgo em sua calça mostrasse uma realidade, tanto seu braço inteiro quando sua perna eram mecânicos. Uma pequena chapa ficava no lugar onde deveria estar a bochecha esquerda dele, tendo o mesmo formato que uma deveria ter.


Quando ele sorriu, aquele pedaço de metal torceu-se grotescamente.


– Feio, né? - disse ele enquanto com um movimento nos dedos, uma camisa nova surgiu para ocultar seu tronco - Eu preferia que você não tivesse visto isso. Mas aparentemente até coisas inorgânicas caem perante Black Arts.


– O-o que aconteceu com você? - perguntou Meredith.


– Essa é uma história amarga para se contar, e tempo é uma coisa que eu tenho em forma escassa - disse ele parando na frente dela, antes de dar uma olhadela sobre os ombros. O mago negro não se movera - Você tem que sair daqui.


– M-as... - ia argumentar ela, enquanto Jereffer se agachava, como quando queria ficar cara-a-cara com ela. Ela pretendia lembrá-lo que Zeref era o futuro de Ultear, quando ele fez o inimaginável. Ele a abraçou.


– Desculpe pequena, mas aquele ali não vai ser o futuro de ninguém - mesmo agachado, a cabeça dela não fazia mais que espreitar perto do queixo dele, o que a forçava a olhar para cima - Fuja, vá para o lugar onde você e a Ultear devem ter escondido um barco. É provável que Gray Fullbuster a derrote, e então eu apostaria meu braço perdido que ela vai fugir com o rabo entre as pernas. Mas eu preciso ficar.


Úmidos olhos verdes se encontraram com tranquilos olhos negros. Ela achou vislumbrar medo ali.


– Por quê? - foi tudo que ela conseguiu perguntar.


Jereffer deu uma olhada para trás para verificar se Zeref não estava fugindo.


– Se você der a merda de um passo, eu te estrangulo com as suas tripas - ameaçou ele, antes de voltar sua atenção para Meredith - Você sempre quis fazer isso, faça e entenda.


Ele estendeu seu pulso, e ela entendeu o que ele queria dizer.


– Sensorial Link - usou ela, e um selo mágico brilhou no braço dela e no dele. Mas ela não sentiu nada.


– Chato né? - disse ele, e seu olhar resignado - Há alguns anos eu achei que uma pessoa que não sentisse nada teria um poder supremo. Os meus vêm sumindo. Mas ainda tenho tempo para mais uma coisa, tem de ser algo grande.


– Você acha que vai morrer - disse ela, e não era uma pergunta.


– Eu aprendi que a amizade, amor e carinho fazem uma pessoa mais fraca. Mas que também não vale a pena ser forte sem isso - disse ele com um suspiro - É complicado demais para eu te explicar, então apenas fuja pequena, vá encontrar a sua Ultear.


Meredith sabia que devia fazer aquilo, mas uma parte de si não queria sair dali.


– Zancrow disse que a Ultear-sama destruiu a minha cidade - confessou ela.


– Eu já sabia - ao receber um olhar acusador, ele apenas deu os ombros - Acho que um dia ela ia ter que contar da maneira dela. Mas isso não importa agora, ela é de certa forma a sua família. Bom, pelo sétimo nível do inferno, eu sou a prova viva que uma pessoa não deve abandonar sua família, mesmo quando eles te dão motivos para isso.


Ela limitou-se a apertar mais os braços em volta dele.


– Toda vez que eu olho para você eu me lembro de outra criança teimosa. Ela não tinha bom senso, e isso acabou com ela - riu ele - Agora vá logo, antes que eu tenha que hipnotizar você.


– Não faça nenhuma besteira, tá?


– Vou seguir seu conselho com a mesma intensidade que você seguiu o meu - disse ele dando um beijo úmido em sua testa, por entre os fios molhados de cabelo rosa - E eu não estava brincando. Mova seu traseiro daqui. Eu tenho uma missão a cumprir.




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Notas finais do capítulo

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